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Apostila Química Experimental

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Prévia do material em texto

QUÍMICA 
EXPERIMENTAL 
Professor Me. Thiago Baldasso de Godoi
Revisor Técnico: Esp. Samuel Sales Pedroza
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; GODOI, Thiago Baldasso de. 
 
 Química Experimental. Thiago Baldasso de Godoi. 
 Reimpressão - 2018.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 258 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Química 2. Experimental. 3. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0755-8
CDD - 22 ed. 540
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
Marcia Fernanda Pappa
Design Educacional
Isabela Agulhon
Iconografia
Isabela Soares Silva
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Fernando Henrique Mendes, Melina Belusse 
Ramos
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Helen Braga do Prado
Ilustração
Marta Kakitani, Bruno Cesar Pardinho
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
R
Professor Me. Thiago Baldasso de Godoi
Possui mestrado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de 
Maringá (2016), pós-graduação em Engenharia de Produção pela Unicesumar 
(2013) e graduação Em Engenharia Química pela Universidade Estadual de 
Maringá (2009). Atualmente é professor mediador do curso de Engenharia de 
Produção (EAD) na Unicesumar.
Para conhecer mais, acesse o link disponível em: 
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4258694E9>.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Este livro foi preparado com o objetivo de apresentar conceitos básicos sobre a Química 
Experimental, para você aluno(a) de Engenharia de Produção. Diante de todos os assun-
tos a serem abordados ao longo das cinco unidades, nosso maior objetivo é, além do co-
nhecimento, ajudá-lo(a) a responder um questionamento que se possa fazer a respeito 
dessa disciplina: por que estudar a Química Experimental? Onde é usada essa ciência? 
Para responder a estes questionamentos, ao longo do livro, buscamos contextualizar os 
conceitos teóricos com aplicações práticas da indústria de transformação.
A Química, sem sombra de dúvidas, está presente em nossas vidas. Nos alimentamos 
de química, produzimos energia em nosso corpo por mecanismos químicos, geramos 
energia com auxílio da química. É impossível nos desvincularmos dessa importante ci-
ência. Entendemos que as moléculas perdem/ganham elétrons durante a ocorrência de 
uma reação química. Mas isso, nos parecia uma realidade um pouco distante. Porém, 
se imaginarmos que a transferência de elétrons nos permite degustar um bom vinho, 
perceberemos que não é uma realidade tão obscura. As reações químicas, em que os 
elétrons são compartilhados em nível molecular, nos permite produzir produtos indis-
pensáveis à manutenção da vida.
E os conteúdos aprendidos outrora não são desconexos. Todo conhecimento da Quími-
ca Geral é indispensável para o entendimento da Química Experimental. Há uma vasta 
gama de possibilidades, experimentos, reações existentes nesta área, e para descrever 
todas, precisaríamos de diversos livros destes, e em um curto período de tempo, seria 
impraticável. Desta forma, não buscamos formar especialistas neste conteúdo. Quere-
mos formar pesquisadores. Pessoas que detêm o conhecimento básico e que são ca-
pazes de aprofundar o conhecimento na área específica em que irão atuar. E, para isso, 
iremos estudar algumas aplicações que nos permitirão formar um conhecimento geral 
de um ambiente laboratorial e industrial.
O conteúdo deste livro foi distribuído em função de sua importância no aprendizado 
dosfuturos engenheiros de produção. Por esse motivo, iniciamos o estudo que precede 
qualquer outro assunto dentro de um laboratório ou de uma indústria: a segurança. Este 
conteúdo, embora seja abordado na Unidade I, nos acompanhará durante, não apenas 
toda nossa disciplina, mas em toda nossa trajetória profissional.
Em seguida, abordaremos assuntos referentes à padronização de um trabalho realizado 
em um laboratório, à manipulação das medidas experimentais, na calibração de utensí-
lios e à finalidade dos principais equipamentos existentes em um laboratório. Antes de 
iniciar as discussões sobre as transformações químicas, veremos algumas das principais 
propriedades físicas atreladas a estes compostos, que auxiliam no processo de separa-
ção de misturas. Dentro das transformações químicas, entenderemos os conceitos de 
velocidades de reações, evidências de transformações químicas, o conceito de soluções 
e dissoluções, concentrações entre outros.
Convido-o(a) a participar desta experiência no conhecimento das operações básicas 
que ocorrem em um laboratório. Para tanto, integramos ciências como a matemática, a 
APRESENTAÇÃO
QUÍMICA EXPERIMENTAL 
física e a química, já estudadas em disciplinas anteriores do curso de Engenharia de 
Produção. Lembrando, sempre, que na vida, o conhecimento nunca se perde, ele se 
transforma!
