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UNIDADE II DOENÇAS OCUPACIONAIS E O CORPO HUMANO

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O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho
Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Uerley Magalhães Franchi
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
5
Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao Tema
• Leitura Obrigatória
• Material Complementar Fonte: iSotck /Getty Im
ages
 · Discorrer sobre o nexo causal das doenças ocupacionais.
 · Explicar como funciona o corpo humano, como e porque é atingido por doenças.
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último 
momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado 
ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá 
escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e 
determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de 
materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão 
o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca 
de ideias e aprendizagem.
6
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Introdução ao Tema
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), milhões de pessoas morrem 
todos os anos em acidentes ou doenças de origem profissional. Os acidentes estão ligados 
diretamente à falta do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), por não obedecer às 
normas e procedimentos, por negligência e imprudência pessoal e/ou por terceirizar serviços.
As doenças ocupacionais estão ligadas a atividades desenvolvidas pelos trabalhadores ou 
condições as quais estão expostos. As doenças ocupacionais são subdivididas em:
 · Doenças profissionais ou tecnopatias: o próprio trabalho é o causador da doença;
 · Doenças do trabalho ou mesopatias: o trabalho não é a causa específica da doença, 
contudo, em muitos casos, acaba causando o seu agravamento;
 · A saúde dos trabalhadores tem um enfoque muito importante, pois é necessário adequar 
o trabalho ao trabalhador – e não o contrário –, tendo por objetivo a redução do risco, 
proporcionando maior satisfação profissional.
No ambiente de trabalho, os trabalhadores estão sujeitos a diversos riscos, os quais podem 
variar de acordo com as tarefas executadas, o local de trabalho etc. Os riscos são divididos nos 
seguintes grupos: 
 · Físicos: ruídos, vibrações, temperaturas extremas – frio/calor –, pressões anormais, 
umidade, radiação ionizante – raio-x, alfa, gama – e radiações não ionizantes – do Sol;
 · Químicos: poeiras, fumos – de solda –, névoas – de tinta –, neblinas – aerossóis –, 
gases, vapores etc.;
 · Biológicos: microrganismos indesejáveis – bactérias, fungos, protozoários, bacilos, 
vírus etc.;
 · Ergonômicos: local de trabalho inadequado, levantamento de peso excessivo, 
monotonia, repetitividade, posturas inadequadas, estresse etc.;
 · Acidentes: arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, probabilidade de 
choque elétrico, máquinas e equipamentos sem proteção, animais peçonhentos, piso 
escorregadio, probabilidade de incêndios etc.
Quando o agente de risco entra em contato com o trabalhador como, por exemplo, em 
substâncias químicas inaladas, ocorre a ação direta; quando são desencadeadas transformações 
do ambiente e essas influenciam o trabalhador, são as chamadas ações indiretas, como no caso 
das substâncias químicas inflamáveis que geram incêndios e explosões. O ambiente engloba 
não somente o espaço físico, mas também o modo como os fatores físicos intermediam o 
trabalho, incluindo as características da organização do trabalho. 
Um agente de risco pode atuar sobre o trabalhador, prejudicando sua saúde. Assim, 
pode concentrar características potencialmente danosas à saúde, por exemplo: ferramentas 
cortantes e engrenagens de máquinas são consideradas agentes de risco em potencial, pois 
podem causar lesões no contato com o corpo humano. O mesmo acontece em relação às 
substâncias químicas e às características do ambiente, tais como temperaturas, vibrações e 
radiações existentes nos processos de trabalho.
7
Os agentes presentes na natureza também atuam de forma negativa na saúde do homem. Na 
praia, as temperaturas elevadas e, consequentemente, as radiações ultravioleta e infravermelha 
são mais constantes, de modo que a exposição a esse ambiente em um período considerado 
normal torna-se agradável e saudável. Todavia, a exposição por longos períodos atua de forma 
a se tornar um fator de risco ao homem. Considerando o exemplo de um vendedor de praia 
que, devido à sua rotina de trabalho, submete-se à ação repetitiva desse agente que, ao longo 
do tempo, pode se tornar um fator de risco à saúde desse profissional.
Leitura Obrigatória
Introdução
Em todos os processos de trabalho existem situações de risco, acidentes e adoecimentos, 
segundo as condições de higiene e qualidade de trabalho. Os riscos identificados nos processos 
de trabalho que se concretizam são chamados de agentes de riscos. O agente é aquilo que 
pratica ação, provocando a reação sobre o outro. No caso do agente de risco que atua direta e 
indiretamente no corpo do trabalhador, este corpo deve ser visto não somente pelo seu aspecto 
físico, mas também pelo aspecto integral, o que inclui as instâncias fisiológicas, psicológicas e 
emocionais.
Alguns agentes de risco possuem baixos níveis de concentração, o que os tornam 
imperceptíveis ou até mesmo fazem com que as pessoas se acostumem aos quais. Por serem 
invisíveis, muitas vezes não são associados nem pelo trabalhador, nem pelos médicos como os 
responsáveis pelos problemas de saúde identificados.
Ainda existe muito a se identificar sobre os efeitos que causam danos à saúde e os diversos 
agentes de riscos que surgem e se expandem devido ao desenvolvimento tecnológico e 
industrial. Por isso, é importante contextualizar os agentes de riscos no interior dos processos 
de trabalho que, como o próprio nome diz, deve ter um dinamismo ligado às transformações 
do objeto de trabalho e do trabalhador.
Classificação dos Agentes de Risco
É importante salientar que dificilmente um agente de risco atua de forma dissociada ou 
desarticulada com outros agentes. O que se percebe é a falta de estudos que levem em 
consideração tal realidade, porém, a atuação conjunta de diversos agentes sobre o trabalhador 
provoca efeitos distintos e, em muitos casos, nocivos se comparados à ação isolada.
Exemplificando: o trabalhador que atua simultaneamente em um ambiente tóxico, com 
ruído elevado e em um sistema de organização arbitrário, tende a sofrer reações distintas do 
que se fosse afetado por esses mesmos agentes de forma isolada. Assim, sempre que possível, 
é necessário realizar levantamento das condições de trabalho, analisando e articulando a 
atuação dos diversos agentes em um determinado ambiente de trabalho.
8
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
São vários os agentes de riscos à saúde existentes nos processos de trabalho.
Físicos:
 · Ambiente térmico; 
 · Ruído; 
 · Radiações ionizantes; 
 · Ambiente mal iluminado;
 · Pressões anormais; 
 · Vibrações; 
 · Eletricidade. 
Químicos: 
 · Sólidos – poeiras, fumos;
 · Líquidos – vapores, gases; 
 · Irritantes – asfixiantes; 
 · Anestésicos – narcóticos; 
 · Sistêmicos – carcinogênicos; 
 · Inflamáveis – explosivos; 
 · Corrosivos.
