Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 06 Administração Geral e Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo Professor: Carlos Xavier Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 85 AULA 06: Gestão e avaliação do desempenho humano. Conteúdo 1. Palavras iniciais. ........................................................................................................................................ 2 2. Gestão do desempenho. ............................................................................................................................. 3 2.1. Avaliação de desempenho. .................................................................................................................... 9 2.2. Métodos de Avaliação de desempenho................................................................................................ 17 2.2.1. Escalas gráficas. .............................................................................................................................. 18 2.2.2. Listas de verificação (checklists). .................................................................................................... 21 2.2.3. Escolha forçada. .............................................................................................................................. 22 2.2.4. Método das frases descritivas. ......................................................................................................... 24 2.2.5. Pesquisa de campo. .......................................................................................................................... 24 2.2.6. Método dos incidentes críticos. ....................................................................................................... 25 2.2.7. Avaliação Participativa Por Objetivos (APPO). .............................................................................. 26 2.2.8. Avaliação 360 graus. ....................................................................................................................... 30 2.2.9. Método comparativo / comparações forçadas. ................................................................................ 32 2.2.10. Padrões de trabalho. ......................................................................................................................... 33 2.2.11. Observação direta. ........................................................................................................................... 33 2.2.12. Avaliação por escrito / relatórios escritos. ....................................................................................... 34 2.2.13. Escalas de mensuração ancoradas em desempenho ......................................................................... 35 2.2.14. Balanced Scorecard (BSC). ............................................................................................................. 35 2.3. Erros no processo de avaliação do desempenho. ................................................................................. 45 3. Questões Comentadas. ............................................................................................................................. 48 4. Lista de Questões. .................................................................................................................................... 73 5. Gabarito. .................................................................................................................................................. 85 6. Bibliografia principal. .............................................................................................................................. 85 Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 85 1. Palavras iniciais. Oi pessoal! Hoje vamos estudar a gestão do desempenho - busca da compreensão do desempenho do indivíduo para possibilitar retroação de informação e melhoria do desempenho futuro. A aula é cheia de técnicas de avaliação de desempenho, já que é esse o conhecimento geralmente cobrado em provas sobre o assunto de hoje. Um abraço e bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 85 2. Gestão do desempenho. Você estudaria mais para um concurso com salário bom ou com salário ruim? A resposta é clara, e mostra que a recompensa influencia o desempenho em um trabalho. Agora eu pergunto: você estudaria mais para um concurso cuja prova pudesse aprovar um número ilimitado de pessoas do que um concurso com um número limitado de vagas? Perceba que o próprio sistema de avaliação - que em uma situação permite aprovação de mais pessoas do que no outro - termina influenciando o seu desempenho. - Mas o que é desempenho? Desempenho pode ser entendido de diferentes maneiras. Em concursos, é comum que se considere que desempenho é uma função de: 1. Motivação. 2. Capacidade. 3. Contexto de trabalho. Assim, não basta motivação do funcionário para que haja um bom desempenho. É preciso também que se possua capacidade de execução (conhecimentos sobre a tarefa e como realizá-la) e que o contexto de trabalho seja favorável, com incentivos e ferramentas para que as tarefas possam ser realizadas. Visto de outra forma, o desempenho possui duas dimensões: 1. Esforços: o comportamento dos funcionários, domínio das técnicas de trabalho, forma de trabalho, comprometimento, etc. 2. Resultados: a produtividade, as metas, objetivos, impactos gerados, etc. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 85 Se, por um lado, o tamanho dos esforços empreendidos indica uma importante faceta do desempenho, os resultados obtidos também são fundamentais. Uma terceira forma, relativamente comum de se ver, afirma que o desempenho tem relação com: 1. Comportamento. 2. Produtividade. 3. Contexto de trabalho. Notem queo comportamento e a produtividade estão ligados aos esforços, mas também à motivação e capacidade do funcionário. Já a produtividade é um elemento ligado aos resultados obtidos. O contexto, por sua vez, é o mesmo que vimos anteriormente. Mais à frente estudaremos os diferentes métodos de avaliação de desempenho. Lá você verá que eles estão voltados sobretudo para medição dos comportamentos (esforços) e resultados (produtividade) dos funcionários, não se atendo ao contexto de trabalho. Justamente por isso é importante que o uso de sistemas de gestão de desempenho seja complementado por pesquisas sobre o contexto de trabalho e seus elementos, tais como o clima organizacional. - Mas quais seriam os comportamentos importantes para o desempenho profissional? Robbins (2010, p.545) afirma que pesquisadores veem a existência de três tipos de comportamento que compõem o desempenho do profissional: 1. Desempenho de tarefa. É o desempenho dos deveres e responsabilidades que contribuem parar a produção de um bem Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 85 ou serviço, ou para tarefas administrativas. Isso inclui a maior parte das atribuições na descrição de um trabalho convencional. 2. Cidadania. São as ações que contribuem para o ambiente psicológico da organização, tais como ajudas os outros mesmo quando isso não é exigido, apoiar os objetivos organizacionais, tratar os colegas com respeito, oferecer sugestões construtivas e dizer coisas elogiosas a respeito do local de trabalho. 