Buscar

Biblioteca 1390857

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

*
*
UNIDADE 3: COMPREENDENDO AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E A ESTRUTURA DE CAPITAIS
Análise de Investimento
Prof. Luís Claudio Ribeiro
*
*
1. INTRODUÇÃO
 As demonstrações contábeis brasileiras são basicamente regidas pela Lei nº 6.404/76 e complementos. 
 A Lei nº 11.638, promulgada em dezembro de 2007, trouxe importantes atualizações na forma de registrar as informações financeiras. 
 A Lei nº 11.941/09 trouxe outras importantes contribuições para a legislação contábil brasileira dentro do objetivo principal de inseri-la no contexto mundial.
 Atualmente, a Contabilidade no Brasil caminha para tornar os balanços das empresas bem mais transparentes, fornecendo detalhes das informações relevantes aos investidores para adequar sua estrutura aos padrões contábeis internacionais. 
 É nítida a convergência da contabilidade brasileira para as Normas Internacionais de Contabilidade, conhecidas pela sigla IFRS (International Financial Reporting Standards), as quais representam um conjunto de pronunciamentos contábeis internacionais publicados e revisados pelo IASB (International Accounting standards Board).
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
 Demonstrações Contábeis (ou financeiras) equivalem a um conjunto de informações apuradas e divulgadas pelas empresas, revelando os vários resultados de seu desempenho em um exercício social. Através das demonstrações, é possível obter conclusões sobre a efetiva situação da empresa.
 As sociedades por ações são obrigadas a elaborar e publicar as seguintes demonstrações financeiras (aqui são usadas como sinônimas as expressões demonstrações contábeis e demonstrações financeiras):
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
1.1. BALANÇO PATRIMONIAL
Indica a posição financeira da empresa em um determinado momento de tempo. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Ativo 
Circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras, Estoques, Clientes.
Grupo Conhecido como Capital de Giro da Empresa.
Recebíveis em até 12 meses.
Representam os direitos recebíveis da entidade que deverão ser recebidas em um prazo superior a 12 meses (Recebíveis “a perder de vista”).
Imobilizado
(-) Depreciação Acumulada
LIQUIDEZ
Capital de outras sociedades, obras de arte, imóveis de renda, aplicações
Recursos aplicados em bens imateriais.
Ativo 
Não-Circulante
CLASSIFICAÇÃO DO ATIVO
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Passivo
Circulante
Passivo
Não-Circulante
Representam as obrigações que vencerão nos próximos 12 meses.
Representam as obrigações da entidade que deverão ser pagas em um prazo superior a 12 meses.
Passivo Exigível
a Longo Prazo
Receitas Diferidas
Representam as receitas recebidas antecipadamente, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes (aluguéis ativos a apropriar, receitas financeiras a apropriar).
EXIGIBILIDADE
CLASSIFICAÇÃO DO PASSIVO EXIGÍVEL
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
O PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SUA COMPOSIÇÃO
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
RESERVAS DE CAPITAL
Reservas  são recursos contabilizados em contas do grupo Patrimônio Líquido. Entre outras finalidades, visam manter a integridade do Capital Social ou garantir a realização de investimentos com recursos próprios.
RESERVAS DE LUCROS
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
A função desta Demonstração é evidenciar o resultado econômico da empresa. 
1.2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
RECEITA OPERACIONAL BRUTA DE VENDAS
Vendas: É a conta destinada ao registro das vendas efetuadas por uma empresa. 
( - ) DEDUÇÕES DE VENDAS 
São as parcelas dedutivas das vendas para apurar o resultado líquido das vendas, ICMS sobre vendas, Pis s/Faturamento, Cofins s/Faturamento, ISS s/ Serviços , Abatimento sobre vendas, Devoluções de Vendas. 
A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO E SUA COMPOSIÇÃO
( = ) RECEITAS OPERACIONAL LÍQUIDA DE VENDAS 
São as vendas do período já deduzidas os descontos, abatimentos, devoluções e impostos.
( - ) CMV, CPV, CSV
É o custo de aquisição das mercadorias, produtos ou serviços, vendidos. 
( = ) LUCRO BRUT0 
É a diferença entre a receita líquida de vendas ou serviços e o custo das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados.
( - ) DESPESAS 
São os gastos incorridos pela empresa, com o objetivo de obter receitas. Essas despesas podem ser operacionais e não Operacionais 
( - ) DESPESAS OPERACIONAIS 
São aquelas decorrentes do desenvolvimento das atividades normais da empresa, tais como: Despesas Administrativas, Despesas Tributárias, Despesas Comerciais, Despesas Financeiras, etc. 
( - ) DESPESAS TRIBUTÁRIAS 
São despesas decorrentes das obrigações fiscais, tais como: pagamento de impostos, taxas e contribuição. Representa o custo tributário de uma empresa, isto é, a soma de valores devido ao fisco. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
( - ) DESPESAS COMERCIAIS 
São as que ocorrem nos estabelecimentos, que têm como finalidade, vender
( - ) DESPESAS FINANCEIRAS
São aquelas realizadas com a finalidade de se obter o Capital de terceiros e os juros cobrados remuneram tais capitais. 