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
15 Introdução 
16 Regras Gerais em Laboratórios de Química 
22 Segurança em Laboratórios 
29 Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo 
37 Equipamentos de um Laboratório 
58 Considerações Finais 
63 Referências 
65 Gabarito 
UNIDADE II
RELATÓRIOS TÉCNICOS, MEDIDAS EXPERIMENTAIS E CALIBRAÇÃO DE 
INSTRUMENTOS DE LABORATÓRIO
69 Introdução
70 Relatórios Técnicos 
85 Operações com Grandezas e Unidades de Medida 
91 Prática 1: Determinação dos Algarismos Significativos e Duvidosos 
96 Precisão e Exatidão de Medidas Experimentais 
101 Prática 2: Precisão e Exatidão de Medidas Experimentais 
108 Considerações Finais 
116 Referências 
117 Gabarito 
SUMÁRIO
10
UNIDADE III
PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS: DENSIDADE E VISCOSIDADE
121 Introdução
122 Densidade 
132 Prática 1: Determinação Experimental da Densidade 
137 Viscosidade 
143 Prática 2: Determinação Experimental da Viscosidade 
147 Considerações Finais 
155 Referências 
156 Gabarito 
UNIDADE IV
TRANSFORMAÇÕES E TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO
161 Introdução
162 Transformações da Matéria 
170 Prática 1: Variação do Ponto de Ebulição de uma Substância Pura e Mistura 
173 Equações Químicas 
176 Misturas e Técnicas de Separação 
192 Prática 2: Precipitação do Carbonato de Cálcio 
195 Prática 3: Extração do Capim Citronela 
200 Considerações Finais 
206 Referências 
208 Gabarito 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
SOLUÇÕES E CONCENTRAÇÕES, TITULAÇÃO E VELOCIDADE DAS 
REAÇÕES QUÍMICAS
213 Introdução
214 Soluções, Concentrações e Diluições 
226 Prática 1: Degradação de Corantes Alimentícios: Concentrações, Diluições 
e uso do Espectrofotômetro
231 Titulações 
235 Prática 2: Determinação da Acidez do Leite 
239 Reações Químicas: Velocidade 
242 Prática 3: Velocidade das Reações Químicas 
247 Considerações Finais 
253 Referências 
255 Gabarito 
258 CONCLUSÃO 
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Professor Me. Esp. Thiago Baldasso de Godoi
NOÇÕES BÁSICAS 
SOBRE SEGURANÇA EM 
LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer as normas gerais de conduta e segurança em laboratórios.
 ■ Compreender as informações dispostas nas fichas de segurança de 
produtos químicos (FISPQ).
 ■ Conhecer os equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletivo 
(EPCs).
 ■ Conhecer os principais equipamentos existentes no laboratório.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Regras gerais em laboratórios de química
 ■ Segurança em laboratórios
 ■ Equipamentos de proteção individual e coletivo
 ■ Equipamentos de um laboratório
Introdução
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INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo(a), caro(a) aluno(a)! Você iniciará, por meio da Unidade I de 
seu livro, uma viagem aos laboratórios de química, para podermos ver na prática 
alguns dos principais conceitos teóricos desta disciplina. Mas, antes de entrarmos 
em um laboratório, é muito importante que conheçamos algumas das principais 
regras de conduta e segurança comuns, existentes em diversos laboratórios de 
manipulação de produtos químicos. Assim, o objetivo principal desta unidade é 
fornecer para você as principais regras a serem seguidas no laboratório, algumas 
medidas de segurança comumente adotadas por grande parte dos laboratórios, 
conhecer equipamentos que nos auxiliam em nossa proteção, preservando nossa 
integridade física e saúde. Além disso, pretendemos descrever, de forma sucinta, 
os principais equipamentos existentes no laboratório, para que possamos nos 
acostumar com esses instrumentos, que iremos utilizar ao longo do nosso curso.
Ao tratarmos da segurança em laboratórios, é necessário ter o conhecimento 
prévio sobre algumas substâncias químicas. Dessa forma, caros(as) alunos(as), 
os conteúdos não são desconexos. É uma ponte entre as disciplinas! Alguns dos 
conceitos teóricos aprendidos lá, iremos aplicar aqui. Mas antes de qualquer apli-
cação, a regra número zero, em qualquer laboratório ou ambiente industrial, é 
a garantia da nossa segurança!
Vale lembrar que um laboratório parece ser um ambiente pequeno e limi-
tado. Porém, ele é um protótipo da indústria de transformação. As transformações 
químicas realizadas em grande escala, em uma indústria, são realizadas em 
pequenas escalas, em um laboratório. Desta forma, os conceitos que iremos 
aprender, aqui, serão muito utilizados quando necessitarmos trabalhar em um 
ambiente industrial.
A leitura desta primeira unidade irá nos preparar para as unidades que 
seguem, e este nosso enfoque inicial irá tomar dimensões para todos os concei-
tos que aprenderemos futuramente! Um ótimo estudo!
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
REGRAS GERAIS EM LABORATÓRIOS DE QUÍMICA
O laboratório é um dos principais locais de trabalho para profissionais que 
atuam na indústria de manipulação, de transformação, de análise, entre outras 
que manipulam ou estocam produtos químicos. Ao entrar em um laboratório 
de química, caro(a) aluno(a), você deve considerar que os produtos existentes 
podem ser inflamáveis, explosivos, corrosivos e até mesmo tóxicos, devendo-se 
evitar o contato com substâncias das quais não temos o conhecimento. Assim, 
a manipulação de produtos químicos, recipientes frágeis (vidros) e superfícies 
aquecidas geram os fatores capazes de causar acidentes, com danos leves e gra-
ves à nossa saúde e, também, de todas as pessoas que trabalham neste espaço, 
podendo afetar inclusive ao meio ambiente (LENZI et al., 2012).
O risco existente na manipulação de produtos químicos, em muitos casos, 
não é visível ou aparente. Vidrarias que se encontram quentes não apresentam 
uma característica diferenciada, assim, pessoas desavisadas podem sofrer danos, 
como por exemplo, queimaduras. Contudo, mesmo substâncias que visualmente 
parecem ser inofensivas, como o caso de substâncias inodoras (sem cheiro) ou 
incolores, quando inaladas ou por meio do contato físico, podem originar car-
cinoma nos trabalhadores desprotegidos.De acordo com Lenzi et al. (2012), 
estudos realizados nos Estados Unidos, Inglaterra e Suécia, apontaram que os 
Regras Gerais em Laboratórios de Química
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químicos, particularmente aqueles que trabalham em laboratórios, têm elevada 
taxa de morte por câncer. 
