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Profa. Dra. Karen Pontes Modelagem de Sistemas Mecânicos Revisão: 11 de março de 2018 Departamento de Engenharia Química Modelagem de Sistemas Mecânicos Translacionais Sistema que move em linha reta para frente para trás Rotacionais Giro em torno de um ou mais eixos Entrada/Saída Sistema Força Deslocamento Leis de Newton Primeira lei de Newton (lei da inercia) Um corpo tende a permanecer em repouso e um objeto em movimento tende a permanecer em movimento com a mesma velocidade e na mesma direção, se nenhuma força é exercida sobre ele. Segunda lei de Newton A aceleração de um objeto é dependente de duas variáveis: da força resultante exercida sobre o objeto e da massa do objeto Terceira lei de Newton (Ação e Reação) Para cada ação, tem uma reação igual e oposta Modelos ideais/básicos Modelos básicos Representação física Massas Inércia ou resistência à oscilação Molas Rigidez de um sistema Amortecedores Forças opostas ao movimento Suspensão de um carro Mola O objeto que puxa a mola sofrerá a reação (força no sentido oposto) – 3ª Lei de Newton Se nenhum lado está fixado, a força líquida é zero (forças são iguais em magnitude mas com sinais opostos) caso contrário a aceleração seria infinita pois a massa da mola ideal é zero deslocamento inicial é zero quando a mola está relaxada é a rigidez da mola Se ଵ ଶ , a mola está alongada e a força aplicada à mola é: Constante equivalente da Mola Molas são os elementos elásticos mais comuns, entretanto muitas aplicações da engenharia envolvendo elementos elásticos não contêm molas, mas outros elementos mecânicos, como vigas e barras, os quais podem ser modelados como molas. A constante equivalente da mola pode ser determinada usando os conceitos de mecânica dos materiais. Constante equivalente da Mola Considere uma viga em balanço de comprimento , largura e espessura . Assuma que a força é aplicada à extremidade livre da viga, e que a deflexão correspondente é . Derive a constante equivalente da mola . Da mecânica dos materiais, a relação força- deflexão em uma viga em balanço: ଷ 𝐸: módulo de elasticidade do material 𝐼: momento de inércia de área sobre o eixo longitudinal da viga Para uma viga com área da seção transversal retangular, o momento de inércia de área é dado por: ଷ Constante equivalente da Mola ଷ ଷ ଷ ଷ Sistema equivalente: ଷ ଷ Portanto, a rigidez só depende do material e de suas dimensões Elementos de Fricção