Ergonômicos:
 · Postura – fadiga e problemasosteoarticulares; 
 · Esforços físicos e mentais – fadiga;
Mecânicos:
 · Quedas; 
 · Lesões no manuseio de máquinas e instrumentos; 
 · Rebarbas, cavacos, fagulhas;
 · Choque de veículos; 
 · Outros impactos mecânicos. 
Biológicos:
 · Contato com animais peçonhentos – cobras, escorpiões, aranhas etc.; 
 · Contato ou manuseio com microrganismos patogênicos – em laboratórios, hospitais etc.;
 · Contato com vetores de doenças infectocontagiosas.
Organizacionais:
 · Trabalho em turnos alternados e noturnos; 
 · Trabalho repetitivo e monótono; 
 · Jornadas, pausas, horas extras; 
 · Ritmo de trabalho, cobrança e produtividade;
 · Mecanismos de coerção e punição.
9
Os riscos biológicos podem ser considerados como doenças do trabalho, ou seja, um 
acidente de trabalho, desde que se estabeleça a causa, o que inclui infecções agudas e crônicas, 
parasitoses e reações alérgicas ou intoxicações provocadas por plantas e animais. As infecções 
são causadas por bactérias, vírus, clamídia e fungos. As parasitoses envolvem protozoários, 
helmintos e artrópodes.
Muitas doenças ocupacionais são causadas pelo contato com animais, isso é mais frequente 
nos trabalhadores agrícolas e nos envolvidos com o manejo de aviários, rebanhos e criações 
em geral. Tais riscos são permanentes, sendo necessárias medidas preventivas apropriadas. 
Os riscos biológicos em contato com o homem provocam inúmeras doenças, sendo mais 
frequentes em indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública – coleta de lixo –, 
laboratórios, entre outras circunstâncias.
As doenças decorrentes dos riscos biológicos são diversas: tuberculose e brucelose, malária 
etc. Para um funcionário ser diagnosticado com uma doença ligada a um risco biológico, é 
necessário que em sua rotina de trabalho exista a exposição aos microrganismos causadores.
É fundamental a adoção de medidas preventivas garantindo as devidas condições de higiene 
e segurança, evitando assim os riscos biológicos. Em laboratórios é possível identificar os 
riscos biológicos em maior frequência, principalmente na manipulação de agentes, tais como 
agentes patogênicos selvagens, atenuados, os que sofreram processos de recombinação e 
amostras biológicas.
Os animais se tornam uma fonte de contaminação, em especial, para os profissionais 
responsáveis pela manipulação, onde, através de lesões causadas por acidentes com agulhas, 
arranhões ou mordidas, pode haver contaminação biológica.
Os agentes patogênicos selvagens são considerados riscos ao manipulador, à comunidade 
e ao meio ambiente. Tais riscos são avaliados em função do poder patogênico do agente 
infeccioso, acerca da sua resistência no meio ambiente, o que ocasiona a contaminação; o 
nível de contaminação; a imunidade do manipulador e se há a possibilidade de tratamento 
preventivo.
Os órgãos competentes classificam os riscos de forma muito similar. Os agentes são divididos 
em quatro classes, as quais:
 · Classe 1: onde se tem os agentes que não contêm riscos ao manipulador e à sociedade;
 · Classe 2: enquadram-se aqui os riscos de grau moderado ao manipulador, à sociedade 
e há possibilidade de tratamento preventivo;
 · Classe 3: estão aqui classificados os agentes com grau de risco grave ao manipulador 
e moderado à comunidade, cujas lesões e sinais clínicos normalmente são graves e 
impossíveis de tratamento;
 · Classe 4: esses agentes apresentam risco grave tanto ao manipulador, quanto à sociedade, 
não existindo tratamento para ambos e os níveis de propagação são altos.
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Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
É importante a adoção de medidas de segurança, possibilitando a manipulação do Ácido 
Desoxirribonucleico (DNA) recombinante. Os métodos de segurança aos riscos seguem os 
seguintes aspectos:
 · Conhecer a legislação brasileira de biossegurança, em especial as normas de biossegurança 
regulamentadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança;
 · Identificar os riscos aos quais o manipulador está vulnerável;
 · Promover a educação das pessoas envolvidas sobre como ocorre a contaminação e no 
que esta implica, possibilitando o reconhecimento do microrganismo ou vetor com o 
qual se está atuando; 
 · Seguir as regras gerais de segurança e realizar as medidas de proteção individual;
 · Usar adequadamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tais como avental, 
luvas descartáveis, máscara e óculos de proteção, entre outros;
 · Utilizar produtos de higiene e limpeza adequados à inativação de um agente específico;
 · Quando necessárias, sorologias específicas deverão ser testadas ao paciente-fonte 
acidentado, quem deve ser acompanhado por, no mínimo, seis meses;
 · Todo acidente deve também ser notificado ao Setor de Segurança e Medicina do Trabalho 
para a abertura da comunicação interna de acidente de trabalho e devidas providências 
legais junto aos órgãos responsáveis.
Fisiologia do Trabalho
A fisiologia do trabalho é o estudo das pessoas no trabalho. Por meio desses conhecimentos é 
possível adaptar o trabalho às pessoas através do planejamento e projeto de trabalho e também, 
reciprocamente, adaptar o homem ao seu trabalho através de uma seleção interindividual e da 
adaptação individual com qualificação e treinamento.
Assim, é possível alcançar a igualdade entre pessoas e trabalho, garantindo ao trabalhador 
os recursos, as características, as capacidades e habilidades, mas também considerando sua 
limitação, o que faz com que se utilize de forma racional os recursos disponíveis, obtendo 
maior benefício no trabalho humano. Ou seja, objetiva-se humanizar o trabalho, respeitar 
as características e limitações do trabalhador, ao mesmo tempo em que se aumenta a sua 
produtividade nos sistemas de trabalho pelo uso mais racional do recurso humano.
A fisiologia do Trabalho é o estudo das pessoas no trabalho, considerando as diversas 
condicionantes técnicas e econômicas do indivíduo e da sociedade, por isso é necessária uma 
abordagem complexa e abrangente.
Para o estudo do trabalho humano, na literatura existem diversas propostas de abordagem 
(ROHMERT, 1983), destacando-se as seguintes:
 · Filosófi ca materialista: subdivide o trabalho em corporal – referindo-se ao corpo 
humano como algo material e intelectual;
 · Fisiológica: subdivide o trabalho em muscular e nervoso, utilizando como critério a 
ativação de sistemas de órgãos;
11
 · Filosófi ca histórica: subdivide o trabalho em físico e psíquico, dependendo de o 
objeto ser concreto ou abstrato;
 · Técnica: é orientada pelas Ciências Naturais e pela Engenharia e subdivide o trabalho 
em energético e informático, tendo como critério a energia e a informação enquanto 
contribuintes ao desempenho do sistema.
