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DIREITO E LEGISLAÇÃO EM ENGENHARIA Frederico Cordeiro Martins Frederico Cordeiro Martins Prof. do Centro Universitário UNI-BH Advogado na áreas Penal e Ambiental Mestre em Turismo e Meio Ambiente – UNA frederico.cordeiro.martins@gmail.com Celular: 9915-2111 A Introdução ao Estudo do Direito é matéria de iniciação que fornece ao aluno as noções básicas para compreender os fenômenos jurídicos. Não se trata de uma ciência propriamente dita, apesar de abordar conteúdo científico. É um sistema de ideias gerais. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Fornecer uma visão global do direito, para que o aluno se familiarize com a linguagem jurídica. Visa conhecer temas comuns a diversas áreas, como: • Direito; • Fato jurídico; Objeto da disciplina • Fato jurídico; • Relação jurídica; • Lei; • Justiça; • Segurança jurídica. É a disciplina que fornece um elo entre a cultura geral adquirida no ensino médio e a especifica do direito. É uma espécie de adaptação cultural no iniciante na ciência jurídica. É comum ao aluno iniciante ver muitas dificuldades na terminologia Importância É comum ao aluno iniciante ver muitas dificuldades na terminologia jurídica, nos conceitos e no próprio sistema, motivo pelo qual a IED se apresenta extremamente importante. Para alcançar a realização de seus projetos de vida (individuais ou sociais e da humanidade) o homem tem que se submeter às leis da natureza e às normas culturais, criadas por ele mesmo. Esta é a realidade humana, que pode ser vista sob duas formas distintas, Natureza e cultura – Realidade humana Esta é a realidade humana, que pode ser vista sob duas formas distintas, quais sejam: o Mundo da Natureza e o Mundo da Cultura. MUNDO DA NATUREZA Princípio da causalidade MUNDO DA CULTURA Direito Princípio da causalidade Direito Humanização da natureza É tudo aquilo que nos foi dado. Existe independente da atividade humana. Trata-se de realidade natural. Aqui existem as leis físico-matemáticas que são regidas pelo princípio da causalidade, ou seja, são leis cegas aos valores. São meramente indicativas. Ex: a Terra é um planeta. Mundo da natureza Ex: a Terra é um planeta. Princípio da causalidade: na natureza nada ocorre por acaso. Cada fenômeno tem sua explicação em uma causa determinante. Esse princípio corresponde ao nexo existente entre a causa e o efeito de um fenômeno. É tudo aquilo que vem sendo construído pelo homem ao longo da história. Trata-se de realidade humano-cultural-histórica. É aqui que se situa o DIREITO. O homem produz as leis culturais, que são normas imperativas – “dever ser”. Ex: O homem deve ser honesto. O pai e a mãe devem alimentar seus Mundo da cultura Ex: O homem deve ser honesto. O pai e a mãe devem alimentar seus filhos. O devedor deve pagar o credor. Não se deve matar ninguém. Conceito 01: “Conjunto de normas/leis estabelecidas por um poder soberano, que disciplinam a vida social de um povo” (DicionárioAurélio) Conceito 02: “O Direito é processo de adaptação social, que consiste em se estabelecerem regras de conduta, cuja incidência é independente da adesão daqueles a que a incidência da regra jurídica possa interessar”. Conceito de direito adesão daqueles a que a incidência da regra jurídica possa interessar”. (Pontes de Miranda) Conceito 03: “Conjunto de regras princípios e instituições destinado a regular a vida humana em sociedade” (Sérgio Pinto Martins) O direito é um conjunto porque é composto por várias partes organizadas formando um sistema Possui inúmeras regras como Código Civil, Código Tributário, Código Penal, Código de Trânsito. Tem princípios próprios, como qualquer ciência. Está ligado a diversas instituições, como os Tribunais de Justiça, as Conceito de direito Está ligado a diversas instituições, como os Tribunais de Justiça, as Câmaras Legislativas e os Órgãos Executivos. Visa regular a vida humana em sociedade através de normas que devem ser seguidas. Direito Natural - não é escrito, não é criado pela sociedade e nem é formulado pelo Estado. É um Direito espontâneo que se origina na natureza social do homem e que é revelado pela experiência e razão. Ex: direito à vida, direito à liberdade. Ramos do direito Direito Positivo - Direito institucionalizado pelo Estado. É a ordem jurídica obrigatória em determinado tempo e lugar. Ex: Código Civil, Código Penal. Divide-se em Internacional (público e privado) e Nacional (público e privado) Envolve a organização do Estado, em que são estabelecidas normas de ordem pública, que não podem ser mudadas pela vontade das partes. Ex: Pagamento de tributos. Direito NacionalPúblico Divide-se em Constitucional, Econômico, Administrativo, Penal, Financeiro, Tributário, Processual