3. Contraprodutividade. São as ações que prejudicam ativamente a organização. Tais comportamentos incluem roubar, danificar as instalações da empresa, comportar-se agressivamente com os colegas e faltar sem necessidade. Agora que sabemos o que é o desempenho, podemos começar a falar em gestão e avaliação do desempenho. A gestão do desempenho é uma perspectiva ampla adotada pelas organizações, que buscam gerir o valor que as pessoas efetivamente geram por meio de suas competências e de sua aplicação ao trabalho, considerando os efeitos positivos da motivação. O seu principal objetivo é maximizar o resultado do trabalho dos colaboradores da organização, gerando impactos reais para a realização dos objetivos organizacionais. Alguns elementos importantes estão relacionados à gestão de desempenho: 1. A avaliação de desempenho: trata-se do instrumento utilizado para que o desempenho dos indivíduos, áreas e da própria organização possam ser mensurados. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 85 2. Feedback: trata-se do retorno de informações sobre o próprio desempenho para aquele profissional, área ou organização que foi avaliado. Com o feedback, é possível, por exemplo, que se saiba se o caminho que está sendo realizado é o correto e se ele levará aos resultados esperados. O feedback gerenciados pelo próprio profissional tendem a gerar um desempenho melhor do que feedbacks que precisam ser gerenciados por terceiros. 3. Reconhecimento: o reconhecimento pelo trabalho realizado é uma importante ferramenta para que o desempenho seja melhorado. Quando outras pessoas se apropriam do trabalho de um funcionário, a falta de reconhecimento pode levar à desmotivação e a uma consequente perda do desempenho. 4. Diversidade: trata-se de um elemento que favorece a criatividade no trabalho em equipe, por isso pode favorecer o desempenho ± quando a necessidade de criar análises e soluções for preponderante para o sucesso. 5. Agilidade e flexibilidade: a agilidade e flexibilidade profissionais favorecem o desempenho das equipes, uma vez que permitem uma inserção mais fácil e menos conflituosa do indivíduo no grupo. Isto posto, é importante perceber que a avaliação de desempenho ocupa papel central na gestão do desempenho, já que ela possibilita a identificação do desempenho dos funcionários em uma organização. Seus grandes objetivos são a correta aplicação do funcionário ao trabalho, a obtenção de feedback sobre o desempenho e o desenvolvimento do funcionário e de suas competências através de programas de Treinamento e Desenvolvimento. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 85 Além disso, a avaliação de desempenho, num âmbito da gestão do desempenho humano nas organizações, pode ser utilizada nos diversos processos de gestão de pessoas da organização (lembre-se: Gestão de pessoas é um DRAMMA). Vejamos onde entra a avaliação do desempenho em cada um dos processos de gestão de pessoas: 1. Desenvolvimento de pessoas: com base na avaliação do desempenho são identificados os pontos fortes e fracos da pessoa, suas potencialidades a serem desenvolvidas e suas fraquezas a serem superadas. Só assim é possível desenvolver as pessoas para o futuro! 2. Recompensar pessoas: com base na avaliação de desempenho as organizações podem decidir sobre como adequar as recompensas salariais ao desempenho de cada um; 3. Agregação de novas pessoas: a avaliação de desempenho serve como base para levantamento das necessidades da organização em termos de competências que são requeridas nos funcionários a serem recrutados e selecionados. Além disso, ela possibilita que os resultados dos processos de recrutamento e seleção sejam validados: funcionários com avaliações que apontam bom desempenho mostram a existência de processos de agregar pessoas com resultados positivos; 4. Monitorar pessoas: a avaliação serve como base para que os gestores possam acompanhar o desempenho do individuo, possibilitando a necessária interação para discussão sobre os assuntos do trabalho; 5. Manter pessoas: a avaliação de desempenho possibilita, como consequência de suas várias aplicações, a manutenção do capital humano na organização. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 85 6. Aplicação de pessoas ao trabalho: com base na avaliação de desempenho e seus resultados, é possível verificar se as pessoas da organização se encontram em cargos adequados às suas competências ou se elas poderiam ser aplicadas com maior eficácia em outros cargos da organização. Como se vê, a gestão de desempenho consiste no uso da avaliação de desempenho para que o desempenho dos colaboradores da organização sejaalçado ao máximo possível, possibilitando retorno para a própria organização e para o funcionário. Ela é mais do que o simples uso do instrumento da avaliação de desempenho, requerendo que a mentalidade da organização como um todo passe a ser voltada para o desempenho! É assim que se consegue realizar a gestão do desempenho e resultados na organização! Com isso, é imprescindível que estudemos o principal foco teórico do tema: A avaliação de desempenho! Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 85 2.1. Avaliação de desempenho. A avaliação de desempenho busca medir o desempenho que as pessoas têm no exercício de suas atribuições na organização em relação aos padrões estabelecidos, metas e resultados esperados, competências e seu potencial de desenvolvimento. Ela julga o desempenho das pessoas buscando relacioná-lo com os objetivos da própria organização. Deste modo, é importante que a avaliação considere qual a contribuição que o trabalho de cada funcionário dá à organização como um todo. Antigamente, a avaliação de desempenho era um processo mecânico cuja execução estava centralizada em áreas da organização que eram tidas como especialistas na área. Hoje em dia, ao contrário, ela é vista de forma dinâmica, abrangendo a pessoa que está sendo avaliada, o seu gerente e os relacionamentos que ela mantém na organização. Apesar disso, a avaliação de desempenho pode variar bastante de uma organização para outra. Algumas delas podem, por exemplo, enfocar o desempenho do individuo no cargo enquanto outras enfatizam a avaliação das competências de um individuo em relação às competências necessárias para o sucesso organizacional. Robbins (2010) afirma que os principais elementos medidos em uma avaliação de desempenho são os resultados individuais da tarefa, os comportamentos e os traços individuais - sendo este último o menos importante. De qualquer forma, deve-se ter em conta que o desempenho das pessoas na organização não será sempre padronizado. A mesma pessoa não terá sempre o mesmo desempenho ao longo do tempo. Além disso, pessoas Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 85 diferentes podem ter desempenhos similares independentemente do momento da avaliação. Na verdade, o desempenho humano nas organizações depende de vários fatores, incluindo o próprio trabalhador, o momento no tempo, as tarefas desempenhadas, o tipo de liderança, os fatores motivacionais e ambientais, suas atitudes, etc. Em outras palavras, é possível dizer que o desempenho humano nas organizações é contingencial! Já vimos que a avaliação de desempenho pode servir em todo o processo de gestão de pessoas (DRAMMA). Em aspectos mais próximos ao dia- a-dia organizacional, a avaliação de desempenho costuma ser realizada por possibilitar diferentes usos, dentre eles: 1. Atribuir recompensas às pessoas, como promoções, prêmios, aumentos salariais, bônus, etc. Subsidiariamente, sabe-se que as organizações utilizam a avaliação como fundamento até mesmo para demitir os funcionários, apesar de não ser esse o seu objetivo. 