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Resumo Introdução a Natação 2018.1

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
PEDRO FLORES ENDRINGER DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macaé 
2018 
PEDRO FLORES ENDRINGER DE LIMA 
 
 
 
APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor: Mauricio Ennes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macaé, 28 de abril de 2018. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Aprender a nadar é de fundamental importância para o indivíduo de qualquer faixa 
etária. Suas valências no desenvolvimento da aptidão física, no desenvolvimento 
cognitivo, motor e socioafetivo. A prevenção de afogamentos também é um fator 
importante, levando-se em consideração os níveis elevados de crianças e jovens. 
Neste resumo, veremos algumas etapas da aprendizagem da Natação. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
 
Assim como toda modalidade esportiva, a natação possui métodos de iniciação, 
aperfeiçoamento e treinamento. A iniciação é o primeiro contato do indivíduo com o 
meio aquático. São os primeiros receios e medos que o profissional da área deve 
auxiliar o aluno a perder. O primeiro contato do aluno com o ambiente aquático ou a 
adaptação ao meio líquido, serve para conhecer o ambiente interno e externo da 
piscina. Conhecer a resistência da água, fazer os primeiros contatos da face na 
água e fazer o aluno se sentir o mais confortável possível naquele ambiente. Após 
esse primeiro contato, o aluno deverá iniciar os treinamentos para a flutuação em 
várias posições. A respiração é o próximo passo do treinamento. Alguns autores 
consideram esse passo o mais importante no aprendizado pois como o seu domínio, 
todos os treinamentos posteriores, serão exercitados de maneira mais segura e 
confiável pelo aluno. Exercícios de propulsão são o próximo passo da 
aprendizagem. Pode ser feito com alternância de movimentos entre os membros 
superiores e inferiores e, após, com movimentos combinados entre os mesmos 
membros. Por fim, porém não menos importante, mergulhos e saltos a partir da 
borda da piscina sempre visando a entrada da cabeça do aluno na água. Estes são 
os processos de aprendizagem e adaptação do indivíduo ao meio aquático. Vale 
ressaltar que a utilização de brincadeiras como forma de educativos são muito eficaz 
seja qual for a idade do aluno. Todos esses exercícios devem ser sempre 
supervisionados por um profissional da área. A presença do profissional dentro da 
piscina é indispensável. 
 
No ensino da natação, fica claro que o conteúdo procedimental está relacionado a 
ensinar o que fazer, como a respiração aquática, as diferentes possibilidades de 
flutuação e de propulsão, a coordenação de elementos como braçadas, pernadas e 
respiração, a aprendizagem de saídas e viradas. Mas nada disso vale se não for 
passado para o aluno o conhecimento do meio aquático. As sensações que esse 
meio proporciona são essenciais para o desenvolvimento dos treinamentos. Os 
conceitos da natação devem ser apresentados de acordo com a capacidade 
cognitiva de compreensão do aluno. porém, ao experimentarem variadas ações e 
posições do corpo, as aulas de natação favorecem a estruturação do esquema 
corporal com a percepção do próprio corpo, bem como possibilita a melhoria da 
noção de espaço graças à exploração do meio aquático com o corpo de diferentes 
formas (et al., 2007). 
 
A prática da natação, assim como muitas outras atividades, favorece a socialização, 
a cooperação, o respeito aos limites físicos e psicológicos dos colegas, sendo 
excelentes recursos para as aulas, especialmente com crianças e jovens. É muito 
importante que o professor de natação enxergue na sua prática pedagógica muito 
além de “saber fazer”, incluindo estímulos cognitivos, sociais e afetivos nas suas 
aulas. 
 
Ensinar a nadar requer estruturação dos objetivos, estratégias e métodos que serão 
utilizados, idealmente diferenciados de acordo com a faixa etária e nível de 
habilidades aquáticas dos nossos alunos. A partir desse momento, faremos uma 
revisão sobre as indicações de alguns autores para a organização de aulas, 
começando com as direcionadas a bebês. Deve-se observar nos primeiros anos de 
vida da criança que o desenvolvimento de reflexos, como chutes e braçadas, são 
aperfeiçoados com o passar dos anos na natação. Os movimentos vão se alinhando 
de forma progressiva até que a criança comece a coordenar os seus movimentos. 
Estes fatores devem ser analisados de forma individual, respeitando a faixa etária e 
o potencial de aquisição de habilidades de cada criança. 
 
