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Parafusos de Potência Cazetta_01/05/2018 1 1- Utilização e caracteristicas; 2- Torque e efeciência; 3- Montagem do parafuso de potência; 4- Orientações gerais para o projeto. 1- Informações Técnicas • Transformam movimento rotativo (angular) em movimento de translação retilínea (linear), ou amplificam uma pequena força tangencial deslocando-se (em trajetória circular) em uma grande força axial. • Podem levantar e mover grandes cargas. Nesses casos, uma rosca muito forte é necessária (Quadrada, ACME, Trapezoidal, etc) • Parafuso de Potência: é um eixo roscado com um colar de apoio Cazetta_01/05/2018 2 • Parafuso de Potência: é um eixo roscado com um colar de apoio em uma das extremidades, encaixado em uma porca e acoplada à rosca. • Parafuso Sem Fim: usado para deslocamentos (fusos de máquinas) . • Aplicação: “Macaco de carro”, fusos ou atuadores lineares, • A configuração básica para as aplicações de elevação de carga está ilustrada na Figura 01 (pag.4). Aplicações: Cazetta_01/05/2018 3 Parafuso Sem Fim Parafuso de Potencia Cazetta_01/05/2018 4 Configuração básica para elevação de carga • re – raio externo • rr – raio da raiz • rp – raio de passo • rc – raio médio do colar Figura 01 Configuração Básica para Elevação de Carga Cazetta_01/05/2018 5 Figura 02 Rosca quadrada : tensões de flexão e de cisalhamento transversal na raiz da rosca. 1- Tipos de Roscas • As roscas são planos inclinados enroladas em forma de helicóide em torno do eixo; • As formas roscadas são escolhidas para maximizar a capacidade de carregar carga axial e de minimizar o atrito por arrasto; • As formas de rosca mais úteis que podem ser utilizadas para parafusos de potência são: • Rosca quadrada: máxima eficiência e rigidez e também elimina qualquer componente de força radial entre parafuso e a porca. Cazetta_01/05/2018 6 componente de força radial entre parafuso e a porca. • Rosca quadrada modificada: � Aplicadas em fusos que sofrem grandes esforços e choques na transmissão (prensas e morsas). � A rosca quadrada apresenta as melhores resistência e eficiência, mas é difícil de ser fabricada. O ângulo de filete (θ = 5°) e ângulo da rosca (2.θ = 10°) da rosca quadrada modificada facilita a sua fabricabilidade. • Rosca Acme: possui um ângulo de 29°o que a torna mais fácil de fabricar e também permite o uso de uma porca partida, que pode ser apertada radialmente contra o parafuso para consumir qualquer desgaste existente. A rosca Acme é uma escolha comum para parafusos de potência que devem carregar cargas em ambas as direções (para cargas unidirecionais); • Rosca Dente de Serra: para cargas unidirecionais, grandes esforços num só sentido - macacos de catraca; • Rosca Redonda: fusos com grandes diâmetros submetidos a Cazetta_01/05/2018 7 • Rosca Redonda: fusos com grandes diâmetros submetidos a grandes esforços - equipamentos ferroviários; • Rosca Trapezoidal: Transmissão de movimento suave e uniforme – fusos de máquinas. Cazetta_01/05/2018 8 Tabela 01 Tabela 02 Formatos dos padrões de roscas Cazetta_01/05/2018 9 Cazetta_01/05/2018 10 Dados Selecionados para Filetes de Rosca de Parafusos de Potência Normalizados Tabela 03 1- Informações Técnicas • Rosca Acme com ângulo da rosca (29°) é facil de ser fabricada e permite o uso de porca ajustável para compensar o desgaste. • Roscas dente de serra� Resistencias maiores para cargas unidirencionais. • Avanço (a)� é o deslocamento axial da porca, para uma volta dada no parafuso. • Rosca com uma entrada� avanço (a) = passo (p) Cazetta_01/05/2018 11 • Rosca com uma entrada� avanço (a) = passo (p) • Rosca com mais entrada � avanço (a) = n . p • Ângulo de