Mover um objeto contra força de fricção Empurrar um objeto através de um fluido Amortecimento Fricção viscosa Amortecimento Sistema Foto Se aumentar a velocidade com que puxa o objeto, aumenta a força oposta Massa / Elemento de Inércia Quanto maior a massa, maior a força aplicada para manter a mesma aceleração Trabalho Quando uma força é aplicada a um objeto e ele se move, podemos dizer que foi realizado trabalho sobre o objeto Para a massa e a mola, o trabalho resulta em energia armazenada no objeto. No caso do amortecimento, a energia é dissipada e perdida ao ambiente na forma de calor Energia Energia é a habilidade de realizar trabalho. A energia armazenada em uma mola comprimida pode ser liberada como trabalho em um sistema físico. Energia potencial (mola ou massa) ௫ ௫ ଶ ௫ ௫ Mola Massa Energia Energia cinética (massa) Energia dissipada (amortecimento) ௫ ௫ ௫ ௫ ௫ ଶ ௫ ௫ ௫ ଶ ௫ Potência Medida da variação da energia no sistema Para acelerar uma massa Para empurrar uma mola Se empurrar um amortecedor 𝑃 = 𝑑𝑊 𝑑𝑡 = 𝑑(12 𝑚𝑣 ଶ) 𝑑𝑡 = 1 2 𝑚 𝑑𝑣ଶ 𝑑𝑡 = 𝑚𝑣 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = 𝑚𝑎𝑣 = 𝐹𝑣 𝑃 = 𝑑(12 𝑘𝑥 ଶ) 𝑑𝑡 = 1 2 𝑘 𝑑𝑥ଶ 𝑑𝑡 = 𝑘𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 = 𝐹𝑣 𝑃 = 𝑑(𝑏 ∫ 𝑣ଶ ⋅ 𝑑𝑡 ௫ ) 𝑑𝑡 = 𝑏𝑣ଶ = 𝐹𝑣 Perdida gerando calor Sistema simples: Massa+Mola+Amortecedor Conservação do momento Relações constitutivas , força externa , todas as forças Lei de D’Alambert 2ª Lei de Newton Sistema simples: Massa+Mola+Amortecedor Obs: A força de inércia é oposta ao movimento ଶ ଶ Sistema simples: Massa+Mola+Amortecedor A definição da direção positiva é arbitrária. Logo, se a direção positiva é definida para a esquerda, o mesmo resultado deve ser encontrado Obs: Para fazer o diagrama de corpo livre, “puxar” no sentido do movimento : Movimentará o sistema para a direita Sistema simples: Massa+Mola+Amortecedor Equação diferencial ordinária (EDO) de 2ª ordem Variável de estado: Variável de saída: Variável de entrada: Parâmetros constantes: Grau de liberdade: zero Condição inicial: cm e Sistema simples: Massa+Mola+Amortecedor Propriedades : sobreamortecido : subamortecido : sem amortecimento ଶ (constante de tempo) (fator de amortecimento) 0 20 40 60 80 1000 0.5 1 1.5 2 tempo po si çã o (z ) sem amortecimento sub-amortecido sobre-amortecido Exemplo – Mais que uma posição desconhecida Diagrama de corpo livre em 𝟏 Diagrama de corpo livre em 𝟐 ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ ଶ ଶ Diagrama de corpo livre em 𝟏 Diagrama de corpo livre em 𝟐 ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ ଶ ଶ ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଶ ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଶ ଶ ଶ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ ଶ ଶ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ Exemplo – Mais que uma posição desconhecida Exemplo – Mais que uma posição desconhecida Observações No diagrama de corpo livre (DCL), as direções correspondentes a ଵ, ଵ e ଵ são iguais e opostas à direção positiva de ଵ (se não existirem elementos ativos, como motores, amplificadores etc). O mesmo vale para o DCL para ଶ. Em todas as equações, os sinais de ଵ, ଵ e ଵ são iguais. O mesmo vale para ଶ, apesar de os sinais para ଵ poderem ser iguais ou diferentes de ଶ. Note que isso é uma rápida verificação de erros na sua equação ou DCL. A força em ଶ é igual e oposta em cada extremidade. As únicas forças consideradas em cada DCL são aqueles que o afetam diretamente. O efeito das forças em outro CL vem do acoplamento matemático das equações Sistema de edo de 2ª ordem Variável de estado: ଵ ଶ Variável de saída: ଵ ଶ Variável de entrada: Parâmetros constantes: ଵ ଵ ଵ ଶ ଷ Grau de liberdade: zero Condição inicial: ଵ,, ଵ,, ଶ, ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଶ ଶ ଶ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ Exemplo – Mais que uma posição desconhecida 1. Resolva o problema no Simulink para determinar o deslocamento ଵ ଶ Considere ଵ Kg, ଵ N.s/m, ଶ N.s/m, ଵ ଶ ଷ N/m Condição inicial: assumindo repouso ଵ , ଵ ଶ 2. Avalie a sensibilidade do modelo em relação ao amortecimento 3. Compare a resposta usando espaço de estados e usando a S-function Exemplo – Mais que uma posição desconhecida Redução da ordem da derivada 𝑚ଵ�̈�ଵ + 𝑏ଵ�̇�ଵ + 𝑘ଶ + 𝑘ଵ 𝑥ଵ − 𝑘ଶ𝑥ଶ = 𝐹 𝑏ଶ ⋅ �̇�ଶ − 𝑘ଶ𝑥ଵ + (𝑘ଶ + 𝑘ଷ) ⋅ 𝑥ଶ = 0 Definição de novas variáveis 𝑥ଵ̇ �̇�ଶ �̇� = 0 0 1 𝑘ଶ 𝑏ଶ − 𝑘ଶ + 𝑘ଷ 𝑏ଶ 0 − 𝑘ଶ + 𝑘ଵ 𝑚ଵ 𝑘ଶ 𝑚ଵ − 𝑏ଵ 𝑚ଵ 𝑥ଵ 𝑥ଶ 𝑣 + 0 0 1 𝑚ଵ 𝐹𝑒 Na forma matricial: ଵ �̇� = − 𝑘ଶ + 𝑘ଵ 𝑚ଵ 𝑥ଵ + 𝑘ଶ 𝑚ଵ 𝑥ଶ − 𝑏ଵ 𝑚ଵ 𝑣 + 𝐹𝑒 𝑚ଵ �̇�ଶ = 𝑘ଶ 𝑏ଶ 𝑥ଵ − 𝑘ଶ + 𝑘ଷ 𝑏ଶ 𝑥ଶ �̇�ଵ = 𝑣 𝑥ଵ 𝑥ଶ = 1 0 0 0 1 0 𝑥ଵ 𝑥ଶ 𝑣 + 00 𝐹𝑒 Exemplo – Mais que uma posição desconhecida Exemplo - posição ou velocidade como entrada Diagrama de corpo livre em 𝒙𝟏 Diagrama em 𝒙𝟐: Diagrama de corpo livre em𝒙𝟑 Exemplo - posição ou velocidade como entrada Diagrama de corpo livre em 𝟏 Diagrama de corpo livre em 𝟐 Diagrama de corpo livre em 𝟑 ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଶ ଶ ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଶ ଵ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ ଷ ଶ ଶ ଷ ଶ ଶ ଶ ଷ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ ଷ ଷ ଷ ଶ ଷ ଶ ଶ ଷ ଵ ଷ ଶ ଷ ଶ ଷ ଵ ଶ ଷ ଶ ଶ ଷ ଶ ଷ ଷ Exemplo - posição ou velocidade como entrada Sistema de edo de 2ª ordem Variável de estado: ଵ ଶ ଷ Variável de saída: ଵ ଶ ଷ Variável de entrada: Parâmetros constantes: ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଶ ଷ Grau de liberdade: zero Condição inicial: assumindo repouso ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଶ ଵ ଶ ଶ ଶ ଷ ଶ ଵ ଶ ଷ ଶ ଷ ଷ ଶ ଷ ଶ ଶ ଵ ଶ ଷ ଷ ଶ ଷ ଷ Exemplo - posição ou velocidade como entrada 1. Resolva o problema no Simulink para determinar o deslocamento ଵ ଶ ଷ Considere ଵ Kg, ଶ Kg, ଵ N.s/m, ଶ N.s/m, ଵ ଶ ଷ N/m Condição inicial: assumindo repouso ଵ , ଵ ଶ ଷ , ଷ 2. Avalie a sensibilidade do modelo em relação ao amortecimento e à rigidez da mola 3. Compare a resposta usando espaço de estados e usando a S-function Posição de equilíbrio estático Para o sistema massa-mola-amortecedor movendo na direção horizontal, a massa está em equilíbrio quando a mola está com seu comprimento livre, sem deslocamento A origem da coordenada deve ser adotada como a posição de equilíbrio estático pois esta escolha simplifica a equação do movimento por eliminar as forças estáticas. Para o movimento na direção vertical, a gravidade não entra nas equações diferenciais se o deslocamento é medido a partir do equilíbrio estático. a) Posição sem deformação b) Posição de equilíbrio estático c) Posição dinâmica Posição de equilíbrio estático Origem: posição sem deformação ( ) Origem: equilíbrio estático ( ) ௬ ௬ ௫ ௫ ௦௧ Exemplo – posição de equilíbrio estático Considere o modelo de um carro onde 𝑚ଵ é a massa de ¼ do corpo do carro e 𝑚ଶ é a massa do eixo roda-pneu. A mola 𝑘ଵ representa a elasticidade da suspensão e a mola 𝑘ଶ representa a elasticidade do pneu, 𝑧(𝑡) é o deslocamento de entrada devido à superfície da estrada. A força do atuador f, aplicada entre o corpo do carro e o eixo roda-pneu, é controlada por feedback e representa os componentes ativos do sistema de suspensão. Desenhe o diagrama de corpo livre e derive as equações diferenciais do movimento Apresente o modelo na forma de espaço de estados. Assuma que o deslocamento das duas massas 𝑥ଵ e 𝑥ଶ são as saídas. Assuma 𝑘ଵ=4 N/m, 𝑘ଶ=8 N/m, 𝑏ଵ=60 N.s/m, 𝑚ଵ = 250 Kg, 𝑚ଶ = 60 Kg Avalie a resposta