e da Seguridade Social Diz respeito aos interesses dos particulares, às normas contratuais que são estabelecidas pelos particulares, decorrentes da manifestação da vontade dos interessados. Ex: Contrato de Compra e Venda Direito Nacional Privado Divide-se em Civil, Comercial e Trabalhista. Regula as questões internacionais de ordem pública que devem ser respeitadas em relação a cada país. Ex: Tratados internacionais, declarações de direito, convenções internacionais. Direito Internacional Público Disciplina as relações das pessoas no espaço quando há mais de uma norma que trata do mesmo assunto. Ex: Empregado transferido de um país estrangeiro para o Brasil. Efeitos do casamento de uma pessoa realizado no exterior perante o direito brasileiro. Direito Internacional Privado brasileiro. Fonte é tudo aquilo de onde emana, jorra alguma coisa. É fonte do direito tudo quanto possa jorrar regras ou normas, que disciplinem uma atividade ou comportamento humano. Fontes do direito Fontes materiais – são os elementos que concorrem para a criação das leis.concorrem para a criação das leis. Fontes formais – é a forma externa de manifestar-se o direito positivo, enfim, as leis em sentido lato. • A lei – principal fonte do direito. O Estado impõe condutas que devem ser seguidas por todos; • Os usos e costumes - consiste em uma regra de conduta criada pela consciência comum da coletividade, representando uma necessidade jurídica ; • A jurisprudência – são as decisões reiteradas dos tribunais sobre um Fontes formais clássicas • A jurisprudência – são as decisões reiteradas dos tribunais sobre um mesmo tema; • A doutrina jurídica – é representada na forma de manuais que orientam a interpretação do direito. Normas constitucionais - ocupam o grau mais elevado da hierarquia das normas jurídicas. Todas as demais devem subordinar-se às normas presentes na Constituição Federal. Não podem contrariar os preceitos constitucionais. Normas complementares - são as leis que complementam o texto constitucional. Hierarquia das leis Normas ordinárias - são as normas elaboradas pelo Poder Legislativo em sua função típica de legislar. Ex.: Código Civil, Penal, Tributário. Normas regulamentares - são os regulamentos estabelecidos pelas autoridades administrativas em desenvolvimento da lei. Ex.: decretos, portarias. Normas individuais - são as normas que representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas. Hierarquia das leis Ex.: sentença, contratos. Poder Legislativo O Congresso Nacional é representado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Nos Estados, há as Assembleias Legislativas e nos municípios, as Câmaras dos Vereadores. O sistema brasileiro é bicameral, em que há uma Câmara baixa Divisão de poderes O sistema brasileiro é bicameral, em que há uma Câmara baixa (Deputados) e uma alta (Senado). A Câmara dos Deputados é representantedos interesses do povo e o Senado representa os Estados e o DF. Poder Executivo É exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. São órgãos do Poder Executivo, os Governos de Estado, auxiliados pelos Secretários de Estado, e as Prefeituras Municipais, auxiliadas pelas Divisão de poderes Secretários de Estado, e as Prefeituras Municipais, auxiliadas pelas Secretarias Municipais. Poder Judiciário Tem a função de julgar, dizendo o direito aplicável ao caso concreto. STF (Supremo Tribunal Federal) – É o guardião da Constituição Federal. Julga matéria constitucional, inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. STJ (Superior Tribunal de Justiça) – Julga questões que contrariam lei federal ou ato de governo local. TST (Tribunal Superior do Trabalho) – Julga questões trabalhistas. Poder Judiciário - composição STM (Superior Tribunal Militar) – Julga os crimes militares. TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – Julga matéria eleitoral. CNJ (Conselho Nacional de Justiça) – Controla a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos Juízes. Ministério Público – Realiza a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Advocacia Pública – Representa a União, judicial e extrajudicialmente, nas atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo (Advogado Geral da União). Nos Estados é exercida pelos Procuradores de Estado e do DF. Advocacia – Indispensável à administração da Justiça, sendo garantida a Funções essenciais à justiça Advocacia – Indispensável à administração da Justiça, sendo garantida a inviolabilidade do advogado por manifestações no exercício da profissão. Defensoria Pública – Presta assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. Conceito de pessoa jurídica Ficção jurídica estabelecida pelo Estado. É a entidade constituída por