2. Oferecer feedback às pessoas sobre o seu desempenho no trabalho para que elas saibam se estão indo no caminho certo ou se precisam corrigir os rumos do seu desempenho. 3. Levantar o potencial de desenvolvimento das pessoas na organização; 4. Possibilitar ao colaborador o seu desenvolvimento com base nas lacunas percebidas ao se comparar requisitos do cargo ou competências requeridas com desempenho no cargo e competências apresentadas pelo funcionário; 5. Melhorar a percepção que o avaliado tem quanto ao que os outros pensam sobre o seu desempenho no trabalho. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 85 6. Facilitar o relacionamento entre as pessoas no trabalho, que passam a saber o que os outros pensam a respeito do seu desempenho no trabalho; 7. Tornar possível o funcionamento efetivo de programas de aconselhamento e orientação aos funcionários da organização. A avaliação do desempenho do funcionário irá buscar avaliar sua postura frente ao trabalho. Esta postura consiste no conjunto de características cognitivas e atitudinais que fazem com que uma pessoa seja vista e avaliada de uma maneira. Haverão pessoas que serão vistas como calmas, tranquilas, estressadas, dinâmicas, comunicativas, introvertidas, etc. Tudo dependerá de sua postura! Tendo isso em mente, é importante que se entenda o processo de avaliação de desempenho na organização. Ele começa com o estabelecimento do objetivo da avaliação do desempenho, que podem ser vários, como já vimos. Em seguida, é necessário que se estabeleçam os objetivos a serem atingidos pelos funcionários. Eles devem ser eficazmente transmitidos para os colaboradores que serão avaliados, estabelecendo as expectativas em relação ao que deverá ser avaliado. Neste momento, é importante que os futuros avaliador e avaliado concordem sobre a fixação das metas a serem atingidas, para que isto sirva como uma espécie de contrato psicológico entre as partes. Em um terceiro momento, o trabalho desempenhado será examinado para, em seguida, ser avaliado em relação aos aspectos definidos no início do processo. Com base nessa avaliação de desempenho, a liderança deverá oferecer feedback ao funcionário sobre a sua avaliação, discutindo os Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 85 resultados alcançados e as deficiências, o que pode servir de insumo para um processo de treinamento e desenvolvimento do funcionário. O resultado final da avaliação também deverá ser aceito tanto por avaliador quanto pelo avaliado, considerando os objetivos fixados e o processo de avaliação que foi conduzido. Com isso, é possível que novas metas sejam fixadas para que o processo de avaliação venha a se desenrolar em um novo ciclo. Apesar de ser algo muito positivo para as organizações, a avaliação de desempenho também pode gerar alguns problemas. Quando as pessoas sentem que a avaliação serve apenas como subsídio para punição ou premiação por um desempenho passado, elas não se convencem da necessidade da avaliação de desempenho, e podem reagir negativamente. Por isso, o foco da avaliação de desempenho deve sero futuro, não perdendo de YLVWD�³R�ROKR�QR�UHWURYLVRU´�WtSLFR�GH�TXHP�UHDOPHQWH�HVWi�SUHRFXSDGR�FRP�D� estrada à frente. Assim, tanto a organização quanto o colaborador podem se beneficiar do processo de avaliação de desempenho. Outro ponto fraco da avaliação de desempenho pode acontecer quando a organização não internaliza o sentido da avaliação, enfocando apenas o preenchimento dos relatórios, e não o conteúdo e os porquês da avaliação. Além desses problemas, avaliações inócuas, processos avaliativos injustos, e comentários negativos não aceitos pelos avaliados podem resultar em situações negativas para a organização e para o clima organizacional, além de poder, até mesmo, gerar impactos inesperados no desempenho dos funcionários. Na avaliação de desempenho existem diferentes campos de influência: Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 85 x Variáveis volitivas: relacionadas à vontade (querer) e ao conhecimento (saber) do avaliador para realizar a avaliação de desempenho. x Variável teleológica: os esforços são necessários para o cumprimento dos objetivos e metas do indivíduo e da organização. É o cerne da avaliação de desempenho. x Variável cognitiva: trata-se do nível de conhecimento necessário para a realização do trabalho. x Variável tecnológica: o conjunto de ferramentas disponíveis para que o trabalho do indivíduo possa gerar os resultados máximos desejados. x Variável compensatória: é a recompensa que existirá para o indivíduo como consequência de uma avaliação de desempenho positivo no trabalho. Uma grande questão que gera muitas dúvidas é a seguinte: quem deve realizar a avaliação de desempenho? Em cada organização isso acontece de forma diferente, mas vale a pena entender as diversas possibilidades de quem pode assumir a posição de avaliador do desempenho: x O órgão de RH: nesse caso, o próprio órgão de recursos humanos é quem realiza a avaliação de desempenho de forma centralizada. Trata-se de uma perspectiva ainda muito utilizada nas organizações, mas que deve ser, cada vez mais, abandonada. Isso porque, quando conduzida de forma centralizada pelo órgão de RH, a avaliação de desempenho se torna muito distante da realidade do trabalho, além de se tornar Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 85 uma ferramenta burocrática monopolizada por uma área exclusiva da organização, o que não é desejável. x Uma comissão de avaliação de desempenho: trata-se de uma possibilidade que consiste no estabelecimento de uma comissão centralizada na organização, com o objetivo de avaliar o desempenho de todos os seus funcionários. Essa comissão pode ser integrada também por membros específicos para cada caso, como o gerente de linha de um setor - quando um funcionário desse setor estiver sendo avaliado. É uma prática bastante centralizadora e ainda muito distante da realidade do trabalho do colaborador, por isso é bastante criticada. Além disso, ela traz j�WRQD�D� LGHLD�GD�IRUPDomR�GH�XP�³WULEXQDO´�SDUD� MXOJDU�R� funcionário, o que tende a fazer com que os funcionários criem animosidades para com a comissão e com o próprio processo de avaliação de desempenho, correndo o risco de não percebê-lo como justo quando não forem bem avaliados; x A avaliação pelo próprio funcionário: trata-se de autoavaliação de desempenho. O ideal seria que as organizações estabelecem que o próprio individuo deveria avaliar o seu desempenho, pois isso facilitaria a aceitação dos resultados da avaliação. Para isso, seria necessário que fossem estabelecidos previamente padrões de desempenho a serem utilizados como referencia. Nesse caso especifico é ainda mais importante que o individuo concorde com os padrões, para que realize uma autoavaliação justa. Apesar de não parecer, existem organizações onde o próprio funcionário avalia o seu desempenho. É uma forma que a organização tem de fazer com que as pessoas estejam constantemente cientes dos objetivos que devem atingir e do desempenho que efetivamente estão realizando. A avaliação de desempenho, neste caso, agiria como um mecanismo Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 85 autoadministrado de feedback, o que tende a melhorar a motivação e o desempenho do funcionário. x Avaliação pelo gerente: na maioria das organizações é o gerente quem realiza a avaliação de desempenho. É como se diz: a gestão das pessoas é responsabilidade de linha