avanço (α) + ângulo de hélice (Ψ) = 90° n – número de entradas Escolha de materiais: • Materiais para porca e parafuso devem ter: • Boa resistência a compressão e a fadiga; • Boa ductibilidade: (é a capacidade que os materiais possuem de se deformar plasticamente); • Boa condutibilidade térmica; • Boa compatibilidade entre os materiais das superfícies em contato do parafuso e porca; Cazetta_01/05/2018 12 do parafuso e porca; • Parafuso: • Aço de baixo carbono, com uma liga de aço cementável, como uma camada cementada e tratada termicamente; • AISI 1010 / 3310 / 4620 e 8620. • Porca: • Material dúctil e macio, como bronze, liga de bronze com chumbo, bronze-alumíinio, ou versões porosas sinterizadas, impregnadas com lubrificantes. Rosca do parafuso desenrolada em uma volta. • Deseja-se encontrar uma expressão para o torque requerido para elevar a carga e baixar a mesma. • Rosca formará a hipotenusa de um triângulo reto cuja base é o comprimento da circunferência do círculo de diâmetro médio de rosca e cuja altura é o avanço (a). • Para elevar a carga (C ou F), uma força PR atua para a direita e para baixá-la PL, para a esquerda. Cazetta_01/05/2018 13 tanα = a / π.dm α = tan-1 . a / 2.π.rm ou C ou C Significado das variáveis: • fN – força de atrito (N); • dm - diâmetro médio da rosca (mm) raio médio (rm) = dm/2); • a – avanço (mm); • p – passo (mm); • N – força normal (N); • C ou F – carga ou força (N); • PR – força aplicada para elevar a carga C (N); • PL – força aplicada para baixar a carga C (N); Cazetta_01/05/2018 14 • PL – força aplicada para baixar a carga C (N); • α - ângulo de hélice (avanço) da rosca; • θ - ângulo de filete da rosca; • f ou μ – coeficiente de atrito; • μc – coeficiente de atrito entre o colar e a estrutura; • μr - coeficiente de atrito entre o filete da porca e parafuso. • J ou I – momento de inércia (mm4) • W – módulo de resistência (mm3) • E – módulo de elasticidade (MPa) Torque e eficiência Cazetta_01/05/2018 15 Parafuso e porca Parafuso Nota: 3 filetes completos são suficientes para desenvolver a resistência completa de um parafuso de potência. porca considerados conjuntamente como um corpo livre. A carga está sendo levantada. Parafuso considerado Isoladamente como um corpo livre. A carga está sendo levantada Torque e eficiência Cazetta_01/05/2018 16 TR - Torque de entrada – levantando a carga conforme Figura 01; TC – Torque requerido quando se está abaixando a carga; Tatr – Torque requerido para vencer o atrito entre as roscas do parafuso e a porca; Tatc – Torque requerido para vencer o atrito entre o colar de empuxo e a estrutura do suporte. TR = Mt = Fm . L = Tatr + Tatc Torque necessário para elevar a carga C Torque necessário para abaixar a carga C Referencia: COLLINS Pag.394 Obs. Rosca Quadrada � cosθ = 1 Eficiência (e) Cazetta_01/05/2018 17 A eficiência (e) de uma montagem com parafuso de potência, pode ser definida como a razão entre o torque motor Tμ=o (torque teórico para elevar a carga se não houvesse atrito nem no colar nem nas áreas de contato das roscas) e TR (com atrito no colar e nas roscas). Eficiência (e) Cazetta_01/05/2018 18 Se o atrito no colar for desprezivelmente pequeno, e o ângulo de avanço for pequeno (usual), simplifica-se a expressão para: Transformação de unidades: 1 libra força (lbf) = 4,45 Newton (N) 1 psi = 6,89 kPa 1 polegada (in) = 25,4 mm 1 cv = 735,5 watts (W) 1 pé (ft) = 0,305 m 1 ft / min = 0,0051 m/s Parafuso autotravante e Parafuso supervisionado • Dependendo dos coeficientes de atrito e da geometria da rosca, pode ou não fazer o parafuso girar ao contrário se o torque aplicado TR for removido, quando na elevação. • Carga axial (C), pode ser capaz