Trabalho e Condições de Trabalho
Por trabalho humano entende-se uma atividade prescrita ou voluntariamente selecionada, 
de caráter obrigatório, englobando o trabalho assalariado, o trabalho produtivo individual 
autônomo – artesão, agricultor, microempresário –, o trabalho doméstico e o trabalho escolar 
em todos os níveis. Em uma definição mais restrita, trabalho seria o que acrescenta valor e 
entra no circuito monetário. Nesse caso, a dona de casa e o agricultor, dono de sua terra, não 
trabalham (WISNER, 1987).
Na prática, as reflexões sobre o trabalho e a legislação trabalhista focalizam mais o trabalho 
assalariado, por afetar um maior número de pessoas, na maioria das sociedades.
Em uma definição mais operacional, entende-se por trabalho humano, genericamente, 
tudo o que a pessoa faz para manter e promover sua própria existência e/ou a existência da 
sociedade, dentro dos limites estabelecidos – valores, legislação – por essa sociedade. Assim, 
o conceito de trabalho fica delimitado do sentido de jogo e também de atividades que venham 
a prejudicar a sociedade (ROHMERT, 1983).
Ademais, o conceito de trabalho humanoé mais complexo e abrangente que o de trabalho 
na mecânica – força x distância – e na termodinâmica – transformação de energia. Na verdade, 
trabalho humano inclui trabalho nos sentidos mecânico e termodinâmico, abrangendo desde 
o trabalho essencialmente muscular – geração de forças –, até o trabalho essencialmente 
intelectual – geração de informações –, passando por suas possíveis combinações. Assim, 
Fisiologia do Trabalho não é somente a Fisiologia aplicada às questões práticas do trabalho 
muscular e aos processos associados à circulação e respiração, mas também a interpretação ou 
explicação fisiológica de todas as funções do corpo que entram em ação durante a execução de 
alguma tarefa de trabalho, inclusive as funções que se processam no sistema nervoso central, 
quando da execução de atividades de caráter intelectual.
Quando o homem tem participação efetiva e significativa na obtenção de um produto ou 
na prestação de um serviço, torna-se componente de um sistema de trabalho. Com isso, o 
homem – o trabalhador – é objeto de estudos, pesquisas e reflexões da Fisiologia do trabalho. 
Nesta, o trabalhador é visto no seu ambiente de trabalho real, com a sua tarefa prescrita ou 
selecionada, durante todo o período de trabalho. A moderna Fisiologia do Trabalho também 
considera em seus estudos e reflexões o conteúdo, a estrutura e a duração dos períodos 
de trabalho, a frequência de trocas, o absenteísmo, as doenças do trabalho, as férias, os 
afastamentos para qualificação e reciclagem, a aposentadoria.
Para a análise, a avaliação e o projeto do trabalho humano, como também para implementar 
melhorias de condições de trabalho, faz-se necessária uma descrição exata e abrangente da 
tarefa e de suas condicionantes. É preciso considerar o que a pessoa faz, como o faz e sob que 
condições o faz, a fim de que tarefas de trabalho possam ser bem entendidas e os efeitos do 
trabalho sobre as pessoas possam ser associados às condições – causas – de trabalho reinantes.
12
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Para a descrição acima, precisa-se de um instrumento metodológico, como o modelo 
do sistema de trabalho. Um sistema é um todo, cujos elementos interagem com uma certa 
finalidade. Trata-se de uma quantidade limitada de elementos, de objetos relacionados entre 
si e possivelmente também relacionados ao ambiente externo. Tais relações definem ou 
constituem a estrutura do sistema. Os limites do sistema podem ser definidos livremente, de 
acordo com os objetivos da abordagem pretendida.
Ademais, as partes de um sistema constituem seus subsistemas e esse próprio é subsistema 
de um sistema maior. Ao lado dos sistemas naturais há os criados pelo homem. Nestes, pode-
se distinguir entre sistemas técnicos – de máquinas –, sistemas sociais – de pessoas – e sistemas 
sociotécnicos – de homem-máquina. Assim, o sistema de trabalho é um sistema sociotécnico, 
dinâmico, cuja finalidade é a execução de uma tarefa predeterminada, qual seja a produção de 
bens e/ou a prestação de serviços, dependendo do grau de detalhamento ou especificação da 
tarefa de trabalho.
A partir do conceito técnico de sistemas, usa-se o sistema de trabalho como a variedade 
de relações entre pessoa e trabalho. Independentemente dos meios de produção utilizados, o 
trabalhador lida, transforma, modifica objetos de trabalho de acordo com o objetivo previamente 
definido. Assim, o sistema de trabalho pode ser entendido como um modelo que representa as 
relações entre o homem que trabalha e a sua tarefa de trabalho. Em síntese, o modelo básico 
consiste em, pelo menos, dois elementos:
 · O trabalhador; e
 · A tarefa de trabalho.
Toda pessoa com saúde física e psicoemocional tem condições de realizar trabalho. Para 
executar uma tarefa de trabalho, a pessoa interage com os meios de produção – por exemplo, 
máquinas e ferramentas – e está sujeita aos fatores ambientais reinantes. Da relação entre os 
elementos de um sistema de trabalho decorre que, durante a execução da tarefa, a pessoa 
está sujeita a diversas influências maléficas e/ou benéficas, cujas causas estão na tarefa e 
no ambiente de trabalho. Tais influências maléficas recebem o nome de cargas. As cargas 
provenientes da tarefa de trabalho estão associadas às questões sobre o que deve ser feito 
– por exemplo, exercer forças, fazer movimentos, falar, escrever, calcular, receber, tratar e 
expedir informações –, como deve ser feito, em que sequência de operações, com o uso de 
que recursos auxiliares – talvez materiais de manuseio perigoso –, quando deve ser feito, com 
que frequência etc.
O trabalho humano é bastante diversificado. Em análises de tarefas de trabalho produtivo 
foi verificado que todo o espectro do trabalho humano, ou melhor, a maioria das tarefas de 
trabalho pode ser classificada segundo o seu conteúdo em cinco classes básicas: geração 
de forças, coordenação sensório-motora, transformação de informações em reações, 
transformação de informações de entrada em informações de saída e geração de informações, 
de modo que as operações se repetem, definindo em que ritmo deve-se trabalhar, que precisão 
e reprodutibilidade é requerida, que características de manuseio o objeto de trabalho apresenta 
– tamanho, massa, pontos de perigo, flexibilidade, se é escorregadio – e aos riscos decorrentes 
das interações com outros elementos do sistema de trabalho.
