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CAPACIDADE E LEGITIMIDADE TESTAMENTARIA: Geral: Dupla ordem de legitimação: (I) a capacidade de testar do titular dos bens (autor da herança) e (II) a legitimidade (passiva) para suceder por testamento dos beneficiários (dos herdeiros testamentários). Para testemunhar: Capacidade necessária para fins de validade formal do testamento. Capacidade ativa: Verificada no momento de elaboração do testamento, de modo que será a lei vigente na data que a disciplinará, da mesma forma que ditará os aspectos formais de validade do testamento. Capacidade passiva: Dirigida aos que receberão a herança, sendo diagnosticada no momento da abertura da sucessão ou, ainda, à época do implemento do evento ou do encargo, caso a disposição testamentária tenha sido vinculada a alguma condição suspensiva. - Tanto as pessoas físicas como as jurídicas podem ser contempladas por disposição testamentária, bem como a prole eventual. Observa-se, também, a possibilidade de essa filiação advir do reconhecimento (ainda que post mortem) da filiação socioafetiva, no intuito de prezar pela proteção constitucional dada à família. Os animais e as coisas não possuem capacidade testamentária, não participando, portanto, da vocação hereditária, ao contrário do que, algumas vezes, é veiculado pela imprensa. >> INGIGNIDADE: - A indignidade “é a privação do direito hereditário cominada por lei a quem cometeu certos atos ofensivos à pessoa ou aos interesses do hereditando” - Não é o mesmo que incapacidade. O herdeiro excluído em verdade tinha a capacidade sucessória, mas a perdeu em razão de uma pena civil. - são excluídos os herdeiros ou legatários que: “I) houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente. II) que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro.” III) que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.” >> DESERDAÇÃO: - A deserdação é um ato jurídico, privativo do autor da herança, no qual, em testamento, pode excluir o herdeiro necessário de sua sucessão, por entender que ele praticou atos ilícitos, previstos em lei, contra sua pessoa, sua esposa, sua companheira, seus ascendentes ou descendentes. Deserdação é a manifestação de vontade, feita pelo autor do patrimônio, externada em disposição testamentária, pela qual o testador quer excluir o herdeiro necessário do processo sucessório, privando-o de sua legítima. - A PRINCIPAL DIFERENÇA entre as duas modalidades é que, enquanto a indignidade é aplicada a qualquer herdeiro por iniciativa de qualquer interessado em seu reconhecimento, a deserdação objetiva a exclusão somente dos herdeiros necessários.
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