Deste modo, antes de adentrar neste tipo de ambiente, deve-se conhecer 
previamente os riscos a que se estará exposto. Estes riscos estão associados a 
essa atividade laboral e se deve ao fato de os indivíduos ficarem constantemente 
expostos a situações potencialmente perigosas. 
Com o intuito de diminuir a frequência e a gravidade desses acidentes, é extre-
mamente necessário o atendimento de uma série de normas. Estas normas, que 
podem ser pré-estabelecidas por Engenheiros de Segurança no Trabalho (para o 
atendimento da legislação nacional e/ou internacional) ou por conhecedores téc-
nicos do assunto, são específicas para cada tipo de laboratório, ou seja, depende 
do ramo de atividade, dos produtos químicos manipulados, das leis trabalhistas, 
entre outros. De forma geral, destacam-se algumas medidas comuns aos labo-
ratórios de química, sendo elas (FONSECA E BRASILINO, 2007; MARTINS, 
2013; ABREU, 2016):
 ■ O laboratório de química envolve diversos riscos, então se deve trabalhar 
com atenção, calma e prudência.
 ■ Verifique o local e o funcionamento dos dispositivos de segurança do 
laboratório, tais como: extintores de incêndio, chuveiros de emergência, 
lavadores de olhos, saída de emergências. Crie registros para checagem 
periódica do funcionamento desses equipamentos.
 ■ Vista-se com roupas e calçados adequados 
(fechados). Cabelos compridos devem ser 
mantidos presos.
 ■ Todas as substâncias, sem prévio conheci-
mento, devem ser consideradas nocivas e 
perigosas. Evite o contato direto e nunca faça 
a mistura de reagentes dos quais não tenha o 
devido conhecimento. 
 ■ Não se deve comer ou beber em um laborató-
rio. Os alimentos podem ser contaminados, 
por exemplo, por vapores tóxicos, podendo 
prejudicar a saúde dos trabalhadores.
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
 ■ Mantenha sua bancada de trabalho organizada e limpa.
 ■ Se algum produto químico for acidentalmente derramado, deve-se veri-
ficar nas fichas de segurança de produtos químicos (FISPQ) sobre os 
procedimentos corretos a serem adotados.
 ■ Todos os colaboradores do laboratório devem ter acesso às FISPQ dos 
produtos químicos manipulados antes de iniciar suas atividades, e estas 
devem ser dispostas em locais de fácil acesso para todos.
 ■ Não descarte as substâncias químicas, já utilizadas, na pia ou esgoto. 
Consulte a ficha de segurança de produtos químicos sobre a maneira cor-
reta de se fazer o descarte ou as orientações de conhecedores e técnicos 
da área de segurança sobre as medidas para descarte.
 ■ Evite o contato de qualquer substância com a sua pele. Evite passar os 
dedos na boca, nariz, olhos e ouvidos. Caso alguma substância química 
respingue em sua pele, lave imediatamente a área afetada com água em 
abundância. 
 ■ A manipulação de produtos químicos e tóxicos deve ser cautelosa, pre-
ferencialmente, no caso de manipulação de ácidos, bases concentradas 
e produtos tóxicos.
 ■ Tenha cuidado no manuseio e transporte de vidrarias. Peças de vidro que-
bradas podem causar acidentes sérios.
 ■ Nunca tente saber o sabor de um produto químico.
 ■ Quando houver a necessidade de se detectar o desprendimento de gases pelos 
produtos químicos ou reações químicas, nunca coloque seu rosto próximo 
ao frasco ou recipiente que contém o produto. Desloque, com sua mão, os 
vapores desprendidos em direção ao seu nariz. Só realize esta operação se 
for extremamente necessário e se houver conhecimento das propriedades 
toxicológicas dos gases desprendidos, que podem ser encontradas na FISPQ.
 ■ Não deixe materiais e vidrarias quentes sem mensagens de advertência. 
Outros colaboradores podem pegá-los inadvertidamente, podendo cau-
sar queimaduras, quebras e corte de membros.
 ■ Certificar-se de que a válvula de segurança do gás metano está fechada 
quando não estiver utilizando este produto.
Regras Gerais em Laboratórios de Química
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 ■ Os reagentes inflamáveis devem ser manipulados longe de fontes de igni-
ção, tais como: tomadas, bico de Bunsen, fogo, entre outros.
Figura 1 – Perigos no manuseio de produtos químicos.
 ■ Ao realizar aquecimento de tubos de ensaio em bico de Bunsen, realizar 
esse aquecimento pela lateral da parede do tubo, e não pelo fundo, para 
promover um aquecimento uniforme. Não deixe a boca do tubo voltado 
para seu rosto, pois o desprendimento de produtos químicos pode cau-
sar acidentes.
Figura 2 – Aquecimento tubo de ensaio.
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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 ■ Existem diversos frascos de reagentes químicos semelhantes. Certifique-se 
de utilizar o reagente correto pela identificação do rótulo do frasco. Despeje 
o líquido presente no frasco com a parte oposta do rótulo para não inuti-
liza-lo (escorrer sobre o rótulo) e prejudicar na identificação do produto 
químico.
 ■ Todos os procedimentos que envolvam a liberação de vapores, corrosi-
vos, tóxicos ou inflamáveis devem ser realizados na capela de exaustão.
 ■ Sempre que for efetuar a diluição de um ácido concentrado, adicione len-
tamente o ácido concentrado sobre a água. Nunca faça o contrário. O 
processo inverso pode desprender moléculas de gás hidrogênio de forma 
violenta, que podem carregar junto partículas de ácidos, podendo atin-
gir sua pele, olhos, entre outros.