13
As cargas provenientes do ambiente de trabalho, este que inclui ambiente físico, químico, 
biológico e social, bem como outros aspectos valem ao supersistema do sistema de trabalho, 
ou seja, a diversos sistemas de trabalho ou até para toda a empresa, como o sistema de turnos, 
a avaliação de desempenho e o sistema de remuneração.
Segundo Rohmert (1983), as formas de trabalho humano são divididas em:
 · Predominância corporal – envolve o conteúdo específico do trabalho: 
 · Geração de forças – transporte de bens –, cujas capacidades e órgãos solicitados 
são músculos e coração;
 · Coordenação sensório-motora – guiar veículos e montar peças –, cujas 
capacidades e órgãos solicitados são músculos e órgãos dos sentidos;
 · Predominantemente não corporal ou informacional:
 · Transformar informações em reações – atividade de controle –, cujos órgãos 
solicitados são os dos sentidos;
 · Transformar informações de entrada em informações de saída – programar 
e traduzir atividades administrativas –, cujos órgãos solicitados são os dos sentidos e 
capacidades mentais;
 · Geração de informações – redigir, criar e projetar –, cujas capacidades solicitadas 
são as habilidades mentais.
Na verdade, em cada sistema de trabalho tem-se uma mistura desses conteúdos, sendo 
que normalmente um predomina, o que é então usado como critério. Essas formas básicas 
de conteúdo de tarefas se diferenciam nitidamente umas das outras por solicitarem outros 
órgãos e porque cada uma das quais exige a utilização de outras capacidades, habilidades e 
aptidões das pessoas.
Trabalho Predominantemente Corporal
Em muitos casos é conveniente subdividir esses conteúdos de tarefas, definidos de forma 
tão abstrata. No trabalho muscular, por exemplo, usa-se como critério de subdivisão o efeito 
que se atinge com a força gerada. O músculo funciona como máquina geradora de forças que, 
durante a contração, transforma energia química em energia mecânica potencial.
Em princípio, é indiferente se a força gerada é transformada em energia cinética ou não, 
pois, no sentido fisiológico, tudo o que condiciona um aumento da transformação de energia 
é chamado de trabalho. Mas a transformação ou não em energia cinética/movimento serve 
de critério para subdividir o trabalho muscular em trabalho muscular estático e trabalho 
muscular dinâmico.
Em todo trabalho muscular são solicitados não apenas os músculos, mas também o coração, 
os pulmões e a circulação. A restrição fisiológica ao trabalho muscularse dá em razão do 
problema do transporte nos sistemas circulatórios do pulmão – respiração – e do corpo inteiro. 
Tais sistemas transportam oxigênio, glicose e gorduras para suprir as necessidades dos músculos. 
Além disso, transportam os subprodutos da queima da energia química, como o ácido láctico 
e o calor gerado, a fim de serem eliminados pelos órgãos competentes. Como há significativa 
14
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
diferença entre a carga de trabalho a que o músculo está sujeito nas formas de contração 
estática e dinâmica, convém diferenciar entre trabalho muscular estático e trabalho muscular 
dinâmico. Ou seja, o músculo está sujeito à carga, tanto parado quanto em movimento.
O trabalho muscular estático se caracteriza por uma contração demorada do músculo 
e não há trabalho útil mensurável, pois não há alteração do comprimento dos músculos 
envolvidos. No trabalho muscular estático, a circulação no músculo é reduzida. É tanto 
menor quanto maior for a força gerada e, consequentemente, o suprimento de oxigênio, 
glicose e gorduras no músculo é deficiente, enquanto o ácido láctico proveniente da queima 
incompleta das reservas musculares e o calor gerado nessa queima não são eliminados. A 
permanência desses elementos adversos no músculo leva à fadiga, a dores musculares e à 
consequente interrupção da tarefa.
O trabalho muscular dinâmico caracteriza-se por uma sequência rítmica de contração 
e relaxamento da musculatura envolvida. Nesse caso, trabalho = força x encolhimento ou 
distensão do músculo. O suprimento de oxigênio, glicose e gorduras é garantido: o movimento 
dos músculos – contração e relaxamento – funciona como bomba, que leva mais sangue ao 
músculo do que este recebe em estado de repouso. Aqui há um equilíbrio entre necessidade 
de sangue e suprimento de sangue. Isso quando o ritmo de trabalho não for muito grande e 
quando o trabalho não for muito pesado. Daqui conclui-se que a fisiologia do músculo foi feita 
e é adequada para o trabalho muscular dinâmico leve, no máximo moderado, e não para o 
trabalho muscular estático.
A divisão do trabalho muscular em estático e dinâmico deve ainda ser elementarizada 
devido a problemas de medição e de avaliação. No trabalho muscular dinâmico, o critério de 
elementarizacão é o tamanho dos grupos de músculos ativados. Quando a massa muscular 
envolvida corresponde a mais de um sétimo da massa muscular do corpo, ou seja, grandes 
grupos de músculos estão ativados – por exemplo, no trabalho com pá e enxada ou no 
carregamento de massas –, tem-se o trabalho muscular dinâmico, que pode ser leve, moderado 
ou pesado, dependendo da carga. Nesse caso, são solicitados também o coração, a circulação 
e a respiração.
Quando, por outro lado, a atividade requer apenas a aplicação de pequenos grupos 
de músculos isolados – como ocorre na utilização de ferramentas manuais e pequenos 
equipamentos, mas também em trabalhos de montagem com ciclo curto –, temos o trabalho 
muscular dinâmico unilateral. No primeiro caso, há solicitação da maior parte da musculatura 
do esqueleto, da circulação e da respiração; no segundo caso, há apenas solicitação nos 
pequenos músculos da mão e/ou do braço.
Para classificar um trabalho muscular dinâmico de acordo com a carga de trabalho, usa-se 
a capacidade aeróbica do indivíduo como critério. Assim, Couto (1995) define os limites da 
capacidade aeróbica do trabalhador em trabalho: 
 · Muito leve ou leve: até 25%; 
 · Moderadamente pesado: de 25% a 37,5%;
 · Pesado: de 37,5% a 50%;
 · Pesadíssimo: de 50% a 62,5%;
 · Extremamente pesado: acima de 62,5%.
15
No trabalho muscular estático, a subdivisão se orienta no efeito da força gerada. Quando a 
força gerada serve apenas para segurar o corpo ou partes deste, tem-se o trabalho muscular 
estático devido à postura; quando a força gerada na musculatura é utilizada para segurar 
uma massa, há aplicação de forças em um meio ou objeto de trabalho e fala-se em trabalho 
muscular estático propriamente dito. A ausência de movimentos dos membros é característica 
comum dos dois casos. 
Mudanças Fisiológicas no Início do Trabalho
Quando uma pessoa inicia o seu trabalho, ocorrem algumas mudanças em seu organismo. 
