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FORTALEZA – CE 2015.2 Profa. Dra. Jennara Candido do Nascimento CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II OBJETIVOS 2 Coletar dados básicos sobre o estado de saúde do paciente; Aceitar ou refutar dados subjetivos obtidos no histórico de enfermagem; Identificar e confirmar o diagnóstico de enfermagem; Tomar decisões clínicas relacionadas ao gerenciamento e à mudança do estado de saúde do paciente; Avaliar os resultados dos cuidados implementados. Antes de iniciar o exame físico, é necessário: Estabelecer uma boa relação com o cliente; Proporcionar ambiente tranquilo; Manter postura e apresentação pessoal do enfermeiro; Demonstrar respeito e confiança (mútuos); Lavar as mãos. 3 Iluminação adequada, natural ou artificial – essencial para a distinção de cor, textura e hidratação das superfícies do corpo; Local silencioso – eliminar a possibilidade de ruídos estranhos interferirem na ausculta; As mãos do examinador devem estar aquecidas e as unhas curtas. Respeitar o paciente, desnudando-o apenas o segmento a ser inspecionado, atendo-se para à região de maior queixa; Deve-se continuar inspecionando o paciente mesmo durante a palpação, percussão e ausculta; 4 CUIDADOS ADICIONAIS E X A M E F ÍS IC O Pele e anexos Cabeça e pescoço Olhos, ouvido, nariz e boca Tórax e abdome Sistema cardiovascular Sistema respiratório Sistema musculoesquelético 5 MÉTODOS PROPEDÊUTICOS 6 INSPEÇÃO PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTA INSPEÇÃO 7 Definição: Consiste no processo de observação e em usar os sentidos de visão, olfato e audição para avaliar a condição de várias partes do corpo, incluindo quaisquer desvios da normalidade. Atentar para: Observação completa e sistemática de cada parte do corpo (expostas) não esquecendo de atentar para a privacidade; Sempre observe antes de tocar; INSPEÇÃO 8 Aspectos observados durante o procedimento: Lembre-se: inspecionar cada área do corpo quanto a tamanho, cor, formato, posição e simetria, anotando os achados normais e quaisquer alterações. Estática – quando se observam apenas os contornos anatômicos; Dinâmica – foco de atenção do observador está centrado nos movimentos próprios do segmento inspecionado; Frontal – técnica de olhar de frente a região a ser examinada; Inspeção tangencial – Indicada para pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, como pulsações, abaulamentos, retrações, ondulações. 9 TIPOS DE INSPEÇÃO OBSERVE E COMENTE SUAS IMPRESSÕES 10 11 PALPAÇÃO Definição: Permite a obtenção de dados através do tato e pressão; Pode ser: superficial ou profunda; Muito eficaz para avaliar órgãos e massas internas; Inspeção e palpação se complementam. 12 PALPAÇÃO 13 Atentar para: Textura (aspereza/suavidade); Temperatura (aquecido, quente, frio); Espessura; Volume; Mobilidade (imobilidade, vibração); Consistência de estruturas (sólido, líquido); Resistência e elasticidade. Não esqueça: Palpar a área mais sensível por último. 14 CARACTERÍSTICAS DE GRÂNULOS DETERMINADOS POR PALPAÇÃO Arredondada; ovoide; tubular; irregular. Medido em centímetros. Firme; edematosa; esponjosa; cística. Lisa; nodular; granular. Fixa; móvel. Quantidade de sensibilidade ao toque. Pulsação pode ou não ser sentida ao toque. Dorso das mãos e dedos: Medida geral da temperatura. Superfície palmar: Obter dados sobre textura, formato, líquidos, tamanho, consistência e pulsação; A vibração é melhor palpada com a palma da mão. 15 PALPAÇÃO REGIÕES DO ABDOME 16 17 Divide-se o abdome em três andares: Epigástrica; Mesogástrica e Hipogástrica; Linhas verticais direita e esquerda passam pelos pontos médios dos ligamentos inguinais 18 SITUAÇÃO DOS ÓRGÃOS ABDOMINAIS QSD – lobo direito do fígado, vesícula biliar, piloro, duodeno, cabeça do pâncreas, flexura hepática do