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DA SERVIDÃO Artigos 1.378 a 1.389, CC A servidão consiste num Direito Real de gozo sobre imóvel (prédio) alheio. Tem o objetivo de proporcionar ao Prédio Dominante, em detrimento do Prédio Serviente, uma utilidade, tornando-o mais útil (proveitoso), agradável (prazer) ou cômodo (adequado). É uma verdadeira restrição ao direito de uso e gozo que sofre a propriedade, em benefício do prédio dominante, em virtude da vontade das partes ou da Lei. É constituída por declaração expressa ou testamento (não pode ser presumida), devidamente registrada registrada(o) no Cartório de Registro de Imóveis (Art. 1378). De acordo com o Art. 1379, existe a possibilidade da Servidão Predial ser arguida pela Ação de Usucapião de Terras Particulares, para posteriormente ser levada a registro, se exercida incontestavelmente e continuamente a Servidão aparente, por 10 (dez) anos (Usucapião Ordinária), valendo-lhe com título a Sentença que julgar consumada a Usucapião, e caso não haja Justo Título (Usucapião Extraordinária), o prazo será de 20 (vinte) anos (Art. 1379, caput e § único). CLASSIFICAÇÃO: Rústicas: Localizados fora do perímetro urbano. Urbanas: Localizado no perímetro urbano. Contínuas: Não dependem de ato humano. (Eletricidade, Água, Ventilação, Luz) Descontínuas: Dependem de ação Humana. (Trânsito, Retirada de Água, Pedras) Aparentes: Visíveis. (Passagem, Aqueduto Externo) Não Aparentes: Invisíveis, não Exteriores. (Aqueduto Subterrâneo, Limite de Altura) Positivas: Por meio de uma Ação. (Permitir algo) Negativas: Por meio de uma omissão. (Não construir além de certa altura) CONSTITUIÇÃO: Inter Vivos: (Bilateral) Acordo/Contrato entre as partes. Causa Mortis: (Unilateral) Testamento. Sentença Judicial: Na Partilha dos Bens (Divisão). Usucapião: Sentença Declaratória - 10 anos (ordinário) ou 20 anos (extraordinário). PRÉDIO DOMINANTE Direitos: 1) Usar e Gozar a Servidão; 2) Realizar obras necessárias a sua utilização e conservação (Art. 1380); 3) Exigir a ampliação da Servidão, caso haja necessidade; 4) Pela renúncia à Servidão (Art. 1388, I). Deveres: 1) Pagar todas as despesas com a conservação e e uso (Art. 1381); 2) Exercer a Servidão de acordo com a necessidade, evitando agravar o encargo do prédio serviente (Art. 1385); 3) Indenização pelo excesso, no caso de ampliação da Servidão (Art. 1385, § 3º). PRÉDIO SERVIENTE Direitos: 1) Exonerar-se de pagar as despesas com uso e conservação da servidão (Art. 1382); 2) Remover a Servidão para outro local e desde que não diminua em nada as vantagens do prédio dominante (Art. 1384); 3) Impedir qualquer mudança na utilização da Servidão (Art. 1385, § 3º); 4) Cancelar a Servidão nos casos de: Renúncia (Desiste da Servidão de Maneira Gratuita),Cessação da Utilidade (Servidão torna-se inútil) ou Resgate (Desiste da Servidão de Maneira Onerosa) (Art. 1388, I, II, III); 5) Cancelar a Servidão nos casos de: União dos Prédios (Confusão), Supressão das Respectivas Obras (Servidão se acaba em virtude de contrato de obra cumprido. Ex: Retirada de predras para construir obra. Acaba a obra, acaba a servidão) ou Desuso por 10 anos (Clara falta de utilidade da Servidão) (Art. 1389, I, II, III). Deveres: 1) Permitir que o Prédio Dominante realize obras necessárias a conservação e utilização (Art. 1380); 2) Respeitar o uso Normal e Legítimo da Servidão (Art. 1383); 3) Pagar as despesas com a remoção da Servidão e desde que não diminua em nada as vantagens do prédio dominante (Art. 1384); EXTINÇÃO: renúncia do titular (art. 1.388, I, CC) cessação de sua utilidade (at. 1.388, II, CC) resgate (art. 1.388, III, CC) confusão (art. 1.389, I, CC) supressão das respectivas obras (art. 1.389, II, CC) desuso (art. 1.389, III, CC) perecimento do objeto decurso do prazo ou implemento da condição desapropriação convenção
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