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Unidade III DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS Profa. Ana Paula Trubbianelli Encargos trabalhistas Um ponto fundamental nas operações de recursos humanos está no cuidado que se deve ter com a apropriação e o recolhimento dos encargos trabalhistas. Para tanto, compreender quais são esses encargos trabalhistas, quais são suas alíquotas e como são feitas suas bases de cálculo é de suma importância. Encargos trabalhistas Encargos trabalhistas 13o salário ____________________ 8,33% Férias ____________________ 11,11% Encargos sociais INSS _________________________ 20,00% SAT/RAT até __________________ 3,00% Salário-educação ______________ 2,50% INCRA/SEST/SEBRAE/SENAT ____ 3,30% FGTS _________________________ 8,00% FGTS/ provisão de multa por rescisão _______ 4,00% Encargos sociais e trabalhistas Total previdenciário ____________ 40,80% Previdenciário s/ 13o e férias _____ 7,93% Soma básico ___________________ 68,17 Conclusão: sobre um salário de mensalista de R$ 1.000,00; uma empresa não optante pelo Simples terá um custo mínimo de encargos de R$ 681,80; totalizando o custo total de mão de obra para esse salário de R$ 1.681,80. Fundamentação legal para incidência dos encargos trabalhistas A incidência de encargos sobre o montante de 1/3 do valor das férias figura disciplinado na legislação identificada a seguir: INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT Entende-se por salário de contribuição: a totalidade dos rendimentos pagos, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei no 9.528, de 10 de dezembro de 1997 – CLT) INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT Art. 457, § 1o, da CLT: Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, as percentagens, as gratificações ajustadas, as diárias para viagens e os abonos pagos pelo empregador (Consolidação das Leis do Trabalho). FGTS – artigo 15, da Lei no 8.036/90 Art. 15 – Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei no 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei no 4.749, de 12 de agosto de 1965 (Consolidação das Leis do Trabalho). IRRF: artigos 3o e 7o, da Lei no 7.713 (1988) Art. 3o – O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9o a 14 desta Lei. § 1o – Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e pensões percebidos em dinheiro, e ainda os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos patrimoniais não correspondentes aos rendimentos declarados (Consolidação das Leis do Trabalho). Folha de pagamento A Constituição Federal determina no artigo 7o, inciso XIII, que a duração do trabalho normal não seja superior a oito horas diárias e a 44 horas semanais. Se for possível compensar horários ou reduzir a jornada de trabalho, isso deve ser feito mediante acordo entre empregador e empregado ou convenção coletiva de trabalho. É importante considerar que as oito horas diárias são para realização de trabalho efetivo, nos termos do artigo 71, § 2o, da CLT. Folha de pagamento Algumas categorias profissionais possuem jornadas de trabalho inferiores às oito horas determinadas na CLT. Essas jornadas figuram inferiores por convenção coletiva ou até mesmo por determinação legal. A Justiça Trabalhista não se opõe a esses formatos de jornada desde que figurem na convenção coletiva ou sejam fruto da comprovação, por parte do empregador, da impossibilidade de implantar outro formato de horário. Modalidades de horas Hora diurna – é aquela trabalhada no período compreendido entre 5h e 22h. Hora noturna – é aquela trabalhada no período compreendido entre 22h01min e 5h. Deve-se atentar para o fato de que a hora noturna é reduzida em termos de minutos, ou seja, considera-se o período de 52min30seg como sendo o de uma hora. Dessa forma, um empregado que trabalhar das 22h às 5h, embora totalize sete horas de trabalho, receberá por oito horas. Modalidades de horas Adicional da hora noturna – apesar do fato de a hora noturna ser reduzida ao tempo de 52min30seg, a Lei determina que a ela seja acrescido o percentual mínimo de 20%. Contudo, o sindicato dos empregados pode negociar um percentual maior junto ao sindicato patronal. Hora extra – é a hora trabalhada excedente ao número de horas fixadas no contrato de trabalho. Interatividade Encontre a alternativa correta: a) Apenas integra o salário o tempo em que o colaborador está efetivamente atuando na empresa. b) A hora noturna é de 52 minutos e trinta segundos. c) Rendimento bruto é o salário recebido. d) O funcionário não pode ficar mais de oito horas no trabalho. e) O imposto incide sobre o rendimento