colo e parte dos colos ascendente e transverso; QSE – lobo esquerdo do fígado, estômago, corpo do pâncreas, flexura esplênica do colo e parte dos colos transverso e descendente; QID – ceco, apêndice vermiforme e parte do colo ascendente; QIE – colo descendente e parte do colo sigmóide; 19 SITUAÇÃO DOS ÓRGÃOS ABDOMINAIS: Hipocôndrio direito - parte do fígado, flexura hepática do colo; Epigastro – cárdia, estômago, piloro, parte do fígado, colo transverso e o pâncreas; Hipocôndrio esquerdo – baço, flexura esplênica do colo; Flanco ou região lateral à direita – parte do apêndice vermiforme, ceco e colo ascendente; Região umbilical – intestino delgado, íleo; Flanco ou lateral à esquerda – colo descendente; Região inguinal direita – Parte do apêndice vermiforme; 20 FORMAS DE PALPAÇÃO 21 BIMANUAL: Palpar mamas e órgãos abdominais profundos. Use as duas mãos, uma de cada lado da parte do corpo ou dos órgãos que se deseja sentir. A mão que fica por cima é aplicada para fazer pressão e a de baixo para detectar estruturas profundas. MÃOS SUPERPOSTAS MÃOS ESPALMADAS POLPA DIGITAL UNI-MANUAL EM PINÇA DIGITOPRESSÃO FORMAS DE PALPAÇÃO 22 PERCUSSÃO 23 Definição: Consiste em “golpear” uma parte do corpo para identificar sensibilidade ou sons que variam com a densidade das estruturas adjacentes. A mão não-dominante é colocada sobre a área a ser percutida, com os dedos levemente separados e o dedo médio firmemente colocado sobre a superfície do corpo; A outra mão (dominante) produz a força da batida, iniciada por um movimento brusco do punho para baixo, com o antebraço parado e o pulso relaxado. PERCUSSÃO 24 As vibrações obtidas têm características próprias quanto a intensidade, tonalidade e timbre, de acordo com a estrutura anatômica percutida; Fornece ao examinador dados sobre localização, formato, tamanho e densidade dos tecidos ou estruturas percutidas; PERCUSSÃO 25 Técnicas relatadas para esse procedimento: Percussão direta; Percussão dígito-digital; Punho-percussão; Percussão com borda da mão; Percussão por piparote; DIRETA – Golpeando-se com as pontas dos dedos a região-alvo (dedos fletidos – martelo); PERCUSSÃO 26 DÍGITO-DIGITAL – Golpeando-se com dedo a borda ungueal ou a superfície dorsal da segunda flange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se encontra espalmada e apoiada na região de interesse; PERCUSSÃO 27 PUNHO –PERCUSSÃO – mão fechada; BORDA DA MÃO – dedos estendidos e unidos. Golpeia-se com a borda ulnar; POR PIPAROTE – Utilizada para pesquisar ascite; Com uma das mãos, o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra mão, espalmada na região contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com a parede abdominal; BORDA DA MÃO DIGITAL DIGITO- DIGITAL PIPAROTE PUNHO- PERCUSSÃO PERCUSSÃO 28 SONS OBTIDOS NA PERCUSSÃO 29 Refletem a intensidade da superfície subjacente SONS OBTIDOS NA PERCUSSÃO TÓRAXANTERIOR 30 31 SONS OBTIDOS NA PERCUSSÃO TÓRAX POSTERIOR AUSCULTA 32 Definição: Escutar sons do corpo provenientes da respiração, coração e alças intestinais - estetoscópio. Atentar para: Estetoscópio adequado ao cliente e de boa qualidade. AUSCULTA 33 Atentar para: Deve ser realizada em ambiente sem ruído externo e sossegado. O estetoscópio deve ser colocado sobre a pele nua, pois os tecidos obscurece, os sons; Campânula: Utilizada para detectar sons de baixa intensidade; Diafragma: Utilizado para detectar sons de maior intensidade. 34 Estrutura do Estétóscopio SONS OBTIDOS NA AUSCULTA 35 SONS OBTIDOS NA AUSCULTA 36 AUSCULTA PULMONAR 37 ALGUNS INSTRUMENTOS E APARELHOS NECESSÁRIOS NO EXAME FÍSICO: • Esfigmomanômetro; • Estetoscópio; • Termômetro; • Fita métrica; • Lanterna; • Otoscópio; • Olftamoscópio; • Algodão; • Agulha; • Abaixador de língua; • Pupilômetro; 38 39
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