Através de impulsos nervosos centrais, iniciam-se as contrações necessárias, segundo um 
modelo de movimento que tem como consequência imediata mudanças na disposição de 
energia no músculo. Igualmente rápidas são as mudanças que ocorrem nos batimentos 
cardíacos: a primeira batida após o início de uma atividade ocorre mais depressa, em um 
intervalo menor do que em estado de repouso. No primeiro minuto, após o início da tarefa, 
observam-se reações de mudança nas trocas gasosas e na circulação de sangue no músculo, na 
atividade do coração e da respiração, bem como na composição do sangue. A termorregulação 
reage com uma latência maior. Na maioria dessas reações, verifica-se um aumento no início, 
mas, depois de alguns minutos de trabalho leve com intensidade constante, é alcançado um 
estado de equilíbrio, em que as variáveis correspondentes permanecem constantes em um 
novo nível; contudo, no trabalho muscular pesado, é característico que as reações de mudança 
não atinjam novo estado de equilíbrio durante o trabalho em si, mas aumentem até o colapso 
ou a interrupção da tarefa por parte da pessoa.
As reações de mudança acima citadas têm influência tanto maior quanto mais pesado for o 
trabalho. Por isso, toda pessoa inicia sua tarefa com intensidade menor para, depois de alguns 
minutos, alcançar seu rendimento pleno. Em atividades industriais comuns, esse período é de 
dez a trinta minutos e, em atividades especiais, pode chegar a uma hora. Daí a necessidade de 
um aquecimento ativo para aumentar a capacidade de rendimento de uma pessoa no início da 
jornada de trabalho.
Acrescenta-se aqui o efeito do entrar no ritmo. Em trabalhos leves, que solicitam bastante 
os nervos, podem ocorrer tempos iniciais de duração significativa, porque ao lado das trocas 
gasosas há também necessidade de outras reações de mudança. É preciso diferenciar entre 
as mudanças que ocorrem nas pessoas no início de cada período de trabalho e as alterações 
que se dão em períodos de semanas e meses, em que o trabalhador se acostuma ao trabalho, 
adquire experiência e melhora o padrão de movimentos, exercendo sua função com menos 
fadiga do que no início.
Mudanças na Musculatura Esquelética 
Trocas gasosas: em trabalhos leves há uma pequena fase no início em que a energia 
necessária é obtida pelo processo anaeróbico, passando em seguida para o processo aeróbico, 
em que há a queima de glicose, ácidos graxos e glicerina fornecidos ao músculo. No trabalho 
muscular pesado, parte da energia é, constantemente, obtida por processo anaeróbico. A 
transformação energética anaeróbica com geração de ácido láctico entra em ação sempre que 
há circulação insuficiente, reduzindo o suprimento de O2 no músculo e gargalos na respiração.
16
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Com o início da geração do ácido láctico, sobrepuja-se um limiar: inicia-se a geração da 
fadiga. Para aumentar a obtenção de energia pelo processo aeróbico no músculo do trabalhador, 
no início do trabalho, tal músculo precisa de um período de aquecimento em que a energia é 
suprida anaerobicamente a partir de suas reservas. Para isso, precisa das reservas de fosfatos 
que, embora pequenas em comparação às de glicogênio, são imprescindíveis em todo início 
de atividade e para momentos de pico. 
Circulação no músculo: dependendo da intensidade das trocas gasosas, a circulação 
no músculo ativo aumenta até vinte vezes, no trabalho muscular pesado. Esse aumento na 
circulação se concretiza em um período de vinte a trinta segundos. 
Após esse período inicial, em trabalho dinâmico leve, o suprido equivale à demanda. Mas, 
em trabalho musculardinâmico pesado, a demanda não é atendida, gerando um déficit. As 
consequências são a formação de ácido láctico e a acidose no músculo, a não dissipação do 
calor gerado na transformação energética, a falta de O2 e de elementos energéticos para a 
queima e, finalmente, a fadiga. 
Em trabalho com pequenos grupos de músculos – até um sétimo da massa muscular –, 
essa demanda adicional pode ser suprida com o aumento do volume de sangue bombeado 
pelo coração, por unidade de tempo. Com o envolvimento de uma massa muscular maior e 
exigências energéticas maiores – trabalho muscular pesado –, o aumento do volume de sangue 
bombeado não basta. A capacidade de rendimento no trabalho muscular depende do volume 
máximo de sangue bombeado, por unidade de tempo. 
No trabalho estático, a circulação no músculo é reduzida quando a força de contração 
ultrapassa 15% de sua força máxima. A causa da redução da circulação é o aumento da pressão 
intramuscular, que fica maior que a pressão capilar em contrações isométricas fortes. Com a 
circulação reduzida no músculo, a transformação de energia se dá por processo anaeróbico, 
com geração de ácido tático intramuscular, o qual gera a fadiga.
Mudanças no Sistema Circulatório
Intensidade da circulação: durante a realização de trabalho, a circulação aumenta 
somente nos músculos ativos e no músculo do coração. Nos outros órgãos, permanece 
constante – por exemplo, no cérebro – ou é reduzida, como acontece no sistema digestivo 
e nos músculos parados. Essa economia de energia pela redução da circulação em alguns 
órgãos não faz muita diferença. O aumento da circulação nos órgãos solicitados, nos músculos 
em atividade, é garantido, sobretudo, pelo aumento do volume de sangue bombeado por 
unidade de tempo. 
Frequência cardíaca: em trabalho leve, com rendimento constante, a frequência cardíaca 
aumenta entre os primeiros cinco e dez minutos até um platô, onde se estabelece um novo 
estado de equilíbrio que será mantido até o final do trabalho, por horas. Em trabalho pesado, 
com rendimento constante, a frequência cardíaca não atinge um novo equilíbrio, mas ocorre um 
aumento da fadiga, esta que se eleva até um limite máximo individual. Diferente da frequência 
cardíaca em trabalho leve e pesado, tal comportamento foi comprovado em experiências com 
trabalhadores durante períodos de oito horas. Após o trabalho também há uma diferença 
típica: no trabalho leve a frequência cardíaca retorna à frequência de repouso em um período 
17
de três a cinco minutos: após o trabalho pesado, o período de recuperação para alcançar a 
frequência de repouso é significativamente mais longo, podendo chegar a horas. Ao número 
de pulsos que, na fase de recuperação, estão acima da frequência de repouso, chama-se soma 
do pulso de recuperação. Tais valores também dependem da solicitação.