( + OU - ) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Outras receitas e outras despesas são aquelas receitas e despesas decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias que constituam objeto da empresa. Podem ser entendidas como despesas não-operacionais, as subvenções para investimentos, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e doações do Poder Público (RIR/1999, art. 443).
( = ) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IR E CSLL
É o resultado obtido pela empresa em função da sua atividade operacional, antes da dedução do imposto de renda e Contribuição social s/ lucro líquido. 
( - ) PARCELA DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LÍQUIDO
Parcela do lucro obtido pela empresa e que é canalizado para o Governo. 
( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
É o lucro líquido obtido pela empresa. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Evidencia as transações ocorridas em um determinado período e que provocam modificações no saldo da conta Caixa e Equivalentes de Caixa da empresa. 
A DFC indica a origem de todo dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de todo dinheiro que saiu do caixa em determinado período, e, ainda, o resultado do fluxo financeiro.
Para efeito de DFC:
Caixa = Conta Caixa + Bancos + Aplicações de liquidez imediata
Então,
Caixa = Disponível
A DFC irá explicar a variação no caixa de um ano para outro.
1.3. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
A DFC é obrigatória para todas as companhias abertas e de acordo com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), deve evidenciar, no mínimo, três fluxos financeiros:
Das Operações;
Dos Investimentos; e
Dos Financiamentos.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
Transações que afetam e não afetam Caixa e Equivalentes de Caixa:
AUMENTAM O CAIXA:
 Integralização de capital pelos sócios;
 Empréstimos e financiamentos;
 Vendas de itens do Ativo Permanente;
 Vendas de mercadorias a vista;
 Recebimento de duplicatas;
 Outras entradas de caixa.
DIMINUEM O CAIXA:
Pagamento de dividendos a acionistas;
Pagamento de juros e amortização e amortização de dívidas;
Aquisição de itens do ativo permanente;
Compras a vista;
Pagamento a fornecedores;
Pagamentos de despesas/custo e outros.
NÃO AFETAM O CAIXA:
Depreciação, amortização e exaustão;
Provisão para devedores duvidosos;
Reavaliação de bens;
EquivalênciaPatrimonial;
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
A DFC pode ser elaborada por dois métodos:
MÉTODO DIRETO
MÉTODO INDIRETO
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
2. ESTRUTURA DE CAPITAL
 Entende-se por estrutura de capital aos fundos de longo prazo representando a forma como uma empresa se financia, ou seja, se a mesma se financia através de capitais próprios ou capitais alheios.
 A procura de uma estrutura ótima de capital tem sido um dos grandes desafios em que o objetivo é minimizar o custo total de financiamento e maximizar o valor para o acionista/sócio. Muitas questões continuam ainda sem resposta como por exemplo: Qual será a relação entre a estrutura de capital e a rentabilidade das empresas? Serão mais rentáveis as empresas que recorrem a capitais próprios ou as que recorrem a capitais alheios?
 Ao longo do ciclo de vida de uma empresa, esta precisa de financiamento para o exercício da sua atividade. Para combater esta necessidade de financiamento, a empresa pode recorrer de uma combinação de capital próprio, capital alheio e instrumentos híbridos.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
 A estrutura de capital está relacionada com os capitais financeiros, podendo estes ser obtidos através de três tipos fontes: (i) investidores em patrimônio líquido, que compram ações da empresa; (ii) investidores em títulos de dívida a longo prazo; (iii) fornecedores de mercadoria a crédito ou empréstimos a curto prazo.
 Assim, a empresa pode recorrer a capitais próprios e/ou capitais alheios, pelo que pode utilizar os dois tipos de fontes de financiamento simultaneamente. Deste modo, a proporção utilizada de capital próprio e capital alheio determina a estrutura de capital da empresa.
 Contudo, a questão da estrutura de capital está relacionada com a procura da estruturação mais favorável das parcelas do capital próprio e do capital alheio de médio e longo prazo que permite maximizar o valor da empresa, tendo em vista uma determinada rentabilidade e um determinado risco.
 A visualização da estrutura de capital fica mais clara quando se observa o balanço patrimonial da empresa em questão. Uma vez que a estrutura de capital trata da composição dos capitais, significa que estamos falando do lado dos passivos.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Capital de Terceiros
Capital Próprio
 Da estrutura de capital obtém-se o custo de capital que, linhas gerais, representa a remuneração exigida pelos fornecedores de fundos: credores e pelos acionistas.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
3. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A CURTO PRAZO
 Embora a geração de valor esteja associada, de forma mais efetiva, às políticas de longo prazo das organizações, sua aferição se dá no curto prazo. Adicionalmente, você deve se perguntar: existe perspectiva de longo prazo se não há gestão eficiente no curto prazo? Nenhuma organização chegará muito longe se a gestão de seus ativos e passivos de curto prazo não for executada de forma eficiente.
