Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Página 1 de 35 Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 2 - Sumário APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... - 3 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... - 5 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL – DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA .......................................... - 6 - CONCEITUAÇÃO .................................................................................................................... - 6 - PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS ................................................................................................. - 9 - AUTONOMIA FUNCIONAL E ADMINISTRATIVA .................................................................... - 11 - AUTONOMIA ORÇAMENTÁRIA ............................................................................................ - 12 - ESTRUTURA DO MP ............................................................................................................ - 15 - PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA (PGR) ........................................................................ - 17 - PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA (PGJ) ........................................ Erro! Indicador não definido. GARANTIAS E PRERROGATIVAS ........................................................................................... - 19 - VEDAÇÕES .......................................................................................................................... - 20 - COMPETÊNCIAS DO MP (FUNÇÕES INSTITUCIONAIS) .......................................................... - 22 - MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS .................................................. - 25 - CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ................................................................ - 26 - QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS .......................................................................................... - 29 - GABARITO .................................................................................... Erro! Indicador não definido. Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 3 - APRESENTAÇÃO Eu sou Fabrício Sousa Rêgo. Sou Bacharel em Direito, além de ter tido uma breve passagem pelo curso de Jornalismo. Profissionalmente, ocupei o cargo de Oficial de Justiça Avaliador Federal no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, em Brasília, certamente um dos melhores tribunais do país para se trabalhar. Minha carreira no serviço público começou aos 21 anos quando, então, ingressei no cargo de Técnico em Regulação da Agência Nacional de Aviação Civil. Antes disso, havia sido aprovado para o cargo de Oficial de Diligências do Ministério Público do Tocantins, para o qual só fui nomeado mais tarde, mas não assumi. Após a conclusão do meu curso superior, prestei alguns concursos de tribunais e logrei êxito em três: Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região e Supremo Tribunal Federal, ambos para o cargo de Analista Judiciário - Área judiciária, bem como para o cargo que ocupo atualmente no TJDFT. Dentre eles, fui nomeado e exerci o cargo no STF, tendo atuado em gabinete de Ministro daquela Corte, passagem que rendeu muitos aprendizados. Em termos de pós-graduação, meus estudos estão, hoje, no Direito Processual Civil. Sou professor das carreiras legislativas, especialmente dos Regimentos Internos do Senado, Câmara e Comum do Congresso Nacional e outras assembleias, além de outras leis especiais. Tenho a honra de ser coautor do livro "Lei do Processo Administrativo Federal Esquematizada", pela Editora Método, Grupo GEN, 2013. Sempre estou publicando no Facebook algum conjunto de mapas mentais gratuitos, ou outros materiais. Curta nossa página e acompanhe: Professor Fabrício Rêgo https://www.facebook.com/professorfabriciorego/ Assista ao vídeo abaixo, no qual dou dicas para o seu estudo de legislação especial: https://youtu.be/GEq97YxIsmo Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 4 - Eu sou Eduardo Sampaio. Tenho bacharelado em Direito e Ciências Contábeis. Ocupo atualmente o cargo de Oficial de Justiça Avaliador Federal no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, tendo exercido anteriormente o cargo de Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. Dentre os concursos que prestei, fui aprovado e nomeado em certames na área da Contabilidade (Analista em Gestão Administrativa – Qualificação: Contador e Analista em Gestão Financeira do SERPRO – 5° lugar), Tribunal de Contas (Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará e Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul) e Direito (Oficial de Justiça Avaliador Federal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios), dentre outras aprovações. Além do exercício do cargo público, sou professor de curso preparatório para concursos e iniciarei em meu Instagram (@prof.eduardosampaio) uma série de divulgações gratuitas de conteúdos das mais diversas disciplinas exigidas no concurso do Ministério Público da União (Legislação Institucional do MPU, Normas de Promoção da Igualdade Racial, Ética no Serviço Público, Estatuto da Pessoa com Deficiência, Administração Financeira e Orçamentária e Orçamento Público, além de temas relevantes de outras disciplinas), onde abordarei dicas de estudo, análise de questões anteriores e inéditas, explicações de assuntos de maior destaque, divulgação dos temas mais exigidos nos concursos anteriores, além de reflexões motivacionais. Todo esse trabalho tem como objetivo somar na sua preparação e ser o nosso espaço de contato direto, a fim de que, ao final, possamos celebrar a sua aprovação! Portanto, siga-me no Instagram e acompanhe todas as novidades que, em breve, serão lançadas! prof.eduardosampaio@hotmail.com Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 5 - INTRODUÇÃO Você apostou no nosso trabalho e nós ficamos muito felizes! E sabe o que um professor feliz e motivado é capaz de fazer? Muitas questões!!!! Imagine dois professores então!! Somente neste caderno abordaremos 160 questões, o que equivale a mais de 60% da promessa feita. Então, prepare-se, pois