A natação para bebês deve estar fundamentada no desenvolvimento motor, 
cognitivo e socioafetivo, uma vez que devemos respeitar a capacidade de 
aprendizagem em função de aspectos maturacionais. Do nascimento em diante, 
apresentamos caraterísticas e potenciais para a realização de tarefas que se 
relacionam diretamente ao amadurecimento do organismo. Quando não se 
considera o nível de prontidão para a aprendizagem; isto é, o momento correto para 
ensinarmos determinadas habilidades graças ao potencial de assimilação da 
criança, provavelmente estaremos cometendo erros no processo de ensino-
aprendizagem. As atividades de adaptação ao meio aquático são de suma 
importância para o desenvolvimento das habilidades necessárias para a natação. A 
criança deve ser estimulada a vencer certas barreiras sobre o desconhecido e assim 
ir se adaptando e se desenvolvendo. Exercícios de abertura dos olhos embaixo da 
água, saída da borda da piscina, flutuação e movimentação das pernas e braços vão 
auxiliar esse desenvolvimento. A partir dos três meses de vida os bebês já são 
considerados aptos para estes tipos de exercícios e é indispensável a presença dos 
pais para que o lado emocional da criança não se altere muito. Um outro aspecto 
muito importante é a temperatura da água, já que crianças e bebês tendem a perder 
calor corporal muito rápido. Jogos, brincadeiras e músicas são sempre muito 
utilizados durante as aulas para que a criança se concentre melhor e se sinta mais a 
vontade. Esses métodos são utilizáveis com crianças de três meses a três anos de 
vida. 
 
Para crianças de três a seis anos de idade, deve-se introduzir às aulas brincadeiras 
e elementos lúdicos pois estes possibilitam maior prazer, alegria e participação na 
descoberta do ambiente aquático. Ao propiciarmos brincadeiras, oportunizamos 
situações de saúde, segurança, lazer e recreação, independentemente do nível de 
habilidade aquática. De forma progressiva, o uso de atividades que desenvolvam os 
movimentos deve ser aplicado. Rohlfs (1999) denomina “aprendizagem da natação” 
ao período em que o aluno será estimulado a dominar satisfatoriamente a flutuação, 
a respiração e a propulsão, indicando que se inicie a partir dos 4 anos. A autora 
sugere como estratégia de ensino seguir os caminhos, ou etapas, propostos por 
David Machado e recomenda muita atenção à motivação, com práticas divertidas e 
amenas, que levem à eliminação completa de qualquer tensão durante a imersão na 
água e confiança total do aprendiz. Segundo Greco; Benda (1999), a partir de 7 
anos deve ser oportunizado o refinamento das habilidades motoras fundamentais, 
visando que sejam aperfeiçoados e combinados com bastante diversidade. Assim, é 
nesse momento que podemos iniciar o ensino dos nados; porém, conforme os 
autores citam, é partir de 10 anos de idade que a técnica dos nados deve começar a 
ser aperfeiçoada. 
 
A natação para adultos e adolescentes nas primeiras aulas não deve ser muito 
diferente da natação para crianças. A pouca intimidade com o meio aquático deve 
ser levada em consideração para qualquer faixa etária. Logo, deve-se estimular os 
primeiros movimentos do aluno sempre almejando uma completa adaptaçãoao meio 
aquático. Conforme ele progride, aumentamos a complexidade dos exercícios e 
solicitamos a combinação de mais movimentos. Se num primeiro momento ele irá 
treinar a respiração aquática, com a sua evolução solicitaremos que coordene 
pernadas com respiração, braçadas com respiração, até um momento em que 
conseguirá realizar os movimentos dos nados sem tensões desnecessárias e 
sentimentos de frustração por não conseguir realizar determinadas atividades. É 
interessante ter turmas com níveis diferentes de solicitação em função das 
habilidades aquáticas dos alunos, especialmente com relação aos nados. Assim, 
uma divisão básica consistiria em agrupar indivíduos que não sabem nenhum nado 
objetivando inicialmente a aprendizagem do crawl e costas; e oferecer turmas de 
aperfeiçoamento do crawl e costas e aprendizagem dos nados peito e borboleta 
para alunos mais avançados. Dessa maneira, o professor pode planejar melhor suas 
aulas e atender às características dos grupos com organização, eficiência e 
segurança. Para adultos, Massaud e Corrêa (2008) ressaltam que o professor deve 
estar muito atento às características dos seus alunos, adotando um planejamento 
flexível e o diálogo constante, com uma metodologia na qual o aluno é um sujeito 
ativo do seu aprendizado. Outro aspecto apontado pelos autores se refere à 
motivação dos alunos: o professor deve ser um incentivador e usar exemplos de 
sucesso na aprendizagem, pois não é raro que indivíduos adultos não se sintam 
capazes de aprender a nadar. Além disso, aspectos como medo e vergonha podem 
dificultar a aprendizagem. Uma sugestão muito interessante dada por eles é a 
filmagem da primeira aula, possibilitando uma comparação conforme ele progride e 
adquire novas habilidades aquáticas; além disso, o professor deve investigar quais 
são as expectativas dos seus alunos, seus objetivos e metas, para assim, planejar 
melhor suas aulas e aumentar o sucesso do seu planejamento. Existem três tipos de 
turmas para o indivíduo adulto. A de adaptação, a de já adaptados e a de quem já 
sabe nadar. 
 