líquido. Modalidades de horas Valor da hora extra – a Constituição Federal em seu artigo 7o, inciso XVI, determina que a remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, seja 50% à normal. Dessa forma, em dias normais, a hora extra é acrescida de 50%, e nos domingos e nos feriados em 100%. Acordos coletivos podem fixar remuneração acima dos percentuais já fixados. As variações entre cinco e dez minutos diários não serão computadas. Modalidades de horas Hora compensatória ou banco de horas – trata-se da situação em que o empregador concentra a realização do trabalho em um período da semana e, obrigatoriamente, deverá reduzir a jornada de trabalho em outro dia. Nessa situação, o empregador poderá ultrapassar o limite de oito horas diárias, porém sem ultrapassar o limite de dez horas, além de respeitar o limite de 44 horas semanais de trabalho. Caso haja rescisão contratual, as horas que foram realizadas devem ser pagas como horas extras, que incidirão como reflexo nas verbas rescisórias. Modalidades de horas Hora turno – ocorre quando o empregador atua em um segmento que trabalha 24 horas, ou seja, turnos matutino, vespertino e noturno. Nesse caso, a Constituição Federal, no inciso XIV, do artigo 7o, determina que a jornada será de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. Modalidades de horas Hora de sobreaviso – é a hora em que o empregado está fora da organização, porém está na expectativa de ser acionado pelo empregador a qualquer momento. Cada escala de sobreaviso será, no máximo, de 24 horas e cada hora de sobreaviso será considerada para efeito de remuneração à razão de 1/3 do salário normal. Para ilustrar como remunerar a hora de sobreaviso, considere o seguinte cálculo: salário $ 1.000,00/220 horas = $ 4,54 por hora. Esse valor é acrescido de 33,33%; logo, $ 4,54 x 1,3333 = $ 6,05. Modalidades de horas Horas de prontidão – éaquela em que o empregado encontra-se nas instalações da empresa, aguardando ordens. A escala de prontidão deve ser, no máximo, de doze horas e a remuneração será à razão de 2/3 do salário-hora normal. Dessa forma, tomando o mesmo exemplo utilizado para o cálculo da hora sobreaviso, temos: salário $ 1.000,00/220 horas = $ 4,54 por hora. Esse valor é acrescido de 66,66%; logo, $ 4,54 x 1,6666 = $ 7,57. Modalidades de horas Hora descanso – a CLT determina, em seu artigo 66, que entre duas jornadas de trabalho deverá haver um período mínimo de 11 horas consecutivas de descanso. Disciplina ainda, no artigo 67, que será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 horas consecutivas, que deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte, salvo necessidade imperiosa dos serviços do empregado. Modalidades de horas Hora itinerário – embora não haja previsão legal para essa modalidade de hora, a jurisprudência, ou seja, as sentenças prolatadas pelos Tribunais Trabalhistas, vêm considerando, para efeito de remuneração, as horas gastas no itinerário da casa do empregado para a empresa, quando esta fornece transporte particular, quando inexiste transporte público ou o local de difícil acesso. Modalidades de horas Descanso Semanal Remunerado (DSR) – são os dias destinados ao descanso do empregado, via de regra, domingo e feriado. Contudo, para ter direito ao recebimento do DSR, o empregado deverá cumprir integralmente sua jornada de trabalho. O desconto do descanso semanal remunerado não se restringe apenas à ausência do empregado, mas também se aplica aos atrasos habituais que caracterizem prejuízo ao bom andamento do trabalho. Modalidades de horas 1a situação – o empregado recebe mensalmente o valor de $ 600,00. Se faltar um dia ao trabalho, quanto lhe será descontado? Logo, se faltou ao trabalho, perdeu o direito a receber o valor de um domingo. Perdeu, portanto, o correspondente a dois dias, o dia da falta propriamente dita e o domingo correspondente ao descanso semanal remunerado. Dessa forma, o cálculo ficaria: $ 600,00/30 = $ 20,00 por dia. O desconto será de $ 40,00, isto é, $ 20,00 x 2 = $ 40,00. Modalidades de horas 2a situação – o empregado recebe mensalmente o valor de $ 800,00. Na primeira semana de trabalho, ele atrasa uma hora e, na segunda semana, mais uma hora. Ambos os atrasos não foram justificados. Nesse caso, como se trata de horas, o salário deve ser dividido pelo número de horas trabalhadas mensalmente. Tomemos o limite para a realização do cálculo: $ 800,00/220 horas = $ 3,64 por hora. Perderá, portanto, as duas horas que atrasou mais duas horas do domingo. O valor do desconto será de $ 14,55, ou seja, $ 3,64 x 4 horas = $ 4,55. Interatividade