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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CCLA – CENTRO DE COMUNICAÇÃO, LETRAS E ARTES 
CURSO DE ARTES VISUAIS – LICENCIATURA 
 
 
 
 
THAYLINE PEREIRA DA SILVA 
 
 
 
ENSINO/APRENDIZAGEM DAS ARTES VISUAIS: um olhar para o 
PIBID e os estágios curriculares supervisionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boa Vista, RR, Brasil 
2014 
 
 
 
THAYLINE PEREIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
ENSINO/APRENDIZAGEM DAS ARTES VISUAIS 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Artes 
Visuais – Licenciatura, do Centro de 
Comunicação, Letras e Artes da Universidade 
Federal de Roraima – UFRR, como requisito 
parcial para a obtenção do grau de Licenciado 
em Artes Visuais. 
 
 
Orientador: Profa. Dra. Leila Adriana Baptaglin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boa Vista, 01 de dezembro 2014 
 
 
 
 
 
THAYLINE PEREIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
ENSINO/APRENDIZAGEM DAS ARTES VISUAIS 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Artes 
Visuais – Licenciatura, do Centro de 
Comunicação, Letras e Artes da Universidade 
Federal de Roraima – UFRR, como requisito 
para a obtenção do grau de Licenciado em 
Artes Visuais. Defendida em 01 de Dezembro 
e avaliada pela seguinte banca examinadora: 
 
 
 
___________________________________ 
Profa. Dra. Leila Adriana Baptaglin 
(Orientador/Curso de Artes Visuais/UFRR) 
 
____________________________________ 
Profa. Dra. Ivete Souza da Silva 
(Membro/Curso de Artes Visuais/UFRR) 
 
____________________________________ 
Profa. Dayana Soares Araújo 
(Membro/Curso de Artes Visuais/UFRR) 
 
Boa Vista, 01 de dezembro de 2014. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Eu Thayline Pereira da Silva agradeço primeiramente à Deus pela bondade e 
graça me dada pela oportunidade de estar concluindo mais uma etapa em minha 
vida. 
Agradeço a minha filha Sophia Duarte por está sempre comigo. 
À minha mãe Jocélia por ter me ajudado e apoiado a todo o momento em que 
precisei. 
À minha irmãzinha Thalassa pela paciência e compreensão. 
Ao meu marido pela compreensão e paciência. 
A minha tia Ivanilde e sua família por ter me ajudado nessa caminhada quando 
precisei. 
Agradeço a minha orientadora Leila Baptaglin pela paciência e generosidade que 
teve para comigo. 
Agradeço as minhas amigas Tainá Ribeiro, Mayara Sousa, Gabriela Monteiro, 
Acsa Ribeiro, por esta sempre comigo nesta caminhada, muito obrigado meninas. 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Monografia de conclusão de curso 
Curso de Artes Visuais Licenciatura 
Universidade Federal de Roraima 
 
ENSINO/APRENDIZAGEM DAS ARTES VISUAIS 
 
Acadêmica: Thayline Pereira da Silva 
Orientadora: Leila Adriana Baptaglin 
 
Boa Vista, 01 de Dezembro 2014. 
 
 
 
O presente trabalho foi elaborado no intuito de compreender como as 
experiências do PIBID e dos estágios curriculares supervisionados podem inferir 
no ensino de artes na escola estadual Ana Libória e no colégio de Aplicação de 
Boa Vista/RR, visto que, a partir das minhas vivências de estágio e PIBID, as 
aulas de artes hoje estão muito banalizadas pelos próprios professores e ainda 
mais pelos alunos. Para esta análise utilizamos o caminho metodológico da 
pesquisa qualitativa pautada pela pesquisa-ação, tendo como instrumento de 
investigação o questionário e a entrevista. O referencial teórico e o embasamento 
da análise foram feitos pelos autores, Ferraz e Fusari (1993), Oliveira (2007), 
Santos (2006), e Santos e Jesus (2010). A partir das análises realizadas pudemos 
considerar que mudanças em nossa prática são necessárias, devemos buscar 
novos caminhos e horizontes com metodologias mais interativas não apenas para 
os alunos. Assim, ensinar artes é planejar de forma que os alunos possam 
assimilar ativamente os conhecimentos que estão se construindo e que possam 
compreender e interpretar. 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Aprendizado, Pibid, Estágio Supervisionado. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Teaching/ learning of Visual Arts 
 
The present study has been prepared in order to understand the 
experiences of the PIBID and of supervised traineeships can infer in arts 
education on state school “Ana Libória” and high school “Aplicação” of Boa 
Vista/RR, since from my experiences of internship and the PIBID arts classes 
today are too trivialised by teachers and even more by the students. For this 
analysis we use qualitative research methodological path guided by action 
research, having as investigative tool the questionnaire and the interview. The 
theorical framework and the basis of the analysis were made by authors, Ferraz 
and Fusari (1993), Oliveira (2007), Santos (2006), Santos and Jesus (2010). From 
the analyses we can consider that changes in our practice are required. We must 
seek new paths and horizons with more interactive methodologies not only for 
students. So teach arts is planning so that students can activily assimilate the 
knowledge you are building and you can understand and interpret. 
 
 
 
 
Keywords: teaching learning, supervised internship. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência 
CAP- Colégio de Aplicação 
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais 
AL - Escola Estadual Ana Libória 
UFRR – Universidade Federal de Roraima 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1- INTRODUÇÃO.............................................................................................. 10 
 
2 - METODOLOGIA.......................................................................................... 13 
 
3- BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE ARTE............................................... 15 
 
4- A IMPORTÂNCIA DO PIBID E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NA 
FORMAÇÃO DOS DOCENTES EM ARTES .................................................... 20 
 
5- O TRABALHO DO PIBID E DOS ESTÁGIOS CURRICULARES 
SUPEVISIONADOS NAS ESCOLAS................................................................ 21 
 
6- DIAGNÓTICOS.............................................................................................. 26 
6.1- Organização das Aulas............................................................................... 27 
6.2- Interesse nas Aulas.................................................................................... 29 
6.3- Desenvolvimento das Aulas........................................................................ 33 
6.4- Participação dos Estágios e Pibidianos...................................................... 38 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 39 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA........................................................................42 
 
APÊNDICES...................................................................................................... 44 
10 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No mundo contemporâneo a arte se apresenta de diversas maneiras e 
formas. Sendo assim, o que será que podemos dizer do que é considerado arte, 
será que estamos preparados para receber ideias novas e obras com linguagens 
artísticas na qual não estão acostumados? Estamos tão habituados com uma arte 
clássica, que achamos estranhas algumas obras serem consideradas obras de 
arte, mas neste momento se precisa ter um olhar artístico, fazendo com que na 
docência tenhamos a capacidade de criar novos olhares, novas maneiras onde os 
alunos consigam ver além das coisas compreensíveis, mas que vejam ali uma 
obra de arte com todos os seusrequisitos. 
A maneira como algumas pessoas vêem a obra de arte, em sua 
concepção tradicional, não devemos utilizar como regra. Pelo contrário, 
desmistificar este conceito de arte e adentrar na arte contemporânea é uma 
característica que deve ser explorada, fazendo com que os alunos consigam ver 
isso, bem como, chamar a atenção deles para que possamos apreciar as 
diferentes linguagens e estruturas artísticas, tendo não apenas o interesse em 
apreciarmos, mas em sentirmos a necessidade de se expressarem e também 
criarem suas próprias obras. É dessa forma que a docência deveria ser praticada 
hoje em nossas escolas, fazendo assim com que nossos alunos criassem uma 
consciência crítica, capaz de ter a sensibilidade de se questionar enquanto 
humano, afinal por que a vida não pode ser considerada uma obra de arte? Que 
percurso o ser humano daria, tendo essa capacidade de analisar e construir uma 
obra de vida reflexiva? 
Esses questionamentos deveriam permear nossas vidas, assim teríamos 
mais artistas e seres humanos críticos capazes de compreender e refletir a arte. A 
docência pode sim ser o caminho para a compreensão da arte? Dentro da 
docência podemos ser artistas e incentivarmos os alunos a esse percurso, temos 
frustrações, certezas, incertezas, acertos e erros, mas esses sentimentos nos 
ajudam a compor uma obra mais cheia de nossas subjetividades, de reflexões e 
possibilidades de nós mesmos. 
 
