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RESUMO: DAOLIO, Jocimar. Educação Física e o conceito de cultura. 3.ed. Campinas: Autores Associados. 2010 INTRODUÇÃO: • Geertz - o conceito semiótico de cultura e sua concepção de natureza humana. • Mauss - as noções de "fato social total" e de "técnica corporal". • Nessa direção, cai por terra a visão tradicional da educação física como uma ação sobre o corpo físico, pois não há dimensão física isolada de uma totalidade biológica, cultural, social e psíquica. • Podemos também pensar o corpo humano como dotado de eficácia simbólica, grávido de significados, rico em valores dinâmicos e específicos. A CULTURA EM GO TANI • Abordagem desenvolvimentista – movimento e aplicação na Educação Física seu objeto de estudo. Para a educação física escolar atender as reais necessidades e expectativas das crianças, ela precisa compreender aspectos do crescimento, do desenvolvimento e da aprendizagem. • A “cultura” aparece quando os autores discutem desenvolvimento motor. • 4 níveis - Movimentos Reflexos, habilidades básicas, habilidades específicas e comunicação não verbal. • Gallahue - Os movimentos reflexos (vida intrauterina até quatro meses após o nascimento), os movimentos rudimentares (1 a 2 anos), os movimentos fundamentais (2 a 7 anos), a combinação de movimentos fundamentais (7 a 12 anos) e os movimentos determinados culturalmente (a partir de 12 anos). • Como se vê, a dimensão cultural aparece como consequência dos níveis geneticamente determinados, colocados hierarquicamente como anteriores e básicos no processo de desenvolvimento motor. • Esporte como conteúdo por auxiliar no processo de desenvolvimento- além de ser patrimônio cultural. A CULTURA EM JOÃO BATISTA FREIRE • Construtivista-interacionista • Educação pelo movimento. • Esquemas motores baseados em Piaget e não habilidades motoras como sugeriu Go Tani. • O conhecimento é produto do contato com o meio. • Desenvolvimento das habilidades motoras através do jogo. • Cultura infantil A CULTURA EM COLETIVO DE AUTORES • Crítico-Superadora • Inspirada no materialismo-dialético de Karl Marx, cultura corporal: Jogos, ginástica, as lutas(capoeira), acrobacias, a mímica, esporte e outros. • Projeto político pedagógico diagnóstico judicativo e teleológico. • Oposição a Educação Física Tradicional. • O esporte trabalhado pela educação física é fruto de um longo processo sócio histórico e cultural, que culminou nesse fenômeno que conhecemos hoje, assim como a dança, o jogo, a ginástica e a luta. • Os temas estarão presentes tratados como elementos da cultura, fenômenos necessários para a inserção na sua realidade social e não como apenas natureza biológica do ser humano. A CULTURA EM ELEONOR KUNZ • Crítico- Emancipatória • Propõe uma abordagem que considera a educação física parte de um sistema maior, sócio educacional, socioeconômico e político. Fará isso, critica a exclusividade da abordagem das ciências naturais e propõe a consideração das ciências humanas e sociais para melhor compreensão e atuação da área. • Discussão sobre Movimento humano. Equilíbrio entre identidade pessoal e social. Educação física como práxis social, com estreita relação no plano sociocultural e político, uma vez que deve partir do mundo de movimento vivido pelo aluno, composto por movimentos provindos das culturas tradicionais ou populares, ampliando-os e transformando seus significados. • Cultura de movimento. Fenomenologia. Movimentos repetitivos destroem a cultura de movimento. A CULTURA EM VALTER BRACHT • Cultura Corporal de Movimento • Educação Física como prática pedagógica • Movimento fruto do histórico/cultural A CULTURA EM MAURO BETTI • Sistêmica • Cultura Física - cultura física pessoal, a comunidade cultural e correlates materiais dessa cultura. • Cultura corporal e corporal de movimento • Princípio da não-exclusão e da diversidade • Saber sobre algo – saber fazer – Educação Física além da escola. DESORDEM NA EDUCAÇÃO FÍSICA • Ordem – controle ou domesticação de elementos tais como a subjetividade, o indivíduo e a história. • Geertz rompe com a ordem. Elementos de desordem em intersubjetividade, individualidade e historicidade. • Chego, assim, à proposta de uma educação física da desordem, que considera o outro- seja o aluno alvo de uma intervenção escolar, seja o atleta em um clube, seja o frequentador de academia de ginástica - a partir de uma relação intersubjetiva, como um indivíduo socializado que compartilha o mesmo tempo histórico do profissional que faz a intervenção. • A educação física da desordem assumiria que uma teoria científica nunca se constitui numa imagem idêntica e estanque do real, mas numa construção sempre parcial e dinâmica desse real. A educação física da desordem aceitaria humildemente os limites da ciência, consciente de que ela pode ser útil para a compreensão e atuação sobre o ser humano, sem ser onipotente. A educação física da desordem reconhece que "[...] entre uma cientificidade desumana e um humanismo não científico" (LAPLANTINE, 1988, p. 172), ela recusaria ambas as proposições, reafirmando a intersubjetividade nas relações entre os atores da área. • A educação física da desordem pretenderia atuar sobre o ser humano no que concerne às suas manifestações corporais eminentemente culturais, respeitando e assumindo que a dinâmica cultural é simbólica e, por isso mesmo, variável, e que a mediação necessária para essa intervenção é, necessariamente, intersubjetiva.
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