Os aspectos que são considerados para os adultos também se aplicam aos idosos, 
porém as características do envelhecimento devem ser levadas sempre em 
consideração. A redução da força, da flexibilidade, da coordenação motora, do 
equilíbrio, da aptidão cardiorrespiratório e de outras capacidades físicas, associadas 
a decréscimos auditivos e visuais, podem estar presentes em maior ou menor grau 
nos alunos a partir da maturidade. Dessa maneira, além de ensinar a nadar, caso 
esse seja o objetivo do indivíduo, devemos priorizar a melhoria da aptidão física de 
maneira global, pois está diretamente ligada à realização das atividades da vida 
diária, como vestir-se, banhar-se, deslocar-se, com autonomia e independência, 
fator primordial para a qualidade de vida satisfatória. As atividades físicas praticadas 
por idosos devem ter como metas retardar o processo de envelhecimento, 
possibilitando que tenham uma vida normal e com mais qualidade. As propriedades 
físicas do meio aquático possibilitam muitos ganhos aos alunos dessa faixa etária. 
De acordo com Mongmomery; Chambers (2013, p. 14), “uma aula de natação de 
masters é uma sessão de treinamento estruturada, acompanhada por um treinador 
ou instrutor profissional e aberta a nadadores adultos de todos os níveis”. Para eles, 
os programas direcionados aos nadadores masters incentiva-os a terem estilos de 
vida fisicamente ativos em um ambiente seguro e recreativo, cabendo ao professor 
responsável selecionar os métodos de treinamento adequados, ensinar os nados 
com a sua mecânica adequada, auxiliar no estabelecimento de metas individuais e 
conjuntas com os atletas e zelar pela aplicação das regras da modalidade. 
 
A natação adaptada se popularizou em diversos países a partir da II Guerra Mundial, 
e as primeiras competições em Olimpíadas aconteceram em 1960 (Roma). Greguol 
(2010, p. XIII) cita que “quer seja com finalidade de lazer, saúde ou profissional, a 
natação deve ser encarada como uma alternativa viável, exequível e extremamente 
benéfica”. Estima-se que 14,5% da população brasileira apresente algum tipo de 
deficiência intelectual, sensorial, motora ou múltipla, sendo a deficiência entendida 
como uma condição que leva a pessoa a ter algum tipo de restrição em um ou mais 
dos fatores acima citados. O percentual de brasileiros que apresentam algum tipo de 
deficiência sinaliza para a importância da construção de espaços adequados à 
prática esportiva por essas pessoas, requisitando que as instituições de ensino 
superior auxiliem na formação de profissionais capacitados bem como que mais 
políticas públicas de incentivo ao esporte adaptado sejam elaboradas e implantadas. 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
A prática da natação traz uma série de benefícios e muitos desses possuem relação 
ao meio aquático. O fortalecimento da musculatura respiratória, a facilitação 
circulatória, a sensação de peso reduzido, o relaxamento físico e mental, além de 
aspectos relacionados à autoestima, autoconfiança e qualidade de vida. 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
DE SOUZA SOARES, juliana. TEORIA E PRÁTICA DA NATAÇÃO. 1 ed. Rio de 
Janeiro: SESES, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
Neste resumo vimos a importância da atividade física correlacionada a qualidade de 
vida do indivíduo. Vimos também o quão é necessária a práticas dessas atividades 
durante a vida escolar para que a criança possa se tornar um adulto mais ativo 
fisicamente, diminuindo os riscos de doenças e obtendo uma melhor qualidade de 
vida. O lazer, prazer e o bem-estar estão sempre relacionados a atividade de física 
quando se quer um aumento na qualidade de vida. Podemos ter a prática de 
atividades físicas no nosso trabalho e temos sim um ganho com isso. Porém o 
estresse, cobrança e longas jornadas de esforço físico descaracterizam essa 
atividade quando se trata de bem-estar, prevenção de doenças e qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
SOARES DE ARAUJO, Denise; SOARES DE ARAUJO, Claudio Gil. Aptidão física, 
saúde e qualidade devida relacionada à saúde em adultos. Bras Med Esporte: Vol 6, 
Nº 5, p.194 – 202. Set/Out. 2000.

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