do sistema (𝑥ଵ, 𝑥ଶ) quando 𝑧 = 0,1m, 𝑓 = 0,1 N. Exemplo – posição de equilíbrio estático ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଶ ଶ ଶ ଶ ଶ ଶ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଶ Balanço em ଶ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଵ ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଵ ଶ Balanço em ଵ ଶ ଶ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଶ ଵ ଵ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଵ ଵ ଶ Exemplo – posição de equilíbrio estático Redução da ordem 𝑚ଶ�̈�ଶ − 𝑏ଵ�̇�ଵ + 𝑏ଵ�̇�ଶ − 𝑘ଵ𝑥ଵ + 𝑥ଶ 𝑘ଵ + 𝑘ଶ = 𝑘ଶ𝑧 − 𝑓 𝑚ଵ�̈�ଵ + 𝑏ଵ�̇�ଵ − 𝑏ଵ�̇�ଶ + 𝑘ଵ𝑥ଵ − 𝑘ଵ𝑥ଶ = 𝑓 �̇�ଵ = 𝑥ଷ �̇�ଶ = 𝑥ସ �̇�ଷ = 1 𝑚ଵ −𝑘ଵ𝑥ଵ + 𝑘ଵ𝑥ଶ − 𝑏ଵ𝑥ଷ + 𝑏ଵ𝑥ସ + 𝑢ଵ �̇�ସ = 1 𝑚ଶ 𝑘ଵ𝑥ଵ − 𝑥ଶ 𝑘ଵ + 𝑘ଶ + 𝑏ଵ𝑥ଷ − 𝑏ଵ𝑥ସ + 𝑘ଶ𝑢ଶ − 𝑢ଵ 𝐴 = 0 0 1 0 0 0 0 1 − 𝑘ଵ 𝑚ଵ 𝑘ଵ 𝑚ଵ − 𝑏ଵ 𝑚ଵ 𝑏ଵ 𝑚ଵ 𝑘ଵ 𝑚ଶ − (𝑘ଵ + 𝑘ଶ) 𝑚ଶ 𝑏ଵ 𝑚ଶ − 𝑏ଵ 𝑚ଶ 𝐵 = 0 0 0 0 1 𝑚ଵ 0 − 1 𝑚ଶ 𝑘ଶ 𝑚ଶ 𝐶 = 1 0 0 00 1 0 0 𝐷 = 0 00 0 Atividade 03 Ver enunciado no Moodle Sistemas mecânicos rotacionais Variáveis básicas para descrever o sistema. Aqui, consideramos o caso escalar pois assumimos rotação em apenas um eixo Variável Translacional Rotacional Posição Velocidade Aceleração Massa em rotação Relação entre o torque em relação ao ponto fixo O e a aceleração angular do disco em relação a O: Energia cinética: ଶ Energia potencial: : Momento de inércia 2ª lei de Newton para o movimento em rotação ou Equação de Euler : resultante de todos os torques externos aplicadas ao corpo rígido de momento de inércia J Mola em torção Livre nas duas extremidades Fixa em uma extremidade ଶ ଵ , a mola está girada na direção anti- horário quando visto do lado direito Energia potencial: ଶ : rigidez da mola em torsão (N.m/rad) Amortecimento em rotação Livre nas duas extremidades Fixo em uma extremidade ଶ ଵ , o torque aplicado é: : coeficiente de amortecimento viscoso (N.m.s/rad) Ex: duas superfícies em rotação separadas por um filme de líquido. Exemplo Considere um sistema disco-eixo no qual o disco gira em torno de um ponto fixo O. O sistema rotacional massa-mola-amortecedor pode ser usado para aproximar o comportamento dinâmico do sistema disco-eixo, sendo ை o momento de inércia do disco em relação ao ponto O, representa a elasticidade do eixo e representa o amortecimento viscoso. Derive a equação do movimento. Os valores dos parâmetros são ை kg/m2, N.m.s/rad e N.m/rad. 1. Assuma um torque de está atuando no disco, que está inicialmente em repouso. Simule o sistema e analise a resposta. 