 
11 
 
 
A todo o momento nos pedem rótulos, e esses precisam ser definidores, 
indetitários: „arte-educadora‟ tem um peso mais político e militante, e 
também mais teórico; „professora de Educação Artística‟ ou „professora 
Artística‟ é a professora moldada ainda em contornos expressionista e 
espontaneístas; „professora de Arte‟ parece mais contemporâneo e 
atualizado, pode fazer pensar em mais pesquisa e estudo. No final das 
contas, talvez sejamos um pouco de cada uma delas, ao mesmo tempo. 
(OLIVEIRA, 2007, p.238) 
 
 
Com base na citação de Oliveira (2007), não há como definir o que somos 
dentro da docência, assumimos identidades que nos rotulam, mas será que esses 
rótulos não querem dizer algo mais sobre o que somos? Podemos ter sim um 
pouco dos três tipos de professoras como cita a autora acima, o misto dessas 
professoras faz com que tenhamos uma congruência mais adequada dentro da 
sala de aula, podemos fazer um passeio dentro de cada uma delas e usamos 
essa forma para melhor aplicar os conteúdos, obtendo assim uma educação em 
artes mais completa. 
Tendo em vistas estas considerações, venho com esta investigação tentar 
problematizar como as experiências do PIBID e dos estágios curriculares 
supervisionados podem inferir no ensino de artes nas escolas de Boa Vista/RR? 
Sendo assim, objetivo compreender como as experiências do PIBID e dos 
estágios curriculares supervisionados podem inferir no ensino de artes na escola 
estadual Ana Libória (AL) e o Colégio de Aplicação (CAP) dentro do município de 
Boa Vista/RR, visto que, a partir das minhas vivências de estágio e PIBID, as 
aulas de artes hoje estão muito banalizadas pelos próprios professores e ainda 
mais pelos alunos. Assim, está bem claro que nossa realidade precisa mudar e 
outros métodos precisam fazer parte para que haja uma educação com qualidade 
buscando melhorar essa visão das aulas de artes. Para essa investigação 
buscamos alguns objetivos específicos que se caracterizam por: 1- Verificamos 
como as dinâmicas das aulas de Artes vêm sendo apresentadas em uma escola 
Estadual e uma escola Federal de Boa Vista/RR; 2- Identificamos as atividades 
que potencializam e dão vazão para a valorização do campo artístico; 3-
Verificamos se as atividades do Estagio curricular Supervisionado e do PIBID tem 
proporcionado modificações na prática pedagógica em sala de aula. 
Através dessa percepção surgiu o interesse em pesquisar de que maneira 
se pode contribuir nessa mudança quando formos para sala de aula. Já que ao 
12 
 
 
obter o grau de licenciada em Artes Visuais, pretendendo atuar no campo da 
docência e, aspiro levar de maneira variante uma atuação com mais qualidade, 
procurando formar um ser reflexivo, questionador e pensante, mostrando que a 
disciplina é interessante, com outras possibilidades e outros mundos por trás do 
que já se conhece, no qual a arte foi enfocada. Criamos uma ideia de que arte na 
escola só pode transpor uma arte “clássica”, ficando só no papel com atividades 
em sua maioria de desenho livre. Mas há inúmeras possibilidades de se fazer 
arte, e porque não trabalhar essas inúmeras formas e probabilidades? 
Precisamos usar essas inúmeras possibilidades a nosso favor, inspirar e 
incentivar a criatividade dessas mentes em formação para que produzam suas 
artes. A maioria dos docentes não compreendem a complexidade da obra ou até 
mesmo uma simples produção de um aluno, mas em toda produção de um aluno 
seja ela simples ou complexa há uma intenção ou representação dos sentimentos 
que os habitam, e que precisam ser expressa, basta apenas incentivamos. 
Com base nesta estruturação, no capítulo dois se encontra a metodologia, 
onde apresentamos como será realizada esta investigação. No capítulo três, 
trazemos um breve histórico das tendências pedagógicas. No capítulo quatro se 
encontra a importância do Pibid e dos estágios supervisionados na formação do 
docente em artes, no capitulo cinco apresentamos o trabalho com o Pibid e do 
estágio curricular supervisionado em algumas escolas das quais participei. No 
capitulo seis se encontra o diagnóstico onde fizemos a análise em cima dos 
questionários e entrevistas realizadas nessa pesquisa e no capitulo sete trago as 
considerações finais onde finalizo apresentando algumas considerações acerca 
dos objetivos desta pesquisa. 
13 
 
 
2. METODOLOGIA 
 
A metodologia deste estudo se estrutura a partir do problema de 
pesquisa: como as experiências do PIBID e dos estágios curriculares 
supervisionados podem inferir no ensino de artes nas escolas de Boa Vista/RR? 
Para isso, temos como objetivo geral compreender como as experiências do 
PIBID e dos estágios curriculares supervisionados podem contribuir no ensino de 
artes na escola estadual Ana Libória e o Colégio de Aplicação dentro do município 
de Boa Vista/RR e, os objetivos específicos: 1- Verificamos como as dinâmicas 
das aulas de Artes vêm sendo apresentada na escola Estadual Ana Libória e o 
Colégio de Aplicação em Boa Vista/RR; 2- Identificamos as atividades que 
potencializam e dão vazão para a valorização do campo artístico; 3-Verificamos 
se as atividades do Estagio curricular Supervisionado e do PIBID tem 
proporcionado modificações na prática pedagógica em sala de aula. 
Neste sentido, ao pensar na estrutura metodológica desta investigação 
entendemos que “o método investigativo é um caminho composto de várias fases 
a serem vencidas para atingir um determinado objetivo” (LEITE, 2008, p. 89). 
Assim, para a construção deste trabalho a melhor abordagem para se 
obter um resultado mais completo é a abordagem qualitativa, onde acreditamos 
que há a maior compreensão dos dados investigados, a partir da apropriação do 
procedimento de pesquisa-ação, tendo em vista, que estive e estarei inserida nos 
contextos investigados. 
O método qualitativo, segundo Leite (2008, p.100) “possui o poder de 
analisar os fenômenos com consideração de contexto [...] se baseia em objetivos 
classificatórios utiliza de maneira mais adequada os valores culturais e a 
capacidade de reflexão do indivíduo”. Esta pesquisa será realizada para se obter 
um conhecimento mais profundo do assunto aqui explanado, com o objetivo de 
utilizar alguns dos conhecimentosobtidos em sala de aula. 
Ao longo de três anos que participei no PIBID, observamos ações e 
atitudes em sala de aula, e as experiências com os estágios ajudaram a construir 
esta pesquisa Estas ações e atitudes do PIBID e estágios curriculares 
supervisionados foram o banco de dados que utilizamos para compor as páginas 
desta investigação. 
14 
 
 
Destacamos que dentro desta abordagem qualitativa buscamos uma 
investigação pautada na pesquisa-ação. Está segundo Thiollent (1994, p.14) “é 
um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em 
estreita associação com uma ação ou com resolução de um problema coletivo e 
no qual os pesquisadores estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo”. 
Destaco assim, que esta investigação será realizada no município de Boa 
Vista/RR, nas escolas onde participei no Pibid e o Estágio durante este ano de 
2014. Sendo assim, as escolas são o Colégio de Aplicação o qual realizei as 
atividades do PIBID, e a escola Estadual Ana Libória onde realizei, durante o 
primeiro semestre de 2014, o V estágio curricular no 1º ano do ensino médio. 
Os sujeitos do estudo serão os professores e alunos das turmas as quais 
atuei, para esta análise utilizarei os 3 turmas do qual participei do Pibid. 
Utilizamos ainda para esta investigação a entrevista com os professores e o 
questionário com os alunos como instrumento de coleta de dados. Segundo Leite 
(2008, p102) entrevista “é uma conversação efetuada face a face, de maneira 
metódica, proporcionando ao entrevistador, verbalmente, a informação 
necessária.” Ainda segundo Leite (2008, p.109) questionário “refere-se a um meio 
de obter respostas às questões por uma formula que o próprio informante 
preenche.” 
Para a análise das entrevistas e dos questionários utilizou-se a Análise de 
conteúdo. Segundo Richardson “é a aplicação de métodos científicos a uma 
evidencia documentaria” (RICHARDSON, 1989, apud LEITE, 2008, p. 205). 
 
Segundo Bardin (1977), a análise de conteúdo pode ser definida como 
um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por 
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das 
mensagens, indicadores que permitam a inferência de conhecimentos 
relativos às condições de produção e recepção destas mensagens. 
Caracteriza-se, assim, como um método de tratamento da informação 
contida nas mensagens. 
 
 
Na análise de conteúdo sempre dividimos em categorias, e dentro de cada 
categoria utiliza-se os procedimentos sistemáticos e através desses 
procedimentos ocorrem então o tratamento dos dados sobrepujados nas 
mensagens. Isto é, se obtém as mensagens das categorias onde é possível assim 
ter as informações contidas nelas de tal modo então ocorre à análise.
15 
 
 
3. BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE ARTES 
 
A arte sempre esteve presente, nos tempos antigos, o homem deixava 
seus registros na parede da caverna. Segundo Santos (2006), no Brasil 
começamos a pensar no ensino das artes apartir do séc. XIX, o estudo da arte 
nesse período ainda era muito classificatório, isto é, apenas filhos da elite dos 
nobres tinham o privilégio de estudar artes. 
Só realmente em 1816 foi criada a Academia Imperial de Belas Artes, no 
Rio de Janeiro, que tinha o objetivo de preparação para habilidades técnicas e 
gráficas além do domínio da racionalidade, consideradas fundamentais a 
expansão industrial, passando o desenho a ser obrigatório nas escolas nos anos 
iniciais do Estado, sendo base para todas as artes. 
Foi nesse momento com acontecimentos reservados para a elite e as 
camadas mais populares; que passamos a ver a arte como algo supérfluo sem 
necessidade. Situação que perpetua até os dias de hoje. 
No séc. XX o professor era detentor da verdade, ele é quem tinha o 
conhecimento a ser trabalhado e os alunos eram apenas os receptores. Nessa 
época as artes tinham a finalidade de treinar o desenho, tentando ao máximo 
chegar à perfeição, enfatizando o desenho geométrico com base em datas 
comemorativas e animações de celebrações cívicas. Ainda no mesmo século, a 
arte veio crescendo na questão de ensino, surgindo assim as tendências 
pedagógicas. Está prática de ensino de arte está vinculada a concepção de uma 
pedagogia Tradicional onde, 
 
 
O ensino e a aprendizagem de arte concentram-se apenas na 
´transmissão` de conteúdos reprodutivistas, desvinculando-se da 
realidade social e das diferenças individuais. O conhecimento continua 
centrado no professor, que procura desenvolver em seus alunos também 
habilidades manuais e hábitos de precisão, organização e limpeza. 
(FERRAZ E FUSARI, 1993, p.31.) 
 