pessoas, bens, direitos, obrigações e Noções de direito empresarial É a entidade constituída por pessoas, bens, direitos, obrigações e patrimônio. Pode ser de direito público (interno ou externo) e de direito privado. Pessoas jurídicas de direito público interno: União, estados, DF, municípios, autarquias e fundações públicas; Classificações da pessoa jurídica Pessoas jurídicas de direito público externo: 1 - Estados estrangeiros, representados pelas embaixadas e consulados; 2 – Pessoas regidas pelo direito internacional público, como ONU, OEA, Mercosul, etc. Pessoas jurídicas de direto privado: Associações de classe, sindicatos, centros acadêmicos, sociedades em geral, organizações religiosas, partidos políticos. A pessoa jurídica começa a existir a partir da inscrição do contrato, ato constitutivo ou estatuto no seu competente registro e termina por dissolução ou extinção. Existência da pessoa jurídica Não personificadas – São as sociedades que não possuem personalidade jurídica, ou seja não foram devidamente inscritas no registro competente. Personificadas – São as sociedades que adquiriram personalidade jurídica, ou seja tiveram a inscrição do contrato, ato constitutivo ou estatuto no seu Tipos de sociedade ou seja tiveram a inscrição do contrato, ato constitutivo ou estatuto no seu competente registro. Sociedade em comum – é a designação de uma sociedade em situação irregular. Os sócios são os titulares dos bens e das dívidas sociais em conjunto. Possuem responsabilidade ilimitada e não podem contratar com o poder público, emitir nota fiscal, participar de licitação, etc. Sociedades não personificadas Sociedade em conta de participação – é dotada de natureza secreta. Não possui personalidade jurídica. Tem dois tipos de sócios: - um ostensivo (exerce a atividade e se obriga perante terceiros – responde ilimitadamente pelas obrigações sociais e tem direito regresso contra os sócios) - e outro participativo – é o sócio oculto. Sociedade simples – é a prestadora de serviços. É a sociedade civil de profissão regulamentada, como a de advogados, engenheiros e contadores. Possui registro no cartório de registro civil de pessoas jurídicas. Tem caracteristica “intuitu personae” (em função de determinada pessoa) Sociedades personificadas Sociedade em nome coletivo – é a sociedade de pessoas. Exemplo da firma ou razão social: Frederico Martins e cia. Possui responsabilidade illimitada. Sociedade em comandita simples – possui dois tipos de sócios, comanditários e comaditados. Os comanditados são pessoas físicas e respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. O comaditário participa das deliberações da sociedade e fiscaliza as operações, mas não pratica atos de gestão nem pode ter o nome na firma ou razão social. Sociedade limitada – a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas cotas, mas todos respondem solidariamente pelo capital social. A limitação da responsabilidade tem o objetivo de estimular a exploração das atividades econômicas. Sociedades personificadas das atividades econômicas. Sociedade de capitais – sociedade onde se considera a contribuição financeira para o ingresso no quadro de sócios da empresa. O capital é formado por ações e não existe vínculo entre os sócios. A responsabilidade é limitada ao valor das ações no momento da sua emissão. DIREITO CIVIL E TRABALHISTA Contrato – é o negócio jurídico entre duas ou mais pessoas sobre obrigação de dar, fazer ou não fazer, visando criar, extinguir ou midificar um direito. O contrato tem força de lei entre as partes, sendo que os acordos devem ser crumpridos (pacta sunt servanda). Os contratos tem previsão legal, mas é licito às partes celebrar contratos Teoria geral do contrato Os contratos tem previsão legal, mas é licito às partes celebrar contratos atípicos. Elementos do contrato: • Agente capaz – a capacidade tem que ser plena. • Objeto lícito - tráfico, jogo do bicho, contrabando, casamento para obtenção de vantagem pecuniária, são exemplos de objetos ilícitos. • Objeto possível – é o materialmente realizável (impossibilidade de entrega do Teoria geral do contrato • Objeto possível – é o materialmente realizável (impossibilidade de entrega do cristo redentor ). • Objeto determinado ou determinável – determinado seria um certo modelo de carro e determinável suas prestações. • Forma prescrita ou não proibida em lei (casamento). Elementos do contrato: • Agente capaz – a capacidade tem que ser plena. Teoria geral do contrato O contrato de prestação de serviços é o negócio jurídico em que uma das partes obriga-se a prestar uma atividade à outra, mediante remuneração e sem subordinação. O contrato de prestação de serviços é um pacto de atividade. Não interessa o resultado do