teremos muito mais questões do que as 250 prometidas. Esse é apenas mais um bônus na sua preparação! Antes de adentrarmos no estudo efetivo do material, cabe tecermos alguns comentários acerca da metodologia utilizada, a fim de viabilizar um melhor aproveitamento das informações constantes neste trabalho. De início, destaca-se que o presente conteúdo surge de uma demanda muito comum dos nosso alunos, no sentido de que existe uma carência de materiais com uma abordagem objetiva dos temas, através de um estudo focado na resolução de inúmeras questões aliado aos comentários precisos acerca dos assuntos teóricos e das observações que os alunos devem ter a respeito das possíveis “pegadinhas” nas questões da prova. Assim, de nada vale uma leitura de materiais teóricos e de “lei seca”, se o candidato não realiza uma adequada preparação, no tocante aos prováveis cenários apresentados na prova. Desse modo, o estudo por questões descortina as diversas formas de exigências dos conteúdosestudados, além de condicionar a mente do estudante para detectar de maneira mais automática os erros das questões. Nessa esteira, ao resolver questões exigidas em concursos anteriores, pode-se vislumbrar as predileções da banca examinadora, em relação a determinados temas. E, de igual modo, ao responder questões inéditas, evitamos surpresas desagradáveis, no tocante a assuntos de menor incidência, sendo assim um diferencial extremamente necessário em sua preparação. Uma vez fundamentada a metodologia, solicitamos que os alunos resolvam as questões, ao passo que leiam os comentários, pois, ao final de cada tema, terá o dispositivo legal estudado com os grifos necessários para a observância dos prováveis pontos de “pegadinhas”, caso venha a ser exigido em sua prova. Com isso, o intuito inicial é condicionar a sua mente para a leitura dos dispositivos com a análise crítica de como entendê-lo em seus detalhes. Desse modo, ao final, pedimos que o aluno, ao revisar o material, comece pela resolução das questões sem comentários e, uma vez concluída a bateria de exercícios, releia os comentários das questões assinaladas de maneira incorreta. Destarte, seu estudo será extremamente objetivo e com um excelente aproveitamento, sobrando mais tempo para o estudo e revisão das demais disciplinas. Por fim, se gostou do material e quer compartilhar, recomende aos amigos que o adquiram legalmente e, assim, ajude que o nosso trabalho continue a ser feito da melhor forma. Cientes do exposto, mãos à obra!! Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio. Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 6 - CONSTITUIÇÃO FEDERAL – DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO (ART. 127 AO 130-A) CONCEITUAÇÃO Com relação às disposições constitucionais relativas ao Ministério Público e suas funções, julgue os próximos itens. Q.1 (CESPE - ADAPTADA – TRF 1ª REGIÃO – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2017) O Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional cujo rol de funções previsto pela Constituição Federal de 1988 é não exaustivo e inclui a titularidade para promover ação penal pública e ação direta de inconstitucionalidade. Resposta: CERTO Comentário: O item está correto. Perceba que temos duas informações: “O Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional” e “o rol de funções previsto pela Constituição Federal de 1988 é não exaustivo e inclui a titularidade para promover ação penal pública e ação direta de inconstitucionalidade”. Vamos verificar cada uma das afirmações mencionadas. A primeira informação consta no caput do Art. 127 da CF/88, senão vejamos: “Art. 127, CF/88 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” E a segunda, está prevista no Art. 129, incisos I, IV e IX: “Art. 129, CF/88 - São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 7 - IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.” Ademais, observe que é bastante recorrente a afirmação em torno do rol das funções institucionais do MP serem exemplificativas (não exaustivo). Veremos isso com mais detalhes, quando formos analisar as questões referentes à competência do MP. Q.2 (CESPE - ADAPTADA – TRT 7ª REGIÃO – Conhecimentos Básicos - 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Ministério Público é uma instituição permanente que integra as funções essenciais à justiça conjuntamente com a defensoria pública e a advocacia pública. Resposta: CERTO Comentário: Correto! Vamos esquematizar as funções essenciais à justiça, para que não reste dúvida acerca do tema: Q.3 (CESPE - ADAPTADA – TRT 7ª REGIÃO – Conhecimentos Básicos - 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Ministério Público é um órgão do Poder Judiciário. Resposta: ERRADO Comentário: Representando um avanço institucional, a Constituição Federal de 1988 consagrou a separação do Ministério Público dos Poderes, alocando-o dentre as funções essenciais à Justiça. Assim, o item está errado. No mais, menciona-se os órgãos do Poder Judiciário: FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO ADVOCACIA PÚBLICA ADVOCACIA PRIVADA DEFENSORIA PÚBLICA Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 8 - “Art. 92, CF/88 - São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.” Q.4 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais disponíveis. Resposta: ERRADO Comentário: O item repete quase que integralmente o caput do Art. 127, CF. No entanto, a afirmação torna-se errada, ao dizer que incumbe ao Ministério Público a defesa dos interesses individuais disponíveis. Em verdade, caberá ao MP a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis, estando, portanto, os direitos disponíveis fora do âmbito de atuação institucional do Ministério Público. “Art. 127, CF/88 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” Vamos esquematizar? Q.5 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função legislativa do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Incumbe ao MP Defesa da ordem jurídica Defesa do regime democrático Defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 9 - Resposta: ERRADO Comentário: Neste item é possível verificar outra pegadinha simples, mas que devemos treinar, para que nosso cérebro fique condicionado a encontrá-las, durante a realização da prova. O