ou não de descer sozinha, fazendo o parafuso girar no sentido contrário da subida. • Se o parafuso não puder ser girado em sentido contrário por nenhum valor decarga axial C, a montagem é dita autotravante. • Aplicando-se uma carga axial na porca, pode-se fazer o parafuso girar, a montagem é dita supervisionada. Cazetta_01/05/2018 19 montagem é dita supervisionada. • Condição para Parafuso ser autotravante • Condição para Parafuso ser supervisionado • Por exemplo: macacos e fixadores de rosca sejam autotravantes e os atuadores lineares sejam projetados de modo que uma força axial na porca cause a rotação supervisionada do parafuso. a – avanço e θ - ângulo da hélice Eficiência (e) Cazetta_01/05/2018 20 Eficiências para as roscas Acme como uma função do ângulo de avanço e do coeficiente de atrito da rosca. O atrito no colar não esta incluído. Valores de eficiência são muito baixos para ângulos de avanço que estão próximos a 0°ou 90°. Bons valores de EficiênciasBons valores de Eficiências são obtidas utilizando-se ângulos de avanço na faixa de 30°a 60°e de baixos coeficientes de atrito. O ângulo de avanço (α) para os parafusos de potência normalizados pela Acme varia de 2°a 5°e os valores práticos para μr estão em torno de 0,1 para superfícies secas e 0,03 para superfícies lubrificadas. Exercício resolvido • Uma montagem com parafuso de potência, do tipo ilustrado na Figura 01 (pag.4), deve ser utilizada para elevar e abaixar ciclicamente uma carga de 2500 lbf com uma velocidade de 3 in/s. Está sendo proposta uma forma de rosca quadrada modificada de uma entrada, com diâmetro externo de 1,50 polegada para ser utilizada nesta aplicação. Preliminarmente, propõe-se um parafuso de aço e uma porca de bronze, havendo uma arruela de encosto sustentada pela estrutura na região de contato do colar de empuxo. O raio médio do colar proposto é de 0,88 polegada. Antecipou-se que tanto a rosca do parafuso quanto o colar de empuxo serão lubrificadas com óleo. Pede-se: a. Determine passo (p), avanço (a), raio de passo (rp) e o ângulo de avanço (α) para esta configuração. Cazetta_01/05/2018 21 para esta configuração. b. Determine o torque de partida e o torque em operação para elevar e abaixar a carga. c. Você espera que a montagem seja autotravante ou supervisionada? d. Calcule a eficiência do parafuso de potência da montagem proposta. O atrito no colar contribui significativamente para a perda de eficiência? e. Se um moto-redutor especial deve ser utilizado para acionar esta montagem com parafuso de potência, qual deveria ser a potência e torque mínimos necessários para o motor de acionamento? f. Utilizando o gráfico pag.20 como base, compare a eficiência da rosca quadrada modificada proposta com a de uma forma de rosca normalizada da Acme, caso fosse utilizada. Solução: a)- Tabela 03 (pag.9) a rosca quadrada modificada normalizada com d = 1,5 polegada tem 3 filetes por polegada,então o passo é: � Avanço (rosca quadrada de uma entrada): a = p = 0,33 in. Cazetta_01/05/2018 22 p = 1 / 3 = 0,33 polegada rp = rm a = p = 0,33 in. �Raio do passo (rp): � Ângulo de avanço (ver pag.12): rp = re – (p/4) � 1,5/2 – (0,33/4) rp = 0,67 in α = tan-1. a / (2.π.rp) � α = tan-1. 0,33 / (2.