 
Desta forma o professor é o centro do processo, isto é os alunos estão 
sujeitos aos conhecimentos que o professor está levando eles a construírem, 
sendo os alunos passivos no processo, onde apenas armazenam e memorizam 
sem questionar nada, como se o que professor falasse não pudesse ser 
16 
 
 
questionado, e dessa forma o conhecimento que estava em construção não era 
processado de forma que pudesse ser transformado em novo conhecimento. 
Em 1930, surgiu no Brasil a pedagogia Nova que, segundo Santos (2006) 
é onde o ensino-aprendizagem passa do professor ao aluno, isto é, o professor 
incentiva o desenvolvimento livre e espontâneo do aluno, a expressão. Passando 
assim a ter interação entre aluno-professor e aluno-aluno, estando o ensino no 
autodesenvolvimento do aluno, que passa a poder questionar o conhecimento e 
não apenas receber, assim como podemos ir à busca de outras fontes que 
possam complementar a informação que eles já têm. 
 
[...] O aluno como ser criativa, a quem se deviam oferecer todas as 
condições possíveis de expressão artística, supondo-se que, assim, ao 
aprender fazendo, saberiam fazê-lo também cooperativamente na 
sociedade. (FERRAZ e FUZARI, 1993, p.32.) 
 
 
Em 1960, cerca de 30 anos depois, surgiu no Brasil à pedagogia Tecnicista 
onde a metodologia do ensino era repetitiva e mecânica, o que era avaliado era o 
“saber construir”, saber fazer. Se o aluno errasse era considerado inapto para a 
função. A nota determinava se ele era bom ou ruim funcionário/aluno. Os alunos 
nesse período encontravam-se, como se fosse, em treinamento para trabalhar 
nas fábricas. 
 
[...] O aluno e o professor ocupam uma posição secundária, porque o 
elemento principal é o sistema técnico de organização da aula e do 
curso... O uso abundante de recursos tecnológicos e audiovisuais 
sugerindo uma modernização do ensino. (FERRAZ e FUSARI, 1993, 32) 
 
 
Para Oliveira, este período caracterizou-se como um momento em que: 
 
 
[...] as escolas passam a tender uma demanda industrial para a 
formação de mão-de-obra especializada, os professores de arte que tem 
buscado privilegiar a construção dos sentidos a partir do sensível, têm 
vivido com a desvalorização de seu trabalho na escola, em prol de 
conhecimentos que são considerados mais úteis. (OLIVEIRA, 2007, 
p.251) 
 
 
Em 1971 com a LDB 5652/71 a educação artística passa a constar no 
currículo escolar como atividade educativa, tendo o foco em técnicas e 
17 
 
 
habilidades. Em 1996 a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB 9394/96), prevê que as artes tornem-se obrigatórias na educação básica 
(educação infantil, ensino fundamental e médio). Com esta LDB vemos que 
 
 
O nosso papel (professor), nesse caso, não é formar artistas, mas 
considerar que esses alunos estão inseridos em uma cultura, onde 
encontram, no seu dia-a-dia, outdoors, cinema, vídeos, livros, revistas, 
CD´s, televisão, imagens diversas, músicas, expressões presentes na 
cultura local, e que isso deve ser aproveitado no processo do ensino-aprendizagem (SANTOS, 2006, p.25-26.) 
 
 
Tem-se na história da educação em artes uma precursora que alavancou o 
ensino de arte no Brasil, Ana Mae Barbosa. Esta autora, “considera fundamental a 
recuperação histórica do ensino de arte para que se possam perceber as 
realidades pessoais e sociais, aqui e agora e lidar criticamente com elas.” (Ferraz 
e Fusari, 1993) 
A Proposta triangular explicita que o ensino da arte está apoiado num tripé, 
constituído pelo fazer artístico, a leitura de imagem e a história da arte. Barbosa 
(2003) ressalta que é nessa vertente que a arte deveria ser ensinada. Onde o 
fazer artístico estimulava a criatividade e a expressão do aluno assim como 
aprendizagem da história da arte e a leitura de imagens. Na leitura de imagens 
 
 
As habilidades de descrever, analisar e interpretar sejam trabalhadas 
com vigor em sala de aula, pois serão elas o subsídios para atender a 
qualquer metodologia de leitura de imagem que o professor venha a 
escolher para trabalhar... esse exercício passo a passo com as 
habilidades de descrever, depois analisar e só depois interpretar permite 
uma construção mais aprofundada das habilidade necessárias para a 
leitura. Trabalhar a habilidade de descrição significa estimular a própria 
natureza da criança da educação infantil que, ao olhar uma imagem, é 
capaz de prazerosamente descreve-las com detalhes, pois antes da 
leitura das letras, as crianças desenvolvem naturalmente e 
significativamente uma leitura da imagem...Quanto a habilidade de 
analisar, queremos chamar a atenção de analisar, queremos chamar a 
atenção para a importância do desenvolvimento da capacidade de 
analisar o discurso visual (um discurso sintético por natureza), pois ela 
que permite ao leitor perceber como a imagem diz aquilo que diz. Já a 
interpretação é produto das relações entre o que foi analisado, somando-
se a isso informações históricas sincrônicas e diacrônicas ligadas à 
imagem lida e a produção do artista estudado. (OLIVEIRA, 2007, p.256-
257.) 
 
 
18 
 
 
A história da arte vem contando uma história que ocorreu ao longo dos 
tempos, como ela influenciou os artistas e as artes que temos hoje. 
 
 
[...] os conteúdos programáticos em artes deve incluir, portanto: as 
noções a respeito da arte produzida e em produção pela humanidade, 
inclusive nos dias de hoje (incluindo artistas, obras, espectadores, 
comunicação dos mesmos) é a própria autoria artística e estética de 
cada aluno em formas visuais, sonoras, verbais, corporais, cênicas, 
audiovisuais) isto significa trabalhar com os estudantes o fazer 
artístico(em desenho, pinturas, gravuras, modelagem, esculturas. 
Música, dança, teatro, vídeo, etc...) sempre articulado e complementado 
com as vivencias e apreciações estéticas da ambiência cultural. 
(FERRAZ e FUSSARI, 1991, p. 20.) 
 
 
A partir das Tendências Pedagógicas trabalhadas ao longo do séc. XX, 
temos a sinalização para novos horizontes que passam a ser trilhados. Dentre 
eles, destaca-se a Pedagogia de Projetos e a Cultura Visual. 
A pedagogia de projetos, segundo Hernandez (2000) acontece através do 
relacionamento entre alunos e professores, que podem escolher juntos um tema 
para que unidos possam desenvolver o projeto, obtendo assim, além de uma 
participação mais assídua dos alunos, o maior interesse e o projeto sendo 
executado com mais gosto pelos alunos. 
A criação do projeto acontece do relacionamento aluno/professor e não 
vem do conteúdo pré-determinado, mas sim de inquietações presentes no 
cotidiano dos alunos que necessita ser aprofundado obtendo assim, o 
conhecimento que complete a informação que eles têm ou buscam. 
Ao construirmos o projeto, o professor tem que levar em consideração 
principalmente no processo de aprendizagem do aluno, que eles possam 
perceber que estão aprendendo, captando e significando todo o conhecimento 
que está sendo trabalhado; e que possam se auto avaliar a fim de perceber o seu 
processo dentro do projeto. O tema escolhido por eles, talvez não seja tão 
importante, contudo têm-se que levar em conta o modo como eles se envolvem 
na pesquisa, como procuramos pesquisar o conteúdo, como nós empenhamos ao 
mostrar um novo conhecimento e principalmente como eles vão usar isso que 
aprenderam. 
19 
 
 
No projeto há passos de organização, os elementos que os compõem 
variando de acordo com o seu objetivo e tema havendo flexibilidade na 
construção dos mesmos. 
O projeto passa a ser para eles uma proposta de estudo onde se pensa na 
real necessidade dos elementos que o compõem e a relevância e o interesse do 
tema. Muitas vezes o tema que trazemos para ser feita a pesquisa vem de fora da 
escola, algo que aconteceu no convívio familiar ou no seu ambiente social. Estes 
temas trazidos dos diferentes locais de convívio dos alunos dão vazão para o 
trabalho com a Cultura Visual 
 
 
A cultura visual é um campo de estudo emergente e transdisciplinar que 
se fundamenta no princípio de que as práticas do ver são construídas 
social e culturalmente. Considerando o alargamento, a vitalidade e a 
pregnância dessas práticas, a cultura visual discute impactos e 
implicações das experiências de ver e ser visto na contemporaneidade. 
A educação da cultura visual cruza abordagens da arte e das ciências 
sociais visando um olhar crítico e investigativo em relação às imagens e 
aos modos de ver, valorizando a imaginação, o prazer e a crítica como 
constituintes das práticas de produção e interpretação de visualidades. 
Ao compreender arte e imagem como cultura, a cultura visual explora 
usos e possibilidades educativas e pedagógicas de um amplo espectro 
de visualidades que inclui imagens de arte-ficção, publicidade, 
entretenimento e informação (TOURNHO, 2014, s/p.) 
 
 
Hernandez (2007) coloca a cultura visual não como uma nova disciplina, 
mas como algo que deve ser estudado dentro ou fora de uma disciplina 
segmentada, afinal a cultura visual está ao nosso redor em tudo. Devemos prestar 
mais atenção nisso, ao invés da guerra política e econômica que ocorre em nosso 
país, que acaba sufocando tudo isto, quando lemos no jornal que devemos 
investir no mercado da arte nada mais é do que investir na cultura, pois os 
museus estão virando um grande mercado de arte, na produção de valores e 
produtos. 
Voltado também pela quantidade de cursos que há nas universidades para 
as artes visuais e quantos alunos envolvidos estão nesse meio buscando através 
da arte seu espaço, seja pelo desenho, audiovisual ou artes plásticas, estão 
ganhando mundo a fora com as mais diferentes linguagem possíveis na arte. 
 