trabalho, mas o próprio serviço prestado. Toda espécie de trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada Contratos de prestação de serviços Toda espécie de trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante remuneração. Se não estiver sujeita às leis trabalhistas ou ao Código de Defesa do Consumidor, a prestação de serviço deve ser regida pelos artigos 593 a 609 do Código Civil. Responsabilidade é a capacidade que a pessoa tem de responder pelos próprios atos e de seus subordinados. Para que haja responsabilidade civil é necessário a ocorrência de um dano (material, moral, estético, etc). Para configuração da responsabilidade civil é necessário o ato de violação de um dever jurídico, dolo ou culpa, o dano e o nexo causal. Noções de responsabilidade civil um dever jurídico, dolo ou culpa, o dano e o nexo causal. • Objetiva – não depende da existência de doloou culpa, bastando o nexo de causalidade. • Subjetiva - decorre da negligência, imprudência ou imperícia. Tipos de responsabilidade civil Aquele que causar dano a outrem tem a obrigação de repará-lo. Os danos podem ser: Contratuais - violação de uma obrigação contratual , como o inadimplemento das obrigações - art. 389 do CC. Consequências ao causador do dano Extracontratuais - contrariedade a um dispositivo legal – ato ilícito decorrente de ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência (art. 186 do CC). • Teoria do risco proveito – aquele que tem proveito de uma atividade suporta o ônus dela decorrente, mesmo que não tenha culpa. • Teoria do risco criado – é quando alguem cria ou acentua riscos em decorrência do exercício das suas atividades. • Teoria do risco profissional – é aquela que se verifica apenas a atividade da vítima. Teorias do risco • Teoria do rsico excepcional – compreende a atividade perigosa desenvolvida pela vítima, como em atividades insalubres, com eletricidade, explosivos e inflamáveis. • Teoria do risco integral – basta existir o dano para que haja obirgação de indenizar. • Caso fortuito – evento inevitável, imprevisível (queda de avião em uma fábrica – repare-se que é inevitável, imprevisível apenas para o dono da fábrica). • Força maior – evento inevitável, mas previsível (tempestades, enchentes) Causas excludentes Conceito – Direito do trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas (trabalhador avulso, sindicatos). O direito trabalho surgiu como forma de proteger o empregado contra os abusos praticados pelo empregador. Noções de direito do trabalho Os direitos trabalhistas estão previstos na Contituição Federal (art. 7º a 11 e na CLT – Consolidação das leis trabalhistas). • Proteção ao trabalhador – visa compensar a superioridade econômica do empregador em relação ao empregado. Na dúvida, as normas de direito do trabalho são interpretadas em favor do empregado. • Irrenunciabilidade de direitos – o trabalhador não pode renunciar, por exemplo ao recebimento de férias ou 13º salário. Princípios • Continuidade da relação de emprego– os contratos de trabalho vigoram por tempo indeterminado (comporta exceção). • Primazia da realidade – no direito do trabalho os fatos valem mais que a forma utillizada pelas partes. Ex.: ocultar a relação de emprego com contrato de emprego autônomo. O direito do trabalho divide-se em : • Direito individual do trabalho – onde estão previstas as regras atinentes aos contratos individuais do trabalho. • Direito coletivo do trabalho – relativo às organizações sindicais, greve e representação dos trabalhadores. Direito do trabalho representação dos trabalhadores. É a pessoa física que presta serviços contínuos ao empregador, sob a subordinação deste e mediante pagamento de salário (art. 3º da CLT). Condições para ser empregado: � Pessoa física �Continuidade Empregado �Continuidade � Subordinação � Salário � Pessoalidade (em função de determinada pessoa) É a pessoa física ou jurídica (direito público ou privado) que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços (art. 2º da CLT). O empregador pode ser, ainda, doméstico ou rural. São equiparados a empregador o profissional autônomo, as associações Empregador São equiparados a empregador o profissional autônomo, as associações recreativas, o condomínio e os sindicatos. É o conjunto das prestações recebidas habitualmente pelo empregado em decorrência do contrato de trabalho, que visam satisfazer suas necessidades básicas e de sua família. A remuneração é composta pelo salário (em dinheiro, parte in natura (utilidades) – máximo 70% -, pago pelo empregador) e pela gorjeta (pago pelo cliente) Remuneração O salário in natura não pode ser pago com bebidas alcoólicas, drogas e cigarros. Não são considerados salário in natura: Vestuário e equipamentos para