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CATABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS

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1 Artur Roosevelt – Medicina UFPB 107 
CATABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS 
 
Os ácidos graxos são convertidos em Acetil-CoA por um processo de β-oxidação. Esse processo é dividido em 3 
etapas: 
1. Oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa em dois 
fragmentos de Acetil-CoA 
2. Oxidação do acetil-CoA à CO2 no ciclo do ácido cítrico 
3. Transferencia de elétrons na cadeia respiratória 
 
• PROCESSO GERAL 
Os sais biliares emulsificam as gorduras da dieta, facilitando a ação 
das lipases intestinais que degradam os triacilgliceróis em ácidos 
graxos e glicerol. Esses produtos são absorvidos pela mucosa 
intestinal e se aglutinam com colesterol e lipopoteínas chamadas 
quilomícrons. Tais quilomícrons movem-se pelo sistema linfático e 
sanguíneo. Quando chegam nos capilares dos tecios onde serão 
metabolizados, a lipase lipoproteica, ativada pela Apolipoproteína C-II 
(ApoC-II) dos quilomícrons, converte triacilgliceróis novamente em 
ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos entram nas células e são 
oxidados como combustíveis esterificados. 
 
• TRANSPORTE INTRAMEMBRANA DOS ÁCIDOS 
GRAXO 
Os ácidos graxos de cadeia de 12 carbonos ou menos 
entram na mitocôndria sem a ajuda de transportadores. 
Aqueles com 14 carbonos ou mais necessitam de um 
mecanismo enzimático especial para entrar – o ciclo da 
carnitina. 
1. A primeira reação é catalisada pela acil-CoA 
sintetase, que faz com que o Acido graxo se 
ligue a uma CoA para produzir um acil-Coa graxo 
Acido graxo + CoA + ATP >>> acil-CoA graxo + AMP + PPi 
2. Esse acil-CoA graxo se liga transitoriamente ao 
grupo hidroxil da carnitina, formando um acil-
graxo-carnitina. Essa transesterificação é 
catalisada pela carnitina acil-transferase I, na 
membrana externa da mitocôndria. O ester acil-graxo-carnitina entra na matriz por difusão facilitada. 
3. No terceiro passos desse ciclo o grupo acil-graxo é enzimaticamente transferido da carnitina para a 
coenzima, formando um acil-CoA graxo e uma carnitina. 
 
 
 
 
2 Artur Roosevelt – Medicina UFPB 107 
 
• OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS - DETALHADO 
Foi visto que esse processo ocorre em 3 passos, A β-oxidação, o ciclo do ácido cítrico e a fosforilação oxidativa. 
Começarei descrevendo a β-oxidação. Essa se dá em 4 etapas 
1. Reação de desidrogenação do acil-CoA-graxo nos carbonos A e B, 
formando uma dupla ligação entre eles. Esse processo é catalisado por 
três enzimas: acil-CoA desidrogenase, VLCAD (Very long chain AcylCoA 
dehydrogenase), que atua em ácidos graxos de 12 a 18 carbonos. A 
MCAD (Medium chain AcylCoA dehydrogenase), que atua em ácidos 
graxos de 4 a 14 carbonos e a SCAD (Small Chain AcylCOA 
dehydrogenase), em ácidos de 4 a 8 carbonos. 
Os hidrogênios vao para o FAD, formando FADH2 
 
2. Por meio da Enoil-CoA-hidratase, insere-se água e quebra a dupla. 
Com isso, o hidrogênio consegue ir para o carbono A e uma hidroxila 
para o B. 
 
3. A β-hidroxiacil CoA desidrogenase retira dois hidrogênios do β-
hidroxiacil-CoA, para formar uma cetona, a β-cetoacil-CoA. 
 
4. A 4ª reação ocorre com a quebra do Acil-Coa pela tiolase, com a 
formação de acetil-CoA e um acido graxo de 2 carbonos a menos. 
 
A função da β-oxidação é enfraquecer a estabilidade de um ácido graxo 
saturado, de forma fazer com que o carbono A (2) fique ligado a dois 
carbonos carbonílicos e com que o carbono B (3) esteja ligado a uma 
cetona. 
 
 
• OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS 
Como a maioria dos ácidos graxos é insaturados, a enoil-CoA hidratase não iria conseguir adicionar H2O na ligação 
dupla trans gerada durante a β-oxidação. 
Sendo assim, o ácido graxo insaturado irá entrar na matriz mitocondrial pelo ciclo da carnitina, passará a produzir as 
moléculas de Acetil-CoA e, ao chegar na segunda fase, o ester da coenzima A. Contudo, esse subproduto não pode 
servir de substrado para a enoil-CoA-hidratase, que atua apenas em ligações duplas TRANS. 
Dessa forma, necessita-se pedir auxílio de outra enzima, a Ϫ- enoil-CoA-isomerase. Para transformar o composto cis 
em trans, fazendo com que a enoil-Coa-hidratase converta esse composto em β-hidroxiacil-CoA. 
Para poli-insaturados necessita-se, também, de uma redutase. 
 
• OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ÍMPARES 
Segue o mesmo caminho dos pares, contudo, no último ciclo, há um acido graxo de 5 carbonos que formará um 
Acetil-CoA e um Propionil-CoA. O Acetil-CoA poderá entrar no ciclo do ácido cítrico, contudo, o Propionil precisará de 
uma via alternativa que contêm 3 enzimas 
1. Propionil-CoA é carboxilada pela propionil-CoA carboxilase em D-metilmalonil-CoA 
2. D-Metilmalonil-Coa é epimerizada pela metilmalonil-CoA-epimerase em L-metilmalonil-CoA 
 
3 Artur Roosevelt – Medicina UFPB 107 
3. L-metilmalonil-CoA sofre um rearranjo pela metil-malonil-CoA-mutase em Succinil-CoA 
 
O succinil pode, enfim, seguir na via do ácido cítrico. 
A metil-malonil-CoA-mutase necessita de um cofator enzimático derivado da vitamina B12.

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