20 
 
 
Hernández também nos coloca que: 
 
 
Partindo de uma perspectiva psicológica, ou psicopedagógica, a 
aprendizagem no campo do conhecimento artístico exige um 
pensamento de ordem superior (a referência é a Vygotsky, em seu livro 
El Desarrollo de los Procesos Psicológicos Superiores, editado pela 
Crítica, de Madrid, em 1979) e a utilização de estratégias intelectuais 
como a análise, a inferência, o planejamento e a resolução de problemas 
ou formas de compreensão e interpretação etc. (SANTOS, 2006, s/p) 
 
 
Dessa forma, Santos (2006) coloca que devemos analisar, raciocinar, 
compreender e interpretar a partir dos conhecimentos artísticos que obtivermos. 
A cultura visual nos envolve a cada dia principalmente com as tecnologias 
que estão a todo vapor, nos jogando informações diretas, seja no ônibus, no 
celular, na televisão, outdoors, sempre procurando meios de deixar todos sempre 
a mercê de quaisquer informações que eles queiram passar. 
Cultura visual é quando se trabalha com os alunos toda imagens símbolos 
que esta ao redor, enfocando assim o contexto cultural do aluno.Pode trabalhar 
história, mas mostrar imagens que estão ao redor deles para que eles possam 
compreender, relacionando o antigo com o novo, um com outro. 
A partir destas Tendências Pedagógicas pode-se perceber que existem 
inúmeras formas de trabalhar com nossos alunos em sala de aula. Essas 
Tendências vêm se transformando ao longo dos anos e das modificações no 
espaço artístico proporcionando possibilidades de trabalho dos professores da 
forma como estes se identificam. 
Podemos então empregar a tendência pedagógica adequada ao 
vincularmos o conhecimento que a ser construído com a arte contemporânea 
desta forma os alunos poderão ter a mente aberta para novas concepções de arte 
e construir o conhecimento mais completo e rico em variedades de expressões e 
linguagens artísticas. 
 
 
 
21 
 
 
4. A IMPORTANCIA DO PIBID E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NA 
FORMAÇÃO DO DOCENTE EM ARTES VISUAIS 
 
O PIBID é o exercício da prática do docente em formação inicial, segundo 
o portal da CAPES, é um espaço de iniciativa para qualificação, aperfeiçoamento 
e a valorização da formação do docente para atuação na educação básica, é 
onde podemos verificar e analisar juntamente com os professores as atividades 
didáticas pedagógicas que estimulem a capacidade criadora dos alunos. Nele 
exercitamos o processo de ensino e aprendizagem para quando formos para 
prática termos algum conhecimento da realidade escolar e da estruturação 
organizacional da escola. Desta forma, o PIBID, assim como os estágios 
curriculares supervisionados, desenvolvidos ao longo do curso, tem possibilitado 
esta experienciação e esta aproximação com nosso espaço de trabalho. 
O estágio supervisionado está regulamentado pela Lei n°. 11.788 de 25 
de setembro de 2008 e pela Resolução n°.1 janeiro de 2009. Estas normativas 
deliberam sobre a redação que consta no PPP do Curso de artes visuais da 
UFRR, onde o estágio curricular supervisionado “se destina a colocar o estudante 
em contato com sua realidade profissional”, também é uma oportunidade de 
conhecer o campo de trabalho que se vai frequentar, pois no estágio teve a 
chance de atuamos em dois campos sendo eles uma na área cultural e o outro na 
área da educação, estagiando em todos os níveis da educação básica. 
É a oportunidade também de verificar o mercado para o qual o educador 
está se qualificando, podendo assim fazer a capacitação da melhor maneira 
possível. No que se refere ao Pibid apesar de não assumirmos a sala de aula, 
atua-se como auxiliar, e dessa forma verificarmos como conseguimos captar a 
atenção dos alunos, fazendo com que eles participem ativamente das aulas, e 
obtenham o aprendizado da qual eles precisam ter. Percebemos que é difícil 
conseguir atrair a atenção deles, mas não é impossível, pois com a abordagem 
adequada, se consegue muito, basta apenas acreditar que é possível e realizar 
um planejamento com atividades que atraiam o interesse do aluno para o 
conteúdo das artes. 
Colocar em prática o conhecimento aprendido na academia é uma das 
funções do estágio pode-se fazer a troca de conhecimentos sobre como melhor 
22 
 
 
ensinar os alunos, já que ainda estamos em formação, há uma troca bem 
significante de conhecimentos. 
Desta forma há uma mescla entre a teoria e a prática onde podemos esta 
colocando o aprendizado construído na academia em prática e desta forma, 
aproveitar que ainda temos esse tempo na universidade e troca esses 
conhecimentos com os professores onde ambos podemos estar aprendendo 
juntos, tanto os Estágios como o Pibid proporcionar essa troca, onde quando 
formados e fomos para a prática, teremos uma bagagem bem completa de 
conhecimento e atuação. 
 
 
5. O TRABALHO DO PIBID E DOS ESTÁGIO CURRICULARES 
SUPERVISIONADOS NAS ESCOLAS 
 
O PIBID chegou para os professores da educação básica como uma 
prática de extrema importância, pois a maioria não possui formação em artes, 
então há uma colaboração com as professoras de forma a fazermos 
planejamentos unificados (pibidiano e professor), depois executamos as 
atividades planejadas em sala de aula com os alunos e ainda, ajudamos e 
orientamos os alunos de forma que possam desenvolver melhor as atividades. 
O pibid é presente em várias licenciaturas da UFRR, inclusive no curso de 
Artes Visuais, no qual faço parte do programa desde 2011, Neste ano de 2014, o 
programa conta com quatro escolas, sendo três escolas estaduais e uma escola 
federal, tendo assim uma professora em cada escola que esteja envolvida com o 
PIBID/Artes, totalizando assim quatro professoras no PIBID. Hoje se tem 23 
alunos pibidianos que estão divididos nas quatro escolas, cumprindo 3h em sala 
de aula e, as outras 7h completamos com planejamento, produção de artigos e 
reunião do PIBID. 
As reuniões acontecem quinzenalmente com duração entre 2 e 3h onde 
trata-se de temas referentes ao que ocorre em sala de aulas nas escolas, de 
oficinas, sugestões de como melhorar as aulas e outros temas a seres tratados. 
Ao final manda-se relatório das atividades para a coordenadora do PIBID/ARTES. 
23 
 
 
Citamos algumas das atividades que foram desenvolvidas na sala de aula 
referente ao PIBID e depois a respeito do estágio, como meio de identificar as 
atividades que deram vazão para a valorização do campo artístico, assim como 
apresentar as atividades do Estágio e do Pibid e como proporcionou modificações 
na prática pedagógica em sala de aula. 
A escola estadual Professora Francisca Elzika de Souza Coelho está bem 
localizada no bairro Mecejana1, sendo uma escola de Ensino Fundamental nos 
anos iniciais e finais, tendo um quadro com 95 funcionários, e 400 alunos 
matriculados na escola. No ano de 2011, atuei como pibidiana em uma turma de 
6º ano, com 25 alunos, onde a professora fazia muito a reprodução de obras. Ou 
seja, ela colocava imagens de uma obra e dava papel para que os alunos 
reproduzissem, copiassem segundo sua expressão, realizassem releituras das 
obras de arte. Contudo, “sabemos que releitura significa transformação, 
interpretação, criação com base num referencial, num texto visual que pode estar 
explicito ou implícito na obra final. Aqui o que se busca é a criação e não a 
reprodução de uma imagem” (PILAR, 2006, p.18.). Nessa época desenvolvemos 
uma oficina de pintura, com uma atividade desenvolvida da seguinte maneira: 
com um pequeno pedaço de papel cartão a criança pega o giz de cera e pintamos 
bem colorido todo o papel; depois pegamos tinta nanquim com um pedaço de 
esponja e passamos em cima do papel cobrindo todo e esperando secar. Depois 
com um lápis ou caneta faz um desenho raspando a base de nanquim. No 
resultado final tem-se um efeito bem colorido que foi pintado, esta é uma 
atividade que os alunos gostaram bastante e que pode se visto à capacidade 
criadora dos alunos diante uma atividade proposta a eles. 
Outra atividade que aconteceu ainda na escola Francisca Elzika, porém 
com outra professora e em outra turma de 6º ano, com aproximadamente 25 
alunos. A professora utilizou da linguagem cênica (teatro) para apresentarmos 
aos alunos a arte rupestre. Os pibidianos se vestiram como o povo daquela época 
e explicaram como eles viviam e o que significava quando desenhavam nas 
paredes das cavernas. 
Outra atividade do PIBID que aconteceu na escola estadual Oswald Cruz, 
que está bem localizada no centro da cidade, sendo uma escola de Ensino 
 