 ■ Atenção na diluição de substâncias. No caso da diluição de ácidos con-
centrados, grande parte dos processos são exotérmicos, ou seja, liberam 
calor, deixando os recipientes quentes, podendo causar queimaduras.
 ■ Na manipulação de frascos de reagentes químicos, deixe as tampas vol-
tadas para cima para evitar contaminações cruzadas.
 ■ Não deixe frascos de reagentes abertos quando não estiverem sendo 
manipulados. Alguns reagentes são voláteis (se desprendem para fase 
gasosa mesmo na temperatura ambiente) e podem perder as proprieda-
des desejadas.
 ■ Retire do frasco do reagente somente a quantidade que for necessária 
para a prática química. Não retorne ao frasco original restos de reagen-
tes não utilizados, pois estes podem ser contaminados por vidrarias mal 
lavadas, entre outros.
 ■ Não introduza pipetas, conta-gotas em frascos de reagentes químicos. 
Para correta manipulação, retire a alíquota necessário em um recipiente, 
por exemplo, um béquer, e então realize a transferência para o equipa-
mento desejado.
 ■ Identifique os extintores de incêndio presentes no laboratório. Veja em 
seu rótulo quais as indicações de uso, ou seja, para quais tipos de incên-
dios são destinados.
Regras Gerais em Laboratórios de Química
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 ■ Use corretamente os equipamentos de proteção individual (EPI) e de pro-
teção coletiva (EPC). Para saber quais são os aparelhos corretos a serem 
usados, verifique as fichas de segurançade produtos químicos e siga as 
orientações do Engenheiro de Segurança no Trabalho. 
 ■ Atenção para o uso de lentes de contato. Em geral não é recomendado o 
uso no laboratório, pois o respingo de produtos químicos nos olhos com 
lentes pode dificultar a sua retirada dos olhos. Elas podem ficar aderi-
das nas retinas.
 ■ Não utilize roupas de natureza sintética. Dê preferência para roupas de 
algodão. Roupas sintéticas em caso de incêndio podem ficar aderidas na 
pele.
 ■ Lave as mãos após encerrar as atividades no laboratório.
 ■ Evite trabalhar sozinho no laboratório. Em caso de acidentes a pessoa 
pode ficar inconsciente. 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS
Os principais acidentes, em laboratórios que fazem a utilização e manipulação de 
produtos químicos, são devidos a ferimentos causados pela quebra de recipien-
tes de vidro, pelo contato com substâncias corrosivas e, também, incêndios com 
líquidos infl amáveis. Desta forma, o trabalho em um laboratório químico deve ser 
cauteloso, e todas as medidas de segurança, com base nas informações dos pro-
dutos utilizados, devem ser adotadas antecipadamente (MARTINS et al., 2013).
Na dúvida, se determinada substância pode causar danos a sua saúde ou até 
mesmo ao meio ambiente, considere que a substância é potencialmente peri-
gosa, e evite, dessa forma, o contato direto, ou seja, evite a inalação, a ingestão e 
o contato com os membros do corpo (MARTINS et al., 2013).
Neste ponto, você aluno(a) deve estar se perguntando: “como me precaver 
de todos os compostos químicos existentes na natureza?”. Esta realmente é 
uma pergunta difícil de ser respondida. Na tabela periódica temos mais de 110 
elementos químicos diferentes. Estes são elementos puros, presentes na natu-
reza, que efetuam ligações químicas para atingir a estabilidade, formando uma 
infi nidade de outros compostos! Pequenas alterações no produto químico pro-
movem grandes mudanças em suas propriedades. 
Para exemplifi car, que pequenas alterações na estrutura química do composto 
podem provocar grandes mudanças em suas propriedades químicas, podemos 
citar o exemplo do produto Talidomida. Foi descoberto, na década de 1960, na 
Europa, que o uso deste composto, por gestantes, possuía o efeito calmante, tran-
quilizante e sonífero. Muitas gestantes que utilizaram este composto tiveram 
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bebês com membros atrofiados (mãos, pernas, pés). Esse resultado foi devido 
ao uso de compostos que continham um isômero da Talidomida. Os dois isô-
meros deste composto são apresentados a seguir (MUNDO DA EDUCAÇÃO, 
[2017], on-line)1:
S R
 
Figura 3 – Isômeros da Talidomida.
Fonte: adaptada de Mundo da Educação (2016, on-line)1.
Os isômeros apresentam a mesma fórmula química, mas podem apresentar uma 
pequena alteração na posição de uma das ligações. A (R) – Talidomida possui 
o efeito tranquilizante, mas a (S) – Talidomida o efeito Teratogênico, responsá-
vel por atrofiar os membros do fetos das gestantes. A partir de então o processo 
de produção foi aprimorado, para produzir produtos com orientações espaciais 
bem definidas (MUNDO DA EDUCAÇÃO, [2017], on-line)1.
Voltando a nossa pergunta inicial, como conhecer todas as propriedades, 
de todos os elementos, para que possamos nos proteger de possíveis acidentes? 
Decorar todas estas informações sobre os produtos químicos é difícil e não reco-
mendado. O mais importante é sabermos onde procurar informações confiáveis, 
que nos tragam informações seguras sobre os perigos envolvidos, riscos ambien-
tais, riscos de acidentes, entre outros. Neste ponto, caro(a) aluno(a), recomendo 
o uso das Fichas de Segurança de Produtos Químicos, que iremos tratar no 
próximo tópico (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR-
14.725, 2009), (SOUZA, [2017], on-line)2.
