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Doenças relacionadas ao trabalho

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DESCRIÇÃO
As doenças do trabalho relacionadas aos agentes de riscos ocupacionais, desenvolvidas por
trabalhadores em ambientes laborais insalubres e sem segurança. O tratamento e a prevenção das
doenças, bem como a promoção da saúde dos trabalhadores.
PROPÓSITO
O entendimento entre a relação do adoecimento e o ambiente de trabalho é fundamental para que os
profissionais de segurança do trabalho possam elaborar o plano de gerenciamento de riscos e indicar os
equipamentos de proteção adequados.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os riscos químicos e as doenças relacionadas ao trabalho
MÓDULO 2
Identificar os riscos físicos e as doenças relacionadas ao trabalho
MÓDULO 3
Reconhecer os riscos biológicos e as doenças relacionadas ao trabalho
MÓDULO 4
Identificar os riscos ergonômicos e as doenças relacionadas ao trabalho
INTRODUÇÃO
AS DEFINIÇÕES DE DOENÇAS RELACIONADAS
AO TRABALHO

MÓDULO 1
 Reconhecer os riscos químicos e as doenças relacionadas ao trabalho
LIGANDO OS PONTOS
Os trabalhadores estão sujeitos a uma infinidade de substâncias no ambiente do trabalho, muitas das
quais podem ocasionar doenças ocupacionais. Todavia, nem sempre a correlação entre as substâncias
e os efeitos é conhecida. O engenheiro de Segurança do Trabalho deve ter conhecimento das principais
substâncias presentes nos ambientes de trabalho para subsidiar o trabalho das equipes de SESMT -
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.
Dermatose ocupacional
JCS, 45 anos, pedreiro, procura o médico do trabalho com queixa de coceira intensa nas mãos,
rachadura que sangra, que o estão impedindo de trabalhar. Trabalha há três meses em uma construtora,
como pedreiro de acabamento, assentando azulejos e pisos, com registro na carteira profissional.
Trabalha na construção civil desde os 18 anos, tendo começado como ajudante. Sabe do problema
causado pelo cimento, mas tem grande dificuldade para trabalhar com luvas, pois acha que elas
“atrasam o trabalho” e reduzem a produção. Já fez uso de muitas pomadas que, no início, melhoravam o
quadro, mas atualmente não observa mudança. Relatou também que, nesse novo emprego, recebeu
treinamento sobre o uso dos EPIs, mas não consegue se adaptar. O exame físico das mãos revela
edema de ambas as mãos, espessamento da pele e unhas, fissuras, suspeita de dermatose
ocupacional.
Caso adaptado do Caderno de Atenção Básica (BRASIL, 2018)
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?
3. NO CASO DE JCS, COMO A EQUIPE DE SEGURANÇA DO
TRABALHO PODE ATUAR PARA EVITAR QUE O
TRABALHADOR FIQUE EXPOSTO A SITUAÇÕES QUE
POSSAM LEVÁ-LO A ADOECER. O QUE PRECISA SER
FEITO COM RELAÇÃO A JCS?
RESPOSTA
As equipes de segurança podem mapear as situações de risco e identificar trabalhadores nessas condições.
É preciso capacitação frequente que mostre a importância do uso dos equipamentos de proteção individual.
Sobre JCS, ele precisará ser afastado do trabalho para tratamento e, em seu retorno, será preciso a equipe
conversar com ele, mostrando que, se ele continuar com o mesmo comportamento, a sua saúde poderá ficar
extremamente prejudicada.
javascript:void(0)
RISCOS QUÍMICOS E O PRINCÍPIO DA
PRECAUÇÃO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O trabalho é um dos fatores importantes para a saúde, que contribui para o bem-estar dos trabalhadores
e de suas famílias. Além de gerar renda, tem uma dimensão humanizadora que permite aos
trabalhadores a inclusão em redes sociais de apoio, relevantes para a saúde. O trabalho tem um efeito
protetor para a saúde, mas também pode gerar danos como adoecimento e morte, ou pode agravar
algumas vulnerabilidades. Ademais, um processo de trabalho pode afetar negativamente o meio
ambiente, colocando a saúde da população em risco.
 VOCÊ SABIA
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), anualmente, mais de 2,78 milhões de
trabalhadores morrem em acidentes de trabalho ou por doença ocupacional. Uma das causas do
adoecimento é a falta de uma cultura de segurança e de promoção da saúde. Quando não há
programas de segurança adequados e plano de gerenciamento dos riscos, trabalhadores ficam expostos
a diversos agentes prejudiciais à saúde.
A seguir, vamos aprender como os trabalhadores adoecem estando expostos a agentes de riscos
ocupacionais, sem a devida segurança.
EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS ÀS
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Os produtos químicos são utilizados em toda a sociedade, tendo efeitos positivos e negativos na saúde,
no bem-estar e no meio ambiente. Apesar do progresso significativo, a gestão de riscos relacionados a
produtos químicos ainda é deficiente. Acidentes com substâncias químicas com repercussões graves
para as pessoas e para o meio ambiente ainda acontecem em grande quantidade, causando prejuízos
não só para os envolvidos diretamente, como para famílias, sociedades e nações.
EM SE TRATANDO DE EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS, HÁ
TAMBÉM A EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL.
Essa exposição é uma realidade em todo o mundo. Diversas são as indústrias que utilizam substâncias
químicas como matéria-prima para o desenvolvimento de seus produtos. Para a exposição às
substâncias químicas, o ambiente de trabalho precisa ser seguro, seguindo as normas nacionais e até
mesmo Internacionais de proteção aos trabalhadores.
Quando esse ambiente não está seguro, há maior chance de ocorrerem diversas situações danosas
para os trabalhadores, como acidentes de trabalho, intoxicações e doenças. Infelizmente, apenas um
número limitado de exposições ocupacionais a produtos químicos é considerado, monitorado e
regulamentado nos locais de trabalho. Em consequência dessa situação, muitos casos de doenças
provocadas por agentes químicos no trabalho são subnotificados, dificultando, assim, dados estatísticos
mais realistas.
 SAIBA MAIS
Embora muitas substâncias químicas comprovadamente tóxicas e sem parâmetros de limites de
exposição já tenham sido banidas de alguns países, o Brasil e outros países mantêm a comercialização
e a utilização de substâncias que poderiam ser substituídas por outras, o que minimizaria os danos aos
trabalhadores e à população de uma forma geral.
As exposições ocupacionais às substâncias químicas têm efeitos tóxicos em diferentes órgãos,
causando danos cardiovasculares, neurológicos, respiratórios, imunológicos, entre outros. Sobre as
doenças, destacamos o câncer, uma vez que mais de 200 substâncias foram identificadas como
carcinogênicas e boa parte delas estão relacionadas ao ambiente de trabalho, como veremos a seguir.
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
A INTOXICAÇÃO EXÓGENA PODE SER ENTENDIDA COMO UMA
ALTERAÇÃO PATOLÓGICA QUE OCORRE EM PESSOAS EXPOSTAS
ÀS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS.
Essa manifestação ocorre por causa da interação das substâncias com o sistema biológico. Após
ultrapassar as barreiras protetoras do organismo, a ação do agente tóxico nos órgãos pode acarretar
prejuízos seríssimos para as pessoas, inclusive levando-as à morte. Anualmente, muitas pessoas
sofrem de intoxicação exógena em razão da falta de conhecimento e de proteção. Entre as pessoas que
apresentam quadro de intoxicação exógena estão os trabalhadores.
 ATENÇÃO
Muitos trabalhadores, devido à atuação em ambientes de trabalho sem proteção, são expostos a
produtos químicos, sofrendo danos que podem ser irreversíveis, embora a OIT já tenha reconhecido que
a proteção dos trabalhadores contra produtos químicos perigosos é essencial para a garantia de
populações saudáveis e ambientes sustentáveis.
As repercussões dessas exposições não só trazem prejuízos para os trabalhadores, como para as suas
famílias, a sociedade e o país. Ao serem expostos sem proteção aos produtos químicos, os
trabalhadores podem se intoxicar, causando assim efeitos diversos.
Os tipos de intoxicação são:
INTOXICAÇÃO AGUDA
Geralmente a intoxicação aguda acontece em curto período de tempo em razão da exposição a grande
quantidade de substâncias químicas, como em alguns acidentes de trabalho.
INTOXICAÇÃOCRÔNICA
Geralmente acontece após um tempo prolongado de exposição, principalmente a pequenas quantidades
diárias.
Quanto à intensidade dos efeitos da intoxicação, temos:
LEVE
Mais fácil de tratar, geralmente é reversível ao afastar o agente.