1
 As informações sobre as escolas foram coletadas na direção das mesmas. 
24 
 
 
Fundamental nos anos iniciais e finais, tendo um quadro com 92 funcionários, e 
695 alunos matriculados na escola.A professora do 6º ano adotou outro método 
para explicarmos a arte rupestre. A turma era composta por aproximadamente 27 
alunos. A professora então pediu que os alunos trouxessem pedaços de pedras 
ou concreto e pediu que eles fizessem como os homens daquele período, 
pintasse a pedra com imagem que para eles era importante, isto é utilizaram tinta 
guache e pincel para fazer os desenhos em suas pedras, alguns optaram por 
fazer desenhos rústicos mesmo, outras abordaram um estilo de natureza como 
desenho de gramas e flores e outros desenharam animais, a atividade se 
desenvolveu muito bem. 
Outra atividade de pintura que deu certo na escola Oswald Cruz, foi tornar 
as salas de aulas temáticas. Isto é cada disciplina tinha sua própria sala, assim o 
professor poderia deixar na sala tudo os que eles precisam para utilizar nas aulas. 
A professora em conjunto com os alunos decidiu como ficaria a sala e optamos 
por pintar a porta com várias cores, e desenhos. Todos queriam pintar deixar sua 
marca na porta. Foi uma atividade bem participativa com os alunos. Ainda nessa 
escola a professora levou os alunos na galeria do artista roraimense José 
Augusto Cardoso, onde puderam ver uma obra de arte de perto e ainda ter o 
artista ali para poder perguntar e entenderem melhor o raciocínio dele ao pintar as 
obras (telas). Os alunos ficaram bem animados e perguntaram bastante ao artista 
que também explanou um pouco de suas obras. A professora também passou 
vídeos sobre períodos históricos para que os alunos pudessem ter maior 
conhecimento dos conteúdos. 
No retorno à escola Francisca Elzika no ano de 2013, o trabalho foi 
desenvolvido com outra professora, sendo feita uma cópia fiel da imagem com 
ampliações, os alunos tinha que escolher uma obra que tivesse imagem no livro 
didático de artes da escola, e reproduzir no tamanho de uma cartolina, primeiro os 
alunos desenharam e depois pintaram. Ao final, a obra foi exposta. 
A escola Ana Libória está localizada no bairro Mecejana, sendo uma 
escola de Ensino Médio, e Ensino Médio Integrado, tendo um quadro com 142 
funcionários, e 1475 alunos matriculados. Enquanto pibidiana na sala de aula, a 
professora passava a história dos períodos da arte e mostrava as imagens e 
depois pedia que os alunos fizessem corte e colagem do observado sobre os 
25 
 
 
períodos ou então tinha que fazer desenhos que contivessem o maior número 
possível de elementos característicos do período. No final do ano, os trabalhos 
realizados pelos alunos nesta atividade, foram expostos na escola. 
O Colégio de Aplicação está localizado no bairro Aeroporto, dentro do 
Campus Paricarana da UFRR, sendo uma escola de Ensino Básico com oferta de 
Ensino Fundamental nos anos iniciais e finais e Ensino Médio, tendo um quadro 
com 86 funcionários, e 456 alunos matriculados na escola. A professora escolheu 
um período histórico da arte e dividiu grupo na sala para cada elemento do 
período (pintura, escultura, musica, vestimentas) e pediu que eles apresentassem 
um seminário e trouxessem atividades para os colegas da sala fazerem sobre o 
assunto de cada um. 
Essas atividades aqui explanadas foram às atividades que aconteceram 
nas escolas dentro do PIBID. Apresentamos as que obteve êxito em sala de aula, 
os alunos interagiram muito bem fazendo com que a atividade fosse bem 
sucedida. 
Ao apresentar as atividades desenvolvidas nos Estágios curriculares 
Supervisionados, destaco que na educação infantil atuei numa escola do 
município de Boa Vista, Escola Municipal Tia Linda, localizada na zona oeste da 
cidade, com series iniciais do ensino infantil. Trabalhamos com o 2º período com 
o tema das formas geométricas e as cores, levamos a imagem do quadro do 
artista Lasar Segall – Aldeia Russa, para a sala onde os alunos tiveram a 
oportunidade de analisar a obra e as formas e as cores presentes. Também 
trabalhamos o tangram que foi confeccionado de própria autoria e pintado de 
cores variadas, e demonstrando que com aquelas sete peças podem fazer várias 
formas pessoas, animais entre outros. Desta forma, levamos entretenimento para 
os alunos, também trabalhando os animais, contei uma historinha onde havia 
vários animais fizemos os sons dos animais, conversamos sobre os animais 
estimação que alguns teriam, depois desenharam animais que conheciam, e para 
finalizar os desenhos feitos por eles foi exposto nas paredes da sala. 
No Ensino fundamental I, atuei no Colégio de Aplicação, onde 
trabalhamos as formas geométricas, cores, arte abstrata desenvolvendo 
brincadeiras em sala de aula para que os alunos pudessem se divertir. Cantamos 
a música da Xuxa “o ônibus” que fala de formas geométricas, depois pedimos 
26 
 
 
para os alunos me dizer quais formas que a música falava, fazendo desenhos no 
quadro, depois entregamos papel A4 e pedimos que eles desenhassem as formas 
e pintassem cada uma de uma cor diferente as cores primárias. Depois foi feita a 
brincadeira cada macaco no seu galho, onde se desenharam as formas no chão 
da sala foi escolhido um aluno para ser o macaco, ele fingiria esta dormindo e 
quando acordasse ele pegaria quem estivesse fora das formas geométricas os 
alunos se divertiram bastante. Outra atividade que fiz com eles foi arte abstrata, 
onde entregamos folhas A4 e foi pedido que fosse feita o desenho das mãos e 
desse desenho criassem outro desenho utilizando o que foi feito da mão, como 
passarinho, peixe e outros, também saíram reproduções muito boas. 
No ensino fundamental II atuei na escola estadual São José no 7º ano, 
onde trabalhamos com eles a arte barroca brasileira, falamos sobre os principais 
elementos e os artistas que atuaram na época, foram mostrados a eles 
arquitetura, a pintura e as esculturas, os alunos produziram maquetes de 
arquiteturas, que foram expostos, na feira que a própria escola realizou. 
O estágio do Ensino médio foi na escola estadual Ana Libória, a professora 
regente estava trabalhando com os alunos a arte bizantina, então dentro deste 
conteúdo, escolhemos uma categoria para trabalhar. O mosaico foi selecionado 
para servir como atividade para os alunos. Desta forma utilizamos os materiais, 
como cartolina, papel (coloridos) e cola, fez uma explanação sobre o que era 
mosaico mostrando imagens e formando equipes e foram entregues os materiais 
e solicitado que eles fizessem algo que estava presente no cotidiano deles, algo 
que estava acontecendo naquele momento no mundo, em nosso país, na época 
estava ocorrendo a copa do mundo no Brasil, então muitos deles optaram por 
fazer algo relacionado a copa, eles gostaram da atividade. 
 
6. DIAGNÓSTICOS 
 
Para esta pesquisa foi escolhida o Colégio de Aplicação e a escola 
Estadual Ana Libória por que ambas houve contado em algum momento neste 
ano de 2014, no Colégio de Aplicação fui aluno e depois atuei como pibidiana de 
artes no ensino fundamental. No Ana Libória estive presente apenas neste ano e 
por um curto período no qual realizamos o estágio do ensino médio, e acabamos 
27 
 
 
trazendo essas experiências para dentro da pesquisa no intuito de trazer as ações 
que foram desenvolvidas neste ano, tanto no Pibid, como no estágio curricular 
supervisionado do curso de Artes Visuais. 
No total da pesquisa são quatro turmas, sendo três de ensino fundamental 
(duas turmas de 8º ano, uma turma do 7º ano) no Colégio de Aplicação e uma de 
ensino médio na escola estadual Ana Libória, totalizando um universo de 101 
alunos que participaram da pesquisa, tendo ainda a participação das duas 
professoras que regem as aulas para esses alunos. A professora da escola 
estadual é formada em pedagogia e especializada em educação infantil e LínguaBrasileira de Sinais – LIBRAS a professora atua na escola como professora de 
espanhol e cumpri uma carga horária de 16 h, mas como não completa a carga 
horária que ela precisa fazer dentro da escola que são 20h, acabou tendo que 
assumir 4 turmas com a disciplina de artes, que corresponde a 4 horas para poder 
fechar sua carga horária. Já atuou na educação básica e superior, no total já tem 
5 anos na área da docência, mas em artes começamos atuar nesse ano. A 
professora da escola federal é formada em história e mestre em metodologia do 
ensino de artes a professora atua no campo da docência há trinta anos, já atuou 
deste à educação básica até a educação superior, no campo das artes atua há 17 
anos, na escola ela está como a professora de artes com oito turmas de artes 
sendo duas turmas de cada ano, do 6º ano ao 9º ano. 
Diante disso organizamos algumas categorias que nos ajudam a 
compreender como as experiências do PIBID e dos estágios curriculares 
supervisionados podem inferir no ensino de artes nas escolas de Boa Vista/RR, 
são elas: Organização das aulas; Interesse nas aulas de artes; 
Desenvolvimento das aulas de artes e, Participação dos estagiários e 
Pibidianos. 
Ao trabalharmos com a organização das aulas, temos as seguintes 
respostas apresentadas pelos alunos: 
 
ORGANIZAÇÃO DAS AULAS / CAP
1
 
LEGAIS E DIVERTIDAS 62 
CHATAS E SEM DINÂMICAS 13 
 
ORGANIZAÇÃO DAS AULAS / AL
2
 
LEGAIS E DIVERTIDAS 26 
CHATAS E SEM DINÂMICAS 0 
 
28 
 
 
 