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Reprodução proibida. A
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FICHAS DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS (FISPQ)
De acordo com Souza ([2017], on-line)2 , no Conselho Regional de Química 
uma das formas de obtermos informações confiáveis sobre os produtos quími-
cos é pela utilização da FISPQ. Esta ficha fornece informações sobre aspectos 
diversos dos produtos químicos, tratando sobre temas relacionados à segurança, 
saúde, proteção individual e coletiva, informações toxicológicas, disposições 
em caso de acidentes, entre outras. 
Este documento, normatizado pela ABNT NBR 14725, foi elaborado pelo 
Comitê Brasileiro de Química (ABNT/CB-10), pela Comissão de Estudo de 
Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente, relacionados a Produtos 
Químicos. De acordo com este órgão, a FISPQ fornece informações sobre vários 
aspectos de produtos químicos (substâncias ou misturas) quanto à proteção, à 
segurança, à saúde e ao meio ambiente. Fornece também, conhecimentos básicos 
sobre os produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações 
em situação de emergência. Além das informações apresentadas, a ficha inclui 
informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência, 
possibilitando, ao usuário, tomar as medidas necessárias relativas à segurança, à 
saúde e ao meio ambiente. Esta norma constitui parte do esforço para a aplicação do 
Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) de informação de segurança de produ-
tos químicos perigosos, que busca padronizar as informações em níveis mundiais.
Em diversos países estas fichas são tratadas como documentos de grande 
importância, mas no Brasil, em diversos casos, são preparadas por empresas 
apenas para atender as solicitações de clientes ou também para atender a legisla-
ções específicas. Nos EUA, por exemplo, um documento semelhante, conhecido 
por Hazard Communication Standard, exige o treinamento e a disseminação das 
informações dos produtos químicos manipulados pelas pessoas. A desobediên-
cia à legislação específica acarreta em implicações legais e até criminais. 
Neste ponto, futuros(a) Engenheiros (a) de Produção, recomendo a mudança 
de paradigmas! Vocês, futuros(a) gestores(a) de processos industriais, laborató-
rios, entre outros, terão o conhecimento das informações disponibilizadas em tais 
fichas e poderão disseminar estas informações nos ambientes de trabalho a fim de 
torná-los mais seguros! Ainda, a partir deste ponto, têm-se a ciência de que existe 
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um documento que pode esclarecer diversas dúvidas sobre os produtos químicos 
de forma confiável e precisa! 
Quanto aos usos, o fornecedor dos produtos químicos tem o dever de man-
ter as FISPQs sempre atualizadas e dispor aos usuários a edição mais recente. 
Já o usuário, seja ele da indústria, de laboratórios, centros de pesquisa, distri-
buição, dentre outros, deve agir de acordo com as instruções nelas prescritas e 
manter todas as outras pessoas informadas dos perigos relevantes do local de 
trabalho. Trata-se de um documento obrigatório para comercialização de pro-
dutos químicos e deve ser disponibilizado para todas as pessoas que manipulam 
os produtos químicos (SOUZA, [2017], on-line)2.
Deve constar na FISPQ, obrigatoriamente, 16 seções, que serão brevemente 
descritas nos itens a seguir:
1. Identificação do produto e da empresa:contém informações comer-
ciais do produto, da empresa fabricante.
2. Identificação de perigos: traz alguns perigos mais importantes, como 
efeitos adversos à saúde humana, efeitos ambientais, perigos físico-quí-
micos, visão geral sobre emergências, e consta perigos específicos para 
determinados produtos químicos. Neste item deve constar também o 
diagrama de Hommel, conhecido também por diamante do perigo ou 
diamante do risco, uma classificação dos ingredientes perigosos em siste-
mas internacionais de risco. Trata-se de um diagrama visual para facilitar 
a visualização dos perigos mais importantes, desenvolvido pela NFPA 
(National Fire Protection Agency). É apresentado como a figura abaixo:
0
3 2
Cor
Figura 4 - Diagrama de Hommel.
Fonte: o autor.
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A cor azul indica os riscos à saúde, a cor vermelha os riscos de inflamabilidade, 
amarelo à reatividade, ou seja, se reage facilmente com outros produtos, e a cor 
branca traz algum risco que é específico para o produto químico, como radioa-
tividade, corrosividade(imagem colorida disponível no AVA). Além disso, neste 
diagrama há uma escala numérica de zero (sem risco) a quatro (risco sério ou 
grave), ou seja, quanto maior o número, maior a periculosidade do produto. 
Nesta seção, quando necessário, deve constar, também, os pictogramas do 
perigo, que são imagens visuais que demonstram os principais perigos ofereci-
dos pelo produto. 
Explosivo
Tóxico Corrosivo Perigo Cuidado Poluente
In	amável Oxidante Gás sob
pressão
 
Figura 5 – Pictogramas do perigo
Fonte: adaptada de Di Vitta (2005)3.
3. Composição e informações sobre os ingredientes: contém informações 
sobre os produtos. Deve constar o número CAS (Chemical Abstracts Ser-
vice), quando o produto é puro, ou cada um dos componentes presentes 
em caso de misturas. O número CAS é um identificador numérico que 
identifica uma substância. 
4. Medidas de primeiros-socorros: contém, de forma detalhada, as medidas 
de primeiros-socorros para casos de acidentes, como ingestão, contato com 
a pele, olhos; e ações que devem ser evitadas para prevenção de acidentes.
5. Medidas de combate a incêndios: contém os meios de extinção de incên-
dio apropriados para casos em que envolvam produtos químicos, e, 
também, outros não recomendados.
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6. Medidas de controle para derramamento e vazamentos: informa cui-
dados pessoais no caso vazamentos, procedimentos para proteger o meio 
ambiente, procedimentos de emergência e, também, métodos de neutra-
lização e descontaminação.