MODERADA
As lesões podem ser reversíveis ou irreversíveis.

GRAVE
As lesões serão irreversíveis, podendo levar à morte.
Ainda sobre os efeitos tóxicos, observamos dois tipos: local e sistêmico. O efeito local é aquele que se
manifesta em um local ou uma parte do corpo somente, como uma ferida na mão ou em um dedo
causada pelo contato com um agente químico. Já o efeito sistêmico é aquele que irá se manifestar em
vários órgãos do corpo, quando, por exemplo, um agente que é absorvido pela pele, inalado ou ingerido
vai para a corrente sanguínea e, a partir dela, chega a outros órgãos, causando danos.
Para facilitar nosso entendimento acerca do primeiro contato do agente com o organismo até as
manifestações clínicas, precisamos conhecer as quatro fases da intoxicação:
FASE I – EXPOSIÇÃO
Essa é a fase, como o nome já indica, do primeiro contato com o agente químico. Esse contato se dá
pela superfície externa (pele) ou interna (outros órgãos). Nessa etapa, é importante a observação da
concentração da substância, ou seja, da disponibilidade química do agente em condições de ser
absorvido no organismo. Outras observações que precisam ser feitas são sobre a duração da
exposição, a frequência e as vias de entrada do agente no organismo, além da suscetibilidade individual,
ou seja, o fato de a pessoa ter uma sensibilidade maior a determinadas substâncias.
FASE II – TOXICOCINÉTICA
Essa é a fase na qual o organismo trabalha em sua defesa, ou seja, temos a ação do organismo sobre o
agente tóxico, buscando eliminá-lo ou pelo menos minimizar os seus efeitos nos órgãos.
FASE III – TOXICODINÂMICA
Caso o agente tóxico não seja eliminado, ele poderá permanecer no organismo, desencadeando
alterações bioquímicas e fisiológicas que acarretarão as manifestações clínicas no(s) órgão(s) alvo.
FASE IV – CLÍNICA
Essa é a fase das manifestações clínicas, isto é, quando aparecem sintomas e sinais da intoxicação ou
alterações laboratoriais causadas pela substância química.
 ATENÇÃO
Um mesmo órgão pode ser atingido por mais de um tipo de agente químico e um único agente químico
pode causar danos a vários órgãos.
DOENÇAS CAUSADAS PELA EXPOSIÇÃO A
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Agora, conheceremos algumas doenças que são causadas pela exposição a substâncias químicas:
NEOPLASIAS RELACIONADAS AO TRABALHO
AS NEOPLASIAS, TAMBÉM CONHECIDAS COMO “CÂNCERES”, SÃO
A SEGUNDA MAIOR CAUSA DE MORTE NO MUNDO, DE ACORDO
COM A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. ENTRE AS CAUSAS
DAS NEOPLASIAS, TEMOS AS RELACIONADAS AO TRABALHO.
ESSAS DOENÇAS PODEM ACOMETER TRABALHADORES
EXPOSTOS INDEVIDAMENTE A AGENTES QUÍMICOS E/OU FÍSICOS.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), câncer é o nome dado a um conjunto de mais de
100 doenças que têm em comum um crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e
órgãos. Essas células, quando se dividem descontroladamente, podem ser mais agressivas,
determinando a formação de tumores que podem espalhar-se por diversas regiões do corpo, o que é
conhecido como metástase. Na imagem, temos uma ilustração em 3D de células cancerosas em
contexto científico.
 SAIBA MAIS
O câncer aparece a partir de uma mutação genética, uma alteração no DNA da célula, que passa a
receber “informações erradas” para suas atividades. Dependendo do câncer, seu processo de formação
pode levar anos, devendo ser consideradas as características individuais que facilitam ou dificultam a
instalação do dano celular.
Como já mencionado, a exposição a agentes químicos em uma determinada frequência e em dado
período de tempo podem levar ao desenvolvimento de doenças, como um tipo de câncer.
As principais neoplasias relacionadas ao trabalho são:

ANGIOSSARCOMA DO FÍGADO
NEOPLASIA MALIGNA DO ESTÔMAGO


NEOPLASIA MALIGNA DO PÂNCREAS
NEOPLASIA MALIGNA DA LARINGE


NEOPLASIA MALIGNA DOS OSSOS E CARTILAGENS
ARTICULARES DOS MEMBROS (INCLUI SARCOMA ÓSSEO)
NEOPLASIA MALIGNA DA CAVIDADE NASAL E DOS SEIOS
PARANASAIS