e função de assessoria (staff). Assim, a responsabilidade pelo desempenho dos funcionários é do gerente, mas ele deve (idealmente) ser assessorado pelo departamento de recursos humanos (ou similar) na condução da avaliação de desempenho. Desta forma, a avaliação se torna um mecanismo interessante para que o gestor possa gerenciar o desempenho dos seus funcionários, pois ele se torna responsável pela fixação das metas, acompanhamento do trabalho e avaliação do desempenho. x A avaliação pelo funcionário + gerente: trata-se de uma abordagem ainda mais interessante. Ela congrega a participação do gerente com a autogestão do desempenho pelo funcionário, o que serve para o aumento do seu desempenho e da sua motivação. A avaliação de desempenho realizada dessa forma possibilita que o funcionário se autoavalie, mas ele recebe uma orientação próxima do gerente, que acompanha essa auto avaliação e dá feedback para o funcionário sobre o desempenho realmente percebido. x A avaliação pela equipe de trabalho: é uma modalidade de avaliação na qual a equipe de trabalho define previamente as metas a serem atingidas para cada um e, posteriormente, realiza a avaliação do desempenho efetivamente realizado. x A avaliação para cima: é uma modalidade de avaliação diferente, que parte do princípio de que a equipe subordinada é quem deve avaliar o seu líder. Quando esse tipo de avaliação é Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 85 posto em prática, há a tendência de que o estilo de liderança se torne menos autocrática e mais democrática, melhorando a fluidez da comunicação e o entrosamento da equipe. x A avaliação 360 graus: é a avaliação na qual todas as pessoas ao redor do individuo o avaliam. Na verdade, constitui uma técnica de avaliação por si só (veremos mais detalhes ainda nessaaula). Ela traz um grande efeito positivo: congrega as opiniões de todas as pessoas que estão no entorno do individuo em um mecanismo de avaliação que possibilita que a percepção de cada grupo seja avaliada de forma distinta. Assim, subordinados, superiores, equipe, parceiros comerciais e até o próprio individuo participam da avaliação, gerando informações mais completas do que qualquer um dos avaliadores poderia levantar individualmente. Apesar disso, esse modelo traz uma grande desvantagem: o avaliado deve estar com a mente aberta para receber o conteúdo da avaliação, dado que ele terá que lidar com a opinião de vários grupos diferentes sobre o seu trabalho, opinião esta que poderá ser conflituosa e diferente para cada grupo de avaliadores. Agora que já tivemos uma visão geral sobre avaliação de desempenho, vamos estudar os métodos que podem ser aplicados nesse processo. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 85 2.2. Métodos de Avaliação de desempenho Os métodos de avaliação do desempenho mais tradicionais e aplicados ao longo da história das organizações são os seguintes: 1. Escalas gráficas; 2. Listas de verificação; 3. Escolha forçada; 4. Pesquisa de campo; 5. Método dos incidentes críticos. 6. Método das frases descritivas; Além deles, existem também os métodos mais modernos e também muito utilizados por organizações contemporâneas. Dentre eles deve-se destacar: 7. Avaliação Participativa por objetivos. 8. Avaliação 360º Existem ainda outros métodos de avaliação, menos considerados em concursos e pelos grandes autores de livros-texto. Apesar disso, de vez em quando aparece alguma cobrança desses em concursos. Os seguintes devem ser destacados: 9. Método comparativo / comparações forçadas; 10. Padrões de trabalho; 11. Observação direta; Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 85 12. Avaliação por escrito / relatórios escritos; 13. Escalas de mensuração ancoradas em comportamentos; 14. Balanced Scorecard. Deve-se destacar que, na prática, esses métodos não são excludentes um do outro, mas sim complementares. - Vamos estudá-los um a um nas próximas páginas! 2.2.1. Escalas gráficas. As escalas gráficas são elaboradas como uma tabela de dupla entrada onde os fatores de avaliação ocupam as linhas e os graus de medição do desempenho ocupam as colunas. Neste contexto, os fatores representam os critérios de avaliação que a organização levará em conta e os graus de PHGLomR�LQGLFDP�DV�³QRWDV´�TXH�SRGHUmR�VHU�DWULEXtGDV�DR�IXQFLRQiULR�DYDOLDGR� em cada critério. A escolha dos fatores a serem utilizados é um passo muito importante neste modelo de avaliação. Perceba que o conhecimento dos fatores de avaliação a serem utilizados nas escalas gráficas já é uma forte sinalização para os funcionários sobre o que a organização espera deles, pois representam aquilo que é valorizado pela organização. Se, por exemplo, uma organização HVFROKH�D�³SRQWXDOLGDGH´�FRPR�Xm critério de avaliação a ser utilizado, ela está demonstrando para todos os seus funcionários, independentemente do cargo ocupado, que este é um aspecto do comportamento que é bastante desejado. Deve-se destacar ainda que os fatores de avaliação são previamente definidos com uma descrição sumária, para que fique claro para o avaliador o Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 85 que está sendo avaliado em cada fator. Além disso, eles são previamente graduados, para que o avaliador seja obrigado a dar uma das notas previamente padronizadas. Após a escolha dos fatores, a organização deve realizar a graduação dos graus de avaliação (notas) que poderão ser atribuídos aos seus funcionários. Geralmente são utilizados de três a cinco graus (ex.: excelente, bom, regular, ruim, péssimo). Como sua elaboração e utilização é rápida, fácil e barata, trata-se do método mais utilizado pelas organizações. Percebe-se, por outro lado, que as possibilidades de avaliação ficam limitadas pelo instrumento construído, tanto em termos dos fatores a serem avaliados quanto em relação às notas que se pode atribuir. 1HVWH� VHQWLGR�� &KLDYHQDWR� ������� GHVWDFD� TXH� HVWH� PRGHOR� ³p� também muito criticado, quando reduz os resultados da avaliação a expressões numéricas através de tratamentos estatísticos ou matemáticos para proporcionar valores objetivos para a avaliação das pessoas. É o caso em que os graus recebem valores numéricos, como ótimo = 5, bom=4, regular =3, VRIUtYHO ��� H� IUDFR �´�� 3RU� RXWUR� ODGR�� $UD~MR� H� *DUFLD� ������� DUJXPHQWDP� que esta técnica envolve tanto uma avaliação qualitativa quanto quantitativa. Assim, a avaliação numérica seria algo natural, e não um ponto negativo. Um ponto negativo, sem dúvidas, é o fato de que, por ser numérica, a avaliação por meio da escala gráfica facilita e muito que o examinador incorra em erros na hora de dar as notas. Haverá examinadores, por exemplo, que atribuirão notas mais altas a todos os seus funcionários enquanto outros terão uma tendência de atribuir notas baixas. Deste modo, para corrigir estas distorções, faz-se necessário o uso de procedimentos matemáticos e estatísticos, o que torna o processamento desta avaliação mais trabalhoso. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 85 - Carlos, e o que eu levo para o concurso? - Resposta: Nunca sabemos o que a banca vai pedir, mas na dúvida, lembre-se que há autores que dizem que a atribuição de números aos fatores é algo ruim, enquanto outros dizem que é algo normal! Apresento, a seguir, um exemplo de formulário de avaliação de desempenho pelo método das escalas gráficas: Nome do funcionário: Data: Fator Bom (3) Regular (2) Ruim (1) Assiduidade - Sempre está presente. . Às vezes falta / Falta com frequência Responsabilidade - Sempre cumpre responsabilidades. . Costuma cumprir responsabilidades / Descumpre responsabilidades com frequência. Qualidade do trabalho - Trabalho de excelente qualidade. . O trabalho costuma ser bom. / Apresenta trabalho de baixa qualidade. Edited with the trialversion of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 85 2.2.2. Listas de verificação (checklists). Este método pode ser considerado uma simplificação do método das escalas gráficas. Consiste em considerar uma relação de fatores de desempenho na avaliação de cada funcionário. Com base nesta relação, o gestor deverá assinalar uma avaliação quantitativa para cada fator avaliado. A lista de verificação funciona como uma lista de compras, mostrando ao avaliador cada um dos critérios que ele deve utilizar para avaliar o desempenho do funcionário. A seguir, apresento um exemplo de formulário para uso nesta técnica: Nome do funcionário: Data: Nota atribuída (1 é péssimo/5 é ótimo) Fator a ser avaliado 1 2 3 4 5 Assiduidade Pontualidade Qualidade do trabalho Capacidade de liderança Iniciativa pessoal Criatividade Relacionamento com colegas Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 85 2.2.3. Escolha forçada. Este método busca avaliar o desempenho do funcionário com base em um conjunto de frases organizadas em blocos. A ideia geral é que, em cada bloco, o avaliador escolha a frase que melhor representa o comportamento do funcionário, deixando de lado as demais. Esta técnica surgiu com o objetivo de acabar com a superficialidade e a subjetividade do método da escala gráfica, assim como do erro de generalização, típico daquele método. Deste modo, este método é mais objetivo e eficaz do que o da escala gráfica. O essencial desta metodologia é que as frases presentes em cada bloco deverão caracterizar possíveis desempenhos do funcionário, para que se escolha aquela que é mais apropriada. A escolha de uma (ou mais) frases deixará algumas outras seP�VHU�HVFROKLGDV��GDt�R�QRPH�³HVFROKD�IRUoDGD´�GDGR� a este método de avaliação de desempenho. Trata-se, deste modo, de um método não comparativo, pois não há uma comparação direta entre um comportamento esperado e o comportamento real, em gradações. Neste sentido, Araújo e Garcia (2009) argumentam que o papel do avaliador é de considerar o resultado do desempenho do indivíduo na tarefa e não a sua personalidade. Eles destacam ainda que o papel do gestor de pessoas deve ser o de não permitir um entendimento incorreto da ferramenta, evitando que os seus resultados não traduzam a realidade. Cabe destacar alguns detalhes da ferramenta: Quanto ao número de frases em cada bloco de avaliação, há quem diga que podem ser duas, quatro, ou mais (Chiavenato, 2010; Carvalho, 2012) ou quatro ou cinco (Boas e Andrade, 2009). Lembre que a única restrição real é que precisa ser mais de uma frase em cada bloco! Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 85 Além disso, enquanto Carvalho (2012) aponta que apenas uma frase deverá ser escolhida, Chiavenato (2010) ressalta que poderão ser escolhidas até duas frases que representem o funcionário, ou ainda a frase que mais representa o desempenho e a que mais se distancia. A seguir, apresento um exemplo simplificado de instrumento para avaliação de desempenho por escolha forçada. Perceba que a sua elaboração é complexa, envolvendo estudos sobre que frases devem estar em cada bloco. Apesar disso, sua aplicação é bastante simples, pois com um breve treinamento o avaliador pode utilizar o instrumento sem maiores problemas. Nome do Funcionário: Data: Identifique a frase que mais se relaciona com o funcionário em cada Bloco: Bloco 1: ( ) É muito produtivo ( ) É muito sociável ( ) Tem dificuldade com números ( ) É proativo a maior parte do tempo. Bloco 2: ( ) Conhece suas rotinas de trabalho ( ) Tem facilidade em lidar com colegas e clientes ( ) Possui facilidade para tomar decisões ( ) Não assume riscos Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 85 2.2.4. Método das frases descritivas. O método das frases descritivas apresenta ao avaliador uma relação de frases que representam comportamentos previamente estipulados, tanto positivos quanto negativos para o trabalho. Com base nestas frases, o avaliador deverá assinalar livremente às frases que identificam o comportamento do funcionário e aquelas que são opostas ao seu comportamento. Com base nisto, as respostas assinaladas com um SIM são computadas (positiva e negativamente) para atribuição de um desempenho total ao funcionário. Considera-se que os resultados obtidos por este método são pouco expressivos e imprecisos, não sendo de grande utilidade para a organização. 2.2.5. Pesquisa de campo. Este método tradicional de avaliação de desempenho é tido como um dos mais completos, pois considera o princípio de responsabilidade de linha e função de Staff da gestão de pessoas, ou seja, a gestão de pessoas deve ser conduzida (realizada) pelos gerentes dos departamentos e áreas da organização com o apoio de uma área especializada em gestão de pessoas. Na pesquisa de campo acontece a aplicação desse princípio à avaliação de desempenho: os gestores (linha) avaliam o desempenho do funcionário em conjunto com um especialista em avaliação de desempenho (staff). Esta avaliação se dá a partir de entrevistas realizadas pelo especialista em avaliação com os gerentes de linha, de modo a cobrir os tópicos previstos em formulário próprio. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 85 Araújo e Garcia (2009) destacam que essa forma de avaliação reforça a validade do processo de avaliação de desempenho, diminuindo a tendenciosidade dos gestores e permitindo ainda que a administração da organização conheça o grau de brandura ou severidade existentes nos avaliadores (gestores) de cada unidade ou departamento. Você deve saber ainda que este método se desenvolve em quatro etapas: 1. Entrevista para análise inicial; 2. Entrevista para análise complementar; 3. Planejamento de medidas necessárias;4. Acompanhamento dos resultados. É só memorizar! 2.2.6. Método dos incidentes críticos. Nesse método, o avaliador deve identificar os incidentes críticos do desempenho do funcionário, que representam as características mais extremas e memoráveis que se relacionam com desempenhos altamente positivos (representando o sucesso) ou altamente negativos (representando o fracasso). Este tipo de avaliação não se preocupa com o desempenho tido como normal, mas sim com o desempenho excepcionalmente bom ou ruim. Neste sentido, Chiavenato (2010) afirma que esta avaliação aproxima-se da técnica de administração por exceções de Taylor. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 85 Percebe-se, deste modo, que trata-se de uma forma de enfocar os pontos fortes e fracos do funcionário, não se importando com alguns aspectos de sua personalidade. Um ponto importante a ser destacado aqui é que, em geral, não é recomendado que se espere longos intervalos de tempo para registrar os incidentes críticos. Boas e Andrade (2009) chegam a sugerir que o responsável pela avaliação pode optar por atualizar a ficha de incidentes críticos do funcionário ao final de cada jornada de trabalho, a cada dois dias ou semanalmente. Além disso, deve ser destacado também que a organização precisa estar atenta para evitar injustiças com base na aplicação deste método, dado que ele pode ser influenciado por tendências gerais dos gestores de preferirem determinados comportamentos, estilos pessoais, etc. 2.2.7. Avaliação Participativa Por Objetivos (APPO). A avaliação participativa por objetivos (AAPO) é uma técnica mais moderna de avaliação do desempenho, sendo mais aberta à participação do funcionário no próprio processo de avaliação - do início ao fim - o que possibilita maior envolvimento e motivação dos funcionários para atingir os objetivos definidos. Note que ela também pode ser chamada de avaliação participativa por resultados, já que o objetivo é o resultado a ser alcançado! Você deve ter atenção. Não se trata de administração por objetivos, mas avaliação. E ela é participativa! Sobre isto, Chiavenato (2010) destaca: E aqui ressurge a velha Administração por Objetivos (APO) agora com novas roupagens e sem aqueles conhecidos traumas provocados pela antiga Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 85 arbitrariedade, autocracia e contínuo estado de tensão e aflição dos envolvidos que caracterizaram a sua implantação na maioria das organizações. Apesar dessa ressalva feita por Chiavenato, você deve ter em conta que a APO, por si só, não era autocrática e arbitrária. Na verdade, os seus princípios buscavam um sistema democrático e participativo na organização. O que aconteceu na prática foi diferente: as ideias básicas de fixar objetivos foram deturpadas pelas organizações, que passaram a conviver com um clima negativo de cobranças excessivas e autocracia. Entendendo esta diferença, podemos passar para a compreensão das seis etapas da APPO: 1. Formulação de objetivos em consenso: trata-se do primeiro passo para a realização da avaliação participativa por objetivos. Os objetivos a serem atingidos pelo funcionário não são impostos de cima para baixo, mas sim negociados entre gerente e funcionário. Perceba como esta ideia traz em si conceitos modernos de motivação, como os da Teoria de Fixação de Objetivos e os da Autoeficácia. 2. Comprometimento do pessoal quanto ao alcance dos objetivos ficados: quando disse que os objetivos devem ser formulados em consenso, quer dizer consenso de verdade! Os funcionários e os gerentes tem que concordar de fato com o que está sendo combinado. Não cabe ao gerente coagir o funcionário para que este assine um papel concordando com os objetivos se, na verdade, este não está comprometido com os mesmos. O processo de negociação e aceite dos objetivos em consenso busca fazer com que o funcionário se comprometa no seu íntimo em alcança-los. Assim, ele certamente se motivará mais para a Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 85 busca dos resultados. Veja, mais uma vez, como a Teoria da Fixação de Objetivos é uma boa referência. Além dela a Autoeficácia também se faz presente, pois o funcionário só concordará e entrará em consenso com um objetivo se acreditar que possui a capacidade para atingi-lo, o que demonstra autoeficácia, melhorando, por si só, o desempenho; 3. Negociação com o gestor para a alocação de recursos necessários para o alcance dos objetivos: uma vez definidos os objetivos a serem atingidos com a aceitação e comprometimento do funcionário, deverá haver uma negociação entre o gestor e o funcionário quanto aos recursos a serem alocados para a realização dos objetivos. Neste sentido, os recursos representam os meios para atingir os fins fixados, podendo ser de diversos tipos, como treinamentos, verba para viagens, máquinas e equipamentos, etc.. Imagine uma situação na qual seja fixado o objetivo de vender 100 aviões de uma nova linha, em um ano, para um vendedor da EMBRAER. Para vender este tipo de produto, ele deve possuir conhecimento técnico e recursos para viajar em busca de compradores em potencial. Se estes recursos não estiverem disponíveis, o objetivo não poderá ser atingido! Por isso, é papel do gestor proporcionar o apoio e recursos necessários para que os objetivos possam ser alcançados; 4. Desempenho: é a realização do trabalho pelo funcionário no sentido de atingir os objetivos consensuais fixados. Para Chiavenato (2010) o aspecto principal do sistema de APPO está aqui. O funcionário deve escolher livremente a estratégia pessoal a ser utilizada para alcançar os objetivos, com autonomia e liberdade para conduzir o trabalho da forma que achar mais apropriada. O papel do gerente não é o de impor e Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 85 controlar o trabalho do funcionário, mas sim o de oferecer aconselhamento e orientação, sempre com foco nos objetivos a serem atingidos. 5. Contínuo monitoramento e comparação dos resultados com os objetivos fixados: é nesta etapa que os resultados vão sendo medidos conforme vão sendo obtidos, o que possibilita o acompanhamento do esforço empreendido e dosresultados alcançados. É importante que a ferramenta de medição apresente resultados reais e que, sempre que possível, o próprio avaliado acompanhe seu resultado. Neste caso, o papel do gestor é ajudar o funcionário em sua autoavaliação, isto é, a comparação do desempenho real com o fixado inicialmente. Note que fica cada vez mais clara a aproximação desta metodologia com a Teoria da Fixação de Objetivos; 6. Retroação intensiva e contínua avaliação conjunta: trata- se de um dos aspectos mais importantes do sistema APPO. É aqui que o funcionário deverá receber informações sobre como está caminhando para o atendimento dos objetivos fixados. Além disso, ele deve receber suporte de comunicação para reduzir dissonâncias entre o que ele percebe e a realidade. O foco estará no aumento das consistências informacionais. Com base nas informações repassadas e no monitoramento contínuo, o funcionário avaliará em conjunto com o seu gerente a relação esforço realizado/desempenho obtido. Note que esse processo descrito nas etapas acima é um processo interativo, ou seja, as etapas não se isolam completamente uma da outra, acontecendo de forma inter-relacionada. Entenda o conceito geral de cada uma sabendo que elas se misturam. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 85 Perceba ainda que o foco deste modelo de avaliação não está em olhar o desempenho que o funcionário teve no passado e avaliá-lo, mas sim em conseguir que um desempenho futuro seja alcançado. 2.2.8. Avaliação 360 graus. Esta moderna técnica de avaliação de desempenho é bastante cobrada em concursos de todas as bancas! Tenha bastante atenção! Os modelos que discutimos anteriormente são executados por uma pessoa ou um grupo de pessoas (que representa o avaliador) e um funcionário (que representa o avaliado). Diferentemente deles, a avaliação 360 graus (também chamada de avaliação em rede) busca dar maior abrangência à dinâmica de quem é o responsável pela avaliação de desempenho. Neste sentido, sua principal característica é que todas as pessoas que orbitam em torno do profissional avaliado podem participar da avaliação de desempenho, incluindo seu superior, seus colegas de trabalho, os fornecedores e cliente internos e externos com quem o profissional se relaciona, e até mesmo o próprio avaliado (através de uma autoavaliação), além de outras pessoas com quem ele tenha contato no exercício de suas atividades. Vamos ter uma ideia visual da técnica: Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 85 As principais vantagens dessa técnica incluem: fazer com que os funcionários possam estar ajustados às demandas de todos os stakeholders interessados no seu trabalho, seja interna ou externamente à organização; qualidade da informação é melhor; retroação permite o auto