Volume de bombeamento: o volume de sangue bombeado por batida, no início de 
uma atividade, aumenta de 20% a 30% e depois permanece mais ou menos constante; 
com solicitação máxima, decresce um pouco. Como o volume bombeado no trabalho, por 
uma pessoa saudável, aumenta pouco, este e a frequência cardíaca se alteram quase que 
proporcionalmente. Paralelamente ao aumento da frequência do pulso ocorre um aumento 
do volume de sangue bombeado, por unidade de tempo. Quanto mais intensamente alguém 
trabalha, tão maiores serão os valores do novo equilíbrio. O máximo alcançável varia com a 
idade e o grau de treinamento. Na idade de vinte a trinta anos, pessoas não treinadas atingem 
vinte litros por minuto, enquanto que pessoas treinadas atingem 35 litros por minuto. 
Pressão arterial: em trabalho dinâmico, a pressão arterial se altera em dependência do 
rendimento. A pressão sistólica aumenta quase que proporcionalmente ao rendimento; em 
200 W alcança 220 mmHg. A pressão diastólica se altera discretamente, frequentemente cai 
um pouco.
Mudanças no Volume de Respiração 
 O volume da respiração por unidade de tempo aumenta proporcionalmente ao aumento 
da captação de O2, durante o trabalho dinâmico leve, como o volume de bombeamento por 
unidade de tempo. Esse aumento decorre da elevação do volume respirado e/ou da frequência 
de respiração. No trabalho pesado, o volume de respiração por unidade de tempo cresce 
proporcionalmente à captação de O2. O ácido láctico produzido no músculo gera a acidose 
metabólica do sangue, o que constitui um estímulo adicional para a respiração.
Mudanças na captação de O2: a captação de O2 cresce em função da solicitação, quer dizer, 
de acordo com a intensidade e o rendimento. No trabalho leve, alcança-se um platô entre o 
O2 necessário e o suprido, depois de três a cinco minutos, pois a circulação e as trocas gasosas 
no músculo não se alteram imediatamente, precisam de tempo para adaptar-se à situação de 
trabalho. No trabalho muscular pesado, igualmente com rendimento constante, não se alcança 
o estado de equilíbrio: a captação de O2 cresce semelhantemente à frequência de pulso, até 
um valor máximo.
Déficit de O2: no início de um trabalho, o suprimento de O2 não corresponde à demanda, de 
forma que ocorre um déficit por causa das mudanças na circulação e trocas gasosas no músculo. 
No trabalho leve, esse déficit permanece constante, depois de alcançado o novo equilíbrio; 
no trabalho pesado, esse déficit aumenta durante todo o período. No final do trabalho, constata-
se uma captação de O2 muito acima do verificado em estado de repouso, antes do trabalho, 
especialmente nos primeiros minutos. Tal valor precisa ser interpretado: a alta captação de O2 
não depende apenas do déficit gerado no trabalho e, portanto, a ser restituído, mas também 
de outros fatores, tais como temperatura corporal elevada, mais respiração, alteração do tônus 
da musculatura e reabastecimento do reservatório de O2 do corpo. Com isso, o O2 restituído é 
maior que o déficit antes gerado. Depois de trabalho leve, o déficit de O2 chega a quatro litros; 
depois de trabalho pesado, pode chegar a vinte litros.
18
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Captação de O2 e frequência de pulso com rendimento crescente: em trabalho dinâmico, 
aumenta a captação de O2 e a frequência de pulso com a intensidade de trabalho. Quanto maior 
a solicitação, mais crescem os aumentos dessas variáveis. Assim, captação de O2 e frequência 
de pulso são medidas para a solicitação. Com um rendimento que aumenta constantemente 
e uma frequência constante de movimentos, a captação de O2 aumenta de forma linear até 
um limite máximo. Depois de alcançar este máximo, a diferença entre o O2 demandado e o 
suprido aumenta tão rapidamente que, em poucos minutos, ocorre o colapso agudo.
Mudanças de Variáveis no Sangue
Gases no sangue: em trabalho leve, as pressões parciais de O2 e CO2 nas artérias só se 
alteram pouco em pessoas saudáveis. Em trabalho pesado, a pressão arterial parcial de CO2 
diminui bastante, sem que a pressão de O2 se modifique.
Acidez no sangue: trabalho leve não altera o equilíbrio ácido-base do sangue. O CO2 
adicional, gerado no trabalho, é trocado com o ambiente pelos pulmões. No trabalho pesado 
ocorre uma acidose metabólica em função da geração do ácido láctico, que só em parte pode 
ser compensada pela respiração.
Nutrientes no sangue: na pessoa saudável, o nível de glicose no sangue se altera pouco 
no trabalho. Apenas em trabalho pesado por um período mais longo a concentração de glicose 
diminui – um sinal da proximidade de colapso. A concentração de lactato é significativamente 
variável, pois depende da quantidade produzida no músculo – solicitação e duração do trabalho 
– no caso anaeróbico e das possibilidades de sua eliminação pelo organismo. O lactato é 
reduzido ou oxidado nos músculos não ativos, no músculo do coração, nos rins e, em pequenas 
quantidades, é transformado em glicogênio no fígado. Com alimentação rica em carboidratos, 
a concentraçãode ácidos graxos livres e de glicerol nas artérias é pouco influenciada pelo 
trabalho. Com alimentação mais equilibrada, essas concentrações podem crescer quatro vezes 
ou mais em trabalho pesado por um período maior.
Outras substâncias: durante o trabalho muscular aumenta a concentração de eletrólitos 
no sangue – por exemplo, potássio – e de substâncias orgânicas – por exemplo, transaminas. 
Essas alterações são explicadas pelo fato de a membrana do músculo ficar porosa e permitir 
a passagem de elementos intracelulares ao sangue. A volta ao estado de equilíbrio inicial pode 
levar dias.
Mudanças na Termorregulação
O suor é tido como sinal de trabalho pesado. Mas a sudorese não depende apenas da 
intensidade de trabalho, mas também das condições ambientais. Inicia quando o equilíbrio 
térmico entre o corpo e o ambiente estiver perturbado. Verifica-se isso quando a pessoa 
realiza trabalho muscular pesado, com produção significativa de calor, em um ambiente sem 
condições de receber esse calor; em um ambiente com temperatura alta, umidade alta, falta 
de convecção, radiação de calor em excesso como, por exemplo, em fundições; e se a pessoa 
tiver ainda uma vestimenta inadequada, o corpo do trabalhador não consegue dissipar o calor 
gerado no músculo, de modo que a sudorese passa a ser intensa.
19
No trabalho físico, o músculo precisa da circulação mais intensa para produzir trabalho 
ou transformar energia e, por outro lado, a circulação periférica deveria ser mais intensa 
para dissipar o calor no ambiente. Há um conflito entre os dois mecanismos e parece que 
a demanda no músculo tem a preferência. De qualquer forma, a perturbação do equilíbrio 
térmico do organismo humano é uma carga significativa para as pessoas no trabalho.
