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slides aula unidade III RH UNIP

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Unidade III 
 
 
DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS 
 
 
 
Profa. Ana Paula Trubbianelli 
Encargos trabalhistas 
 Um ponto fundamental nas operações de recursos humanos 
está no cuidado que se deve ter com a apropriação e 
o recolhimento dos encargos trabalhistas. Para tanto, 
compreender quais são esses encargos trabalhistas, 
quais são suas alíquotas e como são feitas suas 
bases de cálculo é de suma importância. 
Encargos trabalhistas 
 Encargos trabalhistas 
13o salário ____________________ 8,33% 
Férias ____________________ 11,11% 
 
Encargos sociais 
 INSS _________________________ 20,00% 
 SAT/RAT até __________________ 3,00% 
 Salário-educação ______________ 2,50% 
 INCRA/SEST/SEBRAE/SENAT ____ 3,30% 
 FGTS _________________________ 8,00% 
 FGTS/ provisão de multa por rescisão _______ 4,00% 
 
Encargos sociais e trabalhistas 
 Total previdenciário ____________ 40,80% 
 Previdenciário s/ 13o e férias _____ 7,93% 
 Soma básico ___________________ 68,17 
 Conclusão: sobre um salário de mensalista de R$ 1.000,00; 
uma empresa não optante pelo Simples terá um custo mínimo 
de encargos de R$ 681,80; totalizando o custo total de mão de 
obra para esse salário de R$ 1.681,80. 
Fundamentação legal para incidência dos encargos 
trabalhistas 
 A incidência de encargos sobre o montante de 1/3 do valor das 
férias figura disciplinado na legislação identificada a seguir: 
INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, 
combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT 
 Entende-se por salário de contribuição: a totalidade dos 
rendimentos pagos, durante o mês, destinados a retribuir 
o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as 
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e 
os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer 
pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo 
à disposição do empregador ou tomador de serviços nos 
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou 
acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação 
dada pela Lei no 9.528, de 10 de dezembro de 1997 – CLT) 
INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, 
combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT 
 Art. 457, § 1o, da CLT: 
 Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como 
também as comissões, as percentagens, as gratificações 
ajustadas, as diárias para viagens e os abonos pagos pelo 
empregador (Consolidação das Leis do Trabalho). 
FGTS – artigo 15, da Lei no 8.036/90 
 Art. 15 – Para os fins previstos nesta Lei, todos os 
empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) 
de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância 
correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga 
ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na 
remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 
da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei no 4.090, 
de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei no 4.749, 
de 12 de agosto de 1965 (Consolidação das Leis do Trabalho). 
IRRF: artigos 3o e 7o, da Lei no 7.713 (1988) 
 Art. 3o – O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem 
qualquer dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9o a 14 
desta Lei. 
 § 1o – Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, 
do trabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e 
pensões percebidos em dinheiro, e ainda os proventos de 
qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos 
patrimoniais não correspondentes aos rendimentos 
declarados (Consolidação das Leis do Trabalho). 
Folha de pagamento 
 A Constituição Federal determina no artigo 7o, inciso XIII, que 
a duração do trabalho normal não seja superior a oito horas 
diárias e a 44 horas semanais. Se for possível compensar 
horários ou reduzir a jornada de trabalho, isso deve ser feito 
mediante acordo entre empregador e empregado ou 
convenção coletiva de trabalho. 
 É importante considerar que as oito horas diárias são para 
realização de trabalho efetivo, nos termos do artigo 71, § 2o, 
da CLT. 
Folha de pagamento 
 Algumas categorias profissionais possuem jornadas de 
trabalho inferiores às oito horas determinadas na CLT. Essas 
jornadas figuram inferiores por convenção coletiva ou até 
mesmo por determinação legal. 
 A Justiça Trabalhista não se opõe a esses formatos de 
jornada desde que figurem na convenção coletiva ou sejam 
fruto da comprovação, por parte do empregador, da 
impossibilidade de implantar outro formato de horário. 
 