π.0,67) α = 4,5° b)- Torque para Elevar (TR): Cazetta_01/05/2018 23 Ângulo de rosca (θ) é 5°� Rosca Quadrada Modificada. A única diferença entre o Torque de partida e o Torque de operação é os diferentes coeficientes de atrito estático e de deslizamento. Para aço lubrificado sobre bronze, ver COLLINS pag.718 - Tabela A.1. (ver pag.62) � Atrito estático µr = µc = 0,06 � Atrito deslizante µr = µc = 0,03� Atrito deslizante µr = µc = 0,03 Torque para Abaixar a carga (Tc): Cazetta_01/05/2018 24 c)- Rosca será autotravante se: Cazetta_01/05/2018 25 Os coeficientes de atrito estático (0,06) e de deslizamento (0,03) de μr são ambos inferiores a 0,08, então, o parafuso seria classificado como supervisionado e não autotravante. µr > (0,33.cos5°) / (2. π.0,67) µr > 0,08 d)- Eficiência (e) Eficiência (e) sem considerar o atrito do colar: Cazetta_01/05/2018 26 ���� Conclusão: • O atrito no colar reduz a eficiência de, aproximadamente, 72% para, aproximadamente, 53%, portanto uma redução significante. Deve ser considerada a utilização de um mancal de elemento rotativo, em vez da arruela de encosto de bronze. e)- Potência e Torque mínimo: �Torque mínimo calculado: TRmin. = 365,3 lbf.in ���� Cálculo da rotação (n) • V = 3 in/s � 3 . 60 = 180 in / min. • Passo (p) = 0,33 in • Rotação (n) � 180 / 0,33 = 545,5 rpm Cazetta_01/05/2018 27 • Rotação (n) � 180 / 0,33 = 545,5 rpm Lembrete: 180 in em um minuto; 0,33 in (passo) em uma volta do parafuso. n – quantas voltas em um minuto. - Cálculo da Potência (P) • A potência mínima requerida pode ser calculada, utilizando-se o torque de operação para se elevar a carga, conforme calculado. Cazetta_01/05/2018 28 TR operação – Torque de operação (lbf.in) Observação: • Um fator de segurança apropriado sobre as especificações de torque e de potência mínimos requeridos deve ser aplicado na seleção do motor de acionamento. TR operação – Torque de operação (lbf.in) n – Rotação (rpm) Pmin. – Potência mínima (CV) f)- Se uma rosca Acme com diâmetro externo de = 1,50 in fosse utilizada, segundo a indicação da Tabela 03 (pag.10), a especificação normalizada seria de 4 filetes por polegada, determinando um passo de 0,25 in e um ângulo de avanço de: Cazetta_01/05/2018 29 Conclusão: � Utilizando-se μr = 0,03 e α = 3,4°, tem -se (e)Acme = 66% � Comparado com o valor de 72% da rosca quadrada modificada. Dimensionamento do parafuso. • Tensões nos pontos críticos; • Desgaste; Cazetta_01/05/2018 30 • Cisalhamento; • Flambagem. Macaco Joyce - Elétrico Pontos Críticos e Tensões na Rosca • Três pontos críticos na zona de contato das roscas de um parafuso de potência (A, B e C). ���� Ponto A: Desgaste (falha) • Pressão de esmagamento Cazetta_01/05/2018 31 ���� Ponto B: Tensão de escoamento e fadiga (falha) • Tensão cisalhante, tensão normal e Tensão máx. Cisalhante ���� Ponto C: Tensão de escoamento e fadiga (falha) • Tensão nominal flexão Pontos Críticos e Tensões na Rosca Ponto crítico A� Falha dominante é o desgaste • A pressão de esmagamento admissível entre as roscas em contato ver Tabela 04 - (pag.33) • A pressão de esmagamento pA na superfície da rosca pode ser estimada utilizando-se a área de contato efetiva da rosca projetada. Cazetta_01/05/2018 32 • pA – pressão no ponto A (psi); • C = carga lbf; • re = raio externo (in); • rr = raio da raiz, (in); • ne = número efetivo de filetes na zona de contato suportando a carga TABELA 04 - Limites de Projeto para Mancais de Lubrificação Limítrofe Operando em Contato com Eixos de Aço (munhões). Cazetta_01/05/2018 33 Ponto crítico B� Falhas dominantes são o escoamento e a fadiga. � As componentes de Tensão no ponto crítico incluem: • tensão cisalhante devida à torção no corpo do parafuso, • tensão normal no corpo do parafuso • tensão cisalhante transversal devida à flexão dos filetes, � A tensão cisalhante, devida à torção, na seção transversal da raiz da rosca. Cazetta_01/05/2018 34 • Jp – Momento polar de Inercia, (in4) • TR = torque para elevar a carga, (lbf.in) • Tatc = TC� torque para superar o atrito no colar, (lbf.in) • rr = raio da raiz do parafuso, (in) Ponto crítico B� falhas dominantes são o escoamento e a