uso no trabalho, educação, transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, assistência médica e previdência privada. Noções de direito do trabalho Contrato individual do trabalho – é o acordo, tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. No contrato de trabalho contrata-se a atividade e não o resultado. São requisitos do contrato de trabalho: Contratos de trabalho • Continuidade – é contrato de trato sucessivo. • Onerosidade – estabelece obrigações recíprocas. • Pessoablidade – é estabelecido em razão de certa pessoa. • Alteridade – a pessoa trabalha por conta alheia. Contratos de trabalho LEGISLAÇÃO DE ENGENHARIA Histórico 29/08/1828 - Decreto Imperial fixando as primeiras exigências para elaboração de projetos e trabalhos de construtores, então conhecidos como "empreiteiros", estabelecendo regras para a construção de obras públicas relativas à navegação fluvial, abertura de canais, construção de estradas, pontes e aquedutos, prevendo a participação, nessas atividades, de engenheiros ou na falta desses, "de pessoas inteligentes" Regulamentações profissionais "de pessoas inteligentes" Decreto nº 4.696, de 1871, aprovou o novo regulamento do Corpo de Engenheiros Civis, revigorando a exigência do respectivo diploma para o exercício dos cargos, bem como de certo número de anos de prática profissional. Histórico Decreto nº 3.001, de 1880, baixado pelo Poder Legislativo do Império, passou a exigir dos engenheiros civis, geógrafos, agrimensores e bacharéis em Matemática, a apresentação de seus títulos ou carta de habilitação científica para que pudessem ser empossados em empregos ou comissões por nomeação do governo. 1ª Constituição da República, de 24 de fevereiro de 1891, previa no Regulamentações profissionais 1ª Constituição da República, de 24 de fevereiro de 1891, previa no § 24 de seu artigo 72: "É garantido o livre exercício de qualquer profissão, moral, intelectual e industrial". Com o advento da República, os Estados e o Distrito Federal passaram a legislar sobre os trabalhos de engenharia, agrimensura e arquitetura sem qualquer orientação ou supervisão federal. Histórico Em 1921 estabeleceu-se a " liberdade de ensino ". Com isso, surgiram numerosas pseudo-academias que, mediante pagamento, passaram a conceder diplomas de toda ordem de engenheiros, arquitetos e agrimensores. O Decreto nº 23.196, de 12/10/1933, foi a primeira regulamentação do Agrônomo ou Engenheiro Agrônomo. Regulamentações profissionais do Agrônomo ou Engenheiro Agrônomo. Dois meses após editado o Decreto anterior foi baixado o Decreto nº 23.569 regulamentando o exercício das profissões do engenheiro (civil, industrial, mecânico-eletricista, geógrafo e de minas), bem como as do engenheiro-arquiteto ou arquiteto e do agrimensor. Histórico Por fim, surgiu a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que manteve as entidades fiscalizadoras, CONFEA e CREAs, instituídas pelo Decreto nº 23.569 de 1933, e aglutinou os engenheiros, arquitetos e engenheiros agrônomos sob a égide de um mesmo estatuto profissional, o qual prevalece até os dias atuais. Regulamentações profissionais Caracterização As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes empreendimentos: a) aproveitamento e utilização de recursos naturais; b) meios de locomoção e comunicações; c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus Lei 5.194/66 nos seus aspectos técnicos e artísticos; d) instalações e meios de acesso a costas, cursos, e massas de água e extensões terrestres; e) desenvolvimentoindustrial e agropecuário. a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada; b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária; c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, Atividades e atribuições profissionais do engenheiro e arquiteto c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica; d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios; e) fiscalização de obras e serviços técnicos; f) direção de obras e serviços técnicos; g) execução de obras e serviços técnicos; h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária. a) Direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia. b) Alterações do projeto ou plano original apenas pelo profissional que o tenha elaborado. c) Coautoria. d) Direito de acompanhar a execução da obra, de modo a garantir a sua realização, de acordo com as condições, especificações e Autoria a sua realização, de acordo com as condições, especificações e demais pormenores técnicos nele estabelecidos. As denominações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo, acrescidas, obrigatoriamente, das características de sua formação básica são privativas destes profissionais, que deverão estar devidamente habilitados. As qualificações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo só podem ser acrescidas à denominação de pessoa jurídica composta exclusivamente de profissionais que possuam tais títulos. Uso do título profissional composta exclusivamente de profissionais que possuam tais títulos. Só poderá ter em sua denominação as palavras engenharia, arquitetura ou agronomia a firma comercial ou industrial cuja diretoria for composta, em sua maioria, de profissionais registrados nos Conselhos Regionais.. Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro agrônomo: a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais. b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; Exercício ilegal da profissão atribuições discriminadas em seu registro; c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas; d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade; e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia Titulo apoio Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Curabitur nisl magna, hendrerit in egestas sit amet, interdum ac orci. 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As soluções para os problemas de emprego, educação, habitação, saúde, saneamento, crescimento demográfico, migrações estão, em grande parte, vinculadas a inovações em produtos e serviços, por sua vez dependentes de pesquisa. �Constituição Imperial de 1824 – Período marcado pelo liberalismo, que tem por ponto central colocar o homem, individualmente considerado, como alicerce de todo o sistema social. É omissa quanto ao tema, abordando apenas a questão da educação. �Constituição Republicana de 1891 – Promulgada após a proclamação da Ciência, tecnologia e inovação nas constituições Histórico �Constituição Republicana de 1891 – Promulgada após a proclamação da república e destituição do imperador, mediante golpe de Estado. Apesar de ser omissa quanto ao tema, permitiu a criação de vários institutos responsáveis por grande parte da produção científica da época: o Agronômico de Campinas (1887), o Instituto Vacinogênico de São Paulo (1892), o Bacteriológico de São Paulo (1893) e o Butantã (1899) e o de Manguinhos (1900) �Constituição Republicana de 1934 – de pouca relevância histórica, deu início à primeira onde de direitos sociais. É também omissa quanto ao tema, mas reforça as diretrizes da educação e cultura. �Constituição Republicana de 1937 – primeiro tratado de Ciência e Tecnologia: A ciência é livre, sendo dever do Estado contribuir, direta ou Ciência, tecnologia e inovação nas constituições Tecnologia: A ciência é livre, sendo dever do Estado contribuir, direta ou indiretamente, para o seu desenvolvimento, favorecendo ou fundando instituições científicas e de ensino. �Constituição Republicana de 1946 - A carta de 1946 trouxe uma redação mais simplista e reduzida do que sua antecessora de 1937, versando que “as ciências, as letras e as artes são livres” – não estabeleceu compromisso do Estado com progresso científico. �Constituição Republicana de 1967 – manteve a liberdade das ciências, letras e artes e incluiu a obrigação do Poder Público de incentivar a pesquisa e o ensino científico e tecnológico. �Constituição Republicana de 1988 - trouxe um novo tratamento a matéria, ampliando a sua regulamentação e trazendo-a em um capítulo separado e único, diferentemente do encontrado nos Textos Constitucionais anteriores, que tratavam conjuntamente a matéria como Ciência, tecnologia e inovação nas constituições Constitucionais anteriores, que tratavam conjuntamente a matéria como ciência, letras e artes. As mudanças radicais ocorridas desde a revolução industrial, com os progressos instaurados no século XX e sobretudo a partir da Segunda Guerra Mundial, modificaram o olhar do legislador sobre a matéria. Art. 218 da CF/88: O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas. § 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências. § 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional. Ciência, tecnologia e inovação na Constituição Republicana de 1988 § 3º - O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho. § 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho. § 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e Tecnológica. Ciência, tecnologia e inovação Cenário brasileiro PROPRIEDADE INTELECTUAL Ramo do direito que trata da proteção dos bens intangíveis, incorpóreos,imateriais, resultante da criação da engenhosidade e esforço humanos. Divide-se em: �Propriedade industrial �Direito autoral Propriedade intelectual �Direito autoral �Programa de computador �Topografias de circuitos integrados Histórico Cerca de 70 sábios traduziram o Antigo Testamento do hebraico e aramaico para o grego, mas Na