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Estágio Supervisionado - Seção 4 Constitucional

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A mesa da Câmara dos Deputados, devidamente representado vem, por seu Procurador infra-assinado, cuja parte adversa é Deputado X também devidamente qualificado, vem, respeitosamente, por seu advogado subscritor, à Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.022 do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), opor os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, em face da decisão de fls. xx, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
I – DOS FATOS
O embargante promoveu ação de Ação Direta de Inconstitucionalidade cujo objeto é a discussão da inconstitucionalidade da Lei n° “x”, o qual propõe que os estabelecimentos comerciais e bancários tenham funcionamento até às 17 horas das segundas às sextas-feiras. A matéria prevista na Lei Ordinária, qual seja, a fixação de horários para funcionamento de estabelecimentos comerciais, é assunto de interesse local e, tem parâmetro constitucional o art. 30, I da Constituição da Republica que trata da competência legislativa municipal para legislar sobre o assunto. Nas razões do Projeto de Lei Ordinária, foi utilizado o art. 22, I da CRFB/88, dada a afronta à competência local dos Municípios para tratar do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais. 
Deste modo, não restou alternativa ao embargante senão a oposição dos presentes embargos de declaração.
DOS DIREITOS 
OMISSÃO / CONTRADIÇÃO / OBSCURIDADE
Como já se afirmou anteriormente, que há omissão na referida decisão, haja vista quanto aos efeitos da declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex tunc ou retroativos, pois esta acarretaria prejuízos das mais diversas ordens aos estabelecimentos comerciais, que já estabeleceram negociações com as entidades sindicais e se programaram para o cumprimento da Lei nº “x”. As entidades comerciais necessitam de um prazo razoável para a readequação dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e, assim, a declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc com modulação de efeitos é o instituto adequado para a resolução da questão. Devendo, portanto, ser sanada. Vide art. 1.022, parágrafo único, inc. II c. C. Art. 489, § 1º do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015).
Em 25 de março de 2017, o MM. Magistrado proferiu decisão de fls. xx, que determina a irregularidade da lei X. Contudo, data venia, omitiu-se em relação aos efeitos da declaração uma vez que o Supremo Tribunal Federal possui entendimento quanto ao cabimento do pedido de declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc com modulação de efeitos em sede de embargos declaratórios, mesmo que tal pedido não tenha sido objeto de requerimento específico na inicial de ADI. 
Ainda pela previsão legal do artigo 494 do Código de Processo Civil, para o acolhimento do pedido, após publicada a sentença o juiz só poderá altera-la por meio de embargo de declaração.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer sejam acolhidos os presentes embargos de declaração para suprimento da omissão, dada a necessidade de ser dada a inconstitucionalidade da lei com efeito ex nunc com modulação de efeitos sendo esse instituto adequado para o caso.
Requer, ainda, que o embargado seja intimado para, no prazo de 5 dias úteis, possa oferecer as devidas contrarrazões. 
Nesses termos,
Pede deferimento.
Belo Horizonte- MG, 26 de março de 2017).
(nome e assinatura do advogado)
(número de inscrição na OAB)
 
LOCAL/DATA
 
ADVOGADO
OAB

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