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Resenha: “Notas sobre a Evolução do Conceito de Restauração”

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UNIP – Universidade Paulista - Bauru
Professora: Ludmilla Sandim Tidei 
Curso: Arquitetura e Urbanismo 
Disciplina: Técnicas Retrospectivas (Teoria Restauro)
Resenha do livro: Notas sobre a Evolução do Conceito de Restauração
Autor(a): 
Aluno: João Otávio Cardamona RA: C40296-6
Resenha: “Notas sobre a Evolução do Conceito de Restauração”
A intervenção em edifícios abandonados já vem de longa data, porém, nem sempre ligado ao restauro. Antigamente pensava-se em restaurar para passar o bem para suas futuras gerações (filhos e netos), a era moderna deu um nono significado. 
Algumas intervenções eram feitas apenas para que o prédio pudesse exercer uma nova função, sem preocupação e não remetendo a história em si do edifício e acabavam muitas vezes modificando-o.
A atividade do restauro teve início nos séculos XVIII e XIX, mesmo que de forma gradual e lenta. Veio então a preocupação de que se deixasse o edifício do jeito que estava iria perder a história, não iria mais ter lembrança do seu passado, e isso seria uma perca para as novas gerações. Foi a partir daí que teve um movimento de preservação e restauro de edifícios.
As intervenções que eram feitas, eram apenas para o uso do edifício e não pelo valor histórico e simbólico, mesmo assim eram considerados restauro.
No renascimento iniciou-se um novo período, houve interesse principalmente pelas construções da Antiguidade Clássica. Alberti mudou os pensamentos dos demais arquitetos e restauradores quando fez um estudo, que gerou um método de levantamento cartográfico para que possibilite a elaboração de projeto de restauro, grifando que o que não poderia faltar é o respeito com as obras e o pensamento dos autores. Ele repudia quem simplesmente destrói a história do edifício. 
Era comum ter a mistura de ordens na construção, pois alguns edifícios eram construídos em diferentes épocas, então pro restaurador ficava mais difícil saber o estilo no qual iria trabalhar. As edificações mudavam com o tempo o seu uso. Ampliações, reformas, no Barroco onde o interior era bastante modificado, o próprio meio urbano também acabava modificando o prédio original.
Na França o literário e crítico de arte Ludovic Vitet, criou uma atividade de tutela defendendo que um arquiteto além de ter conhecimento de história da arte deveria conhecer também o estudo arqueológico do edifício, para que pudesse fazer a reconstrução sem mudar muito seu estado primitivo. Suas opiniões foram iguais a de um outro historiador, Prosper Merimée, no qual se aprofundou ainda mais no assunto, dizendo que quando a construções perde seu formato, deve-se copiar os traços do entorno, para não fugir muito do estilo.
Podemos citar vários exemplos de restauros resultantes do pós-guerra, entre eles a reconstrução da cidade de Varsólia após uma invasão iniciada com o fim da guerra. A história do local, dos bairros e dos prédios não podia ser abalada, devido a isso, todas as casas foram reconstruídas tal como eram antes, mas com materiais modernos deixando visíveis as marcas das balas que perfuraram as paredes e reaproveitando o máximo dos restos das construções possíveis.
Podemos dizer que o restauro nem sempre vai ser fiel a obra original (materiais, cores, desenhos, ornamentos), porém é o dever do restaurador conseguir preservar o máximo a história, a arte do edifício, para o mesmo resgate a sua essência original.

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