 A administração financeira de curto prazo, embora apresente uma estrutura de gestão própria, deve convergir para uma política de gestão de longo prazo, principalmente no que se refere aos custos estimados e utilizados para a determinação dos projetos, às previsões realizadas, ao uso de capitais, às formas de pagamento e recebimento determinadas tanto quanto de seus investimentos em ativos cíclicos.
 Podemos, aqui, nos referir à gestão de curto prazo como sendo a gestão da execução financeira e operacional da empresa. A gestão de curto prazo é que age proativamente e reativamente aos estímulos do mercado. De forma mais ampla, qualquer insucesso nos investimentos de longo prazo tenderão a compor um efeito intenso nas finanças de curto prazo. Por isso, é preciso conhecer mais a dinâmica das decisões de curto prazo.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
 O principal objetivo da administração financeira de curto prazo é gerir o ativo circulante e o passivo circulante de modo a conseguir gerar valor à empresa, levando em consideração a rentabilidade e o risco.
 O ativo circulante é composto pelo disponível, aplicações financeiras, contas a receber e estoques que se espera serem convertidos em caixa no prazo de um ano. O passivo circulante, por sua vez, é formado por fornecedores, empréstimos, duplicatas descontadas, salários a pagar e encargos e tributos a pagar (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2009).
 A administração eficiente dos direitos e obrigações de curto prazo permitirá a obtenção dos resultados requeridos pela organização em um prazo menor que um ano, ressaltando-se que o administrador financeiro deve manter um equilíbrio nas contas da organização com objetivo de conservar um nível desejável de capital de giro. Assim, torna-se essencial a compreensão do ciclo operacional e do ciclo financeiro já que as informações referentes sobre fluxo de caixa, recebimentos, pagamentos, estoques entre outros, retratam a real necessidade de capital de giro.
 Portanto, para alcançar uma administração financeira de curto prazo mais eficiente, é imprescindível o conhecimento do ciclo operacional e do ciclo financeiro, assim como da análise do capital de giro de uma empresa.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
3.1. CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO (CAIXA)
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS
PMRV = 360. DR(m)
 V
V = Vendas no período
PMRV = Prazo Médio de Rece-bimento das Vendas
DR = Duplicatas a Receber
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS
PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DOS ESTOQUES
PMPC = 360. DP(m)
 C
C = Compras no período
PMPC = Prazo Médio de Pagamento das Compras
DP = Duplicatas a Pagar
PMRE = 360. EM
 CMV
CMV = Custo de Mercadoria Vendida
PMRE = Prazo Médio de Re-novação dos Estoques
EM = Estoque Médio
Índices (Prazos Médios) das Atividades
CICLO OPERACIONAL = PMRE + PMRV
CICLO FINANCEIRO = CICLO OPERACIONAL – PMPC 
CICLO ECONÔMICO = PMRE
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
 A necessidade de financiamento do ciclo operacional é determinada pelo seu ciclo financeiro. Quanto mais longo esse ciclo, maior é a necessidade de recursos.
Quando as empresas fazem elevado investimento no circulante podem apresentar um uso ineficiente de recursos, como:
Manter saldos de caixa acima do mínimo necessário não traz melhoria à rentabilidade da empresa;
Manter o saldo de duplicatas a receber elevado pode sinalizar ineficiência na cobrança, ou uma política de crédito desajustada; Por isso é importante cobrar as contas com a maior rapidez possível;
O saldo do estoque elevado não aumenta as vendas, por isso é importante girar o estoque com a maior velocidade possível;
Efetuar pagamentos de contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar o crédito da empresa.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
(1ª Questão - Petrobras – Cesgranrio) Obtiveram-se da Cia. Mega S/A as seguintes informações, considerando o ano de 360 dias: 
Rotação de duplicatas a receber: 12 vezes 
Rotação de fornecedores: 24 vezes 
Rotação de estoques: 08 vezes 
Com base nesses dados, o ciclo de caixa da empresa, em dias, é de: 
44 
45 
60 
75
90
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
(2ª Questão - Transpetro – Cesgranrio) Uma empresa, considerada como a maior fabricante de componentes eletrônicos para a indústria eletroeletrônica do país, publicou, em seu último balanço, as seguintes informações:
Vendas Anuais = R$ 840.000,00
CMV = 65% das vendas
Prazo Médio de Contas a Receber = 27 dias
Prazo Médio dos Estoques = 30 dias
Prazo Médio de Pagamento = 45 dias
Patrimônio Líquido = R$ 200.000,00
Ativo Não Circulante = R$ 720.000,00Passivo Não Circulante = R$ 940.000,00
Com base nas informações fornecidas e sabendo que o estoque inicial é igual ao estoque final, qual o ciclo de caixa da empresa?
a) 102 b) 57 c) 18 d) 15 e) 12
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
3.2. CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
O capital de giro pode ser definido como o montante de recursos que a empresa precisa desembolsar antes de receber pela venda de seus produtos ou serviços.
O conceito de capital de giro está associado aos recursos que estão em constante movimentação do capital de giro que envolve dois ciclos: o operacional e o financeiro.
A gestão do capital de giro reflete como está a empresa, pois demonstra a capacidade que a empresa possui em pagar suas obrigações em dia, e de gerar retorno aos acionistas.