 
Modalidades de horas 
 Hora diurna – é aquela trabalhada no período compreendido 
entre 5h e 22h. 
 Hora noturna – é aquela trabalhada no período compreendido 
entre 22h01min e 5h. Deve-se atentar para o fato de que a hora 
noturna é reduzida em termos de minutos, ou seja, considera-se 
o período de 52min30seg como sendo o de uma hora. Dessa 
forma, um empregado que trabalhar das 22h às 5h, embora 
totalize sete horas de trabalho, receberá por oito horas. 
Modalidades de horas 
 Adicional da hora noturna – apesar do fato de a hora noturna 
ser reduzida ao tempo de 52min30seg, a Lei determina que a 
ela seja acrescido o percentual mínimo de 20%. Contudo, o 
sindicato dos empregados pode negociar um percentual 
maior junto ao sindicato patronal. 
 Hora extra – é a hora trabalhada excedente ao número de 
horas fixadas no contrato de trabalho. 
Interatividade 
Encontre a alternativa correta: 
a) Apenas integra o salário o tempo em que o colaborador está 
efetivamente atuando na empresa. 
b) A hora noturna é de 52 minutos e trinta segundos. 
c) Rendimento bruto é o salário recebido. 
d) O funcionário não pode ficar mais de oito horas no trabalho. 
e) O imposto incide sobre o rendimento líquido. 
 
 
 
 
 
Modalidades de horas 
 Valor da hora extra – a Constituição Federal em seu artigo 7o, 
inciso XVI, determina que a remuneração do serviço 
extraordinário superior, no mínimo, seja 50% à normal. Dessa 
forma, em dias normais, a hora extra é acrescida de 50%, e 
nos domingos e nos feriados em 100%. Acordos coletivos 
podem fixar remuneração acima dos percentuais já fixados. 
 As variações entre cinco e dez minutos diários não serão 
computadas. 
Modalidades de horas 
 Hora compensatória ou banco de horas – trata-se da situação 
em que o empregador concentra a realização do trabalho 
em um período da semana e, obrigatoriamente, deverá reduzir 
a jornada de trabalho em outro dia. Nessa situação, o 
empregador poderá ultrapassar o limite de oito horas diárias, 
porém sem ultrapassar o limite de dez horas, além de respeitar 
o limite de 44 horas semanais de trabalho. 
 Caso haja rescisão contratual, as horas que foram realizadas 
devem ser pagas como horas extras, que incidirão como 
reflexo nas verbas rescisórias. 
Modalidades de horas 
 Hora turno – ocorre quando o empregador atua em um 
segmento que trabalha 24 horas, ou seja, turnos matutino, 
vespertino e noturno. Nesse caso, a Constituição Federal, no 
inciso XIV, do artigo 7o, determina que a jornada será de seis 
horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva. 
 