Fisiologia da Visão
Acompanhando a evolução dos organismos vivos e da matéria orgânica, como resposta 
à luz, surgem os olhos que a detectam e tornam possível a inter-relação entre a matéria 
altamente desenvolvida e seu contorno. A estrutura do olho se assemelha a uma câmara 
fotográfica, onde a lente da câmara seria o cristalino do olho, as pálpebras funcionariam como 
o dispositivo de abertura e fechadura da lente. O diafragma seria a íris e a retina seria a película 
fotográfica ou filme. Nesse conjunto é que as imagens luminosas são convertidas em impulsos 
nervosos que serão enviados ao cérebro.
Assim como acontece na câmara fotográfica, a abertura da pupila – íris – pode variar 
automaticamente com o objetivo de controlar a quantidade de luz que entra no olho. Tal abertura 
aumenta na penumbra aproximadamente até 8 mm de diâmetro e reduz-se com a presença da 
luz intensa aproximadamente até 2 mm. Por outra parte, a coroides é uma membrana que se 
encarrega de absorver os raios dispersos para obter uma imagem mais nítida.
Exames Periódicos
Os exames periódicos compreendem uma avaliação do estado de saúde dos trabalhadores de 
uma empresa para que sejam tomadas as medidas necessárias à manutenção ou recuperação 
da saúde. 
São exames realizados por médicos do trabalho ou por médicos que estejam familiarizados 
com as patologias relacionadas ao trabalho e que buscam identificar possíveis alterações 
causadas pelos riscos inerentes à ocupação. Podem ser realizados bienalmente, anualmente 
ou semestralmente, conforme o tipo de atividade desenvolvida pelo trabalhador.
Baseiam-se nas informações fornecidas pelo trabalhador, no exame físico e muitas vezes 
na realização de exames complementares. Em relação aos exames complementares, são 
solicitados a partir da faixa etária ou da identificação de riscos ocupacionais específicos. Em 
geral, são exames de sangue, fezes e urina, mas em alguns casos podem ser necessários 
também exames para avaliar a audição ou a visão.
O exame médico periódico tem como objetivo principal avaliar as condições gerais de saúde 
do trabalhador para que este possa desempenhar suas funções adequadamente. Além disso, 
através dos meios disponíveis, pretende buscar a melhor adaptação do trabalho ao homem e 
a eliminação ou controle dos riscos existentes no trabalho. 
Durante o exame são realizadas orientações para que o servidor não se exponha aos riscos 
ou para que seja protegido de forma a não sofrer sua influência. Serve também para vigilância 
epidemiológica, ou seja, orienta aos que prestam assistência aos trabalhadores na ocorrência 
de mudança do padrão epidemiológico esperado na população em estudo. 
20
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Como pode ser observado, o exame periódico faz parte de um conjunto de ações que visa 
prevenir o surgimento de doenças ocupacionais por meio da promoção à saúde e prevenção 
de doenças do trabalhador, diminuindo o absenteísmo por motivo de saúde e proporcionando 
melhoria na qualidade de vida e aumento da produtividade.
Monitoramento Biológico
O monitoramento ambiental, entretanto, ao estimar a intensidade da exposição, não é 
inteiramente satisfatório para evitar o risco decorrente da exposição ocupacional a xenobióticos. 
São várias as associações que ocorrem entre a exposição e o efeito nocivo, o que os diferenciam 
são a duração e o grau de intensidade de exposição e contaminação da atmosfera.
O trabalho extra ou pesado não é levado em consideração no monitoramento ambiental, 
onde pode ocorrer até vinte vezes mais a inalação do ar por minuto do que se comparado à 
execução de um trabalho leve.
Aspectos físicos como gênero, idade, etnia e hábitos alimentares também podem 
diferenciar os resultados sentidos por cada organismo, se comparado em um mesmo agente 
tóxico ocupacional.
Vantagens e limitações são identificadas no monitoramento biológico, onde é possível o 
uso limitado dos agentes químicos, o que previne os efeitos carcinogênicos, mutagênicos ou 
alergênicos, onde não se tem o conhecimento sobre as doses e seus efeitos nocivos. Entre as 
vantagens do monitoramento biológico em relação ao ambiental, pode-se citar: 
 · Exposição relativa a um período de tempo prolongado; 
 · Exposição como resultado da movimentação do trabalhador no ambiente de trabalho; 
 · Absorção de uma substância, através de várias vias de introdução e não apenas através 
do sistema respiratório; 
 · Exposição global, decorrente de várias fontes, sejam ocupacionais, sejam ambientais; 
 · Quantidade da substância absorvida pelo trabalhador, em função de outros fatores – 
atividade física no trabalho e fatores climáticos;
 · Quantidade da substância absorvida pelo trabalhador, em função de fatores individuais 
– idade, gênero, características genéticas, condições funcionais dos órgãos relacionados 
à biotransformação e eliminação do agente tóxico.
Quando o monitoramento biológico é realizado, considera-se o fato de que o próprio 
homem é a melhor indicação das condições de seu local de trabalho. No monitoramento 
biológico se estima o risco à saúde dos indivíduos expostos a substâncias químicas com base 
na exposição interna do organismo – dose interna –, de modo que todos os trabalhadores 
são examinados, individualmente, procurando-se detectar precocemente uma exposição 
excessiva – antes que alterações biológicas significativas ocorram –, ou algum distúrbio 
biológico reversível – antes que tenha causado algum prejuízo à saúde –, têm-se então dois 
tipos de monitoramento biológico.
21
Monitoramento Biológico Propriamente Dito ou de Dose Interna
O monitoramento biológico de dose interna foi definido como a medida e avaliação de 
agentes químicos ou de seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, 
ar exalado ou alguma combinação desses, para estimar a exposição ou o risco à saúde quando 
comparado à referência apropriada. 
Visa estimar a quantidade biodisponível do agente químico – dose interna. O objetivo desse 
procedimento é assegurar que a exposição do indivíduo não alcance níveis nocivos. A dose 
internapode representar a quantidade: 
 · Recentemente absorvida do agente químico – exposição recente – como, por exemplo, 
o fenol urinário na exposição ao benzeno; 
 · Ligada aos sítios de ação do agente químico – dose no órgão crítico – como, por exemplo, 
o cádmio no tecido renal;
 · Armazenada em um ou vários compartimentos do organismo – dose total integrada ou 
dose específica em um órgão – como, por exemplo, o chumbo nos ossos.
Uma vez que o monitoramento biológico envolve prioritariamente a prevenção, o 
monitoramento biológico de efeito seria conceitualmente contraditório ao primeiro. Todavia, 
deve-se considerar que o efeito no qual esse monitoramento está baseado é o não nocivo.
O monitoramento de um efeito precoce, não nocivo e produzido por um agente químico pode, 
em princípio, ser adequado para prevenir efeitos nocivos à saúde. Assim, o monitoramento 
biológico de efeito é definido como a medida e avaliação de efeitos biológicos precoces, 
para os quais não foi ainda estabelecida relação com prejuízos à saúde, em 
trabalhadores expostos, para estimar a exposição e/ou riscos à saúde quando 
comparados com referência apropriada.