Uma empresa, quando se encontra “descapitalizada”, é o mesmo que não dispor de capital de giro suficiente para cumprir com seus compromissos.
Para que possamos analisar a capacidade ou necessidade de capital de giro, devemos conhecer os demonstrativos, pois é nele que nos apoiamos para tirar os indicadores que nos dará apoio nas decisões.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
A administração de capital de giro contempla as decisões do administrador financeiro, em relação aos ativos e passivos circulantes. Diante desses dois grupos de contas do balanço patrimonial é que podemos dizer se uma empresa possui liquidez ou não.
A liquidez de uma empresa é quando ela consegue honrar suas obrigações. Para isso, a empresa deve manter um saldo disponível, representado por dinheiro em caixa, em conta corrente e aplicações em títulos de alta liquidez. Estes são registrados como disponibilidades no balanço patrimonial.
Podemos observar no próprio balanço patrimonial que, quanto maior for o montante de recursos investido em cada uma das contas de disponibilidades, maior será a capacidade de liquidez da empresa e menor será o risco de inadimplência por falta de pagamentos dos credores.
A seguir são apresentadas algumas transações que aumentam o capital de giro: 1) Lucro líquido de exercício; 2) Aumento pelos acionistas através da integralização de capital; 3) Obtenção de empréstimos de longo prazo; 4) Transferência de realizável longo prazo em ativo circulante; 5) Vendas de bens do ativo permanente à vista ou a curto prazo, etc. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Recebimento de duplicatas a receber (clientes) de curto prazo;
Compra de mercadorias à vista ou a curto prazo;
Aquisição de bens do ativo permanente a serem pagas a longo prazo;
Venda de estoques de produtos acabados a vista ou a curto prazo;
Integralização de capital com bens do ativo permanente;
Conversão de empréstimos de longo prazo em capital, etc.
Transações que reduzem o capital de giro
Prejuízo líquido de exercício; 
Retirada de capital;
Pagamento de dividendos;
Transferência de dívidas de longo prazo para curto prazo;
Aquisição a vista ou de curto prazo de ativo imobilizado;
Empréstimos à empresas controladas / coligadas de longo prazo, etc.
Transações que não afetam o capital de giro
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Os ativos circulantes, comumente são chamados de capital de giro, já que eles representam parte da empresa que circula na condução dos negócios da empresa.
Para medir o capital da empresa, podemos observar algumas questões:
Já que o capital de giro parte dos investimentos que circulam no ciclo operacional da empresa, ou seja, capital circulante (ativo circulante).
Então: Capital de Giro Líquido (CGL), também conhecido como Capital Circulante Líquido (CCL) será a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, e assim podemos observar se a empresa possui, ou não, capacidade de saldar seus compromissos em curto prazo.
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
OU
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
CONCLUSÕES:
Quando o valor do ativo circulante supera o do passivo circulante, significa que a empresa possui CGL positivo. Nessa situação mais comum, o CGL representa a parcela dos ativos circulantes da empresa financiada com recursos a longo prazo (soma do exigível a longo prazo com patrimônio líquido), os quais excedem as necessidades de financiamento dos ativos permanentes.
Quando o valor do ativo circulante é menor que o do passivo circulante, significa que a empresa possui CGL negativo. Nessa situação menos usual, o CGL é a parcela dos ativos permanentes da empresa que está sendo financiada com passivos circulantes, ou seja, com capitais de curto prazo, o que denota um quadro de risco.
Geralmente, entende-se que quanto maior for o CGL de uma empresa, menor será o seu risco, porque sua liquidez reduz a probabilidade de que ela se torne tecnicamente insolvente. Tal premissa, entretanto, pode ser equivocada, pois um CGL muito alto significa que expressivos fundos de longo prazo estão financiando parte dos ativos circulantes. Como os custos desses recursos a longo prazo são sempre mais elevados que os de curto prazo, a empresa poderá vir a enfrentar problemas financeiros.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXEMPLO: (Petrobras – Administrador – Cesgranrio) Verificaram-se, nas demonstrações financeiras de uma empresa, as seguintes informações:
Caixa = R$ 2.500,00
Contas a receber = R$ 10.000,00
Contas a pagar = R$ 4.000,00
Estoques = R$ 4.500,00
Considerando-se os valores acima, o capital de giro líquido dessa empresa seria, em reais, de
6.000,00 
8.500,00
10.500,00 
13.000,00
16.500,00
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Necessidade de Capital de Giro (NCG)
É a chave para a administração financeira de uma empresa.
É fundamental para a análise da empresa do ponto de vista financeiro, ou seja análise de caixa, mas também de estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade
PCO  Fontes Cíclicas (Fornecedores, salários, encargos, impostos, taxas e outras contas a pagar.
ACO  Aplicações Cíclicas (Estoques, Duplicatas a Receber e outros valores a receber)
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
CONCLUSÕES:
1) A NCG Aumenta quando ocorrer:
acréscimo no volume de vendas;
ampliação dos prazos de recebimentos e de estoques;
redução de prazos de pagamentos;
aumento do volume de vendas a prazo.