NEOPLASIA MALIGNA DOS BRÔNQUIOS E DO PULMÃO
NEOPLASIA MALIGNA DA BEXIGA


OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE
LEUCEMIAS

OUTRAS PATOLOGIAS ASSOCIADAS A PRODUTOS
QUÍMICOS
Além das neoplasias, outras doenças podem ser causadas pela exposição a agentes químicos. Vamos
conhecer algumas outras doenças a seguir!
CONJUNTIVITE
Existem vários tipos de conjuntivite, como viral, bacteriana, traumática, alérgica, tóxica, química, entre
outros. Ela é caracterizada pela inflamação da conjuntiva e pode causar sequelas e/ou a necessidade de
um tratamento mais complexo.
As conjuntivites relacionadas ao ambiente de trabalho geralmente são provocadas pela exposição sem
proteção da conjuntiva a agentes químicos. Os sintomas mais frequentes são queimação, coceira,
sensação de “peso” nos olhos, e, em casos mais graves, dor e fotofobia.
DERMATITE ALÉRGICA DE CONTATO
Conhecidas como eczemas, as dermatites de contato são inflamações agudas ou crônicas da pele,
caracterizadas por eritema, edema e vesículas. Em alguns casos, é possível ocorrer uma coceira
intensa e em outros, fissura da pele.
ENCEFALOPATIA TÓXICA AGUDA
É uma síndrome neuropsiquiátrica secundária à exposição a agentes tóxicos, caracterizada por sinais e
sintomas inespecíficos e danos cerebrais difusos. As manifestações clínicas dependem do agente
envolvido, podendo comprometer qualquer atividade encefálica, desde funções motoras, sensitivas,
quanto complexas funções corticais (memória, julgamento, abstração, cálculo, linguagem e juízo).
EPISÓDIOS DEPRESSIVOS
São caracterizados por humor triste, perda do interesse e do prazer nas atividades cotidianas, sendo
comum uma sensação de fadiga aumentada. Os trabalhadores acometidos por episódios depressivos
também podem se queixar de dificuldade de concentração, baixa autoestima, desesperança,
pessimismo do futuro, ideias ou tentativa de suicídio.
SINUSITE
É uma inflamação dos seios paranasais devido a infecções causadas por vírus, bactérias ou fungos.
Também pode ocorrer por reações alérgicas a substâncias químicas. A exposição a agentes irritantes é
a causa da sinusite crônica. Os principais sintomas são cefaleia, dor facial, secreção nasal e congestão
nasal.
PNEUMOCONIOSES
São doenças pulmonares crônicas causadas por depósitos de partículas no parênquima pulmonar. Em
alguns casos, recebem nomes específicos, de acordo com o tipo de partícula. Os principais sintomas
são: dificuldade de respirar principalmente em caso de esforços, perda da força física, tosse seca e, em
alguns casos, febre e dor torácica.
SILICOSE
Juntamente com a asbestose (estudaremos a seguir), é uma das pneumoconioses mais conhecidas. É
causada pela inalação e depósito no pulmão de partículas de sílica livre. Por ser uma doença
assintomática no início da exposição, os trabalhadores não percebem que estão adoecendo. Mas com a
exposição contínua, a doença progride e se torna mais agressiva, causando até falta de ar aos
pequenos esforços.
TRANSTORNO COGNITIVO LEVE
É caracterizado por alterações da memória, da orientação e da capacidade de aprendizado, bem como
pela redução da capacidade de concentração em tarefas prolongadas.
AGENTES QUÍMICOS TÓXICOS E SUAS
CONSEQUÊNCIAS
Os principais agentes químicos tóxicos são amianto, chumbo, benzeno e mercúrio. Vamos conhecer as
respectivas consequências desses agentes no organismo.
AMIANTO
CHUMBO
BENZENO
MERCÚRIO
AMIANTO
A asbestose é uma pneumoconiose causada pelo acúmulo de amianto no tecido pulmonar. A formação
de tecido cicatricial generalizada no pulmão provoca falta de ar e redução da capacidade de esforço
físico. O diagnóstico geralmente é feito com radiografia e tomografia computadorizada torácicas.
CHUMBO
O saturnismo é a intoxicação que ocorre em atividades laboraiscom elevada exposição ao chumbo. Os
sintomas incluem atrasos de desenvolvimento, alterações neurológicas, irritabilidade e dor abdominal.
Em níveis muito elevados, pode ser fatal. Atualmente, é uma doença rara.
BENZENO
A intoxicação por benzeno é uma das intoxicações exógenas mais comuns no Brasil. A
substância é encontrada em vários produtos como a gasolina, e também na fabricação de produtos
como plásticos, detergentes, medicamentos lubrificantes, borrachas, tintas e agrotóxicos. A intoxicação
aguda pode acometer especialmente o sistema nervoso central e em altos níveis podem ser fatal. A
intoxicação crônica está associada à ocorrência de leucemia mieloide aguda e leucemia linfocítica
crônica.
MERCÚRIO
O mercurialismo ou hidrargismo é uma intoxicação causada pela exposição aos vapores de mercúrio
presentes em ambiente de trabalho no qual é usado o mercúrio metálico, como no garimpo ilegal. A
intoxicação crônica pode causar insônia, ansiedade, timidez, irritabilidade, alteração da sociabilidade,
labilidade emocional e, nos casos mais graves, diminuição da atenção e da memória.
Além das substâncias acima, podemos relacionar ainda: arsênio, cadmo, cromo, tolueno, zinco,
níquel, lítio, bário, berílio, entre outros, mas não serão objetos de nosso estudo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Identificar os riscos físicos e as doenças relacionadas ao trabalho
LIGANDO OS PONTOS
As doenças relacionadas ao trabalho estão ligadas às exposições anormais que os trabalhadores estão
submetidos no ambiente laboral. Em muitos casos, os acidentes de trabalho poderiam ser evitados, caso
os riscos tivessem sido identificados previamente. Um dos maiores desafios dos profissionais de
segurança de trabalho é identificar, na vida real, os riscos aprendidos teoricamente. O caso a seguir
apresenta uma ocorrência real de acidente envolvendo a radiação.
Enfermeira que atendeu vítimas do césio deve ser indenizada, em Goiás
O acidente com o césio-137 ocorrido em Goiânia no ano de 1987 trouxe desdobramentos que
transcendem a manipulação inadequada do material na época. Segundo informações da reportagem do
G1 em 2015, quase 30 anos após a ocorrência inicial:
“O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) manteve a decisão de que o governo estadual deve indenizar a
enfermeira aposentada Celmiriam Corrêa, 52 anos, antiga servidora da Secretaria de Estado da Saúde,
que teve câncer após atender pacientes contaminados pelo césio-137, em Goiânia” (RESENDE, 2015,
não paginado).
Essa ocorrência levou a uma indenização para a enfermeira que teve contato indireto com o material
radioativo, ao fazer atendimento às vítimas da ocorrência. O G1 informa que:
“Ela deve receber quase R$ 57,5 mil por danos morais e materiais. A decisão ainda cabe recurso. O
acidente radiológico aconteceu em setembro 1987, após catadores de papel abrirem um aparelho de
radiologia que continha o material radioativo” (RESENDE, 2015, não paginado).
A sequência da reportagem comenta sobre o despreparo e as consequências da não utilização de
equipamentos de proteção adequados, quando informa que:
“A enfermeira revela que não usou equipamentos de proteção durante o atendimento aos pacientes
contaminados. ‘A gente não teve opção. Era uma emergência e tinha que ser feito o atendimento. A
gente não usou nada de proteção, quem usava eram os técnicos que tinham contato direto’, disse em
entrevista ao G1” (RESENDE, 2015, não paginado).
A reportagem também informa as consequências sofridas pela exposição ao césio-137.
“Celmiriam descobriu o câncer de mama dez anos após a tragédia. Ela retirou 40% da mama, passou
por quimioterapia e radioterapia. Após esses tratamentos, ela continuou com o uso de medicação, mas a
doença retornou cinco anos depois. Foi quando ela teve que se aposentar. De acordo com a enfermeira,
ela entrou com pedido de pensão na Secretaria de Saúde. No entanto, o recurso foi negado. Por isso,
ela decidiu entrar com ação indenizatória na Justiça. Durante o processo, a Junta Médica do TJ-GO
concluiu que é impossível ‘estabelecer o nexo causal’ entre o atendimento a pacientes e o surgimento do
câncer” (RESENDE, 2015, não paginado).
Podemos verificar no texto da reportagem a importância da intervenção dos órgãos públicos, quando é
informado que:
“No entanto, análise da Superintendência Leide das Neves Ferreira (Suleide), órgão público instituído
para monitorar e prestar assistência médica integral aos radioacidentados, concluiu que a enfermeira
possui enfermidade crônica e grave devido à radiação. Para Celmiriam, ‘não há dúvida’ de que o
atendimento com vítimas da tragédia provocou o câncer. ‘Eu nunca tive caso de câncer na família, não
tinha idade que justificava, tive três filhos e os amamentei, ou seja, eu não pertencia a nenhum grupo de
risco se não fosse o contato com os pacientes’, defende.” (RESENDE, 2015, não paginado).
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. O ACIDENTE COM O CÉSIO-137, EM GOIÁS/GO É MUITO
CONHECIDO. SERVE COMO UM ALERTA NÃO SÓ PARA AS
AUTORIDADES, MAS TAMBÉM PARA AS EMPRESAS QUE
SÃO RESPONSÁVEIS POR PRODUTOS RADIOATIVOS. ESSE
ACIDENTE GEROU MUITAS VÍTIMAS, MORADORES E
PROFISSIONAIS DA SAÚDE, COMO É O CASO DA
ENFERMEIRA CELMIRIAM. QUAL PODERIA TER SIDO A
CONTRIBUIÇÃO DA EQUIPE SESMT PARA EVITAR QUE A
FUNCIONÁRIA FICASSE EXPOSTA COMO FICOU NA ÉPOCA
EM QUE ATENDEU OS MORADORES VÍTIMAS DO
ACIDENTE?
RESPOSTA
A equipe poderia ter averiguado se os profissionais da saúde estavam devidamente paramentados para
receberem os pacientes. Ainda, a funcionária deveria ser monitorada ao longo dos anos, visto que foi exposta
à radiação e o câncer é uma doença que aparece em longo prazo.
RISCOS FÍSICOS E AS DOENÇAS
RELACIONADAS AO TRABALHO
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 9 (NR-9), os agentes de riscos físicos são as diversas
formas de energia às quais possam estar expostos os trabalhadores. Essas energias são manifestadas
em forma de:

RUÍDOS
VIBRAÇÕES


PRESSÕES ANORMAIS
TEMPERATURAS EXTREMAS


RADIAÇÕES IONIZANTES
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES


INFRASSOM
ULTRASSOM

São muitas as doenças causadas pela exposição indevida a esses agentes. A perda auditiva induzida
por ruído no ambiente ocupacional é um dos maiores riscos no trabalho. O câncer, como já visto no
módulo anterior, também pode ser desenvolvido por exposição a agentes físicos.
Neste módulo, veremos como a exposição indevida a agentes físicos pode adoecer os trabalhadores.
RUÍDO EM AMBIENTES DE TRABALHO
Antes de abordarmos as condições de saúde e adoecimento relacionadas ao trabalho, precisamos falar
um pouquinho do ruído, por ser um dos agentes de risco físico que mais causam problemas para os
trabalhadores.
RUÍDOS PODEM SER ENTENDIDOS COMO SONS DESARMÔNICOS
PERCEBIDOS PELOS OUVIDOS COMO DESAGRADÁVEIS.
Quando fora de controle, o ruído é um dos agentes físicos mais nocivos à saúde humana, podendo
causar perda auditiva, zumbidos ou surdez, bem como danos extra-auditivos, como distúrbio de
ansiedade, estresse, insônia, entre outros.
 SAIBA MAIS
Os ruídos são avaliados em decibéis (dB). De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15, existem
dois tipos de ruídos: o contínuo ou intermitente e o de impacto. O contínuo ou intermitente é aquele
considerado estável, sem grandes variações, chegando no máximo a 3dB. O ruído de impacto é aquele
que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1
segundo. A exposição aos ruídos de forma inapropriada pode causar danos diversos aos trabalhadores
a depender do tempo de exposição.
DOENÇAS E CONDIÇÕES DE SAÚDE
RELACIONADAS AO RISCO FÍSICO
Agora, vamos conhecer um pouco desses danos aos trabalhadores que estão expostos a ruídos, sem
proteção, em seus ambientes de trabalho.
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO
A PAIR É A DIMINUIÇÃO DA ACUIDADE AUDITIVA PROVOCADA PELA
EXPOSIÇÃO POR TEMPO PROLONGADOAO RUÍDO.
Geralmente é bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído. Nem sempre
ocorre uma surdez, mas pode ocorrer uma redução significativa da audição. As máquinas são as fontes
que mais apresentam ruídos nos ambientes de trabalho, portanto, as indústrias são ambientes
potencialmente perigosos.
 ATENÇÃO
Alguns sinais e sintomas da perda auditiva são: aumento do volume da televisão e do rádio, tentativa de
fazer leitura labial durante as conversas, dificuldade de ouvir as pessoas ao telefone, zumbido nos
ouvidos, entre outros. Essas situações também podem levar os trabalhadores ao isolamento, podendo
evoluir para depressão.
O diagnóstico da PAIR é estabelecido mediante um conjunto de procedimentos que envolvem anamnese
ocupacional, exame físico, avaliação audiológica e outros exames, quando necessário.
Embora aqui estejamos abordando a perda auditiva devido ao ruído, faz-se necessário alertar que as
perdas auditivas de origem ocupacional também podem acontecer pela exposição a agentes químicos
tóxicos.
TRAUMA ACÚSTICO
PODE SER DEFINIDO COMO A PERDA SÚBITA DA AUDIÇÃO
DECORRENTE DE UMA ÚNICA EXPOSIÇÃO À PRESSÃO SONORA
INTENSA OU DEVIDO A UM TRAUMA FÍSICO DO OUVIDO, DO
CRÂNIO OU DA COLUNA CERVICAL.
 VOCÊ SABIA
No intuito de contribuir com as empresas, de modo a evitar danos à saúde auditiva dos trabalhadores, a
Fundacentro publicou, em 2018, um guia denominado Programa de Conservação Auditiva (PCA). Esse
programa corresponde a um conjunto de atividades que visam prevenir ou estabilizar as perdas
auditivas ocupacionais por meio de um processo de melhoria contínua, que requer conhecimento
multiprofissional e se desenvolve por intermédio de atividades planejadas e coordenadas entre diversas
áreas das empresas.
OUTROS FATORES DE RISCO FÍSICO
RELACIONADOS AO ADOECIMENTO DOS
TRABALHADORES
UMA OUTRA CONDIÇÃO QUE PODE LEVAR OS TRABALHADORES
AO ADOECIMENTO É A VIBRAÇÃO.
Alguns distúrbios orgânicos podem acontecer a trabalhadores que são expostos a vibração ocupacional
continuada. As vibrações são divididas em localizadas, que atingem somente parte do corpo, como
membros superiores, e as de corpo inteiro, que atingem todo o corpo.
Dentre os efeitos que as vibrações causam no organismo, estão: fadiga, dor abdominal, irritação,
náuseas, cefaleia, contrações musculares excessivas, lesão na coluna cervical. A doença mais
conhecida relacionada à vibração, e também ao frio, é a síndrome de Raynaud.
 SAIBA MAIS
Essa síndrome foi descrita em 1862 e era conhecida como a síndrome dos dedos brancos. Consiste
em uma desordem vascular nas extremidades dos dedos, sendo provocada por vibração excessiva, frio
e tabagismo.
Sobre as radiações ionizantes e radiações não ionizantes, embora não estejam em todos os ambientes
de trabalho, devem ser prevenidas. É de fundamental importância que as empresas sigam corretamente
as normas, principalmente para ambientes em que os trabalhadores estão expostos às radiações
ionizantes.
Essas radiações também são conhecidas por terem energia suficiente para alterar o estado físico de um
átomo e causar perda de elétrons, deixando-o eletricamente carregado. Já as radiações não ionizantes
são uma modalidade de baixa frequência e baixa energia, e não produzem ionizações, mas podem
quebrar moléculas e ligações químicas.
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15, as operações ou as atividades que expõem os
trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, são consideradas insalubres, em
decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
Ainda sobre as radiações, existem os materiais radioativos de ocorrência natural, também conhecidos
como NORM e TENORM.
NORM
É a sigla para Naturally Occurring Radioactive Materials ou, em português, materiais radioativos de
ocorrência natural. São materiais radioativos que não sofreram nenhum tipo de manipulação humana.
TENORM
Designa materiais radioativos de ocorrência natural tecnologicamente concentrados (Technologically
Enhanced Naturally Occurring Radioactive Materials).
Embora sejam frequentes no dia a dia, configuram-se riscos para a saúde humana e para o meio
ambiente. Nesse sentido, em se tratando de ambientes de trabalho, práticas rígidas de segurança
precisam ser adotadas para a proteção dos trabalhadores.
ALGUNS EXEMPLOS DE INDÚSTRIAS GERADORAS DE RESÍDUOS E
REJEITOS NORM/TENORM SÃO AS LIGADAS À MINERAÇÃO, À
PRODUÇÃO DE ENERGIA E AO TRATAMENTO DE ÁGUA.
Quanto às doenças que acometem os trabalhadores, embora as radiações tenham características
diferentes, ambas podem causar danos à saúde dos trabalhadores, como veremos a seguir.
LEUCODERMIA OCUPACIONAL
A hipopigmentação da pele pode ser provocada por agentes físicos e químicos. Sobre os agentes
físicos, os principais responsáveis são as queimaduras térmicas e as radiações ionizantes, que podem
causar uma radiodermite.
CATARATA
É a opacificação do cristalino, parte dos olhos que é responsável por filtrar e focar os raios de luz. Uma
vez o cristalino mais opaco, a luz não consegue penetrar nos olhos, tornando a visão e a percepção de
cores alterada. Embora a catarata seja mais frequente em idosos, também é possível ocorrer em
pessoas mais jovens expostas à radiação não ionizante sem proteção, como os raios solares.
CÂNCER
O câncer é uma doença que pode ser desenvolvida por diversos fatores. Em riscos físicos, destacamos
a exposição sem proteção às radiações. Os principais cânceres desenvolvidos são o câncer de pele e a
leucemia.
PRESSÕES ANORMAIS
São consideradas pressões anormais aquelas comparadas à pressão atmosférica. Em determinados
locais, a pressão pode ser maior ou menor que a pressão atmosférica, sendo, então, considerada
anormal. São necessários cuidados especiais com trabalhadores que prestam serviços nesses locais.
Segundo a Norma Regulamentadora nº 15, trabalhos sob ar comprimido são os efetuados em ambientes
onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige
cuidadosa descompressão.
Ainda de acordo com a NR-15, antes da jornada de trabalho, os trabalhadores deverão ser
inspecionados pelo médico, não sendo permitida a entrada em serviço daqueles que apresentarem
sinais de afecções das vias respiratórias ou outras moléstias.
BAROTRAUMA
É uma lesão em decorrência de uma alteração da pressão do volume de ar de um compartimento do
corpo. Pode ser considerado um acidente em razão da incapacidade de se equilibrar a pressão no
interior das cavidades pneumáticas do organismo com a pressão ambiente em variação. As partes do
corpo mais afetadas são os ouvidos, os seios da face e os pulmões.
DOENÇA DA DESCOMPRESSÃO
É um distúrbio que acontece por uma rápida diminuição da pressão, formando bolhas de gás
(principalmente de nitrogênio) no sangue e nos tecidos. Quando essas bolhas bloqueiam os vasos
sanguíneos ou contribuem para o rompimento ou a compressão de tecidos, podem ocorrer: dores