2. Assuma que o torque externo é e o deslocamento inicial é rad, encontre a resposta do deslocamento Exemplo Exemplo Considere o sistema disco-eixo na figura. Os momentos de inercia dos discos são ଵ e ଶ, respectivamente. Os eixos podem ser modelados como molas em rotação sem massa. Determine o diagrama de corpo livre e derive as equações diferenciais do movimento. Exemplo Em O1: ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଵ Assumindo: ଵ ଶ Em O2: ଶ ଵ ଶ ଶ ଶ ଵ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଶ ଶ ଶ ଶ ଵ ଶ ଶ Exemplo Considere um sistema com um pêndulo invertido, no qual uma massa é presa no topo de uma fina haste de massa e comprimento . O centro de massa da haste é localizado no ponto C. O pêndulo invertido gira em torno do eixo através do ponto O. A fricção na junção é modelada como um amortecimento viscoso rotacional de coeficiente . Momento de inércia: , ,ெ ଶ Exemplo ଶSubstituindo: ଶ Para pequenos ângulos, pode-se usar a simplificação Atividade 04 Ver enunciado no Moodle Equações de Lagrange Obtenção do modelo matemático de sistemas mecânicos híbridos (sistemas cujas massas executam movimentos de translação e rotação) Newton (força e deslocamento) x Lagrange (energia e trabalho) O grau de liberdade pode ser definido como o número de variáveis independentes (comprimentos, ângulos ou qualquer outra grandeza) necessário para especificar a posição (não o movimento) de todas as partes do sistema. Equações de Lagrange Seja um sistema mecânico com graus de liberdade Coordenadas generalizadas: Energia potencial do sistema em um dado instante: Energia cinética do sistema em um dado instante: Lagrangeano do sistema: Equações de Lagrange: ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଶ ଵ ଶ 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� − 𝜕𝐿 𝜕𝑞 = 𝑄 𝑖 = 1,2, … , 𝑛 𝑄: forças não-conservativas ou dissipativas Pêndulo simples Determine as equações do movimento a partir das equações de Lagrange 𝜃 Coordenada generalizada: ( ( o ângulo define a posição do pêndulo 𝑇 = 1 2 𝑚 �̇�ଶ + �̇�ଶ = 1 2 𝑚 𝐿 cos 𝜃 �̇� ଶ + 𝐿 sin 𝜃 �̇� ଶ = 1 2 𝑚 𝐿�̇� ଶ Energia cinética: Energia potencial: Pêndulo simples ଶ ଵ ଶ ଶ ଶ ଵ ଶ ଵ ଵ ଶ ଵ ଶ ଶ ଵ Pêndulo simples 1. Resolva o problema para determinar o deslocamento Considere m Condição inicial: assumindo repouso గ ଶ , 2. Avalie a sensibilidade do modelo em relação ao comprimento do pêndulo 3. Utilize a função ode45 para resolver o problema no Matlab 4. Avalie o efeito