2) A NCG diminui quando ocorrer:
queda nas vendas;
redução dos prazos de recebimentos e de estoques;
aumento dos prazos de pagamentos;
redução do volume de vendas a prazo.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Com base no Balanço Patrimonial da Comercial Bahia S.A., calcule:
o Capital de Giro Líquido.
a Necessidade de Capital de Giro (NCG);
o Efeito Tesoura.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
4. FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO
 É importante que o administrador financeiro saiba apurar o custo efetivo dos financiamentos de longo prazo e conheça também os principais instrumentos de captação das empresas.
 Os financiamentos de longo prazo de uma empresa são justificados pela necessidade de viabilizar investimentos em capital de giro e, principalmente, em capital fixo. Além do volume de recursos necessários, a decisão de financiamento exige conhecer as alternativas de crédito disponíveis no mercado, análise de seus custos, riscos, e as garantias exigidas.
 As operações financeiras de captação (empréstimos e financiamentos) e aplicação de recursos são desenvolvidas por instituições e instrumentos financeiros que compõem o Sistema Financeiro Nacional.
 As operações do Sistema Financeiro Nacional podem ser realizadas por meio de quatro grandes segmentos: a)mercado monetário; b)mercado de crédito; c)mercadocambial; d)mercado de capitais. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
 Os dois primeiros segmentos são tipicamente de curto e curtíssimo prazos.
 O mercado cambial identifica-se pelas várias negociações (compra e venda) que envolvem instituições financeiras bancárias e não bancárias autorizadas com moedas estrangeiras conversíveis. 
 O mercado de capitais centra sua especialização nas diversas operações financeiras de médio e longo prazos. 
 O mercado de capitais, no que concerne às origens das captações de longo prazo disponíveis às empresas brasileiras, pode ser subdividido em: mercado acionário, em que são realizados financiamentos por meio de recursos próprios (subscrição de capital), e mercado de empréstimos e financiamentos, no qual se processam captações de recursos de terceiros.
 De maneira geral, estes recursos podem ter duas origens/fontes:
Fontes próprias
Fontes de terceiros. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
As fontes de recursos próprios compreendem: 
Capital Social; 
Lucros retidos; 
Ações Preferenciais e Ordinárias. 
As fontes de recursos de terceiros compreendem: 
Empréstimos bancários de longo prazo; 
Emissão de obrigações (debêntures) 
Os empréstimos de longo prazo no Brasil são bastante escassos, resumindo-se a algumas linhas de crédito do BNDES. 
As empresas possuem em sua estrutura de capital diversos tipos de capitais, no que tange a sua origem, tendo no mínimo o capital social + algum tipo de empréstimo ou lucro retido. 
Cada tipo de recurso possuí um custo específico, que precisa ser corretamente calculado, de modo que a empresa não incorra em decisões equivocadas quanto a captação e aplicação destes recursos. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
O custo de capital é utilizado como parâmetro para as decisões de aprovação ou reprovação de novos projetos, uma vez que estes devem proporcionar retornos superiores aos respectivos custos. 
Assim, o custo de capital representa a taxa mínima de retorno que novos investimentos devem proporcionar. Desse modo, decisões inadequadas de financiamento elevam o custo de capital, o que torna mais difícil encontrar projetos viáveis para as empresas.
Geralmente, até um nível de endividamento moderado, o custo de capital de terceiros costuma ser mais barato que o de capital próprio. Os juros incidentes sobre o capital de terceiros implica uma obrigação contratual de pagamentos, ao passo que o capital próprio possui uma remuneração residual.
- EM SÍNTESE:
1) O capital de terceiros tem um custo explícito, estabelecido em contrato e que deve ser pago antes da distribuição de dividendos aos acionistas;
2) Ao capital próprio atribui-se maior risco, representando maior custo para a empresa.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Fontes de Longo Prazo e Custo de Capital
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
A equação do CAPM será tratada com mais especificidade na Unidade VI, que trata do risco e retorno de ativos e da carteira (ou portfólio) de ativos. Por hora, mostraremos a composição dessa equação:
ki = RF + [βi x (km – RF)]
ki = retorno exigido sobre o ativo j.
RF = taxa de retorno livre de risco, medida, geralmente, pelo retorno de um título público.
βi = coeficiente beta (ou índice de risco não-diversificável para o ativo j.
Km = retorno de mercado (retorno sobre a carteira de ativos de mercado).
NOTA: O prêmio de risco do mercado (km – RF), quando ajustado pelo indicador de risco β do ativo, resulta em um prêmio por risco definido por [βi x (km – RF)]. Esse prêmio de risco adicionado a taxa livre de risco RF, produz um retorno exigido sobre o ativo (ki). Portanto, prêmios por risco é a diferença entre o rendimento de um investimento arriscado em comparação com um investimento seguro, ou seja, (km – RF).
*
*
O custo do capital de terceiros é a remuneração exigida pelos credores (instituições de crédito/debenturistas) . 
É o custo acertado no momento do contrato (taxa de juros) menos a alíquota de Imposto de Renda da empresa (lucro real, geralmente 34%). 