Encontre a alternativa correta: a) Em dias normais, a hora extra é acrescida de 50%. b) Hora compensatória – é aquela em que o empregado encontra-se nas instalações da empresa, aguardando ordens. c) Hora de sobreaviso – empregado permanece nas instalações da empresa, aguardando ordens. d) A partir de cinco minutos serão computadas horas extras. e) Todas as alternativas estão erradas. Descontos realizados na folha de pagamento Previdência Social – INSS Salário de contribuição Alíquota Até R$ 1399,12 8% De R$ 1399,13 até R$ 2331,88 9% De R$ 2331,89 até R$ 4663,75 11% Descontos realizados na folha de pagamento Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF Rendimento Alíquotas % Dedução Até R$1.903,98 isento De R$1.903,99 até R$ 2.826,65 7,50 R$142,80 De R$ 2.826,66 até R$3.751,05 15,00 R$354,80 De R$3.751,06 até R$4.664,68 22,50 R$639,13 Acima de R$4.664,68 27,5 R$826,15 Dedução por dependente R$189,59 Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 1 Se o empregado recebe R$ 2.000,00 e tem 1 dependente: 1o – Deve descontar o valor do INSS, que nesse caso, segundo a tabela 1, é de 9%, ou seja, R$ 180,00. 2o – Deve descontar também os dependentes, se houver, nesse caso, R$ 189,59. Sendo assim: 2.000,00 – 180,00 – 189,59 = 1.630,41 Esse será o rendimento tributável, assim pela tabela 2 está isento. Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2 Se o empregado recebe R$ 3.200,00 e tem 1 dependente: 1o – Deve descontar o valor do INSS, que nesse caso, segundo a tabela 1, é de 11%, ou seja, R$ 352,00. 2o – Deve descontar também os dependentes, se houver, nesse caso, R$ 189,59. Sendo assim: 3200,00 – 352,00 – 189,59 = 2.658,41 Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2 Esse será o rendimento tributável, assim, pela tabela 2, está inserido na alíquota 7,5%, 2.658,41 X 7,5%= 199,38. Desse valor, devo subtrair a dedução correspondente à alíquota que é de 142,80; logo: 199,38 – 142,80 = 56,58 – esse é o valor do IR a ser descontado do empregado Contribuição sindical e confederativa É a contribuição descontada uma única vez ao ano. O valor a ser descontado é o correspondente ao valor de um dia de salário do empregado. É importante registrar que esse valor é determinado por lei; logo, é obrigatório. Podem ocorrer situações em que o empregado seja filiado ao sindicato e, nesse caso, o sindicato comunica ao empregador e este confirma com o empregado para proceder com o desconto regular e mensalmente. Vale-transporte Como já explicado anteriormente, é faculdade do empregador descontar o percentual de 6% sobre o salário-base do empregado em razão do fornecimento do vale-transporte, excluídos quaisquer outros valores adicionais ou vantagens. Além disso, é importante considerar que somente se deve proceder com o desconto caso o empregado tenha optado pelo recebimento do benefício em questão. Pensão alimentícia Não é um desconto comum. Todavia, ele ocorrerá quando houver uma determinação judicial, ou seja, quando o empregado possuir um filho que não mora com ele e a genitora da criança pleitear em juízo a pensão alimentícia. Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado A integração do valor recebido a título de remuneração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado ocorre por imposição legal e entendimento jurisprudencial. somam-se as horas extras do mês; divide-se o resultado pelo número de dias úteis do mês; multiplica-se o resultado pelo número de domingos e feriados do mês; o resultado é multiplicado pelo valor da hora extra atual. Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado Demonstração do cálculo: total de horas extras no mês de março com adicional de 50% = 45 horas; valor da hora normal = R$ 7,50; valor da hora extra = R$ 7,50 x 1,50 = R$ 11,25; domingos e feriados em março de 2011 = 4 DSR = 45 horas/27 dias úteis = 1,67 horas DSR = 1,67 horas x 4 domingos = 6,67 horas DSR = 6,67 horas x R$ 11,25 = R$ 75,00 Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado Por determinação constitucional, inciso IX, do artigo 7o, a remuneração do trabalho noturno deve ser superior ao valor da hora do trabalho diurno. Nos termos do artigo 73, da CLT, o percentual que deverá incidir no valor da hora normal deverá ser de, no mínimo, 20%. Valores que não compõem a remuneração Nos termos do artigo 457, § 2o, da CLT, as ajudas de custo e as diárias para viagem que não ultrapassem a 50% do valor recebido pelo empregado não devem compor sua remuneração. Valores que não compõem a remuneração Normalmente ocorre quando o empregado é encaminhado, ou seja, transferido para outra localidadediferente