musculares, dores nas articulações, formigamento, fadiga, vertigem e dificuldade respiratória.
Trabalhadores e empregadores também precisam estar atentos às condições extremas de temperatura
nos ambientes de trabalho. O corpo humano, para manter sua temperatura interna constante,
compatível com a vida, utiliza um conjunto de mecanismos denominado termorregulação, que evita
grandes variações da temperatura interna. Essa capacidade pode ser influenciada por fatores internos e
externos.
A exposição a temperaturas externas extremas e de forma excessiva pode levar à sobrecarga do
organismo, na tentativa de se reequilibrar, nem sempre com sucesso, o que causa danos à saúde do
trabalhador, como veremos a seguir.
INSOLAÇÃO
A insolação acontece quando há exposição a fontes de calor de forma excessiva. Quando a temperatura
interna ultrapassa 40°C e os mecanismo de regulação não conseguem resfriar o corpo, a pessoa pode
perder água, sais minerais e nutrientes importantes. Os principais sintomas da insolação são: cefaleia,tontura, náuseas, temperatura corporal elevada, pele quente e seca, e confusão mental. Se não tratado
devidamente, pode levar à morte.
HIPOTERMIA
Com relação ao frio excessivo, sem proteção, é possível que haja uma hipotermia, ou seja, uma baixa
da temperatura corporal de forma anormal. Pode ser agravada se a pessoa estiver com roupas úmidas.
Os principais sintomas são: tremores, confusão mental, sonolência, pele fria e respiração lenta. Ao
suspeitar de hipotermia, o trabalhador precisa ser afastado imediatamente do ambiente e iniciar a
reversão do quadro.
UMIDADE
Segundo a Norma Regulamentadora nº 15, as atividades ou operações executadas em locais alagados
ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde do trabalhador, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Quando o
trabalhador é exposto, sem a devida proteção, a ambientes úmidos, algumas doenças podem ocorrer ou
agravar, como as alergias respiratórias.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Reconhecer os riscos biológicos e as doenças relacionadas ao trabalho
LIGANDO OS PONTOS
Os riscos biológicos envolvem agravos relacionados a microrganismos, seus produtos e toxinas. Em
alguns casos, podemos relacionar facilmente a doença ocupacional ao ambiente de trabalho. Todavia,
quando uma doença é epidêmica, estabelecer o nexo causal é uma tarefa mais difícil, bem como isolar a
empresa de agentes externos.
Surto de covid-19 entre trabalhadores
O Serviço de Vigilância Epidemiológica de Curitiba interditou, em cumprimento às medidas previstas em
decreto municipal, uma empresa atacadista após surto de covid-19 entre funcionários. De 62
trabalhadores testados, 34 estavam contaminados.
De acordo com a equipe de Segurança do Trabalho da empresa, são adotados todos os protocolos de
segurança: uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social. Segundo essa mesma equipe, a
empresa forneceu máscaras de pano com o logotipo da empresa aos funcionários e obrigou seu uso.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. SOBRE A EMPRESA DO CASO, O QUE É PRECISO SER
FEITO PELA EQUIPE DE SEGURANÇA PARA EVITAR QUE
NOVOS CASOS ACONTEÇAM?
RESPOSTA
É preciso rever todo o processo de implantação dos protocolos de segurança e identificar em que fase houve
falha. A partir das falhas, elaborar uma nova proposta. É preciso redobrar a atenção quanto ao
comportamento dos trabalhadores, pois eles precisam estar devidamente instrumentalizados com os
equipamentos corretos e usando-os da forma adequada. Ainda, devem ser utilizadas máscaras adequadas
para proteção respiratória.
RISCOS BIOLÓGICOS E EPIDEMIAS
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RISCO BIOLÓGICO
O RISCO BIOLÓGICO É A PROBABILIDADE DA EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL A AGENTES BIOLÓGICOS, QUE PODEM SER:
MICRORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS OU NÃO;
CULTURAS DE CÉLULAS; PARASITAS; TOXINAS; E PRÍONS.
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 32, estão expostos a esses agentes profissionais que
exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral, incluindo todas as ações de
promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. A
exposição de trabalhadores a esses agentes biológicos sem a devida proteção aumenta a probabilidade
do adoecimento.
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 32, os agentes biológicos são classificados em:
CLASSE DE RISCO 1
Baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar
doenças ao ser humano.
CLASSE DE RISCO 2
Risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a
coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia
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ou tratamento.
CLASSE DE RISCO 3
Risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade.
Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios
eficazes de profilaxia ou tratamento.
CLASSE DE RISCO 4
Risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a
coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar
doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
Conhecer as classes de risco dos agentes aos quais os trabalhadores estão expostos é fundamental
para a elaboração do programa de gestão de riscos do ambiente e para o fornecimento dos
equipamentos de proteção adequados aos trabalhadores. Diversas são as doenças que acometem
trabalhadores que estão expostos aos agentes biológicos de forma direta ou indireta, sem a devida
proteção.
 SAIBA MAIS
Além das doenças notificadas, também existe um número expressivo sobre acidentes de trabalho
relacionados à exposição a material biológico. De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no
Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, de 2012 a 2018, a atividade que mais notificou acidentes de
trabalho foi a Atividade de Atendimento Hospitalar, sendo os maiores registros entre os técnicos de
enfermagem.
Veremos a seguir como os trabalhadores adoecem e as possíveis repercussões desses acidentes e de
outras condições às quais os trabalhadores estão expostos.
RISCO BIOLÓGICO E OS AMBIENTES DE
TRABALHO
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As consequências (para a saúde) da exposição do trabalhador a fatores de risco biológico presentes em
situações de trabalho incluem quadros de infecção aguda e crônica, parasitoses e reações alérgicas e
tóxicas a plantas e animais. As infecções podem ser causadas por bactérias, vírus e fungos. As
parasitoses estão associadas a protozoários, helmintos e artrópodes.
As doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho apresentam algumas características que
as distinguem dos demais grupos:
Os agentes etiológicos não são de natureza ocupacional.
A ocorrência da doença depende das condições ou circunstâncias em que o trabalho é executado e da
exposição ocupacional, que favorece o contato, o contágio ou a transmissão.
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
RELACIONADAS AO TRABALHO
Agora, vamos conhecer algumas doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao ambiente de
trabalho.
TUBERCULOSE OCUPACIONAL
É uma doença causada pelo Mycobacteruimtuberculosis ou bacilo de Koch. É transmissível e acomete
principalmente os pulmões, mas pode ocorrer em outros órgãos também.
A forma pulmonar é a mais relevante para a saúde trabalhador. A forma extrapulmonar, que acomete
outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV,
especialmente entre aquelas com comprometimento imunológico. Alguns sinais e sintomas são: tosse
produtiva, febre vespertina, sudorese noturna, cansaço, fadiga, emagrecimento.
O tratamento dura no mínimo seis meses e pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde. Com o início
do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento,
já se encontra muito reduzida. Esse é o momento de muita atenção, uma vez que muitos trabalhadores
abandonam o tratamento com a melhora de sinais e sintomas. A melhora não significa a cura, por isso, é
preciso fazer o tratamento no tempo correto.
LEPTOSPIROSE RELACIONADA AO TRABALHO
É uma doença causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de ratos. A transmissão ocorre
quando o trabalhador entra em contato com a urina dos roedores, principalmente em ambientes
alagados por ocasião de enchentes.
O período de incubação, ou seja, o tempo que a pessoa leva para manifestar os sintomas desde a
infecção da doença, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a
exposição a situações de risco.
Pode haver a necessidade de hospitalização. Pode ocorrer febre, dores no corpo, cefaleia e também
vômitos, diarreia e tosse. Casonão tratada de forma correta e no tempo certo, a leptospirose pode
evoluir para um quadro mais grave. Casos menos graves são tratados em ambulatório, e os mais graves
precisam de internação.
TÉTANO OCUPACIONAL