Um efeito biológico pode ser definido como uma alteração bioquímica, funcional ou 
estrutural, que resulte da reação do organismo à exposição. Essa alteração é considerada não 
nociva quando: 
 · Mesmo com a exposição prolongada a um efeito biológico, não são identificados 
transtornos na capacidade funcional e do organismo para compensar uma nova 
sobrecarga;
 · Os efeitos biológicos normalmente são reversíveis e não reduzem de forma perceptível a 
capacidade do organismo em manter sua homeostase;
 · Não aumentam as suscetibilidades do organismo aos efeitos indesejáveis de outros 
fatores ambientais, tais como químicos, físicos, biológicos e/ou sociais. 
A vantagem dos testes que medem os efeitos biológicos não nocivos é que fornecem melhor 
informação sobre a quantidade do agente químico que interage com o sítio de ação. 
Como exemplos de efeitos considerados não nocivos, temos a depressão da desidratase do 
ácido delta-aminolevulínico no sangue (delta-ala D) e o aumento do zinco protoporfirina no 
eritrócito (zn-pp) na exposição ao chumbo. 
22
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Assim, o objetivo principal do monitoramento biológico, seja de dose interna ou de efeito, é 
essencialmente o mesmo do monitoramento ambiental, ou seja, prevenir a exposição excessiva 
aos agentes químicos que podem provocar efeitos nocivos, agudos ou crônicos nos indivíduos 
expostos. Nos três casos, o risco à saúde é avaliado comparando o valor medido a um padrão 
de segurança.
É necessário estabelecer claramente a diferença entre monitoramento biológico e vigilância 
à saúde. Esta última é definida pelo comitê misto Comissão da Comunidade Europeia / 
Occupational Safety and Health Administration / National Industrial Occupational Safety 
and Health (CCE/OSHA/NIOSH) como “[...] exames médico-fisiológicos periódicos de 
trabalhadores expostos, com o objetivo de proteger a saúde e detectar precocemente a doença”. 
A detecção da doença instalada está fora do propósito dessa definição. Então a vigilância 
à saúde utiliza indicadores sensíveis que auxiliam na detecção, porém não na prevenção de 
sinais precoces de alterações orgânicas provocadas pela interação do agente químico com 
o organismo. 
A vigilância à saúde é um procedimento médico no qual se recombinam os diversos elementos 
obtidos a partir do exame clínico do trabalhador, aos quais se somam os de monitoramento 
biológico para se obter um quadro geral da condição e saúde do profissional, relacionando-a 
com uma atividade específica. 
Em programas de vigilância à saúde são utilizados os indicadores do efeito nocivo que revelam 
a fase inicial, reversível, da intoxicação. Tais exames podem necessitar de especificidade com 
relação à exposição. Como exemplos podem ser citadas as provas de função hepática, que 
poderão estar alteradas em muitas moléstias do fígado e com o resultado do hábito de ingerir 
álcool. O quadro hematológico altera-se não somente na exposição ao benzeno, mas também 
em uma variedade de outros agentes químicos, além de numerosas moléstias originadas por 
microrganismos.
Assim, a validação das provas a serem usadas na vigilância à saúde para determinar 
efeitos precoces produzidos por agentes químicos é um processo difícil, pois a sensibilidade 
e a especificidade dos exames devem ser conhecidas. De fato, programas de vigilância à 
saúde utilizam o monitoramento biológico e o monitoramento de efeito como alguns de seus 
critérios mais valiosos na detecção precoce de doenças decorrentes da exposição humana às 
substâncias químicas.
Deve-se sempre levar em consideração que somente os indicadores altamente específicos, 
para uma determinada patologia do órgão, é que podem ser considerados como instrumentos 
úteis para o diagnóstico precoce de uma doença em processo de instalação. Assim, a vigilância 
à saúde procura dar ênfase às características da exposição, especialmente tempo e duração, 
associando-se ao estado de saúde, podendo ser aplicada com os seguintes objetivos: 
 · Comprovar a ausência de um efeito nocivo em uma exposição considerada aceitável ou 
a eficiência das medidas ambientais adotadas; 
 · Dar atenção às alterações precoces do estado de saúde para poder interferir, 
preventivamente, em relação à doença. 
23
Ademais, as alterações do estado de saúde ocorrem com as seguintes características: 
 · Uma fase de indução, isto é, aquela em que decorre certo tempo para se iniciar o 
processo de morbidade, após alcançar certa dose do agente químico no organismo;
 · Uma fase de latência, que corresponde ao período compreendido entre o início do 
processo de morbidade e o aparecimento das alterações funcionais que ainda não 
permitem a sua individualização;
 · A aplicação da vigilância à saúde, a exemplo do que acontece com o monitoramento 
biológico, não pode ser confundida com os procedimentos que visam o diagnóstico. 
É importante enfatizar que a manifestação de deterioração da saúde não ocorre 
necessariamente no momento do reconhecimento médico. A ocorrência de certas 
alterações biológicas pode, desde que evidenciada em tempo hábil, advertir que se não 
forem modificadas as condições de trabalho, ocorrerão os transtornos funcionais. 
24
Unidade: Doenças ocupacionais I e o corpo humano
Material Complementar
Vídeos:
A importância do médico do trabalho – Drª. Maria Aparecida Rocha | luz, câmera e ação contra o câncer. 5 fev. 2014
https://www.youtube.com/watch?v=dy_B68YqQwA
Curso NR 4 – Sesmt. 10 jan. 2013
https://www.youtube.com/watch?v=c5OMaGekyJ0&nohtml5=False
Vídeoaula 59: NR 4 - dimensionando o Sesmt. 8 fev. 2014
https://www.youtube.com/watch?v=_b8-JkOfQKg
Leituras:
PONTES, S. K. Produção enxuta e saúde do trabalhador: um estudo de caso. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia de 
Produção) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, 2006. 
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp020091.pdf
SALVE, M. G. C. Ambiente de trabalho, sedentarismo e doenças não transmissíveis de trabalhadores de bancas de jornal. 
Salusvita, v. 28, n. 3, 2009. 
http://www.usc.br/biblioteca/salusvita/salusvita_v28_n3_2009_art_05.pdf
VALENÇA, V. Condições de trabalho, produtividade e riscos à saúde do trabalhador na atividade do corte manual de cana: um 
estudo de caso na usina Santa Adélia. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de 
São Carlos, São Carlos, SP, 2007. 
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp027806.pdf
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Referências
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livros01.livrosgratis.com.br/cp051342.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2016.
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Wisner, A. (1987). Por dentro do trabalho: Ergonomia, método e técnica. São 
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27
Anotações

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