 
Observamos ainda a coerência dos discursos com organização no 
planejamento e dessa forma os alunos conseguem acompanhar o aprendizado. 
Na fala da professora do Colégio de aplicação “Busca-se aperfeiçoar os 
conteúdos tanto por que sabemos que os conteúdos trabalhados nas artes eles 
são longos, extensos, então temos que buscar maior criatividade dentro desses 
conteúdos pra que esses conteúdos sejam eficazes e as aulas sejam bem 
criativas... Estamos tentando motivá-los, criação de vídeos, pensar, levar aqueles 
alunos procurar novas metodologias e refletir o que esta no ensino das artes” 
percebemos que a mesma tem se empenhado em realizar suas aulas com 
atividades dinâmicas. 
Isso pode ser visualizado também nas respostas dos alunos quando 
colocam que as aulas são “algumas bem legais e interessantes”, com capacidade 
de entreter o aluno a matéria envolvida, vem tendo uma boa dinâmica, fazendo a 
turma toda interagir nas aulas. Dessa forma então constatamos que as aulas têm 
sido bastante significativas para os alunos e que os mesmos estão gostando. 
No entanto, alguns alunos sinalizam que as aulas são chatas e sem 
dinâmica. Em suas respostas temos que “não muito interessantes, porque as 
dinâmicas não envolvem conteúdos interessantes”; “chata porque artes é chato” 
Há uma minoria dos alunos que não gostam, porque eles realmente não gostam 
de artes. 
Na Escola Estadual Ana Libória, a professora traz em sua fala “Coleto as 
informações eu procuro dentro do currículo de artes o que precisa ser trabalhado, 
dentro da disciplina para passar para os alunos; Inicialmente eu uso várias 
metodologias dependendo de cada aula do que precisa ser feito dependendo do 
conteúdo.” Sendo assim suas aulas acabam que fazendo o gosto de todos os 
seus alunos, as atividades são consideradas por eles como legais e divertidas. 
Com base nas respostas dos alunos, verificamos que os mesmos preferem 
atividades práticas e dinâmicas que envolvam conteúdos e conhecimentos que 
estejam relacionados com seu dia a dia. Esta preferência está articulada aos 
ideais das abordagens da Cultura Visual por Fernando Hernandez e a Proposta 
Triangular por Ana Mae Barbosa onde as professoras procuram trabalhar com os 
29 
 
 
alunos o conteúdo exemplificando com imagens que temos no nosso tempo atual, 
e dessa forma ela utiliza do tripé do ensino da arte para articular esses conteúdos 
ao dia a dia dos alunos. 
Segundo Rizzi (2012, s/p) apud Barbosa “a construção do conhecimento 
em Artes, acontece quando há a interligação entre a experimentação, a 
codificação e a informação.”, sendo assim os alunos acabam se apropriando dos 
três passos, ler obras de artes, fazer arte e contextualizar, e ao fazer esse tripé 
acabam que não escapando muito da cultura visual, dentro desse patamar as 
duas professoras contam com essas duas abordagens para esta auxiliando elas 
em sala de aula. 
Ao trabalharmos com a categoria Interesse nas aulas de artes temos as 
seguintes respostas dos alunos e dos professores. 
 
Em relação ao interesse nas aulas de artes, podemos verificar que no 
Colégio de Aplicação os alunos estão divididos, muitos gostam das aulas devido 
ao seu conteúdo do conhecimento que é construído por eles quando tem a 
oportunidade de praticar as artes. Sendo assim as dinâmicas das aulas que 
proporcionadas a eles são diferenciadas, uma brincadeira onde dela eles possam 
esta aprendendo mais do conteúdo, interessa bastante aos alunos. Podemos 
verificar na fala da professora como ela procura desenvolver essas dinâmicas e 
como a professora prepara seus conteúdos para aplicar em sala com seus alunos 
“é bom inovar com uma dinâmica antes de iniciar o conteúdo depois que 
professor trabalhar com a dinâmica em sala de aula ai a gente continua o 
conteúdo por que isso os alunos vão se sentir mais motivado para que as aulas 
sejam bem dinâmicas... eu tenho que buscar eu tenho que pesquisar, o professor 
INTERESSE NAS AULAS DE ARTE / CAP 
CONTEUDO (DESENHO, PINTURA, ARTISTA) 36 
DINÂMICAS (BRINCADEIRAS, SLIDES) 39 
 
INTERESSE NAS AULAS DE ARTE / AL 
CONTEUDO (DESENHO, PINTURA, ARTISTA) 20 
DINÂMICAS (BRINCADEIRAS, SLIDES) 6 
 
 
30 
 
 
de arte tem que ler tem que inovar então ele tem que ler bastante livro para que 
suas aulas sejam eficazes” é desta forma então que a professora procura fazer 
com que suas aulas sejam as mais atrativas para os seus alunos. 
Os alunos em suas respostas apontam que “gostei muito de pintar o 
quadro, pois tive a oportunidade de aprender algo que nunca me imaginei fazer e 
foi “mágico”, “gostei da aula dinâmica com os balões”. “Achei bastante 
interessante às perguntas.” Assim os alunos expõem os seus interesses nas aulas 
de artes, ao falar das atividades que aconteciam em sala. 
A atividade de pintura foi uma que deixou eles bastante empolgados, pois 
puderam pintar uma tela fazendo releitura da obra de um artista, e da dinâmica 
com os balões, que foi uma dinâmica bastante citada pelos alunos. Esta foi 
realizada no dia 26.10.14 na qual aconteceu da seguinte maneira, onde como 
pibidiana propus a atividade e entregamos um balão a cada aluno e dentro do 
balão havia uma pergunta sobre o assunto estudado até aquele momento. Então 
pedimos aos alunos que enchesse o balão de ar e com o pedaço de barbante que 
entregamos a eles e pedimos para que amarrassem uma ponta no balão e outra 
no pé deles, e como regra da dinâmica eles deveriam proteger o seu balão para 
que o colega não estourasse Ao mesmo tempo em que defendiam o seu, 
tentariam estourar o balão do seu colega, ganharia quem conseguisse ficar por 
ultimo sem ter seu balão estourado, assim que seu balão fosse estourado eles 
deveriam prestar atenção onde o papel cairia e juntar para a segunda fase da 
dinâmica onde no papel havia uma pergunta que eles haveriam de responder, 
respondendo certo ganhavam um pirulito. A atividade foi a mais citada nos 
questionários dando abertura para compreendermos que atividades em que 
trabalhemos em uma perspectiva da ludicidade sejam melhores aceitas. Assim, 
temos que 
 
 Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa cooperativa e 
interacional, ou seja,quando alguém está jogando está executando 
regras do jogo e ao mesmo tempo, desenvolvendo ações de cooperação 
e interação que estimulam a convivência em grupo. (FRIEDMAN, 1996 
apud SANTOS e JESUS, 2010, p.3) 
 
 
Na Escola Estadual Ana Libória a professora nos conta “a gente procura 
trabalha de uma forma com que a teoria e a prática estejam interligadas para que 
31 
 
 
eles gostem... a gente procura fazer um trabalho diferenciado para que ele nunca 
se prenda só a isso... vemos que muitos alunos então se assim se descobrindo se 
despertando para o ensino de artes em si.” Dentro desse dialogo que a professora 
apresenta bem esclarecido que ela atrela com muito proveito a teoria e a prática, 
faz com que os alunos se descubram dentro das artes. Isso pode ser observado 
na tabela apresentada anteriormente onde os alunos apontam a preferência pelo 
conteúdo dado pela professora assim como uma pequena parcela dos alunos diz 
gostar também das dinâmicas que acontecem em sala de aula. 
Desta forma os alunos também se colocam apontando as atividades que 
eles mais gostaram “quadrinhos porque assim a gente expressa nossa arte... 
fazer mosaico, pintura, porque desenvolvemos o que o aluno tem de melhor” 
assim os alunos sinalizam bastante o interesse pelo desenho, pois a professora 
tem trabalhado com eles uma proposta de “caça-talentos” onde os alunos tem se 
expressado mais, isto é ela trabalha varias modalidades em que se apresenta o 
desenho e os alunos vão mostrando maior interesse no que se identificam, nesse 
momento podemos então verificar como as professores se retém muito a questão 
da aula pelo desenho. É natural nessa fase a maioria ter esse interesse pelo 
desenho, ela já trabalhou com eles mosaico, história em quadrinhos, releitura, 
desenhos livres, e por isso então a grande maioria demonstrou o gosto pelo 
desenho. Mostrou-se ainda que há um interesse nas aulas pelos conteúdos em 
que a professora oferece o conhecimento para eles. Assim podemos observar 
que há presença da tendência escola nova, onde há um trabalho em que 
valorizamos a relação do aluno com o professor. Onde o professor, segundo o 
autor Eyng, busca 
 
 
[...] orientar o aluno e conceder-lhe ampla margem de controle e 
autonomia, além de assumir o papel de investigador, pesquisador, 
orientador, coordenador, levando o aluno a trabalhar o mais 
independente possível. (EYNG, 2007, pg.123) 
 
 
Ferraz e Fusari (1993, p.99) reforçam essa idéia ao colocar que 
 
32 
 
 
[...] os professores de artes, empenhados na democratização de saberes 
artísticos, procuram conduzir os educandos rumo ao fazer e o entender 
as diversas modalidades artísticas e a história cultural das mesmas. 
 