Causado por uma neurotoxina produzida pelo Clostridium tetani, o tétano é uma doença grave que, se
não tratada no tempo correto, pode levar à morte. É uma doença que também pode ocorrer em animais.
Não é transmitido de pessoa a pessoa, mas sim no contato da neurotoxina com um ferimento no corpo
da vítima. Alguns sinais e sintomas são contraturas musculares, rigidez de braços e pernas, e rigidez
abdominal.
O tétano é uma doença prevenível, por meio da vacinação, por isso é importante que as equipes do
PCMSO, com o apoio dos SESMT, incentivem os trabalhadores a tomar a dose reforço no tempo
adequado e, caso seja necessário, façam campanhas nas empresas para uma maior cobertura da
imunização. É necessário atenção sempre aos equipamentos de proteção individual.
HEPATITES RELACIONADAS AO TRABALHO
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ocorrer pela exposição ao vírus ou pelo uso de alguns
remédios, álcool e outras drogas. Geralmente as hepatites relacionadas ao trabalho são causadas por
vírus e classificadas por letras A, B, C, D e E.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, a hepatite B foi responsável por 32,8% dos casos de
hepatites notificados no Brasil. Essa hepatite geralmente não apresenta sintomas imediatos e, por isso,
é possível de ser diagnosticada décadas após a infecção. Já a hepatite C pode se manifestar de forma
aguda ou crônica, sendo a crônica mais comum.
É uma doença de caráter silencioso e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado.
Em média, 20% dos casos podem evoluir para cirrose ao longo do tempo. Alguns sintomas são dor ou
desconforto abdominal, fadiga, febre, perda de apetite, náuseas, “amarelamento” da pele e dos olhos.
DENGUE
É uma doença febril grave causada por um arbovírus — vírus transmitidos por picadas de insetos,
especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode
ter os quatro tipos da doença, mas a infecção por um tipo gera imunidade permanente para ele.
O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se
proliferar. Lembrando que embora a doença seja um problema de saúde pública, é possível que pessoas
adoeçam devido à ocupação que exercem.
As empresas precisam aderir a campanhas de prevenção e, caso tenha a possibilidade de foco da
doença em seus ambientes, é preciso eliminá-los. Os principais sinais e sintomas são: febre alta, dores
musculares intensas, dores nos olhos, falta de apetite, cefaleia, e em alguns casos, machas vermelhas
pelo corpo.
AIDS/HIV
A AIDS é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esse vírus ataca
o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo contra doenças. Os principais
sintomas são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
Com a baixa imunidade, causada pela enfermidade, é possível que a pessoa adquira outras doenças,
também chamadas de oportunistas, como tuberculose e toxoplasmose. O tratamento da AIDS é gratuito,
feito com antirretrovirais, disponibilizados nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde.
RAIVA
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-
se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo
vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae. A raiva é transmitida ao homem pela saliva de
animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela
arranhadura e/ou lambedura desses animais.
Os principais sinais e sintomas são: anorexia, irritabilidade, mal-estar, náuseas, dor de garganta. Em
caso de acidentes com animais, os trabalhadores deverão ser encaminhados imediatamente a uma
unidade de saúde, para os devidos procedimentos.
COVID-19
Os coronavírus são um grupo de vírus comuns em diferentes espécies de animais. Raramente os vírus
que infectam animais podem infectar pessoas. Contudo, em dezembro de 2019, houve a transmissão de
um novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que causou a doença covid-19. Essa doença apresenta
manifestações clínicas, variando de infecções assintomáticas a quadros graves.
Os principais sintomas são febre, tosse, coriza, perda de olfato, dificuldade para respirar, alteração de
paladar, cansaço e distúrbios gastrintestinais. É importante lembrar que nem todas as pessoas
portadoras de covid-19 apresentam os mesmos sintomas e que é possível novos sintomas, ou seja,
diferentes dos já registrados, a partir da mutação do vírus.
Para a proteção dos trabalhadores, as instituições empregadoras precisam adotar medidas de
segurança e protocolos específicos para os ambientes de trabalho, além de oferecer os equipamentos
de proteção individual adequados.
DOENÇA DA FOLHA VERDE DO TABACO
A doença da folha verde do tabaco (DFVT) é uma forma de intoxicação aguda causada pela absorção
dérmica da nicotina presente na folha do tabaco (Nicotiana tabacum). O suor, o orvalho e a chuva
facilitam o contato da substância com a pele.
Entre os sinais e sintomas estão: dores de cabeça, tontura, náuseas e cólica. Os sintomas duram alguns
dias e podem afetar a mesma pessoa repetidas vezes. Essa doença acomete principalmente
trabalhadores rurais que lidam com essa cultura.
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
Os acidentes com animais peçonhentos são comuns entre trabalhadores da agricultura e de
manipulação de alimentos. Os mais comuns são o ofidismo (picada de cobra) e o escorpionismo.
A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização
ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO. Sempre que houver vacinas
eficazes contra outros agentes biológicos aos quais os trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos,
o empregador deve fornecê-las gratuitamente. A vacinação deve obedecer às recomendações do
Ministério da Saúde.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
 Identificar os riscos ergonômicos e as doenças relacionadas ao trabalho
LIGANDO OS PONTOS
A relação entre a ergonomia e as doenças relacionadas deve ser objeto de intenso estudo, uma vez que
o ambiente laboral tem sido afetado continuamente com o desenvolvimento de novas tecnologias. Dessa
forma, algo que a princípio não seria fator determinante para as ocorrências de doenças, pode se
mostrar desta maneira na prática diária.
Lesões por esforços repetitivos
DJS, 43 anos, viúva, mãe de dois filhos, procurou o médico do trabalho da empresa em que trabalha,
queixando-se de dor intensa no braço direito, contínua e persistente, com sensação de peso e
diminuição de sensibilidade na mão direita, e dificuldade para realizar qualquer movimento. Queixou-se,
ainda, de insônia que, segundo ela, provoca cansaço e irritação durante o dia. Relatou que vinha
sentindo dor e limitações havia algum tempo, obtendo certo alívio com o uso de anti-inflamatórios, mas
com repercussões sobre sua produção diária e dificuldade para realização de horas extras, que
proporcionavam aumento na renda mensal da família.
Ao ser questionada se havia procurado o supervisor do setor que trabalha, DJS informou que não,
porque ficou com medo de ser punida. Ela trabalha há 25 anos como empacotadora na indústria
alimentícia, em jornada de cerca de 9 horas diárias (horas extras), 6 dias na semana, em posição
sentada, em uma tarefa que exige movimentos repetitivos dos membros superiores, sob grande pressão
de tempo, para atender às metas de produção estabelecidas, o que a impede de fazer as pausas
recomendadas.
Informa haver outros(as) trabalhadores(as) com as mesmas queixas na empresa. O médico a
diagnostica com uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho, prescreve anti-inflamatório e emite
um atestado para afastamento por10 dias. Após sua saída do consultório, o médico marca uma reunião
com a equipe do SESMT para conversarem sobre o caso de DJS e de outros possíveis casos.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. DE ACORDO COM A SITUAÇÃO ANTERIOR, QUAL É O
PAPEL DOS ENGENHEIROS E TÉCNICOS DE SEGURANÇA
DO TRABALHO? QUAL A INTERVENÇÃO QUE PRECISA SER
FEITA NESSE AMBIENTE DE TRABALHO PARA QUE
OUTROS TRABALHADORES NÃO ADOEÇAM?
RESPOSTA
Compreender as demandas da trabalhadora, assim como o conhecimento sobre a atividade/ocupação
exercida e as condições em que é realizada. Implantar a Análise Ergonômica do Trabalho. Conversar com os
trabalhadores, mostrando que eles podem acessar qualquer membro das equipes sem medo das
repercussões negativas.
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O QUE É ERGONOMIA?
RISCOS ERGONÔMICOS
RISCO ERGONÔMICO É TODA SITUAÇÃO OU FATOR QUE POSSA
INTERFERIR NAS CARACTERÍSTICAS PSICOFISIOLÓGICAS DOS
TRABALHADORES, CAUSANDO DESCONFORTO OU AFETANDO
SUA SAÚDE.
A exposição a essas situações pode gerar distúrbios fisiológicos e psicológicos e provocar sérios danos
à saúde dos trabalhadores. De acordo com a Secretaria de Previdência, as principais causas de
afastamento do trabalho estão relacionadas aos riscos ergonômicos e às doenças motivadas por esses