fadiga. • rr = raio da raiz do parafuso (in); • p = passo da rosca (in); � A tensão normal na seção transversal da raiz é dada por: Cazetta_01/05/2018 35 � Considerando-se a rosca como uma viga engastada com uma seção transversal retangular na raiz, a máxima tensão cisalhante transversal é: ne = número efetivo de filetes nazona de contato suportando a carga. Ponto crítico C� falha dominantes são o escoamento ou a fadiga, com a possibilidade de fratura frágil, ainda que pouco provável. � Os componentes de tensão neste ponto crítico: - tensão cisalhante no corpo do parafuso (Ƭcis); - tensão normal no corpo do parafuso (σdir); - tensão de flexão nos filetes de rosca (σb). � A tensão nominal de flexão na rosca pode ser estimada considerando-se o filete de rosca como uma viga engastada com Cazetta_01/05/2018 36 considerando-se o filete de rosca como uma viga engastada com uma carga "na extremidade" distribuída ao longo da linha de passo. � Deve-se aplicar um fator de segurança adequado a cada componente de tensão neste ponto crítico. Flambagem de colunas elásticas: � Equação de Euler para a flambagem de uma coluna rotulada: (ref. COLLINS - pag.74) • Pcr - carga crítica de Euler para uma coluna rotulada (lbf). Cazetta_01/05/2018 37 • Pcr - carga crítica de Euler para uma coluna rotulada (lbf). � O menor valor da carga crítica que produz a flambagem em uma coluna rotulada é chamada equação de Euler para a flambagem de uma coluna rotulada. • Le - Comprimento efetivo de coluna (in); • E – Módulo de elasticidade (Young) (psi); • I – Momento de inercia da área (in ) .4 Flambagem de colunas elásticas: (COLLINS – pag.74) Cazetta_01/05/2018 38 Exercício resolvido: • Está-se cogitando usar uma montagem com parafuso de potência como mecanismo de acionamento para um compactador mecânico destinado a uma indústria de fabricação de chapas metálicas. O equipamento deve ser usado para compactar aparas de chapas de metal em pequenos "tarugos" cilindricos para envio a uma instalação de reciclagem. A configuração proposta está esboçada na figura que segue. O comprimento sem apoio, quando o fuso estiver completamente estendido (correspondente à carga axial máxima), é de 72 in (polegadas), e os suportes das extremidades da porca e da prensa podem ser considerados rotulados em cada posição. A porca rotativa de acionamento é movida por uma correia em V acoplada a uma polia motora indicada. A porca rotativa, apoiada sobre um mancal de Cazetta_01/05/2018 39 uma polia motora indicada. A porca rotativa, apoiada sobre um mancal de encosto de elemento rotativo de baixo atrito, faz com que o parafuso (e a prensa presa a ele) sofra uma translação para cima e para baixo. O parafuso tem a rotação restrita por um elemento deslizante de baixo atrito percorrendo uma ranhura vertical na estrutura de sustentação. Quando há compressão suficiente das aparas de metal na câmara de compactação para gerar uma força resistente na prensa de 10.000 lbf, um sensor de força ativa um interruptor de reversão do acionamento, recolhendo o parafuso para a sua posição mais elevada. Faça uma determinação preliminar do tipo de rosca e de um tamanho de parafuso satisfatórios para o parafuso de potência a ser utilizado neste equipamento. A gerência de engenharia especificou um fator de segurança de projeto de 1,5, e sabe-se, antecipadamente, que as roscas serão lubrificadas. Cazetta_01/05/2018 40 Esquema da prensa Proposta no exercício Seguidor 72 in 2-Temperado e estirado para alcançar Rockwell HRC-42. 3-Laminado a quente. 