 
Isto é, nesta abordagem o aluno é descobridor do conhecimento o 
professor lhe traz inquietações, perguntas, dúvidas e o aluno conforme for sua 
curiosidade vai atrás de saber, conhecer, fazendo assim o professor apenas o 
mediador e o aluno o sujeito do conhecimento que ele esta perto de obter. 
Assim, pude perceber que, ao problematizarmos o que mais interessa ao 
aluno nas aulas de artes, temos que há uma grande variação de respostas dos 
alunos. Alguns sinalizam que se interessam “pelas obras que são apresentadas, 
elas são bonitas e sempre tem algo a dizer”, “as pinturas e os povos nos quais 
são faladas”, “esculturas”, “as aulas práticas, e teóricas”, desta forma os alunos 
colocam em sua maioria que nas aulas seja trabalhado os conteúdos de maneira 
mais dinâmica, e na sua grande maioria gostam mais quando a atividade é 
prática, quando eles têm a oportunidade de pegar a mão na massa literalmente. 
Poder praticar a realização de alguma atividade tirando eles daquele momento 
habitual das outras aulas. 
Essa constatação é visível tanto na escola federal com na escola estadual. 
As próprias professoras falam dessa questão de organizar as aulas para que os 
alunos possam ter maior empenho em suas atividades, a professora do Ana 
Libória coloca que “todas as práticas elas são interessante, os alunos gostam.”, 
“eu percebo que os alunos gostam das atividades práticas.”, “Eu pesquiso a 
maioria dos conteúdos que vão ser trabalhados, hoje eu utilizo o recurso da 
internet.” Assim a professora demonstra que busca conhecimentos e formas de 
trabalho que atendam os interesses e necessidades dos alunos e da disciplina. 
A professora do Colégio de Aplicação também coloca a metodologia que 
ela encontrou para que suas aulas chegassem ao gosto dos alunos, ligando o 
desejo pela prática e a teoria onde eles obtêm o conhecimento, ela fala que “As 
metodologias é através de motivação”, “nós educadores temos que trabalhar 
apartir disso, seminários, buscar novas praticas, entendeu levar em visitas 
culturais, deixar o aluno inovar.”, “nós temos que buscar maior criatividade dentro 
desses conteúdos pra que esses conteúdos sejam eficazes e as aulas sejam bem 
criativas então tem que pensar o quer que não desse certo no ano anterior e 
33 
 
 
tentar melhorar e tentar acertar os conteúdos abordados, então é feito de um ano 
para o outro o planejamento.” Ela então procura sempre estar inovando se não 
deu certo ela tenta outra coisa, e vai mudando sempre que ela observa que é 
necessário, fazendo assim o gosto dos aluno, com que eles possam estar 
experimentando coisas novas sempre. Ferraz e Fusari (1993, p.111) adverte: 
 
 
[...] o trabalho educativo em arte deve apresentar grande vitalidade 
e dinamismo, acrescido de processos criativos, pois se faz de uma 
forma interativa entre criança-adulto-ambiente natural e cultural. 
Mas ainda, os modos de entender a relação professores-alunos e 
ensino-aprendizagem são compartilhados pelas linhas de ação 
educativa das várias linguagens expressivas (visual, sonora, 
dramática, corporal, audiovisual, verbal, poética). 
 
 
Através disso podemos observar o aluno participando da construção do 
conhecimento, sendo um processo continuo onde aprender é sempre uma 
descoberta que pode ser agregada ao seu ser. Os trabalhos em grupos também 
ajuda eles a se desenvolver e a expressar suas escolhas além de compreender o 
próximo e aprender a se relacionar e aceitar as escolhas dos colegas. Segundo 
Santos, 
 
O discente passa a ser o centro do processo ensino-aprendizagem, e 
sua ação é priorizada como fator decisivo para a aprendizagem. As 
capacidade próprias e o esforço individual são as garantias do sucesso 
escolar. (SANTOS, 2006, p. 25) 
 
 
É desta forma que acontece na sala de aula o aluno conhece aquilo que 
ele busca o conhecimento, o professor lhe orienta o caminho a percorrer e ele vai 
atrás daquilo que mais lhe interessa conhecer. 
Na categoria relativa ao Desenvolvimento das aulas de artes temos os 
seguintes dados: 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS AULAS/ CAP 
DINÂMICAS (BRINCADEIRAS, JOGOS) 47 
CONTEUDO (GRECIA, ROMA, CONTEPORANÊA) 28 
 
DESENVOLVIMENTO DAS AULAS/ AL 
DINÂMICAS (BRINCADEIRAS, JOGOS) 17 
CONTEUDO (GRECIA, ROMA, CONTEPORANÊA) 9 
 
34 
 
 
 
 
 
No Colégio de Aplicação os alunos mostram um grande interesse quando 
durante as aulas são desenvolvidas dinâmicas que como eles falam “com 
brincadeiras”, “mais dinâmicas parecidas com o balão”, “com mais interatividade”. 
Sendo assim, observa-se nos alunos que os mesmos procuram uma aula mais 
diversificada, saindo do clássico, que os envolvam mais, que façam com que eles 
anseiem pelas aulas e o conhecimento que vem com elas, buscando se 
enriquecer através de algo muito valioso que é a sabedoria que adquirimos 
através da leitura das obras, do fazer artístico e da história da arte, abrangendo 
assim o tripé indicando pela proposta triangular.Essas três etapas são 
consideradas como principal meio de se aprender arte conseguindo assim 
contextualizar, produzir e interpretar as obras que eles também produzem. Os 
alunos colocam também que há uma grande preferência pela aula quando nela 
acontece mais dinâmica, brincadeiras e jogos, há também aqueles que gostam 
mais quando são trabalhados os conteúdos de arte, da história da arte, assim um 
complementa o outro fazendo com que aulas envolvam todos os gostos dos 
alunos. 
A professora nós fala que busca “inovar a metodologia de ensino, trabalhar 
motivação com dinâmicas em sala de aula”, desta forma, ela procura em livros e 
pesquisa na internet, também troca idéias e informações com outras professoras 
de outros CAP de outros estados, fazendo assim uma troca bastante apropriada, 
pois dessa forma sabemos que atividades deram certas e talvez possa ser usada 
aqui, objetivando variar um pouco as dinâmicas e a maneira em que é feita a 
construção do conhecimento de forma mais propicia possível. Ferraz e Fusari 
(1993, p.104) contribuem ao dizer que: 
 
 
[...] o professor deve saber unir as problemáticas das práticas escolares 
na área artísticas com as reflexões e teorias suas e de outros 
profissionais sobre arte e educação de um modo transformador, criativo 
e compromissado com a democratização cultural artística e estética junto 
aos estudantes. O exercício dessa “práxis pedagógica” com vistas a 
ajudar a formação artística e estética de estudantes na escola, 
certamente estará mobilizando o professor de arte a pensar seu trabalho, 
pesquisar, discutir, com outros docentes e a aperfeiçoar-se. [...] 
35 
 
 
 
 
Na Escola Estadual Ana Libória a professora coloca que “a gente procura 
trabalhar de uma forma com que a teoria e a prática estejam interligados para que 
eles gostem”, “vemos que muitos alunos estão... se descobrindo se despertando 
para o ensino de artes em si”, desta forma, a professora esta sempre em busca 
de novos meios, caminhos, elementos que possam compor uma aula de artes 
mais diversificada para atingir o patamar de interesse do aluno misturando teoria 
(conteúdos da história da arte) e prática (veiculada a dinâmicas em sala de aula). 
Desta forma, conseguindo atingir a todos os alunos, fazendo com que eles se 
envolvam e tenha uma participação mais assídua, como demonstra a tabela 
acima onde há uma grande preferência por dinâmicas. Segundo Marinho, 
 
As dinâmicas são instrumentos, ferramentas que estão dentro de um 
processo de formação e organização, que possibilitam a criação e 
recriação do conhecimento. (MARINHO, 2009, s/p) 
 
 
Através desse meio então as professoras procuram se planejar, organizar 
para que seus alunos tenham a capacidade de criar, elaborar e construir seus 
próprios conhecimentos, criando assim seus conceitos e conhecimentos 
relacionados aos conteúdos que estão sendo construído pela professora, desta 
forma o aluno vai tecendo uma rede de conhecimento que a cada aula, atividade, 
dinâmica ela se fortalecem e crescem ainda mais, tornando o aluno com sede de 
sabedoria e sempre em buscar de mais fonte de informação. 
Por sua vez os alunos confirmam assim “atribuindo mais aulas que tenham 
envolvimento de uma forma que aprendemos nos divertimos.”, “através de 
brincadeiras”, “... mais interessante tivesse quadros pra gente pintar o que vem 
nas nossas cabeças.”, é assim, portanto que os alunos mostram seus interesses, 
colocando o que eles gostariam que acontecesse em suas aulas, e que por 
ventura já vem lhe ocorrendo gradativamente esses seus desejos de aulas mais 
planejadas e qualificadas. Como já vem demonstrando os alunos, eles não 
querem mais aquela aula onde apenas se escreve no quadro e eles são 
obrigados a copiar, sem nenhuma prática, os alunos buscam mais que isso 
procura se envolver de maneira mais intensa buscando florescer. 
36 
 
 
A proeminência existente nas respostas dos alunos é o lúdico, isto é ao 
afirmarem que querem mais dinâmicas, brincadeiras, jogos, estão afirmando que 
querem uma aula de arte com mais ludicidade. Trago aqui a definição de lúdico 
por Santos e Jesus (2010, p.2-3): 
 
A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar 
estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também 
à conduta daquele que joga que brinca e que se diverte. Por sua vez, a 
função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu 
saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo. 
 
 
Ferraz e Fusari (1993, p. 90) também contribuem com o seguinte: 
 
 
As vivências com brincadeiras, quando estruturadas adequadamente, 
podem originar processos construtivos e expressivos tanto quanto as 
várias linguagens artísticas. 
 
 
 Como cita Clemente: 
 
[...] O lúdico na Arte fomenta novos caminhos estratégicos para o ensino 
da Arte com apreensão de conteúdos, atividades, temáticas mais 
prazerosas e significativas para indivíduo. (CLEMENTE, 2014, p 5) 
 
 
O lúdico vem, portanto apoiar e ajudar os alunos na criatividade, na 
capacidade que tem de tomar a iniciativa, de criar, recriar, inovar, construir, 
estabelecer meios em que os alunos possam construir um aprendizado de forma 
mais suave e reflexivo, isto é, fazendo com que reflitam como esse conhecimento 
vai moldá-los como seres humanos, modificando algo na essência deles, e de que 
maneira isso pode mudar-los e deixar-los mais críticos. Pois quando os alunos se 
envolvem em alguma atividade lúdica, eles se entregam por completo, isto é 
participam apenas do lúdico e esquecem-se do resto pelo menos durante a 
atividade, isso acontece pelo prazer de participar, de realizar as ações, 
contentamento, estes sentimentos permeiam os alunos e dão a eles um misto de 
sensações que os envolvem, e assim temos uma participação ativa dos alunos. 
 