Modalidades de horas 
 Hora de sobreaviso – é a hora em que o empregado está fora 
da organização, porém está na expectativa de ser acionado 
pelo empregador a qualquer momento. Cada escala de 
sobreaviso será, no máximo, de 24 horas e cada hora de 
sobreaviso será considerada para efeito de remuneração à 
razão de 1/3 do salário normal. Para ilustrar como remunerar 
a hora de sobreaviso, considere o seguinte cálculo: salário 
$ 1.000,00/220 horas = $ 4,54 por hora. Esse valor é acrescido 
de 33,33%; logo, $ 4,54 x 1,3333 = $ 6,05. 
Modalidades de horas 
 Horas de prontidão – éaquela em que o empregado 
encontra-se nas instalações da empresa, aguardando ordens. 
 A escala de prontidão deve ser, no máximo, de doze horas e a 
remuneração será à razão de 2/3 do salário-hora normal. Dessa 
forma, tomando o mesmo exemplo utilizado para o cálculo da 
hora sobreaviso, temos: salário $ 1.000,00/220 horas = $ 4,54 
por hora. Esse valor é acrescido de 66,66%; logo, 
$ 4,54 x 1,6666 = $ 7,57. 
Modalidades de horas 
 Hora descanso – a CLT determina, em seu artigo 66, que entre 
duas jornadas de trabalho deverá haver um período mínimo 
de 11 horas consecutivas de descanso. Disciplina ainda, 
no artigo 67, que será assegurado a todo empregado um 
descanso semanal de 24 horas consecutivas, que deverá 
coincidir com o domingo, no todo ou em parte, salvo 
necessidade imperiosa dos serviços do empregado. 
Modalidades de horas 
 Hora itinerário – embora não haja previsão legal para essa 
modalidade de hora, a jurisprudência, ou seja, as sentenças 
prolatadas pelos Tribunais Trabalhistas, vêm considerando, 
para efeito de remuneração, as horas gastas no itinerário da 
casa do empregado para a empresa, quando esta fornece 
transporte particular, quando inexiste transporte público 
ou o local de difícil acesso. 
Modalidades de horas 
 Descanso Semanal Remunerado (DSR) – são os dias 
destinados ao descanso do empregado, via de regra, domingo 
e feriado. Contudo, para ter direito ao recebimento do DSR, o 
empregado deverá cumprir integralmente sua jornada de 
trabalho. 
 O desconto do descanso semanal remunerado não se restringe 
apenas à ausência do empregado, mas também se aplica aos 
atrasos habituais que caracterizem prejuízo ao bom andamento 
do trabalho. 
Modalidades de horas 
 1a situação – o empregado recebe mensalmente o valor 
de $ 600,00. Se faltar um dia ao trabalho, quanto lhe será 
descontado? Logo, se faltou ao trabalho, perdeu o direito 
a receber o valor de um domingo. Perdeu, portanto, o 
correspondente a dois dias, o dia da falta propriamente dita 
e o domingo correspondente ao descanso semanal 
remunerado. Dessa forma, o cálculo ficaria: $ 600,00/30 = 
$ 20,00 por dia. O desconto será de $ 40,00, isto é, 
$ 20,00 x 2 = $ 40,00. 
Modalidades de horas 
 2a situação – o empregado recebe mensalmente o valor de 
$ 800,00. Na primeira semana de trabalho, ele atrasa uma hora 
e, na segunda semana, mais uma hora. Ambos os atrasos não 
foram justificados. Nesse caso, como se trata de horas, o 
salário deve ser dividido pelo número de horas trabalhadas 
mensalmente. Tomemos o limite para a realização do cálculo: 
$ 800,00/220 horas = $ 3,64 por hora. Perderá, portanto, as 
duas horas que atrasou mais duas horas do domingo. O valor 
do desconto será de $ 14,55, ou seja, $ 3,64 x 4 horas = $ 4,55. 
Interatividade 
Encontre a alternativa correta: 
a) Em dias normais, a hora extra é acrescida de 50%. 
b) Hora compensatória – é aquela em que o empregado 
encontra-se nas instalações da empresa, aguardando ordens. 
c) Hora de sobreaviso – empregado permanece nas instalações 
da empresa, aguardando ordens. 
d) A partir de cinco minutos serão computadas horas extras. 
e) Todas as alternativas estão erradas. 
 
 
 
 
 
Descontos realizados na folha de pagamento 
 Previdência Social – INSS 
 Salário de contribuição Alíquota 
Até R$ 1399,12 8% 
De R$ 1399,13 até R$ 2331,88 9% 
De R$ 2331,89 até R$ 4663,75 11% 
Descontos realizados na folha de pagamento 
 Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF 
 
 
Rendimento Alíquotas % Dedução 
Até R$1.903,98 isento 
De R$1.903,99 até R$ 2.826,65 7,50 R$142,80 
De R$ 2.826,66 até R$3.751,05 15,00 R$354,80 
De R$3.751,06 até R$4.664,68 22,50 R$639,13 
Acima de R$4.664,68 27,5 R$826,15 
Dedução por dependente R$189,59 
Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 1 
 Se o empregado recebe R$ 2.000,00 e tem 1 dependente: 
 1o – Deve descontar o valor do INSS, que nesse caso, segundo 
a tabela 1, é de 9%, ou seja, R$ 180,00. 
 2o – Deve descontar também os dependentes, se houver, 
nesse caso, R$ 189,59. 
Sendo assim: 
 2.000,00 – 180,00 – 189,59 = 1.630,41 
 Esse será o rendimento tributável, assim pela tabela 2 está 
isento. 
 
Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2 
Se o empregado recebe R$ 3.200,00 e tem 1 dependente: 
 1o – Deve descontar o valor do INSS, que nesse caso, segundo 
a tabela 1, é de 11%, ou seja, R$ 352,00. 
 2o – Deve descontar também os dependentes, se houver, 
nesse caso, R$ 189,59. 
Sendo assim: 
 3200,00 – 352,00 – 189,59 = 2.658,41 
 
 
Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2 
 Esse será o rendimento tributável, assim, pela tabela 2, está 
inserido na alíquota 7,5%, 2.658,41 X 7,5%= 199,38. 
Desse valor, devo subtrair a dedução correspondente à alíquota 
que é de 142,80; logo: 
 199,38 – 142,80 = 56,58 – esse é o valor do IR a ser descontado 
do empregado 
 