fatores superam os afastamentos por acidentes/traumas.
 VOCÊ SABIA?
Os fatores de risco ergonômico podem gerar adoecimento físico e mental e provocar sérios
comprometimentos, tanto na saúde quanto na vida social e no trabalho. Situações de trabalho que
envolvem monotonia, mobiliários inadequados, posturas inadequadas, problemas organizacionais,
jornada de trabalho muito longa, entre outros fatores, podem gerar doenças.
As lesões por esforço repetitivo (LER) e as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT)
são os distúrbios que mais acometem os trabalhadores. Além desses distúrbios, existem outras doenças
que, caso não sejam prevenidas ou tratadas no início do aparecimento, podem ser tornar incapacitantes,
como veremos neste módulo.
LER e DORT são os danos que ocorrem pelo uso excessivo do sistema musculoesquelético, sem o
tempo necessário para o descanso. Inicialmente, os distúrbios osteomusculares foram considerados
LER, e em 1998 a Previdência Social substituiu LER por DORT.
 SAIBA MAIS
A diferença entre os dois grupos se encontra basicamente nas causas. Enquanto DORT está
relacionada ao trabalho, LER pode acometer qualquer pessoa, independentemente de sua condição de
vida. Alguns autores também consideram diagnósticos específicos da LER, por se tratar de doença do
sistema nervoso e não do sistema osteomuscular, ou seja, ela pode se tratar de uma lesão por esforço
repetitivo, mas que não tenha acometido o sistema osteomuscular, como os transtornos do plexo
braquial, as mononeuropatias dos membros superiores e as mononeuropatias dos membros inferiores
(BRASIL, 2001).
Caracterizam-se pelo aparecimento de vários sintomas, mas que às vezes não são valorizados pelos
próprios trabalhadores e empregadores, que permanecem com as tarefas e as dores, fazendo com que
a situação se agrave. Geralmente, aparecem nos membros superiores, mas os membros inferiores
também podem ser atingidos, dependendo das ocupações.
As LER/DORT resultam do entrelaçamento do conjunto de fatores envolvidos na dor
musculoesquelética, em que se destacam dois fatores:
FATORES BIOMECÂNICOS PRESENTES NA ATIVIDADE
Exigências biomecânicas relacionadas à ocupação podem gerar problemas musculoesqueléticos
quando não respeitados os limites do corpo.
FATORES PSICOSSOCIAIS RELACIONADOS À
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Embora não esteja muito bem esclarecido, alguns estudos sugerem que exigências excessivas no
trabalho podem gerar dores devido à tensão e ao estresse.
As principais dores que acometem os trabalhadores são dores nos ombros e articulações de mãos e
punhos. Agora, vamos conhecer algumas LER/DORT.
TENDINITE
É a inflamação ou irritação de um tendão (parte final do músculo, que faz a fixação dos músculos aos
ossos). Eles servem para transmitir a força de contração muscular necessária para mover um osso. É
uma doença que apresenta várias manifestações clínicas que variam de acordo com o avanço da
doença. Caso não seja tratada devidamente, é possível que passe de uma condição leve para uma
condição crônica e, dessa forma, os sintomas perduram por anos. O quadro clínico irá variar de acordo
com o tendão afetado, mas as principais queixas são: dor em tendão que pode irradiar para a
musculatura do entorno; sensação de que o tendão está crepitando quando se move; inchaço na região
afetada; vermelhidão e calor na área afetada e diminuição da força.
As tendinites mais comuns são:
Tendinite de Aquiles — tendão situado entre o calcanhar e o músculo da panturrilha.
Tendinite do manguito rotador — chamada de “ombro de tenista”.
Epicondilite lateral— conhecida como “cotovelo de tenista”.
Epicondilite medial — conhecida como “cotovelo de golfista”.
Tenossinovite estenosante de De Quervain — tendão entre o polegar e o pulso.
Dedo em gatilho — a bainha do tendão da palma da mão fica grossa e inflamada, formando
nódulos.
BURSITE
É a inflamação ou irritação de uma “bursa”, uma pequena bolsa localizada entre o osso e outras
estruturas móveis, como músculos, pele ou tendões. Ela permite e facilita um melhor deslizamento entre
as estruturas.
A bursite ocorre com mais frequência em articulações que realizam movimentos repetitivos frequentes,
como ombro, cotovelo, joelho e quadril. Quando não tratada devidamente, a bursite aguda pode ser
tornar crônica. Os principais sintomas e sinais são: dor na área da bursa, inchaço, pele avermelhada,
diminuição dos movimentos próximos as articulações.
A prevenção das tendinites e bursites envolve: evitar ficar muito tempo na mesma posição, realizar
alongamentos musculares e mobilização das articulações, usar mobiliários ergonômicos, realizar o
descanso necessário entre tarefas. Para o diagnóstico correto, os trabalhadores precisam agendar
consulta médica e realizar os exames solicitados.
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
É a compressão, também conhecida como pinçamento do nervo mediado, quando este passa pelo
punho para inervar a mão. O principal sintoma é a sensação de formigamento, mas também pode
ocorrer dormência e dores nos dedos.
HÉRNIA DE DISCO
É o resultado do desgaste dos discos intervertebrais, comprimindo as raízes nervosas que emergem da
coluna, provocando dor intensa. Os principais fatores de risco são atividade repetitiva, ferimentos,
carregar peso maior do que o corpo suporta e processo de envelhecimento. Se tratados devidamente,
alguns casos não precisarão de intervenção cirúrgica. Os principais sinais e sintomas que podem surgir
são: dores no pescoço ou em outras partes da coluna; dores nos braços devido a compressão dos
nervos; dormência, formigamento e fraqueza muscular.
DESCONFORTO MUSCULAR
O desconforto muscular é uma condição, e não uma doença. São dores que podem ocorrer devido ao
uso excessivo da musculatura. Pode ser causado por problemas posturais, excesso de atividade física,
entre outros.
ESTRESSE
Também contribui para as dores musculares, pois situações de estresse causam a liberação de
hormônios que aumentam a percepção da dor e também a tensão muscular. Um desconforto muscular
bastante conhecido é a dorsalgia, ou seja, dores nas costas, que podem decorrer de dores musculares,
mas também de outras causas, como o comprometimento das articulações da coluna vertebral, dos
nervos e dos ossos. As dorsalgias estão entre as queixas mais frequentes da população geral, sendo a
lombalgia e a cervicalgia os principais tipos.
ARTROSES
Osteoartrose (artrose) é a doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por
alterações ósseas, entre elas os osteófitos, também conhecidos como "bicos de papagaio". Os sinais e
sintomas mais comuns são dores nas mãos, no pescoço, na região lombar, nos joelhos e quadris.Além
das dores também é possível sentir crepitações, inchaço, rigidez ou sensibilidade nas articulações.
OSTEONECROSE RELACIONADA AO TRABALHO
Também conhecida como necrose asséptica ou avascular, ocorre devido à diminuição do suprimento
sanguíneo ósseo decorrente de um processo degenerativo local. É uma manifestação crônica que tem
sido associada com diabetes, alcoolismo, trauma e exposição à radiação ionizante. Em trabalhadores
submetidos à vibração localizada, a ocorrência de osteonecrose está associada a um acometimento
neurovascular, levando à diminuição ou ao impedimento do suprimento sanguíneo ósseo, como é o caso
da síndrome de Raynaud.
A osteonecrose decorrente da intoxicação crônica pelo fósforo branco (ou amarelo) tem importância
histórica e integrou a primeira lista de doenças profissionais elaborada pela Organização Internacional
do Trabalho. O primeiro caso da doença, que era conhecida como desfigurante, foi registrado em 1845.
Para a prevenção das doenças ergonômicas relacionadas ao trabalho, destacamos a importância da
realização da Análise Ergonômica do Trabalho.
ESSE PROCEDIMENTO COLOCA EM EVIDÊNCIA AS TAREFAS QUE
SÃO VARIÁVEIS AO LONGO DA JORNADA DE TRABALHO E COMO
AS EMPRESAS PRECISAM TRABALHAR A FIM DE ATENDER AS
NORMAS, EVITANDO ASSIM O ADOECIMENTO DOS
TRABALHADORES.
Para isso, os fatores de risco devem ser avaliados no contexto organizacional em que o trabalhador está
inserido. Uma das normas que podem e devem ser implementadas é a Norma Regulamentadora nº 17 –
Ergonomia, que visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente.
RISCOS PSICOSSOCIAIS
Agora vamos abordar os riscos psicossociais. Esses fatores fazem parte do risco ergonômico, mas
faremos aqui um destaque, devido à importância da saúde mental dos trabalhadores e em razão do
grande desafio que esses fatores oferecem para a manutenção de um ambiente de trabalho seguro.
Os riscos psicossociais decorrem de deficiências na organização e na gestão do trabalho, bem como de
um contexto social de trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e
