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Psicologia da Educação - Aula 6 Prontidão Prontidão ... “Prontidão” para aprender é a soma total das características intrapessoais que facilitam ou retardam a aprendizagem. É um conceito tão amplo e inclusivo que algumas pessoas põem em dúvida a sua utilidade. Entretanto, a noção de prontidão para a aprendizagem realmente serve para dar ênfase à interrelação das muitas coisas que se combinam para determinar a reação total do indivíduo a situações que requerem aprendizagem. Maturação ... Um conjunto de componente da prontidão é de natureza física. O aspecto orgânico da prontidão consiste no nível de maturação do educando. Processos de crescimento interno operam como fatores fundamentais básicos, que devem estar presentes para a aprendizagem mais eficiente. Maturação e Aprendizagem ... Maturação e aprendizagem são processos diferentes, mas interligados, o primeiro criando condições para a ocorrência do segundo. À medida que a pessoa progride na concretização de suas potencialidades biológicas, mais e melhor vai conseguindo aprender. O desenvolvimento é exatamente produto da interação desses dois fatores. Experiências passadas O segundo grupo de componentes que contribuem para a prontidão na aprendizagem tem origem em experiências. Ele consiste nas experiências que preparam o indivíduo para aprendizagens novas, facilitando-as. A aquisição de significados facilita a aprendizagem de outros significados, fatos, preceitos e conceitos que lhes são relacionados. O desenvolvimento de hábitos de concentração, a aquisição de técnicas de estudo, e a descoberta de novas habilidades, todos representam componentes de um fator de “prontidão”. Nível de motivação O terceiro componente da prontidão para a aprendizagem é a motivação. A motivação relaciona-se com, e em grande parte surge de, fatores de experiência mais específicos, que forma mencionados anteriormente. Além de ter suficiente maturidade física e mental e uma experiência passada adequada, para tornar a aprendizagem possível, o educando precisa querer aprender. Aprendizagem e inteligência Há uma correlação entre as duas: quanto mais inteligente, melhor se aprende. Além da má percepção dos elementos do problema, a falta de inteligência dificulta a aprendizagem. É imprescindível a inteligência para associar os vários elementos numa interpretação pessoal e única, pela qual penetramos na realidade do problema. MOTIVAÇÃO Motivação é a força propulsora da conduta. É a condição interna que ativa o indivíduo e o predispõe a emitir certas respostas. Motivo = estado de tensão, impulsão interna que inicia, dirige e mantém o comportamento voltado para um objetivo. Este objetivo é chamado INCENTIVO. Motivo para uma ação ... TIPOS DE MOTIVAÇÃO Motivação intrínseca – liga uma pessoa àquilo que ela realiza; o interesse reside na atividade em si. Motivação extrínseca – quando a atividade é vista pela pessoa como um meio para alcançar outro objetivo. Uma pessoa pode estar realizando um bordado somente porque gosta (motivação intrínseca) ou fazer disso um meio de ganhar dinheiro (motivação extrínseca). INTELIGÊNCIA Há autores que definem inteligência como “ capacidade de aprender “ e sua importância como pré-requisito para a aprendizagem. Thorndike preocupou-se com os diferentes tipos de inteligência: abstrata – garante facilidade no lidar com representações simbólicas: palavras, números, fórmulas, códigos; favorece o trabalho de advogados, literatos, estatísticos... mecânica – facilita lidar com máquinas e dispositivos mecânicos; favorece o trabalho de engenheiros, mecânicos e operários; social – aparece no tato e na vivacidade que as pessoas demonstram em seus relacionamentos interpessoais; é exigida de vendedores, publicitários, diplomatas... INTELIGÊNCIA Há relações entre os três tipos, e todas as pessoas são parcialmente dotadas de cada um deles, embora haja destaque em um dos três. INTELIGÊNCIA Thurstone procura estabelecer a estrutura da inteligência, que aparecem com maior ou menor intensidade em cada pessoa: inteligência verbal; inteligência numérica; raciocínio em geral; memória; inteligência espacial; fluência verbal; rapidez de percepção. Hebb diferencia a capacidade intelectual (potencial inato) da realização intelectual (atualização do potencial, funcionamento real da inteligência, dependendo da capacidade intelectual e das influências ambientais). Binet destaca a questão da medida da inteligência pelo uso de testes padronizados. Foi criado o conceito de quociente intelectual (Q.I.). Piaget... Piaget não se preocupa com o aspecto quantitativo, mas a progressão que cada pessoa faz ao longo de uma série de estágios intelectuais: 1º estágio: sensório-motor (0 a 2 anos) 2º estágio: pré-operacional (2 a 7 anos) 3º estágio: operacional concreto (7 a 11 anos) 4º estágio: operacional formal (11 anos em diante). Para Piaget ... A função da inteligência é a adaptação ao meio ambiente. Ao longo desse processo de adaptação, os esquemas de raciocínio vão sendo progressivamente construídos. A adaptação se faz por meio de dois processos complementares: assimilação e acomodação. A assimilação descreve o processo de incorporação dos objetos ou informações do meio aos esquemas mentais já existentes. A acomodação descreve o processo de mudança dos esquemas mentais a partir dos objetos ou informações. Piaget... Obrigado! Pense: -Você já teve uma transferência de aprendizagem negativa? Qual?