Contribuição sindical e confederativa 
 É a contribuição descontada uma única vez ao ano. O valor 
a ser descontado é o correspondente ao valor de um dia de 
salário do empregado. É importante registrar que esse valor 
é determinado por lei; logo, é obrigatório. Podem ocorrer 
situações em que o empregado seja filiado ao sindicato e, 
nesse caso, o sindicato comunica ao empregador e este 
confirma com o empregado para proceder com o desconto 
regular e mensalmente. 
Vale-transporte 
 Como já explicado anteriormente, é faculdade do empregador 
descontar o percentual de 6% sobre o salário-base do 
empregado em razão do fornecimento do vale-transporte, 
excluídos quaisquer outros valores adicionais ou vantagens. 
Além disso, é importante considerar que somente se deve 
proceder com o desconto caso o empregado tenha optado 
pelo recebimento do benefício em questão. 
Pensão alimentícia 
 Não é um desconto comum. Todavia, ele ocorrerá quando 
houver uma determinação judicial, ou seja, quando o 
empregado possuir um filho que não mora com ele e a 
genitora da criança pleitear em juízo a pensão alimentícia. 
Procedimento de integração das horas extras no valor 
do descanso semanal remunerado 
 A integração do valor recebido a título de remuneração das 
horas extras no valor do descanso semanal remunerado 
ocorre por imposição legal e entendimento jurisprudencial. 
 somam-se as horas extras do mês; 
 divide-se o resultado pelo número de dias úteis do mês; 
 multiplica-se o resultado pelo número de domingos e feriados 
do mês; 
 o resultado é multiplicado pelo valor da hora extra atual. 
 
Procedimento de integração das horas extras no valor 
do descanso semanal remunerado 
 Demonstração do cálculo: 
 total de horas extras no mês de março com adicional de 50% = 
45 horas; 
 valor da hora normal = R$ 7,50; 
 valor da hora extra = R$ 7,50 x 1,50 = R$ 11,25; 
 domingos e feriados em março de 2011 = 4 
 DSR = 45 horas/27 dias úteis = 1,67 horas 
 DSR = 1,67 horas x 4 domingos = 6,67 horas 
 DSR = 6,67 horas x R$ 11,25 = R$ 75,00 
Procedimento de integração das horas extras no valor 
do descanso semanal remunerado 
 Por determinação constitucional, inciso IX, do artigo 7o, a 
remuneração do trabalho noturno deve ser superior ao valor 
da hora do trabalho diurno. Nos termos do artigo 73, da CLT, o 
percentual que deverá incidir no valor da hora normal deverá 
ser de, no mínimo, 20%. 
Valores que não compõem a remuneração 
 Nos termos do artigo 457, § 2o, da CLT, as ajudas de custo e as 
diárias para viagem que não ultrapassem a 50% do valor 
recebido pelo empregado não devem compor sua remuneração. 
Valores que não compõem a remuneração 
 Normalmente ocorre quando o empregado é encaminhado, 
ou seja, transferido para outra localidadediferente da qual foi 
contratado. Além disso, essa ajuda é paga em uma única vez, 
o que deve ser estritamente observado pelo empregador, já 
que, se ela for paga mês a mês, descaracteriza-se o aspecto 
indenizatório e passa a existir a margem de interpretação da 
ajuda de custo como parte do salário mensal. Dessa forma, 
o artigo 470, da CLT, nos ensina que a ajuda de custo deve 
constar como verba indenizatória, não salarial. 
 
Valores que não compõem a remuneração 
 As diárias para viagem são os valores pagos com regularidade 
ao empregado para que ele possa pagar as despesas inerentes 
a suas viagens de trabalho. Essas despesas são 
os gastos com diárias de hotel, alimentação e transporte. 
No entanto, como esclarecido anteriormente, esses valores 
não devem exceder a 50% do valor do salário recebido pelo 
empregado, porque, se ultrapassarem, passarão a integrar 
a remuneração do empregado em todos os efeitos legais, 
ou seja, com férias, 13o salário, recolhimento de INSS, 
recolhimento de FGTS e demais encargos. 
Interatividade 
Encontre a alternativa correta: 
a) O empregado filiado ao sindicato terá desconto anual 
em folha. 
b) O desconto relacionado ao sindicato equivale a um 
dia de trabalho. 
c) Todo empregado terá descontado de seu salário o 
correspondente a 6% de seu salário para vale-transporte. 
d) Todos os pais devem ter desconto relacionado à 
pensão alimentícia. 
e) O valor do descanso remunerado é calculado tendo como 
base 30 dias. 
 