A este custo vamos chamar de Ki (custo de capital de terceiros). 
Portanto, o Custo de Capital de Terceiros representa o custo da dívida do capital de terceiros livre de impostos, utilizado para calcular o CMPC. A dedução dos impostos provém do fato de os juros serem dedutíveis para fins de imposto de renda, o chamado “tax break”.
Onde: 
Ki = custo do empréstimo (taxa efetiva)
K = custo antes do IR (taxa de juros contratada)
IR = alíquota do Imposto de Renda
4.1. CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Relembrando o Conceito de DRE
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Admita um financiamento de R$ 100.000,00 tomado a taxa de 12% a.a. Sendo 34% a alíquota de IR da empresa, determinar o custo de capital de terceiros da empresa. 
Um financiamento de R$ 2.000.000,00 é tomado a taxa de 10,5% a.a. Sendo 34% a alíquota de IR da empresa, determinar o custo de capital de terceiros da empresa para este financiamento. 
Um empréstimo de longo prazo é feito por uma empresa a taxa de 8,5% a.a. Sendo a alíquota de IR desta empresa de 33%, qual o custo deste empréstimo para a empresa? 
EXEMPLOS:
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
O custo de capital próprio corresponde aos recursos investidos pelos proprietários da empresa e de lucros retidos.
É o retorno mínimo que os proprietários da empresa (acionistas) exigem de seu capital investido na empresa, ou seja, corresponde à remuneração da melhor alternativa de investimento dos quais os investidores abriram mão ao aplicarem seus recursos na empresa.
Diferentemente do capital de terceiros, para calcular o custo de capital próprio, deve-se considerar que (1) não há o benefício fiscal do IR, uma vez que os dividendos correspondem à parcela do lucro remanescente que a empresa de capital aberto distribui a seus acionistas; e (2) os dividendos devem ser tratados em uma perspectiva de perpetuidade, já que as ações constituem o capital da empresa.
O custo de capital próprio de uma sociedade anônima de capital aberto deve ser determinado para as ações existentes (sejam elas ordinárias ou preferenciais), quando há o ingresso de novo capital (pela emissão de novas ações) e quando há lucros retidos.
4.2. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
Um modo de se calcular o custo das ações preferenciais é por meio do desconto do fluxo de dividendos futuros esperados.
Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o fluxo de dividendos futuros esperados.
2.1. Custo das ações já existentes
No qual: 
P0 = Preço corrente da ação 
D1= dividendo por ação esperado Ao final do ano 1
k= taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores de capital próprio, na qual para as ações ordinárias usa-se Ko, e para ações preferenciais usa-se Kp.
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações
Assim, o custo das ações preferenciais (Kap) ou das ações ordinárias (Kao) é o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento líquido com a venda dela pela empresa.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
Kap = Kao = D1 + g
 P0
*
*
EXEMPLOS:
A Invetest S.A. possui uma taxa de capital próprio de 14%. A taxa de crescimento da ação é de 8% e o valor do último dividendo pago foi de $ 4,50. Calcular o preço atual da ação.
A empresa São José S. A. distribuiu R$ 18,00 de dividendos para cada ação ordinária no último ano, e o retorno exigido sobre elas é de 12%. Calcule o preço corrente da ação ordinária, considerando que os dividendos cresçam a uma taxa de 5% ao ano.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais*
*
A fim de captar recursos para investimentos, uma sociedade anônima de capital aberto pode subscrever, isto é, emitir novas ações. 
Para calcular o custo dessa novas ações, deve-se considerar que elas poderão ser negociadas com ágio ou deságio e que a empresa incorrer em gastos com sua colocação no mercado, representados por taxas, comissões, corretagens, etc.
2.2. Custo de novas ações (Kna)
k = D1 + g
VL
Para determinar o custo das novas ações, utilizamos a seguinte fórmula, também derivada da expressão de Gordon e Shapiro:
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
EXEMPLO: Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o valor de emissão de $ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se que o total de gastos com a colocação no mercado  seja de $ 0,55 por ação. O dividendo previsto para o próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos distribuídos pela empresa têm crescido à taxa média anual de 3,5% nos últimos anos. Calcule o custo dessas novas ações.
*
*
A reserva de lucros constantes do patrimônio líquido, aqui denominada lucros retidos, constituem a parcela do lucro da empresa não distribuída aos acionistas.
Considera-se que em empresas dinâmicas sempre haverá a possibilidade de investimento dos recursos disponíveis, o que significa dizer que a distribuição de lucros aos acionistas, na forma de dividendos, compete com usos alternativos dos recursos disponíveis.
Seguindo nessa linha de pensamento, a decisão da empresa em reter e reinvestir parte do lucro é justificada quando há projetos cujos retornos são superiores ao custo de oportunidade dos proprietários.
Assim, lucros retidos não são gratuitos para empresas e, por isso, devem ser remunerados. Nesse sentido, eles são tratados como equivalentes ao ingresso de recursos mediante emissão de novas ações, mas sem incorrer em gastos como taxas, comissões, corretagens, etc.