MP é essencial à função jurisdicional, estando, portanto, equivocada a afirmação contida na questão, no sentido de que a referida instituição seria essencial à função legislativa. “Art. 127, CF/88 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente,essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS Q.6 (CESPE - MPU – Analista - Direito - 2013) No tocante aos princípios e garantias institucionais do MP, julgue o próximo item. De acordo com a CF, são princípios institucionais do MP a independência funcional, a indivisibilidade e a unidade. Resposta: CERTO Comentário: A afirmação constante na questão está de acordo com o disposto no Art. 127, § 1º, CF/88: “Art. 127, § 1º, CF/88 - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.” Vamos esquematizar as informações: Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 10 - E no que consistiria cada um desses princípios institucionais? Vejamos o que diz o doutrinador Pedro Lenza (2017, p. 946): Ø UNIDADE: “sob a égide de um só Chefe, o Ministério Público deve ser visto como uma instituição única, sendo a divisão existente meramente funcional. Importante notar, porém, que a unidade se encontra dentro de cada órgão, não se falando em unidade entre o Ministério Público da União (qualquer deles) e o dos Estados, nem entre os ramos daquele;” Ø INDIVISIBILIDADE: “corolário do princípio da unidade, em verdadeira relação de logicidade, é possível que um membro do Ministério Público substitua outro, dentro da mesma função, sem que, com isso, exista alguma implicação prática. Isso porque quem exerce os atos, em essência, é a instituição ‘Ministério Público’, e não a pessoa do Promotor de Justiça ou Procurador;” Ø INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL: “trata-se de autonomia de convicção, na medida em que os membros do Ministério Público não se submetem a nenhum poder hierárquico no exercício de seu mister, podendo agir, no processo, da maneira que melhor entenderem. A hierarquia existente restringe-se às questões de caráter administrativo, materializada pelo Chefe da Instituição, mas nunca, como dito, de caráter funcional. Tanto é que o art. 85, II, da CF/88 considera crime de responsabilidade qualquer ato do Presidente da República que atentar contra o livre exercício do Ministério Público.” Q.7 (CESPE – ADAPTADA – TCE-PE – Analista de Gestão - Julgamento - 2017) Com referência ao Ministério Público, julgue o item a seguir. O princípio constitucional da indivisibilidade do Ministério Público veda aos integrantes da carreira a possibilidade de substituição de uns pelos outros. Resposta: ERRADO Comentário: O princípio constitucional da indivisibilidade ensina justamente o oposto do que foi mencionado na questão, uma vez que, baseando-se no referido princípio, é possível que um membro do MP substitua outro (do mesmo ramo), dentro da mesma função, sem que, com isso, Pr in cíp io s I ns tit uc io na is Unidade Indivisibilidade Independência Funcional Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 11 - exista alguma implicação prática, uma vez que, na essência, o ato seria praticado pela instituição. Ademais, cabe ressaltar que as regras que regulam essa possibilidade de substituição são gerais e abstratas, não cabendo, assim, substituições casuísticas. Q.8 (CESPE – ADAPTADA – TJDFT – Técnico Judiciário - Administrativa - 2015) Julgue o item seguinte, a respeito das funções essenciais à justiça. O Ministério Público detém legitimidade para postular, em juízo, direitos individuais homogêneos quando estes se enquadrem como subespécie de direitos coletivos indisponíveis e desde que haja relevância social. Resposta: CERTO Comentário: A presente questão trata de entendimento jurisprudencial. Nessa esteira, é entendimento do STF que o Ministério Público tem legitimidade ativa para a defesa, em juízo, dos direitos e interesses individuais homogêneos, quando impregnados de relevante natureza social, como sucede com o direito de petição e o direito de obtenção de certidão em repartições públicas. RE 788838, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 20/03/2014. A título de aprofundamento, vejamos o conceito legal de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, nos termos do Art. 81, parágrafo único, incisos I, II e III, respectivamente: Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. Art. 127. (...) § 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. AUTONOMIA FUNCIONAL E ADMINISTRATIVA Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 12 - Q.9 (CESPE - MPU – Analista – Direito – 2013) No tocante aos princípios e garantias institucionais do MP, julgue os próximos itens. A autonomia administrativa do MPU, assegurada constitucionalmente, compreende a possibilidade de, mediante atos normativos internos, criar e extinguir cargos e serviços auxiliares. Resposta: ERRADO Comentário: A autonomia funcional e administrativa concedida constitucionalmente ao Ministério Público verifica-se, dentre outras formas, em sua legitimidade para apresentar iniciativa de lei ao Poder Legislativo, com o objetivo de criar e(ou) extinguir seus cargos e serviços auxiliares. Veja, portanto, que a Constituição Federal fala em iniciativa de lei, sendo isso muito diferente da possiblidade de se criar e extinguir cargos e serviços auxiliares por atos normativos internos, o que infringiria, de plano, o princípio da legalidade. “Art. 127, § 2º, CF/88 - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.” § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. AUTONOMIA ORÇAMENTÁRIA Q.10 (CESPE - MPU – Analista – Direito – 2013) No tocante aos princípios e garantias institucionais do MP, julgue os próximos itens. A autonomia financeira do MP abrange a capacidade de elaborar a sua proposta orçamentária e a capacidade de gerir e aplicar os recursos orçamentários destinados à instituição. Resposta: CERTO Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br- 13 - Comentário: O Ministério Público detém autonomia financeira. Desse modo, a proposta orçamentária será elaborada pela própria instituição e, na sequência, terá o MP a capacidade de administrar os recursos orçamentários a ele destinados. Vejamos o que diz o Art. 127, § 3º, CF/88. “Art. 127, § 3º, CF/88 - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.” Q.11 (CESPE – ADAPTADA – TRT 8ª REGIÃO – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2016) Acerca das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta. Embora elabore sua própria proposta orçamentária, o Ministério Público não goza de autonomia funcional e administrativa, estando vinculado às instâncias formais do Poder Judiciário. Resposta: ERRADO Comentário: Conforme foi exaustivamente comentado, o Ministério Público detém autonomia funcional e administrativa e está separado dos Poderes, sendo considerado pela constituição federal como uma função essencial à justiça. Dessa forma, a questão afirma corretamente que o MP elabora sua proposta orçamentária, porém traz as afirmações erradas no sentido de que a instituição não gozaria de autonomia funcional e administrativa e de que estaria vinculada ao Poder Judiciário. Portanto, pode-se afirmar que a questão está errada. § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Q.12 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estará impedido de realizar a consolidação da proposta orçamentária anual, em razão do respeito à autonomia do MP. Resposta: ERRADO Comentário: Note que o Art. 127, § 4º, da CF/88 estabelece que nos casos em que o Ministério Público se omitir no envio da proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido pela LDO, caberá ao Poder Executivo considerar, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, feitos os devidos ajustes. Desse modo, a elaboração e a votação do orçamento federal não poderiam ser paralisadas, em razão da omissão do MP, tendo o constituinte previsto a solução para tal situação. Com isso, a questão está errada. “Art. 127, § 4º, CF/88 - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 14 - considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.” § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. Q.13 (CESPE – ADAPTADA – DPE-RN – Defensor Público Substituto - 2015) No que diz respeito à disciplina constitucional da autonomia financeira, aos poderes e aos órgãos públicos, assinale a opção correta. Ao elaborar sua proposta orçamentária, deve o MP ater-se aos limites estabelecidos na LDO, não sendo dado ao chefe do Poder Executivo estadual interferir nessa proposta, ressalvada a possibilidade de pleitear a sua redução ao respectivo parlamento. Resposta: CERTO Comentário: Note que esta questão foi bastante maliciosa, induzindo o candidato a considerar que existe um erro na assertiva, em razão da previsão constante no Art. 127, § 5º, da CF/88. No entanto, observe que, caso o MP cumpra os limites estabelecidos na LDO, não caberá, de fato, ao Poder Executivo interferir na proposta orçamentária enviada, sendo possível unicamente a articulação política junto ao parlamento, a fim de reduzir tais valores. Diferentemente, nos casos em que a proposta orçamentária do MP extrapole os limites da LDO, poderá o Poder Executivo realizar os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Portanto, observe com bastante critério a afirmação feita na questão. “Art. 127, § 5º, CF/88 - Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.” Q.14 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) Se a proposta orçamentária de iniciativa do Ministério Público for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo deverá remeter ao MP a referida proposta, a fim de que sejam feitos os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, sob pena de violação de sua autonomia administrativa. Resposta: ERRADO Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 15 - Comentário: Como vimos, caso se verifique tal situação, o correto procedimento será tão somente o Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, conforme estabelece o Art. 127, § 5º, da CF/88. “Art. 127, § 5º, CF/88 - Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.” MINISTÉRIO PÚBLICO PODER EXECUTIVO NÃO ENVIOU NO PRAZO DA LDO ENVIA A PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA, CONSIDERANDO OS VALORES APROVADOS PARA O MP NA LEI ORÇAMENTÁRIA VIGENTE, FEITOS OS AJUSTES DE ACORDO COM OS LIMITES DA LDO. ENVIOU EM DESACORDO COM OS LIMITES DA LDO PROCEDERÁ AOS AJUSTES NECESSÁRIOS, A FIM DE CUMPRIR OS LIMITES ESTABELECIDOS PELA LDO. § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. ESTRUTURA DO MP Q.15 (CESPE – ADAPTADA – TCM-BA – Auditor Estadual de Infraestrutura – 2018) No que se refere às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir. O Ministério Público dos estados é integrante do Ministério Público da União. Resposta: ERRADO Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 16 - Comentário: A questão está errada, conforme dispõe o Art. 128, inciso I, alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, da CF/88, senão vejamos: Art. 128 (...) I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; Q.16 (CESPE – ADAPTADA – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017) Com relação às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir. Segundo a CF, Ministério Público que atue junto ao TCU ou junto ao tribunal de contas estadual integrará, respectivamente, o Ministério Público da União ou o Ministério Público do estado em questão. Resposta: ERRADO Comentário: Note que a constituição federal, em seu art.128, incisos I e II, não insere o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas na estrutura do Ministério Público. Por essa razão, pode-se afirmar que a questão em apreço está errada. Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. ESQUEMATIZANDO: Ministério Público MPU MPF MPT MPM MPDFT MPE Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 17 - Para saber quais instituições compõe o Ministério Público da União: Ø Na União o militar federal trabalha no Distrito Federal e Territórios. Art. 128. O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA (PGR) Q.17 (CESPE - MPU – Analista do MPU – Conhecimentos Básicos – 2015) Com relação ao MPU e aos Ministérios Públicos dos entes federados, julgue o próximo item. O procurador-geral da República é a maior autoridade na hierarquia do MPU, e sua nomeação, pelo presidente da República, está condicionada à aprovação de seu nome pela maioria simples do Congresso Nacional. Resposta: ERRADO Comentário: Consoante o Art. 128, § 1º, da CF/88, o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 18 - membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Ademais, cabe destacar que esse tipo de “pegadinha” é muito comum nas provas do CESPE, razão pela qual merece uma atenção especial do aluno. Por fim, é possível concluir que a questão está errada. § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Q.18 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, vedada a recondução. Resposta: ERRADO Comentário: Segundo o Art. 128, § 3º, da CF/88, no âmbito dos Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios, o Procurador-Geral exercerá mandato de dois anos, permitida uma recondução. Ou seja, a questão em apreço está errada, ao afirmar que seria vedada tal recondução. Por fim, note que neste caso a constituição federal estabelece o limite de uma recondução. Art. 128, § 3º, CF/88 - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. § 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Q.19 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 19 - O procurador-geral de justiça do Distrito Federal (DF) poderá ser destituído antes do término do seu mandato, mediante representação do governador do DF e deliberação da maioria absoluta da Câmara Legislativa do DF. Resposta: ERRADO Comentário: O MPDFT está inserido na estrutura do MPU. Nesse contexto, a destituição do PGJ do DF se dará mediante representação do Presidente da República e deliberação da maioria absoluta do Senado Federal (art. 156, § 2°, LC n°. 75/93). Diante do exposto, nota-se, portanto, que a questão está errada. § 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. GARANTIAS E PRERROGATIVAS Q.20 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) Acerca dos direitos, das garantias e das prerrogativas dos membros do MPU, julgue os próximos itens. Nesse sentido, considere que a sigla CF, doravante, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal de 1988. Uma das garantias estabelecidas pela CF aos membros do MP é a inamovibilidade absoluta. Resposta: ERRADO Comentário: De acordo com o Art. 128, § 5º, inciso I, alínea “b”, da CF/88, aos membros do MP é assegurada a garantia da inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa. Dessa forma, perceba, que o próprio texto constitucional excepciona tal garantia, sendo, portanto, uma inamovibilidade relativa, razão pela qual a questão em apreço está errada. “Art. 128, § 5º (...): I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 20 - c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;” Q.21 (CESPE - MPU – Conhecimentos Básicos – 2013) No que se refere ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e às garantias e funções do MP, julgue o item. Assegura-se aos procuradores da República nos estados a garantia de inamovibilidade, que não é absoluta, podendo ser relativizada por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente, respeitada a ampla defesa. Resposta: CERTO Comentário: Como vimos, a garantia da inamovibilidade, de fato, não é absoluta, uma vez que a parte final do Art. 128, § 5º, inciso I, alínea “b”, da CF/88, excepciona tal garantia, para admitir a remoção do membro do MP por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa. Pelo exposto, percebe-se que a questão está certa. I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo pormotivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; VEDAÇÕES Q.22 (CESPE - MPU – Analista - Direito – 2013) No que se refere aos direitos, às garantias e às prerrogativas dos membros do MPU, julgue os itens seguintes. Ressalvados os membros do MPDFT, os membros do MPU que integravam a carreira na data da promulgação da CF podem exercer a advocacia, desde que estejam regularmente inscritos na OAB. Resposta: CERTO Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 21 - Comentário: Acerca do tema exigido na questão, cabe fazermos alguns apontamentos prévios. Inicialmente, convém destacar que, como vimos, o Ministério Público passou por uma grande transformação em suas atribuições e autonomias, deixando de ser vinculado ao Poder Executivo e passando a ser considerado uma função essencial à justiça, dotado de autonomia funcional, financeira e orçamentária. Nessa esteira, o Art. 29, § 3º, do ADCT estabelece que “poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta”. Com isso, somente poderão exercer a advocacia com respaldo no § 3º do art. 29 do ADCT da Constituição de 1988, os membros do Ministério Público da União que integravam a carreira na data da sua promulgação e que, desde então, permanecem regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. Não obstante, o exercício da advocacia, para os membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios está, incondicionalmente, vedado, desde a vigência do artigo 24, § 2º, da Lei Complementar nº 40/81. Q.23 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) É possível o exercício da atividade político-partidária pelos membros do Ministério Público. Resposta: ERRADO Comentário: Dentre as vedações previstas aos membros de cada Ministério Público pelo Art. 128, § 5º, inciso II, da CF/88, encontra-se a impossibilidade de exercer atividade político-partidária (alínea “e”). Com isso, pode-se afirmar que a questão está errada. “Art. 128, § 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: II - as seguintes vedações: e) exercer atividade político-partidária;” II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 22 - f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. COMPETÊNCIAS DO MP (FUNÇÕES INSTITUCIONAIS) Q.24 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) A CF autoriza o MPU a exercer a representação judicial da Fundação Nacional do Índio em casos excepcionais e relacionados à defesa dos direitos das populações indígenas. Resposta: ERRADO Comentário: O art. 129, inciso V, da CF/88 estabelece, de fato, que é função institucional do MP defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. Não obstante, a parte final do inciso IX, do mencionado dispositivo constitucional veda ao membro do MP a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Assim, pode-se concluir que a questão em análise está errada, por mencionar que a CF autoriza o MP a exercer a representação judicial da FUNAI. “Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: (...) V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; (...) IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.” Q.25 (CESPE – ADAPTADA – TCE-PR – Conhecimentos Básicos - 2016) No que se refere ao Poder Judiciário e às funções essenciais à justiça, assinale a opção correta. São funções institucionais do Ministério Público promover o inquérito civil público e a ação civil pública e propor ação popular para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Resposta: ERRADA Comentário: Como vimos, o Art. 129, inciso III, da CF/88, é função institucional do MP promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. No entanto, o MP não possui legitimidade para propor ação popular, nos termos do Art. 5°, inciso XXIII, do diploma constitucional. Pelo exposto, pode-se concluir que a questão em comento está errada. “Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 23 - III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;” “Art. 5°, XXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;” Q.26 (CESPE - MPU – Analista Direito – 2013) Relativamente à competência constitucional do MPU, julgue os itens a seguir. Se, em sede de investigação criminal ou instrução processual penal conduzida pelo MPU, fizer- se necessária a quebra do sigilo de comunicação telefônica e fiscal de indivíduo investigado ou processado, o parquet deverá requerê-la ao órgão judicial competente, já que não tem competência para determiná-la unilateralmente. Resposta: CERTO Comentário: Acerca do tema, faz-se necessário destacar que a quebra do sigilo de comunicação telefônica e do sigilo fiscal do indivíduo investigado estão amparados pelo princípio da reserva de jurisdição, razão pela qual o membro do MP deverá, de fato, requerer ao magistrado a realização de tais medidas constritivas. Nesse sentido estabelece o art. 6°, inciso XVIII, alínea “a”, da Lei Complementar n°. 75/93: “Art. 6º Compete ao Ministério Público da União: XVIII - representar; a) ao órgão judicial competente para quebra de sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, bem como manifestar-se sobre representação a ele dirigida para os mesmos fins;” Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos PoderesPúblicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 24 - III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Q.27 (CESPE - MPU – Conhecimentos Básicos – 2013) No que se refere ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e às garantias e funções do MP, julgue o item. Conforme a CF, a legitimidade para propor ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social é exclusiva do MP. Resposta: ERRADO Comentário: De acordo com o Art. 129, inciso III, da CF/88, é função institucional do MP promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Não obstante, o § 1º do mencionado dispositivo constitucional estabelece que a legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas no referido artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na Constituição e na lei. Assim, nota-se que a competência para propor ACP não é exclusiva do MP, razão pela qual a questão está errada. “Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 25 - III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.” MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS Q.28 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. Embora os Ministérios Públicos (MPs) junto aos tribunais de contas sejam órgãos autônomos e independentes do MPU e dos MPs dos estados, aplicam-se aos seus membros os mesmos direitos, vedações e forma de investidura. Resposta: CERTO Comentário: Conforme já analisado, o MP junto ao TC não faz parte da estrutura do Ministério Público e, conforme o Art. 130, da CF/88, aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. Q.29 (CESPE – ADAPTADA – DPE-RN – Defensor Público Substituto - 2015) No que diz respeito à disciplina constitucional da autonomia financeira, aos poderes e aos órgãos públicos, julgue o seguinte item. Por exercer função constitucional autônoma e contar com fisionomia institucional própria, o MP junto aos TCs tem assegurada a garantia institucional da autonomia financeira nos mesmos moldes consagrados ao MP comum. Resposta: ERRADO Comentário: Conforme entendimento do STF, “A cláusula de garantia inscrita no art. 130 da Constituição – que não outorgou ao Ministério Público especial as mesmas prerrogativas e atributos de autonomia conferidos ao Ministério Público comum – não se reveste de conteúdo orgânico-institucional. Acha-se vocacionada, no âmbito de sua destinação tutelar, a proteger, unicamente, os membros do Ministério Público especial no relevante desempenho de suas funções perante os tribunais de contas. Esse preceito da Lei Fundamental da República – que se projeta em uma dimensão de caráter estritamente subjetivo e pessoal – submete os integrantes do Ministério Público especial junto aos tribunais de contas ao mesmo estatuto jurídico que rege, em tema de direitos, vedações e forma de investidura no cargo, os membros do Ministério Público comum. O Ministério Público especial junto aos tribunais de contas estaduais não dispõe de fisionomia institucional própria e, não obstante as expressivas garantias de ordem subjetiva concedidas aos seus procuradores pela própria Constituição da República (art. 130), encontra-se Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 26 - consolidado na "intimidade estrutural" dessas Cortes de Contas (RTJ 176/540-541), que se acham investidas – até mesmo em função do poder de autogoverno que lhes confere a Carta Política (CF, art. 75) – da prerrogativa de fazer instaurar, quanto ao Ministério Público especial, o processo legislativo concernente à sua organização. [ADI 2.378, rel. min. Maurício Corrêa, j. 19-5-2004, P, DJ de 6-9-2007.]”. Em resumo, o MP junto ao TC não goza da autonomia financeira assegurada ao MP comum, razão pela qual a questão em análise está errada. Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Q.30 (CESPE - MPU – Analista do MPU – Conhecimentos Básicos – 2015) Com relação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), julgue o item subsequente. Para compor o CNMP, cabe ao STF indicar um juiz, mas, para a efetivação do indicado como membro do referido conselho, a indicação deverá ser aprovada por maioria absoluta dos membros do Senado Federal. Resposta: CERTO Comentário: Conforme consta no caput, do Art. 130-A, da CF/88, o Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução. Ademais, a composição do CNMP será formada, dentre outros integrantes, por dois juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ, nos termos do inciso IV, do mencionado diploma constitucional. Assim, nota-se que a questão está correta, pois o STF indicará um juiz para compor o CNMP e a indicação de tal membro deverá, assim como os demais, ser aprovada pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal. CE NCONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP) Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 27 - 14 MEMBROS – NOMEADOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA – APROVADO MAIORIA ABSOLUTA DO SENADO – MANDATO DE DOIS ANOS – ADMITIDA UMA RECONDUÇÃO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA PRESIDE O CONSELHO 04 MEMBROS DO MPU (MPF, MPT, MPM, MPDFT) ASSEGURADA REPRESENTAÇÃO DE CADA UMA DAS CARREIRAS 03 MEMBROS DO MPE 02 JUÍZES 01 – INDICADO PELO STF 01 – INDICADO PELO STJ 02 ADVOGADOS INDICADOSPELO CONSELHO FEDERAL DA OAB 02 CIDADÃOS – NOTÁVEL SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA 01 – INDICADO PELO SENADO FEDERAL 01 – INDICADO PELO CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: I o Procurador-Geral da República, que o preside; II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III três membros do Ministério Público dos Estados; Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 28 - IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 29 - QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS Com relação às disposições constitucionais relativas ao Ministério Público e suas funções, julgue os próximos itens. Q.1 (CESPE - ADAPTADA – TRF 1ª REGIÃO – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2017) O Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional cujo rol de funções previsto pela Constituição Federal de 1988 é não exaustivo e inclui a titularidade para promover ação penal pública e ação direta de inconstitucionalidade. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.2 (CESPE - ADAPTADA – TRT 7ª REGIÃO – Conhecimentos Básicos - 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Ministério Público é uma instituição permanente que integra as funções essenciais à justiça conjuntamente com a defensoria pública e a advocacia pública. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.3 (CESPE - ADAPTADA – TRT 7ª REGIÃO – Conhecimentos Básicos - 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Ministério Público é um órgão do Poder Judiciário. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.4 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais disponíveis. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.5 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função legislativa do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. ( ) CERTO ERRADO ( ) Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 30 - Q.6 (CESPE - MPU – Analista - Direito - 2013) No tocante aos princípios e garantias institucionais do MP, julgue o próximo item. De acordo com a CF, são princípios institucionais do MP a independência funcional, a indivisibilidade e a unidade. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.7 (CESPE – ADAPTADA – TCE-PE – Analista de Gestão - Julgamento - 2017) Com referência ao Ministério Público, julgue o item a seguir. O princípio constitucional da indivisibilidade do Ministério Público veda aos integrantes da carreira a possibilidade de substituição de uns pelos outros. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.8 (CESPE – ADAPTADA – TJDFT – Técnico Judiciário - Administrativa - 2015) Julgue o item seguinte, a respeito das funções essenciais à justiça. O Ministério Público detém legitimidade para postular, em juízo, direitos individuais homogêneos quando estes se enquadrem como subespécie de direitos coletivos indisponíveis e desde que haja relevância social. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.9 (CESPE - MPU – Analista – Direito – 2013) No tocante aos princípios e garantias institucionais do MP, julgue os próximos itens. A autonomia administrativa do MPU, assegurada constitucionalmente, compreende a possibilidade de, mediante atos normativos internos, criar e extinguir cargos e serviços auxiliares. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.10 (CESPE - MPU – Analista – Direito – 2013) No tocante aos princípios e garantias institucionais do MP, julgue os próximos itens. A autonomia financeira do MP abrange a capacidade de elaborar a sua proposta orçamentária e a capacidade de gerir e aplicar os recursos orçamentários destinados à instituição. ( ) CERTO ERRADO ( ) Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 31 - Q.11 (CESPE – ADAPTADA – TRT 8ª REGIÃO – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2016) Acerca das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta. Embora elabore sua própria proposta orçamentária, o Ministério Público não goza de autonomia funcional e administrativa, estando vinculado às instâncias formais do Poder Judiciário. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.12 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estará impedido de realizar a consolidação da proposta orçamentária anual, em razão do respeito à autonomia do MP. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.13 (CESPE – ADAPTADA – DPE-RN – Defensor Público Substituto - 2015) No que diz respeito à disciplina constitucional da autonomia financeira, aos poderes e aos órgãos públicos, assinale a opção correta. Ao elaborar sua proposta orçamentária, deve o MP ater-se aos limites estabelecidos na LDO, não sendo dado ao chefe do Poder Executivo estadual interferir nessa proposta, ressalvada a possibilidade de pleitear a sua redução ao respectivo parlamento. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.14 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) Se a proposta orçamentária de iniciativa do Ministério Público for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo deverá remeter ao MP a referida proposta, a fim de que sejam feitos os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, sob pena de violação de sua autonomia administrativa. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.15 (CESPE – ADAPTADA – TCM-BA – Auditor Estadual de Infraestrutura – 2018) No que se refere às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir. O Ministério Público dos estados é integrante do Ministério Público da União. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.16 (CESPE – ADAPTADA – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017) Com relação às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir. Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 32 - Segundo a CF, Ministério Público que atue junto ao TCU ou junto ao tribunal de contas estadual integrará, respectivamente, o Ministério Público da União ou o Ministério Público do estado em questão. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.17 (CESPE - MPU – Analista do MPU – Conhecimentos Básicos – 2015) Com relação ao MPU e aos Ministérios Públicos dos entes federados, julgue o próximo item. O procurador-geral da República é a maior autoridade na hierarquia doMPU, e sua nomeação, pelo presidente da República, está condicionada à aprovação de seu nome pela maioria simples do Congresso Nacional. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.18 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, vedada a recondução. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.19 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. O procurador-geral de justiça do Distrito Federal (DF) poderá ser destituído antes do término do seu mandato, mediante representação do governador do DF e deliberação da maioria absoluta da Câmara Legislativa do DF. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.20 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) Acerca dos direitos, das garantias e das prerrogativas dos membros do MPU, julgue os próximos itens. Nesse sentido, considere que a sigla CF, doravante, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal de 1988. Uma das garantias estabelecidas pela CF aos membros do MP é a inamovibilidade absoluta. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.21 (CESPE - MPU – Conhecimentos Básicos – 2013) No que se refere ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e às garantias e funções do MP, julgue o item. Assegura-se aos procuradores da República nos estados a garantia de inamovibilidade, que não é absoluta, podendo ser relativizada por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente, respeitada a ampla defesa. Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 33 - ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.22 (CESPE - MPU – Analista - Direito – 2013) No que se refere aos direitos, às garantias e às prerrogativas dos membros do MPU, julgue os itens seguintes. Ressalvados os membros do MPDFT, os membros do MPU que integravam a carreira na data da promulgação da CF podem exercer a advocacia, desde que estejam regularmente inscritos na OAB. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.23 (QUESTÃO INÉDITA - 2018) É possível o exercício da atividade político-partidária pelos membros do Ministério Público. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.24 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) A CF autoriza o MPU a exercer a representação judicial da Fundação Nacional do Índio em casos excepcionais e relacionados à defesa dos direitos das populações indígenas. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.25 (CESPE – ADAPTADA – TCE-PR – Conhecimentos Básicos - 2016) No que se refere ao Poder Judiciário e às funções essenciais à justiça, assinale a opção correta. São funções institucionais do Ministério Público promover o inquérito civil público e a ação civil pública e propor ação popular para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.26 (CESPE - MPU – Analista Direito – 2013) Relativamente à competência constitucional do MPU, julgue os itens a seguir. Se, em sede de investigação criminal ou instrução processual penal conduzida pelo MPU, fizer- se necessária a quebra do sigilo de comunicação telefônica e fiscal de indivíduo investigado ou processado, o parquet deverá requerê-la ao órgão judicial competente, já que não tem competência para determiná-la unilateralmente. ( ) CERTO ERRADO ( ) Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 34 - Q.27 (CESPE - MPU – Conhecimentos Básicos – 2013) No que se refere ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e às garantias e funções do MP, julgue o item. Conforme a CF, a legitimidade para propor ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social é exclusiva do MP. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.28 (CESPE - MPU – Técnico Administrativo – 2013) Relativamente ao MPU, julgue os itens a seguir. Embora os Ministérios Públicos (MPs) junto aos tribunais de contas sejam órgãos autônomos e independentes do MPU e dos MPs dos estados, aplicam-se aos seus membros os mesmos direitos, vedações e forma de investidura. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.29 (CESPE – ADAPTADA – DPE-RN – Defensor Público Substituto - 2015) No que diz respeito à disciplina constitucional da autonomia financeira, aos poderes e aos órgãos públicos, julgue o seguinte item. Por exercer função constitucional autônoma e contar com fisionomia institucional própria, o MP junto aos TCs tem assegurada a garantia institucional da autonomia financeira nos mesmos moldes consagrados ao MP comum. ( ) CERTO ERRADO ( ) Q.30 (CESPE - MPU – Analista do MPU – Conhecimentos Básicos – 2015) Com relação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), julgue o item subsequente. Para compor o CNMP, cabe ao STF indicar um juiz, mas, para a efetivação do indicado como membro do referido conselho, a indicação deverá ser aprovada por maioria absoluta dos membros do Senado Federal. ( ) CERTO ERRADO ( ) Fabrício Rêgo e Eduardo Sampaio Gabaritando Legislação Institucional do MPU www.fabriciorego.com.br - 35 - GABARITO Q.1 CERTO Q.2 CERTO Q.3 ERRADO Q.4 ERRADO Q.5 ERRADO Q.6 CERTO Q.7 ERRADO Q.8 CERTO Q.9 ERRADO Q.10 CERTO Q.11 ERRADO Q.12 ERRADO Q.13 CERTO Q.14 ERRADO Q.15 ERRADO Q.16 ERRADO Q.17 ERRADO Q.18 ERRADO Q.19 ERRADO Q.20 ERRADO Q.21 CERTO Q.22 CERTO Q.23 ERRADO Q.24 ERRADO Q.25 ERRADA Q.26 CERTO Q.27 ERRADO Q.28 CERTO Q.29 ERRADO Q.30 CERTO
Compartilhar