 
Valores que não compõem a remuneração 
 Situação um: um empregado recebe um salário no valor de 
R$ 1.500,00 e viaja quinzenalmente. Em cada viagem, recebe o 
valor de R$ 250,00. Logo: 
 valor da diária = R$ 250,00 x 2 (número de viagens mensal) = 
R$ 500,00; 
 salário = R$ 1.500,00; 
 valor a ser considerado para saber se integrará a remuneração 
será de: R$ 1.500,00 x 50% = R$ 750,00; 
 R$ 500,00 é um valor menor que os R$ 750,00; logo, não 
integrará a remuneração mensal. 
Valores que não compõem a remuneração 
 Situação dois: um empregado tem como salário o valor de 
R$ 1.500,00 e viaja quatro vezes por mês. Em cada viagem, 
recebe o valor de R$ 250,00. Logo: 
 valor da diária = R$ 250,00 x 4 (número de viagens mensal) = 
R$ 1.000,00; 
 salário = R$ 1.500,00; 
 valor a ser considerado para saber se integrará a remuneração 
será de: R$ 1.500,00 x 50% = R$ 750,00; 
 R$ 1.000,00 é um valor maior que os R$ 750,00; portanto, o 
valor de R$ 1.000,00 integrará a remuneração do empregado. 
Valores que não compõem a remuneração 
 Caso o empregado seja obrigado a elaborar um relatório para 
prestação de contas do valor recebido a título de diárias para 
viagem e, nesse relatório, anexar as notas ou cupons fiscais 
dos valores gastos, mesmo o valor das diárias tendo 
ultrapassado o percentual de 50%, ele não integrará o salário 
do empregado, mesmo que descaracterize a natureza salarial. 
Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT 
 A Lei no 6.321, de 14 de abril de 1976, institui o Programa de 
Alimentação do Trabalhador (PAT). Esse dispositivo legal 
prioriza a assistência aos trabalhadores de baixa renda, ou 
seja, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais. 
 Pelo programa de alimentação, o empregador figura como 
responsável pela qualidade e pelo teor nutritivo das refeições 
de seus empregados. 
Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT 
A alimentação será fornecida de três formas distintas, à escolha 
do empregador: 
 com serviço próprio; 
 distribuir alimentos, inclusive não preparados (cestas 
básicas); 
 conveniar-se com empresas que prestem serviços de 
alimentação coletiva (essas empresas precisam ser 
credenciadas pelo PAT). 
Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT 
 O empregador poderá descontar do empregado o limite 
máximo de 20% do custo direto da refeição. Para ilustrar, 
considere um custo direito de refeição no valor de R$ 6,00. 
O limite de desconto na remuneração do empregado será de 
R$ 1,20; ou seja, R$ 6,00 x 20% = R$ 1,20. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 Prazo para efetuar o pagamento dos salários 
 Nos termos do § 1o, do artigo 459, da CLT, se o pagamento de 
salário for estipulado na modalidade mensal, ele deverá ser 
efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês 
subsequente ao vencido. 
 O mesmo raciocínio em relação ao quinto dia útil se aplica para 
as modalidades de pagamentos semanal e quinzenal. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 Se o empregador efetuar os pagamentos mediante depósito 
na conta-corrente dos empregados, os valores deverão estar 
disponíveis para saque já no quinto dia útil. Deve-se atentar 
para a data fixada pela convenção coletiva da categoria do 
funcionário, que pode ter fixado uma data antes do quinto 
dia útil. Nesse caso, vale a data estipulada pela convenção. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 Se o empregador realizar o pagamento por meio de cheque, 
deverá possibilitar ao empregado certo espaço de tempo para 
que lhe seja possível descontar o cheque no estabelecimento 
bancário. Caso a agência bancária esteja distante do local do 
trabalho, o empregador deverá providenciar transporte para o 
empregado até lá. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 Prazo para recolher os valores do FGTS e entrega da GFIP 
 Art. 15 – todos os empregadores ficam obrigados a depositar, 
até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, 
a importância correspondente a 8% (oito por cento) da 
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada 
trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que 
tratam os artigos 457 e 458, da CLT, e a gratificação de Natal a 
que se refere a Lei no 4.090, de 13 de julho de 1962, com as 
modificações da Lei no 4.749, de 12 de agosto de 1965. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 O empregador tem ainda a obrigação de proceder com a 
entrega do Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações 
à Previdência Social – GFIP. Essa guia deve ser entregue 
independentemente do recolhimento do valor inerente ao 
FGTS e ao INSS. Nela, serão informados os dados da empresa 
e dos trabalhadores, os fatos geradores das contribuições 
previdenciárias e os valores devidos ao INSS por parte do 
empregador e, ainda, as remunerações dos trabalhadores, 
demonstrando o valor a ser recolhido ao FGTS. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 Prazo para entrega do Cadastro Geral de Empregados e 
Desempregados (Caged) 
 O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 
(Caged) respeita o mesmo prazo da GFIP. A entrega é 
feita eletronicamente por meio do Aplicativo do Caged 
Informatizado (ACI). Para baixar o aplicativo, deve-se acessar 
o site do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM). 
 Dia 07 do mês seguinte. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 Prazo para entrega da Guia da Previdência Social (GPS) 
 O prazo para entrega da cópia da GPS ao sindicato é até o dia 
10 do mês subsequente. 
Cronograma das obrigações trabalhistas e 
previdenciárias 
 Prazo para recolhimento do INSS 
 O recolhimento das contribuições ao INSS figura regulado 
pela Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. Em seu artigo 30, faz 
constar que as importâncias devidas à Seguridade Social 
devem ser recolhidas até o dia 20 do mês subsequente. 
 