No cálculo do custo dos lucros retidos, Klr, é utilizada a mesma equação das ações ordinárias existentes, de modo que Klr = Kao
2.3. Custo de lucros retidos (Klr)
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
4.3. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR
O CMPC (Custo Médio Ponderado de Capital) ou WACC (Waighted Average Cost of Capital) representa o custo dos financiamentos em longo prazo da empresa, isto é, seu custo de capital.
Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), ponderados pela participação relativa de cada uma delas na estrutura do capital da empresa.
Seu calculo é bastante simples: basta multiplicar o custo específico de cada modalidade de financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e, logo após, somando-se esses valores ponderados.
Onde:
Ki: Custo de capital de terceiros, de longo prazo, na estrutura do capital.
Wi: Proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura do capital
Kp: Custo das ações preferenciais 
Wp: proporção de ações preferenciais na estrutura de capital
Ks: Custo do capital próprio na estrutura de capital
Ws: proporção de capital próprio na estrutura de capital
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
D = dívida de capital de terceiros
Kd = custo do capital de terceiros
IR = imposto de renda (tributo)
S = capital próprio
Ks = custo do capital próprio
WD = proporção de capital de terceiros
WS = proporção de capital próprio
Outra fórmula do CMPC
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. A cada encerramento de exercício as empresas emitem suas demonstrações contábeis. Acerca do Balanço Patrimonial, assinale a opção correta.
Demonstra local, data, conta devedora, conta credora, histórico e valor dos lançamentos contábeis.
É a demonstração que evidencia o patrimônio de uma empresa de forma quantitativa e qualitativa.
Indica a formação e a utilização do capital social e das reservas da empresa.
Informa o valor dos bens adquiridos nos últimos seis meses.
Permite o controle da movimentação do patrimônio da empresa. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
02. Considere o Balanço Patrimonial da empresa Gama S/A referente ao exercício financeiro de X2: 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
Com base nessas informações, é correto afirmar que:
a dívida da empresa representa 200% do seu capital próprio.
o capital de terceiros representa mais de 70% das fontes de recursos da empresa.
o capital próprio é suficiente para cobrir os investimentos em ativos permanentes.
a maior parte da dívida da empresa tem vencimento no longo prazo.
o índice de imobilização dos recursos não correntes é de 0,80. 
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
03. Quanto à interligação das contas da Demonstração do Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial de uma sociedade por ações, assinale a afirmativa correta: 
O lucro líquido do exercício é encontrado após a dedução do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, das participações no resultado e da reserva legal constantes da demonstração do resultado do exercício, em que todas as contas constarão do balanço patrimonial sendo divididas em passivo circulante e patrimônio líquido.
O balanço patrimonial recebe diretamente da demonstração do resultado do exercício os valores das contas da provisão do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido no passivo circulante e do lucro líquido do exercício no patrimônio líquido.
Após apurar o lucro líquido do exercício na demonstração do resultado do exercício, a empresa deverá destinar, em demonstração própria, parte desse lucro para as reservas de lucro e parte para os dividendos, sendo que os valores reservados comporão o patrimônio liquido e o valor dos dividendos o passivo circulante, todos no balanço patrimonial.
O valor da receita bruta de venda constante da demonstração do resultado do exercício estará, integralmente, na disponibilidade do ativo circulante, independente da operação ter sido à vista ou a prazo, enquanto os valores dos custos e das despesas constarão do passivo circulante desde que tenham sido provisionadas ou oriundas de operações a prazo.
Todas as receitas, custos e despesas constantes da demonstração do resultado do exercício, em atendimento aos princípios da continuidade, prudência e competência, devem apresentar, como contrapartida, contas do ativo circulante ou do passivo circulante do balanço patrimonial, mesmo que as operações tenham sido à vista ou a curto prazo.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
04. Relata efetivamente o desempenho, em termos de lucro ou prejuízo apurado pela companhia durante o exercício social:
Demonstração do Fluxo de Caixa.
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Demonstração do Valor Adicionado.
Demonstração do Resultado do Exercício.
Balanço Patrimonial.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
05. Indica o tempo médio que a empresa leva para produzir, vender e receber a receita de seus produtos:
Giro do Ativo.
Ciclo Operacional.
Giro do Estoque.
Ciclo Financeiro.
Rentabilidade do Ativo Total.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
06. Uma empresa tem prazo médio de renovação dos estoques de 74 dias, prazo médio de recebimento das vendas de 63 dias e prazo médio de pagamentos das compras de 85 dias. O ciclo de caixa dessa empresa, em dias, é:
22.
52.
137.
148.
222.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
07. Dados, em R$:
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
Supondo-se o ano comercial de 360 dias, o prazo médio de renovação de estoques foi, em número de dias, igual a:
65.
60.
50.
55.
70.
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
08. Considerando o BalançoPatrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e o montante de Compras para o ano de X1, responda às questões.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
Com base nestas informações, pode-se afirmar que:
PMRV < PMRE. d) PMRV > PMPC.
PMRE > PMRV. e) PMPC < PMRV. 
PMPC < PMRE.