4-Estirado a frio. 5-Limite de resistência à compressão é de 170.000 psi. Cazetta_01/05/2018 41 Solução: 1- Selecionar os materiais conf. Tab.3.3 (pag.41): • Parafuso: SAE 1020 (E = 30.10 psi) • Porca: Bronze poroso C-22000 (E =17.10 psi) � Boa resistência ao desgaste; � Boa resistência a flambagem (E aço elevado); � Coeficiente de atrito relativamente baixo. Cazetta_01/05/2018 42 6 6 � Forma da rosca selecionada preliminarmente: Acme; � O colar de empuxo engloba um mancal rotativo � Atrito será desprezado; � O atrito do “Seguidor” � não será considerado. 2- Parafuso está sob compressão� Sofre Flambagem � diâmetro de raiz do parafuso pode ser estimado utilizando-se a equação de Euler com Le = L, (coluna com ambas as extremidades articuladas). Le = 72 in. � Considerar o fator de segurança (FS) = 1,5. � Força max. projeto (prensa) = 10.000 lbf � Cálculo da Força crítica (Pcr): Cazetta_01/05/2018 43 Pcr = FS . Força máx. � 1,5 . 10000 = 15.000 lbf � Momento de inércia do parafuso (I): secção circular Pcr = FS . Força máx. � 1,5 . 10000 = 15.000 lbf 3- Tamanho padronizado da rosca Acme. (pag.10 – tab.03) � dr = 1,52 in � de = dr + 2.(p/2) (pag.9) � de = 2 pol (selecionado) � 4 filetes / pol � Passo (p) = 1” / n°filetes � 1 / 4 = 0,25 in. � Cálculo do novo dr: • dr = de – p� dr = 2 – 0,25 � dr = 1,75 in (raio da raiz) � Avanço (a) = passo (p) = 0,25 in � parafuso com uma entrada. Cazetta_01/05/2018 44 de =d diâm.externo 4- Cálculo Torque do Motor. � Coeficiente de atrito pag.62 (tab.A.1 – COLLINS – pag.718) (μr)seco = 0,08 (deslizamento) (μr)lubrificado = 0,03 (deslizamento) �Para a rosca Acme de 2 in, roscas lubrificadas: � rp = (re + rr) / 2 � (1 + 0.875) / 2 = 0,94 in (raio de passo) � θ = 14,5°(ângulo do filete) – ver pag.9 Cazetta_01/05/2018 45 Calculo torque do motor. Este é o pico do torque de acionamento necessário ao término do ciclo de compactação (parafuso completamente estendido). Parcela do atrito no colar,Parcela do atrito no colar, Nâo foi considerado. Cazetta_01/05/2018 46 5- Investigação dos pontos críticos: �Ponto crítico A, � na região de contato entre as roscas da porca e do parafuso, admite-se que três filetes de rosca suportam toda a carga. Tabela 04 (pag.33), para o aço (parafuso) sobre o bronze poroso pA = 4703 psi ne – número efetivo de filetes em contato (adotar 3 filetes é suficiente) Tabela 04 (pag.33), para o aço (parafuso) sobre o bronze poroso (porca) � Pressão máxima admissível Pmáx.= 2000 psi, Conclusão: Pressão calculada é maior que a pressão admissível� - É necessário uma área de contato da rosca projetada maior. - Recalcular tomando o próximo tamanho maior da rosca padronizada Acme da Tabela 03 - (pag.10): � de= 3,0 in (2 filetes / in) (re = 1,5 in) � Avanço = Passo = 1” / 2 � 0,5 in. � dr = de – 2. (p / 2)� dr = 3,0 – 2.(0,5/2) � dr = 2,5 in (rr = 1,25 in). Cazetta_01/05/2018 47 �Ponto crítico A, • Admitindo-se que 2,5 filetes de rosca suportam toda a carga. • Esta configuração torna o ponto crítico A aceitável porque pmax. adm = 2000 psi. pA = 1852 psi � O cálculo do torque deve ser corrigido para este novo diâmetro de parafuso, assim: Cazetta_01/05/2018 48 �Ponto crítico B, • Tensão cisalhante devida à torção, no parafuso: - Tensão normal no parafuso: Ƭcis = (4 . TR) / π . rr3 σdir = - C / π . rr2 - Tensão máx. cisalhante transversal devido à flexão da rosca: rr p ne C Cazetta_01/05/2018 49 �Ponto crítico C • Tensão cisalhante devida à torção, no parafuso: • Tensão normal no parafuso: σdir = - C / π . rr Ƭcis = (4 . TR) / π . rr3 2 • Tensão máx. cisalhante transversal devida à flexão da rosca: Neste ponto crítico, deveriam ser aplicados fatores de concentrações de tensões adequados para cada componente de tensão, uma vez que a fadiga é um modo de falha provável. Não foi possível obter dados para fatores de concentrações específicos. Os dados para eixo com raio adoçado pode ser utilizados para fins de aproximação. Cazetta_01/05/2018 50 Fatores de concentrações de tensões para eixo com um raio adoçamente submetido aos seuintes esforços: Esforços de flexão Cazetta_01/05/2018 51 Esforços de Carga axial (Tração) Cazetta_01/05/2018 52 Esforços de torção Solução: Cazetta_01/05/2018 53 • de = 3 in - dr = 2,5 in - p = 0,5 in • rf = 0,06.p � 0,06.