7. Manuseio e Armazenamento: apresenta os recipientes adequados para 
armazenar o produto químico (que não sofrem interações com o pro-
duto químico), as condições seguras para o armazenamento e transporte 
(temperatura adequada para armazenamento).
8. Controle de exposição e proteção individual: traz informações sobre a 
tolerância do organismo à exposição deste produto químico e, também, 
os equipamentos de proteção individuais e coletivos que são necessários 
para evitar riscos ou danos a saúde. Estes limites podem ser regulados 
por órgãos internacionais como a American Conference of Governmen-
tal Industrial Hygienists (ACGIH).
9. Propriedades físicas e químicas: aborda algumas informações mais deta-
lhada do produto químico, como por exemplo, densidade, viscosidade, 
ponto de ebulição, ponto de fusão, inflamabilidade, pH, odor, entre outros.
10. Estabilidade e reatividade: traz questões relacionadas a estabilidade do 
composto químico em determinadas condições ambientais (como por 
exemplo a temperatura ambiente e pressão atmosférica), a reatividade 
com alguns outros compostos, as reações químicas que podem ocorrer e 
que são perigosas, as condições que devem ser evitadas e, também, mate-
riais que são incompatíveis ao produto.
11. Informações toxicológicas: traz informações como os riscos à saúde pro-
porcionados por longa exposição ao produto químico, doenças crônicas, 
entre outras, reguladas, por exemplo, pela International Agency of Rese-
arch on Cancer (IARC) e National Toxicology Program (NTP).
12. Informações ecológicas: informa sobre o impacto ambiental causado 
pela presença do produto químico no meio ambiente e traz medidas de 
controle para eventuais acidentes ambientais.
13. Considerações sobre tratamento e disposição: contém informações 
sobre os métodos recomendados para o tratamento e a disposição final 
segura do material, visando minimizar os danos ao meio ambiente.
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14. Informações sobre o transporte: traz os detalhes sobre as regulamenta-
ções nacionais e internacionais para o transporte da substância. 
15. Regulamentações: estabelece a legislação que é aplicável ao produto 
químico.
16. Outras informações: apresenta algumas informações complementares 
ou específicas para cada produto, além de siglas e bibliografia.
Assim, aluno(a), identificamos uma fonte segura que nos fornece importantes 
informações dos produtos químicos, relacionadas às suas propriedades físico-quí-
micas, segurança, saúde e meio-ambiente, entre outras. Dentre as informações 
apresentadas, temos o controle à exposição, a proteção individual e a proteção 
coletiva, conforme relatado na seção 8 da FISPQ. Nesta seção, encontramos os 
equipamentos que reduzem a probabilidade de ocorrência de acidentes, que estu-
daremos no próximo tópico.
Neste ponto, caro(a) aluno(a), para exemplificarmos os conteúdos relatados 
sobre a FISPQ, é muito importante um primeiro contato com este documen-
to! É importante para verificarmos como são dispostas as informações e nos 
familiarizarmos com este tipo de documento. Então, como uma tarefa com-
plementar, deixo aqui a recomendação de estudo da FISPQ do ácido clorí-
drico (HCl). Foque principalmente nas sessões de 3 a 13, se atentando nas 
informações que são dispostas.
Fonte: o autor.
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E 
COLETIVO
A Norma Regulamentadora (NR) n°6 do Ministério do Trabalho e do Emprego 
(MTE) determina que todo e qualquer tipo de empresa é obrigada a fornecer 
aos seus trabalhadores, de forma gratuita, os equipamentos de proteção indivi-
dual (EPI) e equipamentos de proteção coletiva (EPC) adequadas ao risco em 
perfeitas condições de uso.
Essa mesma regulamentação considera equipamento de proteção indivi-
dual, todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, 
destinado à proteção de riscos, suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde 
no trabalho.
Considera, ainda, que o equipamento conjugado de proteção individual é 
todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado 
contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam sus-
cetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
Já o equipamento de proteção coletiva (EPC) trata-se de todo dispositivo, 
sistema ou produto de uso coletivo, que é destinado à proteção e promoção da 
saúde em um ambiente de trabalho. Em outras palavras, trata-se de um equi-
pamento que pode ser utilizado por mais de um trabalhador para promover a 
segurançano local de trabalho ou oferece a proteção a um grupo de pessoas.
Cada equipamento de proteção individual possui um CA, que é um certi-
ficado de aprovação, emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que tem 
por finalidade avaliar a manter um padrão nos equipamentos de proteção. A 
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NR6 regulamenta que todos os EPI, de origem nacional ou importada, só pode-
rão ser comercializados se possuírem o seu respectivo CA. Desta forma, este é 
um critério importante para indicar se o aparelho de proteção está capacitado a 
fornecer a proteção que é devida (PORTAL SESMT, 2014, on-line)4.
A seguir, são relacionados alguns equipamentos de proteção mais comu-
mente utilizados nos laboratórios de química:
 ■ Óculos de segurança: é um EPI utilizado para a proteção dos olhos, 
podendo ser fabricado de diversos materiais, dentre eles acrílico ou plás-
tico rígido. Recomenda-se utilizar óculos com proteção lateral a fim de 
cobrir uma maior região dos olhos. No laboratório de química protege 
principalmente contra o respingo de produtos químicos.
Figura 6 – Óculos de segurança
 ■ Luvas: utilizadas para a proteção das mãos contra agentes corrosivos, 
cortantes ou térmicos, biológicos, ou seja, existe um tipo adequado de 
luva conforme o risco e a atividade exercida. Elas podem ser fabricadas 
de diversos materiais, como couro ou algodão, para proteção térmica e 
mecânica, metal para proteção de materiais cortantes; nitrílicas, PVC ou 
látex, para a proteção contra reagentes diversos e riscos microbiológicos. 