Consulta rápida 
Obrigação Data limite 
Salários dos mensalistas e quinzena listas Pagamento até o quinto dia útil da semana ou quinzena 
trabalhada 
Salário mensalista Pagamento até o quinto dia útil do mês subsequente 
Recolhimento do FGTS Até o dia 7 do mês subsequente 
CagedAté o dia 7 do mês subsequente 
Remessa da cópia da GPS ao sindicato Até o dia 10 do mês subsequente 
Contribuições previdenciárias e retenções Até o dia 20 do mês subsequente 
Contribuições previdenciárias de empregado doméstico Até o dia 15 do mês subsequente 
IRRF Até o último dia útil da segunda dezena do mês 
subsequente 
PIS sobre a folha do pagamento Até o dia 25 do mês subsequente 
Interatividade 
Encontre a alternativa correta: 
a) As viagens que o empregado faz devem compor seu salário. 
b) Todo empregado deve elaborar um relatório para prestação 
de contas de viagens. 
c) O PAT prioriza aqueles que ganham até três salários mínimos 
mensais. 
d) O FGTS é calculado com base no salário mínimo. 
e) Todo mês, o sindicato deve receber cópia da GPS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
	Slide Number 1
	Encargos trabalhistas
	Encargos trabalhistas
	Encargos sociais
	Encargos sociais e trabalhistas
	Fundamentação legal para incidência dos encargos trabalhistas
	INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT
	INSS – artigo 28, inciso I, da Lei no 8.212/91, combinado com o artigo 457, § 1o, da CLT
	FGTS – artigo 15, da Lei no 8.036/90
	IRRF: artigos 3o e 7o, da Lei no 7.713 (1988)
	Folha de pagamento
	Folha de pagamento
	Modalidades de horas
	Modalidades de horas 
	Interatividade 
	Resposta
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Modalidades de horas 
	Interatividade 
	Resposta
	Descontos realizados na folha de pagamento
	Descontos realizados na folha de pagamento
	Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 1
	Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2
	Descontos realizados na folha de pagamento – Caso 2
	Contribuição sindical e confederativa
	Vale-transporte
	Pensão alimentícia
	Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado
	Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado
	Procedimento de integração das horas extras no valor do descanso semanal remunerado
	Valores que não compõem a remuneração
	Valores que não compõem a remuneração
	Valores que não compõem a remuneração
	Interatividade 
	Resposta
	Valores que não compõem a remuneração
	Valores que não compõem a remuneração
	Valores que não compõem a remuneração
	Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT
	Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT
	Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Cronograma das obrigações trabalhistas e previdenciárias
	Consulta rápida
	Interatividade 
	Resposta
	Slide Number 62

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