social, tais como estresse relacionado com o trabalho, esgotamento, depressão, entre outras sequelas.
Os efeitos negativos atingem a todos: trabalhadores, famílias, sociedade, empregadores.
Além das doenças em si, os trabalhadores podem ficar incapacitados e sem condições de retornar para
o trabalho, gerando também afastamento social. Para as famílias, há mudança na dinâmica, o que pode
provocar desgastes profundos, principalmente por causa das questões econômicas. Para as empresas,
percebe-se aumento de gastos com afastamentos, absenteísmo e mesmo o presenteísmo (o trabalhador
está presente no ambiente de trabalho, porém não tem produtividade), além de ficar com a imagem
comprometida.
Quanto ao país, a grande demanda de atendimento das Unidades de Saúde pode gerar sobrecarga do
sistema de saúde, comprometendo a qualidade dos atendimentos. Em relação aos benefícios
previdenciários, também se considera o aumento da demanda e a necessidade de concessão de um
número maior de benefícios, impactando na saúde econômica do país, além das possíveis repercussões
negativas a nível internacional, comprometendo as possibilidades de investimentos.
As principais condições de trabalho que contribuem para o aumento dos fatores de riscos psicossociais
e adoecimento dos trabalhadores são:
Cargas de trabalho excessivas.
Exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções.
Falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e falta de controle sobre a
forma como ele executa o trabalho.
Má gestão de mudanças organizacionais, insegurança laboral.
Comunicação ineficaz e violenta, falta de apoio por parte de chefias e colegas.
Assédio psicológico ou sexual, violência de terceiros.
Alguns ambientes de trabalho contribuem para o desenvolvimento de doenças mentais nos
trabalhadores. Os transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho são a terceira maior
causa de afastamento do trabalhador no Brasil e uma das principais causas de adoecimento no mundo.
 SAIBA MAIS
Esses transtornos não resultam de fatores isolados, mas de contextos de trabalho sem interação entre
corpo e aparato psíquico dos trabalhadores. Se, por um lado, o trabalho pode gerar esses distúrbios, a
falta dele também gera os mesmos problemas e, por medo de perder o trabalho, muitas pessoas se
submetem a situações desumanas em troca do salário.
OS FATORES RELACIONADOS AO TEMPO E AO RITMO DE
TRABALHO SÃO MUITO IMPORTANTES NA DETERMINAÇÃO DO
SOFRIMENTO PSÍQUICO RELACIONADO AO TRABALHO.
Jornadas de trabalho longas, com poucas pausas destinadas ao descanso e/ou refeições de curta
duração, em lugares desconfortáveis, turnos de trabalho noturnos, turnos alternados ou turnos iniciados
muito cedo pela manhã; ritmos intensos ou monótonos; submissão do trabalhador ao ritmo das
máquinas, sob as quais não se tem controle; pressão de supervisores ou chefias por mais velocidade e
produtividade causam, com frequência, quadros ansiosos, fadiga crônica e distúrbios do sono.
Além do ambiente de trabalho em si, outras situações envolvendo os trabalhadores podem levá-los a
desenvolver doenças mentais e comportamentais, tais como acidente de trabalho e doenças
incapacitantes relacionadas ao trabalho. Muitos trabalhadores, devido às grandes exigências do trabalho
sem o tempo adequado para as resoluções, se sentem cansados, desanimados, podendo inclusive
desenvolver depressão, crises de ansiedade, síndrome de burnout, entre outros.
Em situações de pandemia, a tendência é que esses problemas se agravem. Vamos conhecer um pouco
sobre essas doenças que podem acometer os trabalhadores:
DEPRESSÃO
É uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por
uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança,
baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
É uma doença incapacitante, e seus quadros variam de intensidade e duração, podendo ser classificada
como leve, moderada ou grave. Os principais sintomas são sensação de tristeza, autodesvalorização e
sentimento de culpa.
Quem está passando por uma depressão acredita que perdeu, de forma irreversível, a capacidade de
sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria.
Lembrando que, para o correto diagnóstico, é preciso uma consulta com um médico especialista.
ANSIEDADE
É um termo geral para vários distúrbios que causam nervosismo, medo, apreensão e preocupação. A
ansiedade pode ser normal e é um indicador de doença somente quando os sentimentos se tornam
excessivos, obsessivos e interferem na vida cotidiana.
A ansiedade pode ser generalizada, associada ao medo e/ou ataques de pânico. Sobre a ansiedade
excessiva, é possível observar: preocupação excessiva; ver perigo em tudo; emoções afloradas;
sintomas físicos como problemas com o sono, dores musculares, taquicardia e falta de ar.
SÍNDROME DE BURNOUT OU SÍNDROME DO
ESGOTAMENTO PROFISSIONAL
É um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante
de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.
A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. A síndrome, se não tratada, pode
evoluir para a depressão. Os principais sinais e sintomas são nervosismo, sofrimento psicológico,
problemas físicos, desesperança, insônia, fadiga, sensação de fracasso, sentimento de incompetência.
TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
É um distúrbio caracterizado pela dificuldade em se recuperar depois de vivenciar ou testemunhar um
acontecimento assustador. A condição pode durar meses ou anos, com gatilhos quepodem trazer de
volta memórias do trauma acompanhadas por intensas reações emocionais e físicas. Nesses casos,
quando a pessoa se recorda do trauma, ela revive o episódio, como se o fato estivesse ocorrendo
naquele momento.
Sobre o tratamento para as doenças mentais e comportamentais relacionadas ao trabalho, em primeiro
lugar precisamos entender a gravidade dessas doenças. Muitos trabalhadores ainda têm vergonha de
procurar ajuda com medo dos estigmas, por isso as empresas precisam abordar o assunto com muita
seriedade. Todos os diagnósticos e tratamentos só podem ser realizados por profissionais especialistas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, as doenças relacionadas ao trabalho são um grave problema para os trabalhadores,
podendo afetar as famílias, os empregadores e a sociedade em geral. Manter ambientes de trabalho
seguros e trabalhadores capacitados diminui a possibilidade de exposição a situações que podem
contribuir para o desenvolvimento de doenças.
Além dos ambientes físicos, é importante que as organizações fiquem atentas às questões subjetivas,
de relacionamento, e às grandes demandas de trabalho, que também são fatores geradores de
adoecimento. Repensar práticas de trabalho, ouvir os trabalhadores e compreender que o ambiente de
trabalho deve ser o promotor de saúde, e não da doença, são passos fundamentais para a mudança nas
formas e nas relações de trabalho.
É preciso o desenvolvimento de uma cultura de segurança e valorização dos trabalhadores, além dos
incentivos por meio das políticas públicas de segurança e saúde dos trabalhadores.
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Confira o conteúdo preparado especialmente para você enriquecer o seu conhecimento!
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Trabalho. Normas regulamentadoras.
Brasil. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças
relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da
Saúde do Brasil, 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. Para saber as coisas: falando da Política Nacional de Saúde do
Trabalhador e doenças relacionadas ao trabalho. São Paulo: Hemeroteca Sindical Brasileira, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde
Ambiental e Saúde do Trabalhador. Atlas do câncer relacionado ao trabalho no Brasil. Brasília:
Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Saúde do trabalhador e da trabalhadora. Cadernos de Atenção Básica, n. 41. Brasília: Ministério da
Saúde, 2018.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. INCA. Diretrizes para a
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MARANO, V P. Doenças ocupacionais. 2 ed. São Paulo: Editora LTr, 2007.
MORAES, M. V. G. Doenças ocupacionais - agentes: físico, químico, biológico, ergonômico. 1 ed. [S.
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RESENDE, P. Enfermeira que atendeu vítimas do césio deve ser indenizada, em Goiás. G1, 19 jul.
2015. Consultado na internet em: ago. 2021.
EXPLORE+
No Manual de procedimentos para os serviços de saúde, você conhecerá mais sobre as doenças
relacionadas ao trabalho. Procure na internet pelo site da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da
Saúde.
No YouTube, assista ao interessante vídeo Entre o pó e fôlego da vida, da Fundacentro.
CONTEUDISTA
Ismael da Silva Costa

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