Figura 7 – Luvas de segurança
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 ■ Jalecos ou guarda-pós: recomenda-se o uso de jalecos compridos e mangas 
compridas, para proteção dos membros superiores e corpo. É aconse-
lhado o uso do jaleco de algodão, já que os de fibra sintética são altamente 
inflamáveis. É importante o uso deste EPI para proteger o corpo contra 
eventuais produtos químicos que acidentalmente possam entrar em con-
tato com o corpo do trabalhador.
Figura 8 – Jaleco
 ■ Sapatos de segurança: utilizados para a proteção dos pés. Para atividades 
em que há o risco de objetos pesados caírem sobre os pés dos trabalha-
dores, é preciso modelos mais reforçados, que contenham bicos de aço. 
Já para a proteção contra reagentes químicos, podem ser utiliza-
dos sapatos fechados em geral. Para ambientes de 
trabalho úmidos e escorregadios, é indicado o uso 
das botas de PVC.
Figura 9 – Botas de segurança
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 ■ Máscara: o uso de máscaras em laboratórios de química é muito comum, 
principalmente para usuários de trabalham com produtos químicos que 
são voláteis, como ácidos. Para produtos que são tóxicos, devem ser usadas 
máscaras com carvão ativado, presente no refil, que absorve os compostos 
tóxicos. Em geral, protegem os trabalhadores contra a inalação de con-
taminantes gerados por agentes químicos como poeiras, névoas, fumos, 
gases e vapores.
Figura 10 – Respirador
 ■ Protetores auditivos: utilizado para ambientes que tem uma quantidade 
de ruídos maior que os limites de tolerância estipulados por normas regu-
lamentadoras. Podem ser tipo de “concha”, “plug”, dentre outros, cujo uso 
depende do nível de ruído ao qual o trabalhador está exposto.
Figura 11 – Protetor auricular do tipo “plug”
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Em geral, os equipamentos listados anteriormente, são de uso individual, ou 
seja, tratam-se de EPI’s. Porém, a classificação de EPI ou EPC deve ser avaliada 
cautelosamente. Por exemplo, luvas metálicas para proteção contra agentes cor-
tantes ou de couro para proteção contra queimaduras, quando usadas de forma 
esporádicas, podem ser usadas por mais de um trabalhador. 
Os equipamentos de proteção coletiva são de todos os dispositivos ou siste-
mas que promovem a proteção coletiva, para assegurar a integridade física e da 
saúde dos trabalhadores. São exemplos de equipamentos de proteção coletiva: 
sinalizações de segurança, proteção de partes móveis de máquinas, corrimão de 
escadas, ventilação de locais de trabalho, extintores de incêndio, kit de primei-
ros socorros, dentre outros.
Nos laboratórios de química, alguns dos principais equipamentos de pro-
teção coletiva são:
 ■ Cabine de exaustão química (capela): utilizada para manipulação de 
compostos químicos tóxicos e voláteis. Os vapores são exauridos para a 
parte externa, sendo destinados a equipamentos específicos que fazem 
a recuperação deste produto. O sistema de exaustão é projetado de tal 
forma que a corrente de ar não entre em contato com o trabalhador que 
faz uso da capela.
Figura 12 – Capela para exaustão de gases
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 ■ Cabine para segurança biológica: utilizada para a proteção contra micror-
ganismos que podem causar danos à saúde. 
 ■ Manta ou cobertor: utilizada para abafar ou envolver a vítima de incên-
dio, sendo indicada a confecção em lã ou algodão grosso.
 ■ Mangueira de incêndio: utilizada para apagar incêndios.
 ■ Dispositivos de pipetagem: utilizados para a sucção de pipe-
tas, como os pipetadores automáticos, pêra de borracha.
Figura 13 – Pipeta automática
 ■ Chuveiros de emergência: utilizados para 
remover produtos químicos que possam entrar 
em contato com o corpo dos trabalhadores.
Figura 14 – Chuveiro de segurança
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 ■ Lava-olhos: utilizados para lavar os olhos de pessoas que possam ter o 
contato acidental com produtos químicos.
Figura 15 – Lavador de olhos
 ■ Sprinkler: são chuveiros automáticos para a extinção de incêndio.
Figura 16 – Sprinkler
 
 
 
 
 
 
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 ■ Detectores de gases: detectam a presença de determinados tipos de 
gases (tóxicos, cáusticos, entre outros) e emite avisos sonoros para aler-
tar sobre os perigos.
Até então, alunos(as), obtivemos uma visão geral das regras de segurança em 
um laboratório, que devem ser conhecidas antes de se adentrar neste ambiente, 
para se evitar acidentes. Já dentro do laboratório, antes de iniciarmos algumas 
aplicações, é necessário conhecermos os principais equipamentos existentes e 
suas funções primordiais.
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EQUIPAMENTOS DE UM LABORATÓRIO
A execução de experimentos em laboratórios químicos envolve a utilização de 
uma gama de equipamentos e materiais diferentes. A utilização de um equi-
pamento específico depende dos objetivosa serem atingidos e, também, das 
condições em que a técnica será realizada. 
O uso inadequado de vidrarias e equipamentos em laboratórios pode gerar 
resultados equivocados e, também, danificar parcialmente ou integralmente 
estes equipamentos, e em casos mais graves, ocasionar acidentes e oferecer ris-
cos à saúde e à integridade física.