de se considerar se o deslocamento é pequeno Sistema carro-pêndulo simples 𝑉 = 1 2 𝑘𝑥ଶ + 𝑚𝑔𝐿(1 − cos 𝜃)𝑇 = 1 2 𝑀�̇�ଶ + 1 2 𝑚 �̇� + 𝐿�̇� cos 𝜃 ଶ + 1 2 𝑚 𝐿�̇� sin 𝜃 ଶ Deslocamento Velocidade Massa 𝑥 �̇� Pêndulo (horizontal) 𝑥 = 𝐿 sin 𝜃 �̇� = 𝐿�̇� cos 𝜃 Pêndulo (vertical) 𝑦 = 𝐿 − 𝐿 cos 𝜃 �̇� = 𝐿 �̇� sin 𝜃 𝐿 = 𝑇 − 𝑉 = 1 2 𝑀�̇�ଶ + 1 2 𝑚 �̇� + 𝐿�̇� cos 𝜃 ଶ + 1 2 𝑚 𝐿�̇� sin 𝜃 ଶ − 1 2 𝑘𝑥ଶ − 𝑚𝑔𝐿(1 − cos 𝜃) ଵ ଶ Deduzir o modelo para pequenas oscilações Sistema carro-pêndulo simples 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� − 𝜕𝐿 𝜕𝑥 = 𝑓 𝑡 − 𝑐�̇� 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� − 𝜕𝐿 𝜕𝜃 = 0 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� = 𝑑 𝑑𝑡 𝑀�̇� + 𝑚 �̇� + 𝐿�̇� cos 𝜃 = 𝑀�̈� + 𝑚�̈� + 𝑚𝐿(�̈� cos 𝜃 − �̇�ଶ sin 𝜃) 𝑑𝐿 𝑑𝑥 = −𝑘𝑥 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� = 𝑑 𝑑𝑡 𝑚 �̇� + 𝐿�̇� cos 𝜃 𝐿 cos 𝜃 + 𝑚 𝐿�̇� sin 𝜃 𝐿 sin 𝜃 = 𝑑 𝑑𝑡 𝑚�̇�𝐿 cos 𝜃 + 𝑚𝐿ଶ�̇� = 𝑚𝐿�̈� cos 𝜃 − 𝑚𝐿�̇� sin 𝜃 �̇� + 𝑚𝐿ଶ�̈� 𝜕𝐿 𝜕𝜃 = −𝑚 �̇� + 𝐿�̇� cos 𝜃 𝐿�̇� sin 𝜃 + 𝑚𝐿�̇� sin 𝜃 𝐿�̇� cos 𝜃 − 𝑚𝑔𝐿 sin 𝜃 = −𝑚�̇�𝐿�̇� sin 𝜃 − 𝑚𝑔𝐿 sin 𝜃 = −𝑚𝑔𝐿𝜃 0 0 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� − 𝜕𝐿 𝜕𝑞 = 𝑄 𝑖 = 1 → 𝑞ଵ = 𝑥 𝑖 = 2 → 𝑞ଶ = 𝜃 Sistema carro-pêndulo simples 𝑚 + 𝑀 �̈� + 𝑚𝐿�̈� + 𝑐�̇� + 𝑘𝑥 = 𝑓(𝑡) 𝑚𝐿�̈� + 𝑚𝐿ଶ�̈� + 𝑚𝑔𝐿𝜃 = 0 Para pequenas oscilações, ଶ 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� − 𝜕𝐿 𝜕𝑥 = 𝑓 𝑡 − 𝑐�̇� 𝑑 𝑑𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� − 𝜕𝐿 𝜕𝜃 = 0 ଶ Na forma matricial: Sistema carro-pêndulo simples Redução da ordem da derivada 𝑚 + 𝑀 �̈� + 𝑚𝐿�̈� + 𝑐�̇� + 𝑘𝑥 = 𝑓(𝑡) 𝑚𝐿�̈� + 𝑚𝐿ଶ�̈� + 𝑚𝑔𝐿𝜃 = 0 �̇� = 𝑤 Definição de novas variáveis 𝑚 + 𝑀 �̇� + 𝑚𝐿�̇� + 𝑐�̇� + 𝑘𝑥 = 𝑓(𝑡) 𝑚𝐿�̇� + 𝑚𝐿ଶ�̇� + 𝑚𝑔𝐿𝜃 = 0 �̇� = 𝑤 �̇� = 𝑤 �̇� = 𝑘 𝐿𝑀 𝑥 − 𝑚 + 𝑀 𝑔 𝐿𝑀 𝜃 + 𝑐 𝐿𝑀 𝑣 − 1 𝐿𝑀 𝑓 𝑡 �̇� = − 𝑘 𝑀 𝑥 + 𝑚𝑔 𝑀 𝜃 − 𝑐 𝑀 𝑣 + 1 𝑀 𝑓(𝑡) Sistema carro-pêndulo simples �̇� �̇� �̇� �̇� = 0 0 1 0 0 0 0 1 − 𝑘 𝑀 𝑚𝑔 𝑀 − 𝑐 𝑀 0 𝑘 𝐿𝑀 − 𝑚 + 𝑀 𝑔 𝐿𝑀 𝑐 𝐿𝑀 0 𝑥 𝜃 𝑣 𝑤 + 0 0 1 𝑀 − 1 𝐿𝑀 𝑓(𝑡) Na forma matricial: �̇� = 𝑤 �̇� = 𝑘 𝐿𝑀 𝑥 − 𝑚 + 𝑀 𝑔 𝐿𝑀 𝜃 + 𝑐 𝐿𝑀 𝑣 − 1 𝐿𝑀 𝑓 𝑡 �̇� = − 𝑘 𝑀 𝑥 + 𝑚𝑔 𝑀 𝜃 − 𝑐 𝑀 𝑣 + 1 𝑀 𝑓(𝑡) Sistema carro-pêndulo simples 1. Resolva o problema para determinar o deslocamento Considere Kg, Kg, Kg, N.s/m, N/m Condição inicial: assumindo repouso Entrada degrau 2. Utilize a função lsim para simular o modelo em espaço de estados 3. Compare o resultado ao simular o modelo integrando as equações diferenciais 4. Repita o item 3 para a entrada senoidal Sistema carro-pêndulo invertido Desenvolvimento semelhante