(0,5) = 0,03 in � com rf / dr = 0,03 / 2,5 = 0,012 ede / dr = 3 / 2,5 = 1,20, tem-se: • Kb = 2,6 (tração) pag.51 • Kd = 2,9 (extrapolado) (flexão) pag.50 • Ks = 2,3 (torção) pag.52 • Kt – fator de concentração teórico Kf – fator de concentração de tensões de fadiga• Kf – fator de concentração de tensões de fadiga • q – índice de sensibilidade ao entalhe (pag.54) No gráfico (pag.54) aço SAE 1020: (Limite de resistência a tração Su = 61.000 psi – 61 ksi) O índice de sensibilidade ao entalhe (q) para rf = 0,03 in. está na faixa de: �0,60 - 0,65 para tração e flexão �0,65 - 0,70 para torção. �qb = qd = 0,65 (tração e flexão) �qcis = 0,70 (torção / cisalhamento) Kf = q . (Kt -1) + 1 Cazetta_01/05/2018 54 Curvas do índice de sensibilidade ao entalhe (q) x raio do entalhe para um gama de aços e uma liga de alumínio submetidos ao carregamento axial, de flexão e de torção. Bhn - Brinell Equação cúbica da tensão geral Cazetta_01/05/2018 55 Utilizando-se, a equação cúbica da tensão pode-se determinar as tensões principais para o ponto crítico C: σdir = σz = - 4,49 ksi σb = σx = 12,72 ksi Ƭcis = Ƭyz = 1,52 ksi �As tensões cisalhantes são nulas no plano x (fig.na pag.51) para ponto crítico C, Este plano é, por definição, um plano principal. Portanto: Fator de fadiga (Kf) Cazetta_01/05/2018 56 Kf = q . (Kt -1) + 1 Cálculo das tensões de fadiga: Cazetta_01/05/2018 57 Dividir a equação abaixo por 6. Análise a fadiga � Ponto crítico A, desgaste é o modo de falha dominante, fator de segurança já está incluído nos dados de pressão admissível � tensão de projeto (pressão admissível de projeto) de 2.000 psi não requer modificação. � Pontos críticos B e C, fadiga é o modo de falha dominante, a tensão de projeto sera determinada como segue: Cazetta_01/05/2018 58 tensão de projeto sera determinada como segue: • material aço SAE1020: • Limite de resistência a tração Su = 61.000 psi • Limite de escoamento Syp = 51.000 psi • e = 15% (50,8 mm) • Considerando: Limite de resistência a fadiga (S`N = 0,5 . Su) • S`N = 0,5 . 61000 � S´N = 30.500 psi o valor de kꝏ para esta aplicação (admitida a vida infinita) Cazetta_01/05/2018 59 para vida infinita, o limite de resistência à fadiga do parafuso pode para vida infinita, o limite de resistência à fadiga do parafuso pode ser estimado: utilizando-se o fator de segurança especificado de projeto, a tensão de projeto: Cazetta_01/05/2018 60 • Uma vez que as tensões sejão satisfeitas, a tensão calculada seja menor que a estipulado pelo material, o projeto será aceitável. • Pode-se observar, atraves dos cálculos de projeto, que o modo de falha dominante no geral é o desgaste. Cazetta_01/05/2018 61 Considerações finais: • Para resumir, a recomendação preliminar é de se utilizar uma rosca padronizada Acme de 3,0 polegadas, de uma entrada satisfas todos os critérios de projeto e evita as falhas prováveis por flambagem, desgaste e fadiga. • Um parafuso tubular deveria, provavelmente, ser considerado para se poupar material e reduzir peso. Cazetta_01/05/2018 62 Bibliografia: • COLLINS, A.J – Projeto Mecânico de Elementos de Máquinas – 1ª edição – 2006. • BUDYNAS, R.G; NISBETT, J.K. – Elementos de Máquinas de Shigley – 8ª edição Cazetta_01/05/2018 63
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