desenvolvimento do funcionário. Dentre as principais desvantagens, destaco: o avaliado deve estar com a mente aberta para receber o conteúdo da avaliação, dado que ele terá que lidar com a opinião de vários grupos diferentes sobre o seu trabalho, podendo gerar ressentimentos; o sistema é complexo para se implementar e mais caro do que outros métodos; as retroações podem ser conflituosas entre si. Outro ponto negativo é que, na prática, muitas organizações permitem aos funcionários escolher os colegas e subordinados que responderão a avaliação, o que pode influenciar nos resultados. Funcionário (autoavaliação) Gerentes Colegas Subordinados Fornecedores Clientes Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 85 Apesar dos pontos negativos, este tipo de avaliação é muito bom e bastante utilizado por organizações mais modernas. Nele, ao final do processo avaliativo, o funcionário recebe feedback sobre o resultado da avaliação de DFRUGR� FRP� RV� GLIHUHQWHV� ³JUXSRV´� GH� DYDOLDGRUHV� �stakeholders) para que possa ter uma percepção consistente sobre o seu desempenho, diminuindo as dissonâncias e maximizando as consonâncias. Neste sentido, é importante que um que o feedback seja passado para o funcionário avaliado com as devidas explicações, como uma forma de mostrá-lo onde ele precisa se desenvolver, para que este não perceba a avaliação como uma série de críticas vindas de todos os lados. Assim, o resultado da avaliação de desempenho 360 graus servirá também para que seja elaborado, em conjunto com o gerente e com o suporte da área especializada em gestão de pessoas, um plano de desenvolvimento para o funcionário. 2.2.9. Método comparativo / comparações forçadas. É o método de avaliação de desempenho que consiste em comparar uma pessoa com outra, ou com o grupo no qual ela se insere. Uma forma de aplicação é a de comparação aos pares, onde o desempenho individual é comparado entre cada dois funcionários. Robbins (2010) afirma que os dois tipos de comparação mais comuns são: 1. Distribuição forçada: se compara o desempenho dos funcionários para distribuí-los em grupos, como quando a organização deseja premiar os 20% melhores funcionários. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 85 Nesse caso, o desempenho será comparado para criar o grupo dos 20% melhores e os 80% piores. 2. Ordenação simples: é a comparação de funcionários para que se chegue a uma lista completa, do melhor para o pior. E como se realizam essas comparações? Na verdade, trata-se de um cruzamento dos resultados das avaliações de desempenho individuais. Com isso, é possível o estabelecimento de padrões desejáveis e indesejáveis de comportamento dos indivíduos no grupo, possibilitando que o seu desempenho seja também comparado a esses padrões. É de simples aplicação, sendo útil quando não se dispõe de um método mais refinado. 2.2.10. Padrões de trabalho. Este método é uma variação do método comparativo, uma vez que através dele a organização estabelece metas de trabalho e administração para que as pessoas da organização possam seguir, sendo destinadas à melhora da produtividade. (Oberg, 1997, apud Araújo e Garcia, 2009) 2.2.11. Observação direta. A observação direta é a simples observação do desempenho pelo avaliador. Devo reforçar que esta técnica (assim comoas outras) não exclui o uso das demais. Apesar de parecer ultrapassada, ela ainda é bastante utilizada. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 85 Araújo e Garcia (2009), aplicando esta técnica à avaliação da participação dos alunos em uma sala de aula por um professor, destacam que ³p� ERP� UHVVDOWDU� TXH� a observação direta pode ser desastrosa, porque, nesse caso, o avaliador pode dar a interpretação que desejar a determinado comportamento, atitude ou algum gesto mesmo ou até um olhar do alunado HP�REVHUYDomR´� 2.2.12. Avaliação por escrito / relatórios escritos. A avaliação por relatórios escritos é de forma indefinida, consistindo apenas em uma avaliação escrita sem restrições de critérios a serem avaliados. Na verdade, são simples relatórios escritos que descrevem os pontos fortes e fracos do desempenho do funcionário, relatando ainda seu desempenho histórico e os pontos de melhoria a serem observados no futuro. Assemelha-se aos incidentes críticos na medida em que o enfoque é dado a uma avaliação dos pontos positivos e negativos do funcionário, mas é muito mais ampla por considerar que o avaliador pode escrever livremente sobre o desempenho e suas consequências, podendo, por exemplo, apresentar as potencialidades de desenvolvimento do avaliado, se julgar interessante. Uma importante desvantagem é que, por não haver critérios pré- estabelecidos, fica difícil a comparação entre diferentes classificações atribuídas pelos avaliadores, o que não impossibilita o uso desta técnica. Este método é de simples aplicação, mas é bastante influenciado pela capacidade escrita e pelo raciocínio e viés do avaliador, que pode gerar bons ou péssimos relatórios de avaliação. Apresenta dificuldade ainda para comparar o desempenho de diferentes pessoas, dada a subjetividade utilizada. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 85 2.2.13. Escalas de mensuração ancoradas em desempenho É uma combinação das técnicas de incidentes críticos e da escala gráfica. Neste caso, são identificados elementos críticos para um desempenho elevado e para um desempenho baixo no trabalho. Estes são transformados em critérios para avaliação do indivíduo no trabalho com base em comportamentos reais e não em traços gerais idealizados. 2.2.14. Balanced Scorecard (BSC). Você deve estar estranhando o Balanced Scorecard, ferramenta típica da disciplina de estratégia empresarial, sendo apresentado aqui como ferramenta de avaliação de desempenho. Trata-se de uma possibilidade bastante atual, segundo Araújo e Garcia (2009), pois esta ferramenta desdobra a estratégia da empresa em indicadores para cada funcionário, alinhando o desempenho a ser realizado com a estratégia da organização como um todo. Por isso, resolvi trazer uma discussão mais completa sobre esse tema em nossa aula, para você não ser pego(a) de surpresa na hora da prova! O Balanced Scorecard (BSC) é uma importante ferramenta para a gestão estratégica. Ele consiste em desdobrar os objetivos de uma empresa em indicadores de desempenho para o monitoramento estratégico, ligando o planejamento estratégico à gestão do dia a dia organizacional. Esta ferramenta parte do princípio de que as medidas financeiras tradicionais não captam a totalidade do esforço organizacional em busca de objetivos futuros. Para os autores desta ferramenta (Kaplan e Norton), questões financeiras e não financeiras podem servir como medidas de Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 85 desempenho. Até mesmo os sistemas de mensuração organizacionais podem exercer forte influencia sobre os gestores e os empregados! De outro modo, podemos definir Balanced Scorecard como um sistema de integração da gestão estratégica de curto, médio e longo prazo, traduzindo visão de futuro, missão e estratégia organizacional em indicadores e metas atribuíveis a cada indivíduo, de forma integrada. O BSC dá a devida importância aos indicadores financeiros tradicionais, como o retorno sobre o investimento, o lucro por ação e a margem de contribuição, mas também considera outras perspectivas estratégicas para a organização, num total de quatro: 1. Perspectiva financeira Esta perspectiva, que também pode ser