antiguidade o conceito de propriedade intelectual era desconhecido, sendo que os autores tinham prestigio pelas suas criações mas nada que os assegurassem quanto aos direito legais. aramaico para o grego, mas em relação a esta obra nenhum crédito foi atribuído aos autores. No Brasil, a propriedade intelectual tem proteção desde a Constituição do Império (1824), mas foi consolidada a partir da lei 9.276/96. Art. 5º: XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; Propriedade intelectual na constituição atual b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; É um título de propriedade temporário outorgado pelo Estado, por força de lei, que confere ao seu titular, ou seus sucessores, o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar a venda, vender ou importar produto objeto de sua patente e/ ou Patente produto objeto de sua patente e/ ou processo ou produto obtido diretamente por processo por ele patenteado É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. �Patente de invenção �Patente de modelo de utilidade �Desenho industrial Tipos de patente A legislação brasileira não define invenção, como também acontece na maioria das leis estrangeiras. A invenção é a criação de algo até então inexistente, que resulta da capacidade intelectual do seu autor e que representa uma solução nova para um problema existente, visando um efeito técnico em uma determinada área tecnológica. Patente de Invenção (PI) As invenções podem ser referentes a produtos industriais (compostos, composições, objetos, aparelhos, dispositivos, etc.) e a atividades industriais (processos, métodos, etc.). O modelo de utilidade (MU) consiste em um instrumento, utensílio e objeto de uso prático, ou parte deste, que apresente nova forma ou disposição que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. O modelo se refere a um objeto de corpo certo e determinado, não incluindo os sistemas, processos, procedimento ou métodos para Patente de Modelo de Utilidade obtenção de algum produto. A novidade de um modelo pode decorrer de uma combinação ou na composição do conjunto de elementos conhecidos (kits, pré- moldados, etc.). O registro de desenho industrial (DI) visa à proteção das criações de caráter estético relacionadas à forma plástica ornamental de um objeto ou de um conjunto ornamental de linhas e cores aplicado em um produto, de modo a proporcionar resultado visual novo e original na sua configuração externa e que tenha utilização industrial. Desenho industrial �Titularidade �Patenteatibilidade �Pedido de patente �Concessão e vigência �Proteção da patente Aspectos legais sobre patente – Lei 9.279/96 �Proteção da patente �Nulidade da patente �Restauração e extinção da patente �Invenção e modelo de utilidade realizado por empregado ou prestador de serviço É o sinal visualmente perceptível que serve para distinguir os produtos ou serviços de outros idênticos. Pode ser formado por uma várias palavras distintas, letras, números, desenhos ou imagens, emblemas, cores ou suas combinações. Marca �Marca de produto ou serviço �Marca de certificação �Marca coletiva �Marca de alto renome Tipos de marcas �Marca notoriamente conhecida �Registrabilidade �Prioridade �Requerentes do registro �Direitos sobre a marca �Vigência �Cessão e anotações Aspectos legais sobre marca – Lei 9.279/96 �Cessão e anotações �Perda dos direitos �Marcas coletivas e de certificação �Depósito �Exame �Expedição do certificado de registro �Nulidade do registro O Registro, segundo o INPI, é utilizado como uma proteção jurídica, sendo uma forma de comprovar a paternidade da criação. São necessários os seguintes requisitos para registro de patentes e marcas: �relatório descritivo; �reivindicações; Registro �reivindicações; �listagem de seqüência, se for o caso; �desenhos, se for o caso; e �resumo. São os direitos exclusivos de proteção das obras literárias e artisticas. Compreendem os direitos autorais e conexos. São regulados pela Lei 9.610/98. Direitos de autor Compreende os direitos morais e patrimoniais sobre a obra. I - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; II - o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra; III - o de conservar a obra inédita; IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra; V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada; Direitos morais (art. 24 da lei 9.610/98) VI - o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem; VII - o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seu detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou prejuízo que lhe seja causado. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica. Direitos Patrimoniais (art. 28 da lei 9.610/98)
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