ao anterior porém com diferente referência para eixo y Deslocamento Velocidade Massa 𝑥 �̇� Pêndulo (horizontal) 𝑥 = 𝐿 sin 𝜃 �̇� = 𝐿�̇� cos 𝜃 Pêndulo (vertical) 𝑦 = 𝐿 cos 𝜃 − 𝐿 �̇� = −𝐿 �̇� sin 𝜃 Deduzir o modelo para pequenas oscilações usando as equações de Lagrange Sistema carro-pêndulo invertido �̇�(𝑀 + 𝑚) + 𝑚𝐿�̇� = 𝐹𝑒𝑥𝑡(𝑡) 𝑚𝐿�̇� + 𝑚𝐿ଶ�̇� − 𝑚𝑔𝐿𝜃 = 0 �̇� = 𝑤 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 𝑚 + 𝑀 𝑚𝐿 0 0 𝑚𝐿 𝑚𝐿ଶ �̇� �̇� �̇� �̇� + 0 0 −1 0 0 0 0 −1 0 0 0 0 0 −𝑚𝑔𝐿 0 0 𝑥 𝜃 𝑣 𝑤 = 0 0 𝐹𝑒𝑥𝑡(𝑡) 0 Na forma matricial: �̇� �̇� �̇� �̇� = 0 0 1 0 0 0 0 1 0 −𝑚𝑔 𝑀 0 0 0 𝑚 + 𝑀 𝑔 𝐿𝑀 0 0 𝑥 𝜃 𝑣 𝑤 + 0 0 1 𝑀 − 1 𝐿𝑀 𝑓(𝑡) Sistema carro pêndulo 1 0 0 0 0 1 0 0 𝑐 0 𝑚 + 𝑀 𝑚𝐿 0 0 𝑚𝐿 𝑚𝐿ଶ �̇� �̇� �̇� �̇� + 0 0 −1 0 0 0 0 −1 𝑘 0 0 0 0 𝑚𝑔𝐿 0 0 𝑥 𝜃 𝑣 𝑤 = 0 0 𝑓 𝑡 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 𝑚 + 𝑀 𝑚𝐿 0 0 𝑚𝐿 𝑚𝐿ଶ �̇� �̇� �̇� �̇� + 0 0 −1 0 0 0 0 −1 0 0 0 0 0 −𝑚𝑔𝐿 0 0 𝑥 𝜃 𝑣 𝑤 = 0 0 𝐹𝑒𝑥𝑡(𝑡) 0 Sistema carro-pêndulo invertido 1. Resolva o problema para determinar o deslocamento Considere Kg, Kg, Kg 2. Simule o modelo no Simulink para os seguintes cenários: Resposta à entrada: condição inicial nula e força externa aplicada (degrau unitário) Resposta à condição inicial: carrinho em repouso sem deslocamento e ângulo deslocado de 10º à direita Exemplo Considere um sistema com um pêndulo invertido, no qual uma massa é presa no topo de uma fina haste de massa e comprimento . O centro de massa da haste é localizado no ponto C. O pêndulo invertido gira em torno do eixo através do ponto O. A fricção na junção é modelada como um amortecimento viscoso rotacional de coeficiente . Considere Kg, Kg, Kg, N.m.s/rad. Momento de inércia: , ,ெ ଶ 𝑥 = 𝐿 sin 𝜃 𝑦 = 𝐿 cos 𝜃 − 𝐿 𝑥ெ = 𝐿 2 sin 𝜃 𝑦ெ = 𝐿 2 cos 𝜃 − 𝐿 2 �̇� = 𝐿 cos 𝜃 �̇� = −𝐿 sin 𝜃 �̇�ெ = 𝐿 2 cos 𝜃 �̇�ெ = − 𝐿 2 sin 𝜃 Exemplo Energia potencial: Energia cinética: Lagrangeano: 𝑉 = 𝑚𝑔𝐿(𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 1) + 𝑀𝑔 𝐿 2 cos 𝜃 − 1 𝑇 = 𝐼ை 2 �̇�ଶ = 𝑚 + 𝑀 3 𝐿ଶ 2 �̇�ଶ 𝐿 = 𝑇 − 𝑉 = 𝑚 + 𝑀 3 𝐿ଶ 2 �̇�ଶ − 𝑚𝑔𝐿 𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 1 − 𝑀𝑔 𝐿 2 cos 𝜃 − 1 𝜕𝐿 𝜕�̇� = 𝑚 + 𝑀 3 𝐿ଶ�̇� → 𝜕 𝜕𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� = 𝑚 + 𝑀 3 𝐿ଶ�̈� 𝜕𝐿 𝜕𝜃 = 𝑚𝑔𝐿 sin 𝜃 + 𝑀 2 𝑔𝐿 sin 𝜃 = 𝑚 + 𝑀 2 𝑔𝐿 sin 𝜃 𝜕 𝜕𝑡 𝜕𝐿 𝜕�̇� − 𝜕𝐿 𝜕𝜃 = 𝑄ఏ → 𝑚 + 𝑀 3 𝐿ଶ�̈� − 𝑚 + 𝑀 2 𝑔𝐿 sin 𝜃 = −𝐵�̇� 𝑚 + 𝑀 3 𝐿ଶ�̈� + 𝐵�̇� − 𝑚 + 𝑀 2 𝑔𝐿 sin 𝜃 = 0 Idem ao que já obtivemos usando a 2ª lei de Newton
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