chamada de perspectiva do acionista, considera que os indicadores financeiros são medidas objetivas para acompanhar como as ações estratégicas (desdobradas dos objetivos de longo prazo) contribuem para o resultado da organização. Busca relacionar os objetivos de longo prazo com metas e indicadores de curto e médio prazo, a serem monitorados estrategicamente em busca do sucesso da organização. Geralmente é nesta perspectiva que se encontram os principais objetivos organizacionais de uma empresa - de retorno ao acionista. Organizações públicas e sem fins lucrativos raramente têm objetivos centrais na perspectiva financeira, que geralmente Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 85 representa, para estas organizações, uma restrição e não o foco. 2. Perspectiva do cliente Esta perspectiva traduz em indicadores como o cliente percebe a organização e o seu impacto estratégico, geralmente ligado à missão da organização. É possível enquadrar os interesses dos clientes em quatro categorias: prazo, qualidade, desempenho e serviços. As organizações públicas e sem fins lucrativos geralmente têm foco em seus públicos-alvo, que se encontram, tradicionalmente, nesta perspectiva. 3. Perspectiva dos processos internos Deve refletir os processos organizacionais que exercem maior impacto sobre a satisfação do cliente e os resultados da organização. 4. Perspectiva da aprendizagem e crescimento (ou inovação). Esta perspectiva se relaciona com os indicadores de melhorias contínuas na organização em termos de capacitação do pessoal e dos sistemas, de motivação, de competências, etc. É aqui que se encontram os principais ativos intangíveis da organização. Apesar de estas quatro perspectivas representarem o padrão para aplicação do BSC, elas podem ser adaptadas para cada realidade. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral,Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 85 A título de exemplo podemos imaginar organizações no setor público substituindo a perspectiva financeira por uma perspectiva de custos, ou de recursos necessários. Esta perspectiva, em organizações do setor público e sem fins lucrativos, raramente será tida como o objetivo fundamental, mas sim como uma restrição para que os objetivos principais sejam atingidos. A perspectiva do cliente, no setor público, poderia ser substituída por perspectiva do cidadão, do público interessado, dos participantes, etc.. Geralmente é nesta perspectiva que está o foco principal deste tipo de organização, que deverá incluir a perspectiva dos públicos interessados e dos participantes. É uma visão moderna, alinhada com o modelo de administração pública gerencial. Como vimos, para efeito de adaptação do modelo, o nome das perspectivas pode mudar, mas o importante é que a ideia central de cada uma delas seja mantida. Em concursos geralmente se pede o nome das perspectivas tradicionais, mas nunca se sabe... por isso eu prefiro deixar vocês prevenidos(as)! Vamos visualizar as quatro perspectivas tradicionais: Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 85 Por conta dessas diversas perspectivas, o BSC capacita a organização para que ela possa acompanhar os resultados financeiros, ao mesmo tempo em que monitora o progresso do desenvolvimento dos diversos tipos de ativos intangíveis necessários para um bom desempenho. O BSC considera tudo, tanto o tangível quanto o intangível! Como vimos, a proposta do BSC é centrada sobre os principais processos gerenciais da organização relacionados à elaboração e implementação da estratégia, como planejamento dos recursos, orçamentos e relatórios. Observem que, para esta ferramenta, a visão, a estratégia e a alocação dos recursos vêm de cima para baixo na organização. Já a implementação, a inovação, o feedback e a aprendizagem fluem de baixo para cima! Aprendizagem e crescimento Clientes Financeira Balanced Scorecard Processos Internos Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 85 - OK, E para que serve o BSC? As principais funções do BSC são: 1. Esclarecer e atualizar a estratégia; 2. Divulgar a estratégia de toda a empresa (comunicar!); 3. Alinhar as metas das unidades e dos indivíduos com a estratégia; 4. Conectar os objetivos estratégicos às metas de longo prazo e aos orçamentos anuais; 5. Identificar e alinhar as iniciativas estratégicas; 6. Conduzir avaliações do desempenho periódicas para conhecer melhor a estratégia. Para que a organização consiga utilizar o BSC com eficácia e atingir suas funções, alguns princípios devem ser observados: 1. Princípio 1: Traduzir a estratégia em termos operacionais. A estratégia deve se desdobrar em metas e estas devem se decompor em indicadores específicos para que a empresa possa ser administrada estrategicamente. Este princípio traduz a integração entra a estratégia e os níveis tático e operacional da organização. 2. Princípio 2: Alinhar a organização à estratégia. Toda a organização deve estar alinhada à estratégia. Até mesmo a estrutura organizacional deve ser estruturada em função da estratégia a ser adotada. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 85 3. Princípio 3: Transformar a estratégia em uma atividade do dia a dia de todos. A estratégia da organização precisa ser comunicada com eficácia para todos os membros da organização, de modo que cada um a compreenda e possa contribuir para que a estratégia seja concretizada. Assim como nos princípios anteriores, trata- se de uma integração da organização à estratégia. 4. Princípio 4: Estratégia é um processo contínuo. Todos os membros da organização devem entender que a estratégia é um processo contínuo, e não estanque. As estratégias são definidas, implementadas, monitoradas, corrigidas, melhoradas... E todos tem seu papel para que a estratégia funcione! O acompanhamento deve ser contínuo e o estabelecimento de reuniões de monitoramento, encontros e momentos para verificação do andamento da estratégia facilita a ligação entre a estratégia e o dia-a-dia organizacional. 5. Princípio 5: Mobilizar as mudanças através da liderança executiva. Como o ambiente está em constante mudança e a estratégia, enquanto processo contínuo, está sempre buscando se adaptar, é fundamental a mobilização da liderança executiva para equilibrar a tensão entre a mudança necessária para que a estratégia seja cumprida e a estabilidade necessária para o dia- a-dia organizacional. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 85 Tendo estes princípios em mente, e com base nos objetivos estratégicos definidos, é possível a utilização do BSC. Neste sentido, dois documentos devem ser elaborados: 1. O Mapa Estratégico; 2. O Painel de Desempenho / Painel Estratégico. Vamos estudar melhor cada um deles?! O Mapa Estratégico O mapa estratégico busca estabelecer uma relação de causa e efeito que conecta os resultados desejados com os seus vetores ou impulsionadores - que podem levar ao resultado pretendido. Estas relações buscam tornar claros os vínculos mais significativos das relações estabelecidas entre os objetos centrais localizados em cada perspectiva do BSC. As relações de causa e efeito podem ser claramente identificadas pelas setas do mapa. Para ilustrar, localizei um mapa estratégico parcial levantado em uma pesquisa sobre uma grande empresa feita por Igarashi et al. (2007) : Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 06 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 85 Veja como a leitura deve ser feita de baixo para cima,
Compartilhar