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
09. 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
O capital circulante líquido apurado ao final do período, de acordo com a tabela, é igual a:
R$ 41.300,00
R$ 43.000,00
R$ 43.900,00
R$ 45.200,00
R$ 47.200,00
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
10. Assinale V se a afirmativa for verdadeira e F se a afirmativa for falsa.
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
11. O capital circulante líquido, que é a folga financeira da empresa a curto prazo, é obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. As transações que podem aumentar o capital circulante líquido incluem:
F – F – F – V – F 
F – V – F – V – F 
V – V – F – F – V 
V – F – F – V – V 
V – V – F – V – F 
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
12. O custo que equivale ao rendimento mínimo que a empresa deve obter para remunerar seus acionistas e manter o preço de mercado de suas ações é o: 
Custo de Capital de Terceiros.
Custo de Capital após Imposto de Renda.
Custo de Dividendos do Capital Social.
Custo de Capital Próprio.
Custo Médio Ponderado de Capital.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
13. (FRAMINAS – Analista de Políticas Públicas – Administração – Prefeitura de Belo Horizonte – 2015) O custo do capital próprio é definido pelo retorno requerido por seus acionistas ou proprietários. A empresa que utiliza deste meio, seja por captação de recursos no mercado acionário ou pela retenção de parte de seus lucros, deve aplicar estes capitais em projetos que atendam às expectativas dos seus acionistas. Com relação ao custo do capital próprio, assinale a alternativa INCORRETA:
A taxa de desconto do fluxo dos rendimentos esperados é também o retorno exigido pelos acionistas.
O modelo de precificação CAPM aponta o custo do capital de terceiros não sendo válido para a determinação do custo do capital próprio.
Para um investidor, a taxa de retorno se equivale ao custo de capital próprio da empresa.
A remuneração mínima exigida por investidores ou acionistas de uma empresa equivale ao custo de capital próprio da empresa.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
14. A empresa Reflorestadora de Santa Catarina determina o custo das ações ordinárias. O preço vigente de mercado de cada ação ordinária da empresa é de $ 10. A empresa espera pagar um dividendo de $ 1,00 no início do próximo ano. A taxa anual de crescimento de dividendos é de 4%. Calcule o custo da ação ordinária desta companhia (Provão 2002). Fórmula: r = ( D1 / P ) + g 
10%.
14%.
14,4%.
16%.
8%.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
15. A empresa SILVA S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o valor de emissão de R$ 20,00, cada. O dividendo previsto para o próximo ano é de R$ 2,00 por ação e os dividendos distribuídos pela empresa têm crescido à taxa média anual de 2,5% nos últimos anos. Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de :
10,0%
12,0%
12,5%
14,0%
15,0%
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
16. A melhor representação para o custo médio de capital seria:
Custo do dinheiro no tempo relativo ao capital.
A média dos custos das fontes de capital ( próprio e de terceiros), ponderados pela participação relativa de cada uma delas na estrutura do capital da empresa.
Custo dos recursos dos acionistas, descontados dos recursos de terceiros inseridos no negócio.
Os recursos de terceiros somados aos recursos próprios.
A soma dos recursos próprios e de terceiros inseridos no negócio.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
17. Qual o CMPC para da empresa que apresenta: Taxa de juros (Kd) = 18%; Divida = $1.000.000,00; Taxa de dividendos (Ks) = 24%; Patrimônio dos Sócios = $ 500.000,00. 
20%.
22%.
18%.
23,5%.
24%.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
18. Uma empresa possui um beta de 0,80. O prêmio pelo risco de mercado é igual a 6% e a taxa de retorno livre de risco é 7%. O último dividendo pago pela empresa foi de $1,50 por ação e espera que o dividendo cresça a uma taxa de 4% indefinidamente. Atualmente a ação está sendo negociada a $20. Calcule o custo do capital próprio dessa empresa, pela abordagem do CAPM.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
19. (CESGRANRIO – Profissional Júnior – LIQUIGÁS – 2014) Uma companhia que financia o seu ativo com 40% de capital de terceiros e capta esse dinheiro no mercado à taxa de 12% informou que a taxa remuneratória esperada pelos acionistas é de 16%, e que a carga conjunta de Imposto de Renda e CSLL é de 30%. 
No contexto das informações, o custo médio ponderado do capital total utilizado por essa companhia, em percentual , é de:
9,80%.
10,08%.
12,96%.
14,40%.
19,60%.
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
*
*
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
20. ESAF – Analista de Finanças e Controle – Contábil-financeira – Ministério da Fazenda – 2013) A empresa Domínio S.A. tem três oportunidades de investimento. Sua estrutura de capital atual e os projetos oferecem as condições a seguir: 
Compreendendo as Demonstrações e a Estrutura de Capitais
Considerando que a governança da empresa estabelece que investimentos somente devem ser efetuados quando a taxa de retorno do investimento superar o WACC (Custo Médio ponderado de Capital), pode-se afirmar que o investimento:
A, B e C são inviáveis.
A e B são viáveis.
B e C são inviáveis.
A e C são viáveis.
Somente o A é viável.
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*

Outros materiais