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PRECONCEITO LINGUISTICO

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O preconceito linguístico nada mais é do que um preconceito social 
que distingue e separa classes sociais, estigmatizando ou prestigiando falantes da 
língua portuguesa brasileira. 
A língua é dinâmica e está sujeita a inúmeras variações. Essa peculiaridade 
de toda e qualquer língua é o que chamamos de variação linguística. Essa 
pluralidade da língua é facilmente observada no Brasil, um país de extensão 
territorial e multiplicidade cultural significativas. Uma vez que essas variações visam 
à comunicação, jamais devemos considerá-las erros. É importante perceber que a 
língua que falamos não é a mesma que escrevemos, ninguém fala errado, já que e a 
escrita não é apenas uma forma de transcrever o que dizemos em forma de 
símbolos Ao apontarmos essas alterações como erro, estamos cometendo o que 
chamamos de “preconceito linguístico” 
Esse julgamento, em vez de contribuir para que sigamos em um processo 
educacional democrático, cria barreiras para o enriquecimento de nosso patrimônio 
cultural. A língua é responsável, por transmitir a herança cultural de um povo que 
carrega aspectos de vida, das crenças e valores de uma sociedade. 
Diante desses esclarecimentos, é fundamental que todos os falantes, 
sabendo exatamente das diferenças acima citadas, ao falarem linguisticamente em 
errado / certo, atentem para a existência das variações aqui esclarecidas e 
comecem a tomar a devida cautela quanto ao uso desses referidos conceitos (certo/ 
errado) que, quando mal empregados, acabam por gerar pré-conceitos não somente 
nas já referidas gramáticas, manuais ou livros didáticos, mas principalmente em 
nossos mais variados discursos. 
Sei que muitos devem achar que isso é bobagem, que todos devem deixar de 
falar errado. Mas todo mundo tem direito de se expressar, sem constrangimento, na 
forma em que é senhor, em que tem fluência, em que é capaz de expressar seus 
sentimentos, de persuadir, de manifestar seus conhecimentos. Enfim, de falar a sua 
língua ou a sua variante dela.

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