da qual foi contratado. Além disso, essa ajuda é paga em uma única vez, o que deve ser estritamente observado pelo empregador, já que, se ela for paga mês a mês, descaracteriza-se o aspecto indenizatório e passa a existir a margem de interpretação da ajuda de custo como parte do salário mensal. Dessa forma, o artigo 470, da CLT, nos ensina que a ajuda de custo deve constar como verba indenizatória, não salarial. Valores que não compõem a remuneração As diárias para viagem são os valores pagos com regularidade ao empregado para que ele possa pagar as despesas inerentes a suas viagens de trabalho. Essas despesas são os gastos com diárias de hotel, alimentação e transporte. No entanto, como esclarecido anteriormente, esses valores não devem exceder a 50% do valor do salário recebido pelo empregado, porque, se ultrapassarem, passarão a integrar a remuneração do empregado em todos os efeitos legais, ou seja, com férias, 13o salário, recolhimento de INSS, recolhimento de FGTS e demais encargos. Interatividade Encontre a alternativa correta: a) O empregado filiado ao sindicato terá desconto anual em folha. b) O desconto relacionado ao sindicato equivale a um dia de trabalho. c) Todo empregado terá descontado de seu salário o correspondente a 6% de seu salário para vale-transporte. d) Todos os pais devem ter desconto relacionado à pensão alimentícia. e) O valor do descanso remunerado é calculado tendo como base 30 dias. Valores que não compõem a remuneração Situação um: um empregado recebe um salário no valor de R$ 1.500,00 e viaja quinzenalmente. Em cada viagem, recebe o valor de R$ 250,00. Logo: valor da diária = R$ 250,00 x 2 (número de viagens mensal) = R$ 500,00; salário = R$ 1.500,00; valor a ser considerado para saber se integrará a remuneração será de: R$ 1.500,00 x 50% = R$ 750,00; R$ 500,00 é um valor menor que os R$ 750,00; logo, não integrará a remuneração mensal. Valores que não compõem a remuneração Situação dois: um empregado tem como salário o valor de R$ 1.500,00 e viaja quatro vezes por mês. Em cada viagem, recebe o valor de R$ 250,00. Logo: valor da diária = R$ 250,00 x 4 (número de viagens mensal) = R$ 1.000,00; salário = R$ 1.500,00; valor a ser considerado para saber se integrará a remuneração será de: R$ 1.500,00 x 50% = R$ 750,00; R$ 1.000,00 é um valor maior que os R$ 750,00; portanto, o valor de R$ 1.000,00 integrará a remuneração do empregado. Valores que não compõem a remuneração Caso o empregado seja obrigado a elaborar um relatório para prestação de contas do valor recebido a título de diárias para viagem e, nesse relatório, anexar as notas ou cupons fiscais dos valores gastos, mesmo o valor das diárias tendo ultrapassado o percentual de 50%, ele não integrará o salário do empregado, mesmo que descaracterize a natureza salarial. Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT A Lei no 6.321, de 14 de abril de 1976, institui o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Esse dispositivo legal prioriza a assistência aos trabalhadores de baixa renda, ou seja, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais. Pelo programa de alimentação, o empregador figura como responsável pela qualidade e pelo teor nutritivo das refeições de seus empregados. Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT A alimentação será fornecida de três formas distintas, à escolha do empregador: com serviço próprio; distribuir alimentos, inclusive não preparados (cestas básicas); conveniar-se com empresas que prestem serviços de alimentação coletiva (essas empresas precisam ser credenciadas pelo PAT). Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT O empregador poderá descontar do empregado o limite máximo de 20% do custo direto da refeição. Para ilustrar, considere um custo direito de refeição no valor de R$ 6,00. O limite de desconto na remuneração do empregado será de R$ 1,20; ou seja, R$ 6,00 x 20% = R$ 1,20. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Prazo para efetuar o pagamento dos salários Nos termos do § 1o, do artigo 459, da CLT, se o pagamento de salário for estipulado na modalidade mensal, ele deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. O mesmo raciocínio em relação ao quinto dia útil se aplica para as modalidades de pagamentos semanal e quinzenal. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Se o empregador efetuar os pagamentos mediante depósito na conta-corrente dos empregados, os valores deverão estar disponíveis para saque já no quinto dia útil. Deve-se atentar para a data fixada pela convenção coletiva da categoria do funcionário, que pode ter fixado uma data antes do quinto dia útil. Nesse caso, vale a data estipulada pela convenção. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Se o empregador realizar o pagamento por meio de cheque, deverá possibilitar ao empregado certo espaço de tempo para que lhe seja possível descontar o cheque no estabelecimento bancário. Caso a agência bancária esteja distante do local do trabalho, o empregador deverá providenciar transporte para o empregado até lá. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Prazo para recolher os valores do FGTS e entrega da GFIP Art. 15 – todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458, da CLT, e a gratificação de Natal a que se refere a Lei no 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei no 4.749, de 12 de agosto de 1965. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias O empregador tem ainda a obrigação de proceder com a entrega do Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social – GFIP. Essa guia deve ser entregue independentemente do recolhimento do valor inerente ao FGTS e ao INSS. Nela, serão informados os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores das contribuições previdenciárias e os valores devidos ao INSS por parte do empregador e, ainda, as remunerações dos trabalhadores, demonstrando o valor a ser recolhido ao FGTS. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Prazo para entrega do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) respeita o mesmo prazo da GFIP. A entrega é feita eletronicamente por meio do Aplicativo do Caged Informatizado (ACI). Para baixar o aplicativo, deve-se acessar o site do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM). Dia 07 do mês seguinte. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Prazo para entrega da Guia da Previdência Social (GPS) O prazo para entrega da cópia da GPS ao sindicato é até o dia 10 do mês subsequente. Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Prazo para recolhimento do INSS O recolhimento das contribuições ao INSS figura regulado pela Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. Em seu artigo 30, faz constar que as importâncias devidas à Seguridade Social devem ser recolhidas até o dia 20 do mês subsequente. Consulta rápida Obrigação Data limite Salários dos mensalistas e quinzena listas Pagamento até o quinto dia útil da semana ou quinzena trabalhada Salário mensalista Pagamento até o quinto dia útil do mês subsequente Recolhimento do FGTS Até o dia 7 do mês subsequente CagedAté o dia 7 do mês subsequente Remessa da cópia da GPS ao sindicato Até o dia 10 do mês subsequente Contribuições previdenciárias e retenções Até o dia 20 do mês subsequente Contribuições previdenciárias de empregado doméstico Até o dia 15 do mês subsequente IRRF Até o último dia útil da segunda dezena do mês subsequente PIS sobre a folha do pagamento Até o dia 25 do mês subsequente Interatividade Encontre a alternativa correta: a) As viagens que o empregado faz devem compor seu salário. b) Todo empregado deve elaborar um relatório para prestação de contas de viagens. c) O PAT prioriza aqueles que ganham até três salários mínimos mensais. d) O FGTS é calculado com base no salário mínimo. e) Todo mês, o sindicato deve receber cópia da GPS. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Encargos trabalhistas Encargos trabalhistas Encargos sociais Encargos sociais e trabalhistas Fundamentação legal para incidência dos encargos trabalhistas INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT FGTS – artigo 15, da Lei no 8.036/90 IRRF: artigos 3o e 7o, da Lei no 7.713 (1988) Folha de pagamento Folha de pagamento Modalidades de horas Modalidades de horas Interatividade Resposta Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Modalidades de horas Interatividade Resposta Descontos realizados na folha de pagamento Descontos realizados na folha de pagamento Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 1 Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2 Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2 Contribuição sindical e confederativa Vale-transporte Pensão alimentícia Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado Valores que não compõem a remuneração Valores que não compõem a remuneração Valores que não compõem a remuneração Interatividade Resposta Valores que não compõem a remuneração Valores que não compõem a remuneração Valores que não compõem a remuneração Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias Consulta rápida Interatividade Resposta Slide Number 62
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