[...] Usar jogos para ensinar arte pode ser considerado como uma 
estratégia metodológica, para conseguir que esse aluno olhe para o 
37 
 
 
professor, ouça o que ele diz, se concentre, para que a aprendizagem se 
concretize. O discurso do professor deve ser mais atrativo do que tudo 
que se encontra a volta do aluno, pelo menos naquele momento. 
(PETRAUSKI e DIAZ,s/a, p 16) 
 
 
Quando através dos jogos o professor estimula o aluno a raciocinar, 
ponderar, analisar, está instigando o aluno a desenvolver a inteligência, se 
tornando mediador desse processo de estimulo à inteligência, conseguindo algo 
muito valioso que é a atenção dos alunos e principalmente participação ativa dos 
alunos dentro do processo de aprendizagem. 
O lúdico estimula muito mais do que a inteligência/aprendizado, incita 
também relações para com o próximo (socialização), respeito, equilíbrio como 
pessoa, no pensar agir e sentir há também o processo de construção e 
desconstrução de ideias, pensamentos, experiências, adquirem uma bagagem 
bem diversificada e completa, criando assim um estímulo para um cidadão 
perspicaz. Alves adverte o seguinte: 
 
A educação por meio de atividades lúdicas vem estimulando as relações 
cognitivas, afetivas, sociais, além de propiciar também atitudes de crítica 
e criação nos alunos que se envolvem nesse processo (apud 
PETRAUSKI e DIAZ, s/a, p 20) 
 
 
Santos e Jesus (2010, p.2) contribuem colocando que: 
 
 
[...] o lúdico é uma estratégia insubstituível para ser usada como 
estímulo na construção do conhecimento humano e na progressão das 
diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma importante 
ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais. 
 
 
Compreende-se então que trabalhar com atividades lúdicas com os alunos 
traz a eles a um beneficio muito grande e prazeroso, dando a oportunidade decrescer não só dentro daquela atividade, daquele momento, isto é 
profissional/estudante, mas sim na qualidade de pessoas que eles são, atribuindo 
lhes capacidade de gerencia o seu SER com mais cautela e serem mais 
critico/reflexivos em relação a si mesmo. 
Notamos através das respostas dos alunos que o que eles estão querendo 
é ludicidade nas aulas de artes, de modo que os coloque para raciocinar, pensar 
até conseguir quebrar o quebra cabeça, isto é produzir arte, recriando de maneira 
38 
 
 
inovadora e criativa, e aprendendo a ter iniciativa para buscar o conhecimento a 
mais sobre a história da arte, fazendo assim a contextualização. Os alunos estão 
cansados de aulas monótonas e na ludicidade eles encontram uma aula mais 
diversificada, e melhor do jeito que eles gostam com brincadeiras e jogos 
atingindo assim a capacidade de construção da inteligência. 
Observamos ai a presença da abordagem triangular, que contempla um 
ensino melhor em artes visuais, mais completo abrangendo assim a todas as 
etapas para uma educação em arte mais consciente. Compreender as linguagens 
da arte e experimenta-las é um percussor criativo que os alunos percorrem, 
conseguindo criar e produzir inovações, e ainda trabalhar dentro do tripé artístico, 
pois ao criar acaba-se fazendo a contextualização, a interpretação e a história da 
arte, em que tempo esta sendo produzido, e apartir da produção em que estilo o 
aluno após conhecer a história da arte ele acha que se encaixa aquela produção 
que ele fez. 
Ferraz e Fusari (1993, p.36) contribuem com a seguinte colocação: 
 
 
[...] a consciência e a interferência sobre o processo educativo (e nesse 
caso, mais especificamente, de arte) é fundamental para o professor, os 
alunos de magistério, enfim, para todos que estão envolvidas com uma 
educação que se pretende transformadoras. A consciência história e a 
reflexão crítica sobre os conceitos, as idéias e as ações educativas de 
nossa época possibilitam nossa contribuição efetiva na construção de 
práticas e teorias de educação escolar em arte que atendam às 
implicações individuais e sociais dos alunos, às suas necessidades e 
interesses e, ao mesmo tempo, proporcionem o domínio de 
conhecimento básico da arte. 
 
 
Assim a abordagem triangular leva os alunos a crescer, com experiência 
que os valorizam, contemplando o conhecimento necessário dentro das artes. 
Na categoria relativa à participação dos estagiários e pibidianos temos os 
seguintes dados: 
 
 
 
 
 
 
PARTICIPAÇÃO DE ESTAGIÁRIO E PIBIANOS / CAP 
SIM - GOSTARAM 65 
SIM – NÃO GOSTARAM 10 
 
PARTICIPAÇÃO DE ESTAGIÁRIO E PIBIANOS / AL 
SIM - GOSTARAM 6 
NÃO HÁ ESTAGIÁRIO E PIBIANOS 20 
 
39 
 
 
 
 
Neste quesito os alunos do colégio de aplicação deixaram bem claro o 
gosto pela participação dos pibidianos e estagiários como cita os alunos “sim, 
ótimas fizeram diferença no entendimento dos assuntos”, “todos têm um bom 
desempenho na hora de fazer as atividades e essas atividades são bem criativas 
e acaba reforçando a participação da maioria dos alunos”, “sim, top. porque além 
de ser em coisas novas, são divertidas e educativas”. Podemos observar pelas 
respostas e pela tabela acima que os alunos realmente gostam da participação 
deste, isso se deve pela forma como os pibidianos atuam dentro de sala de aula. 
Isto é, trazendo atividades e completando o conteúdo repassado pela professora 
da classe, essas contribuições acabaram chegando aos gostos dos alunos pois 
contribui para que eles compreendam e entendam melhor o conteúdo, fazendo 
assim um aprendizado mais eficiente. 
Apesar de uma pequena minoria não gostar da participação dos pibidianos, 
entendemos que nem sempre é possível agradar a todos, fazendo sempre o 
possível para atingir o objetivo da aula de maneira que todos possam colabora 
fazendo obtendo assim uma aula de qualidade. 
Na escola Ana Libória vemos ao contrario da Aplicação, aqui os alunos não 
tem a participação de pibidianos por isso o número significativo de resposta 
dizendo que não há estagiários e pibidianos, destaco que como acadêmica do 
curso de Artes visuais realizei o estágio curricular supervisionado V nesta escola, 
no inicio do ano. Por isso, quando alguns dizem que tem e gostaram estavam se 
referindo a este momento que tive com eles. Assim, eles afirmam o seguinte “eu 
acho boa porque eles sabem elaborar as dinâmicas”, “não temos acadêmico do 
curso de artes”, “não”. Sendo assim eles contam apenas com a professora 
regente da disciplina de artes pra obter conhecimento artístico. 
Isso demostra como os alunos percebem a participação dos estagiários e 
dos pibidianos, e como essa participação corrobora no ensino/aprendizagem do 
aluno, proporcionado modificações na prática pedagógica em sala de aula. 
Abordando assim uma aula com complementos que os pibidianos trazem pra 
colaborar com a professora e juntos pibidianos/estagiários e professoras acabam 
construindo um aprendizado com mais qualidade e atributo. 
40 
 
 
Dentro deste quesito cabe aos professores e pibidianos/estagiários 
dependendo do conteúdo a ser explanado em sala de aula, escolher qual 
tendência cabe ali, e aplicar da melhor maneira possível, fazendo com que os 
alunos captem a essência do conteúdo que lhe esta sendo esclarecido. 
 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Dentro desta pesquisa foi possível lidar com diferentes pessoas e 
personalidades, dentre as quais muitas contribuíram para que esta pesquisa fosse 
realizada com sucesso. Durante os três anos do PIBID foram observados os 
tratamentos dos alunos com a disciplina de artes visuais e durante os estágios 
também notaram a maneira como eles percebem a disciplina. 
Desta forma, concluo que quando não há envolvimento da arte com o 
lúdico fazendo aulas com mais dinamismo os alunos não tem interesse, o 
conteúdo tem que ser mais interessante do que o amigo do lado, o celular, para 
que assim consigamos obter a atenção e participação dos discentes nas aulas, 
tornando assim uma disputa quase que perdida para o professor quando a aula 
não tem atrativos que chamem a atenção dos alunos, que procura trazer uma 
aula com mais dinâmica a fim de temos o plano de aula executado com sucesso. 
Inferimos então que as experiências do Pibid e dos estágios irão contribuir 
e muito para quando formos para a sala de aula, percebendo que quando for para 
o campo da prática há de sempre que estar buscando novas maneiras de produzir 
aulas com mais qualidade, propriedade, sempre procurando envolver o lúdico 
com a arte. 
Por meio do lúdico podemos ver novas possibilidades de aprendizagem 
que os alunos possam apresentar, com isto podemos aprender a criticidade, a 
apreciação, conteúdos, formas, e adquirindo habilidades dentro das artes, 
obtendo assim um conhecimento vasto em artes. 
Conforme as respostas dos alunos e as falas das professoras puderam 
concluir que estamos no caminho certo. As dinâmicas que as professoras estão 
realizando estão conseguindo atingir objetivo de uma aula mais ao gosto dos 
41 
 
 
alunos, conseguindo assim captar a atenção e ao mesmo tempo repassar o 
conhecimento que eles devem ter. 
Dentro da pesquisa foi possível notar que as atividades que mais deram 
êxito foram as práticas onde nelas há presença do lúdico como meio de interação. 
Isto prova que os alunos estão em busca de algo diferenciado, algo que chamem 
a atenção deles e faça com que eles queiram participar, se envolver com todo 
gosto, e o melhor lhe trazendo sabedoria e conhecimento não apenas dentro da 
escola, da disciplina, mas que esse conhecimento o envolva como pessoa, capaz 
de lidar com certas situações sem entrar

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