Justifica-se, portanto a importância de se conhecer o uso dos principais equi-
pamentos existentes no laboratório, conforme é conhecemos a seguir (FONSECA 
E BRASILINO, 2007; MARTINS, 2013; ABREU, 2016).
MATERIAIS EM VIDRO
Grande parte dos materiais utilizados em laboratórios de química são os fabrica-
dos em vidro (borosilicato). Esse vidro é diferente do vidro comum, que temos em 
nossas casas, pois proporcionam maior resistência química, mecânica e térmica. 
Os vidros permitem transparência, que facilita a observação da ocorrência 
de reações químicas; resistência mecânica e química, já que é inerte para grande 
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parte dos materiais, com exceção do ácido fluorídrico e bases concentradas, e 
resistência térmica em temperaturas próximas a 300°C.
Os equipamentos mais comuns em laboratórios químicos, fabricados em 
vidro são:
 ■ Tubos de ensaio
Utilizado para realizar reações em pequena escala. Pode ser aquecido direta-
mente na chama do bico de Bunsen,desde que a chama seja direcionada para a 
lateral do tubo, por motivos de segurança, conforme já exposto.
Figura 17 – Tubo de ensaio
 ■ Béquer
Utilizado para dissolver, realizar pesagens, misturar, aquecer, verter líquidos, 
realizar reações. Não deve ser utilizado para medir volumes, pois não tem uma 
boa precisão para este tipo de medida. 
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Figura 18 – Béquer
 ■ Erlenmeyer
Utilizado para dissolver compostos sólidos, agitação de reagentes e misturas, 
dissoluções, aquecimento, titulações. A sua forma cônica evita a perda de líqui-
dos durante o processo de agitação.
Figura 19 – Erlenmeyer
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 ■ Proveta
Utilizado para medir o volume de líquidos. Deve-se evitar o aquecimento deste 
equipamento.
Figura 20 – Proveta graduada
 ■ Pipetas
Utilizadas para a medida precisa de volumes de 
líquidos. Os tipos mais utilizados de pipetas são a 
graduadas, utilizadas para medir volumes diversos. 
Já a pipeta volumétrica, é usada para medir volumes 
fixos, como por exemplo, 2,0 mL, 5,0 mL. As pipetas 
volumétricas são mais precisas que as graduadas. São 
equipamentos mais precisos que as provetas. Também 
deve ser evitado o aquecimento deste equipamento.
Figura 21 – Pipetas
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 ■ Buretas
Equipamento utilizado para a medida precisa de volume de líquidos. Possui uma 
torneira que permite a transferência de volumes desejados para outros recipientes. 
Figura 22 – Bureta
 ■ Balão volumétrico
Equipamento utilizado para o preparo de soluções. Ele mede 
volumes precisos, como por exemplo, 500,0 mL, 1,0L. O 
menisco indica o volume final a ser medido.
Figura 23 – Balão volumétrico
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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 ■ Balão de fundo chato ou de fundo redondo
Utilizado para aquecer líquidos e realizar reações químicas que desprendem gases.
Figura 24 – Balão de fundo redondo
 ■ Kitassato
Recipiente que contém uma saída lateral. Pode ser utilizado para realizar fi ltra-
ções a vácuo e em reações para obtenção de gases.
Figura 25 – Kitassato
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 ■ Funil de adição
Utilizado para a adição de reagentes em outros sistemas. 
Figura 26 – Funil de adição
 ■ Funil de separação
Usado para a separação de líquidos imiscíveis.
Figura 27 – Funil de separação
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IU N I D A D E44
 ■ Dessecador
Utilizado no resfriamento de compostos químicos para casos em que se deseja 
baixa umidade.
Figura 28 – Dessecador
Qual a propriedade dos materiais que permite a separação de misturas? 
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 ■ Condensador
Utilizado para condensar vapores originados em reações químicas, como no 
caso de destilações.
Figura 29 – Condensador
 ■ Vidro de relógio
Utilizado para pesar materiais sólidos, cobrir béqueres.
Figura 30 – Vidro de Relógio
 
 
 
 
 
 
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 ■ Bastão de vidro
Utilizado para misturar/agitar misturas e auxiliar na transferência de líquidos.
Figura 31 – Bastão de vidro
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MATERIAIS REFRATÁRIOS
Os equipamentos do laboratório podem ser fabricados, também, em porce-
lana ou materiais cerâmicos. Estes materiais resistem a temperaturas elevadas, 
na faixa de 400°C, mas em geral têm baixa resistência mecânica. Os principais 
equipamentos são:
 ■ Cadinho
Utilizado para o aquecimento a seco em estufas e muflas, que regulam altas 
temperaturas.
Figura 32 – Cadinho de porcelana
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IU N I D A D E48
 ■ Almofariz e pistilo
Utilizado para a trituração de materiais sólidos.
Figura 33 – Almofariz e pistilo
 ■ Funil de Büchner
Utilizado para realizar filtrações a vácuo, sendo acoplados ao Kitassato com a 
utilização de uma borracha de vedação. Em sua parte superior há uma placa per-
furada em que é disposto o filtro.
Figura 34 – Funil de Büchner
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MATERIAIS PLÁSTICOS
Os materiais fabricados com plásticos, tais como o polietileno, propileno, pos-
suem boa resistência mecânica e química perante alguns reagentes, tais como 
ácido fluorídrico. Podem ser atacados por solventes orgânicos, tais como o ben-
zeno, tolueno, entre outros. Em relação à resistência térmica, estes materiais são 
mais sensíveis que os vidros e materiais cerâmicos, podendo sofrer deformações 
em faixas de temperatura de 110°C (dependendodo tipo de plástico que é fabri-
cado). Por terem baixa resistência térmica, não devem ser colocados em estufas de 
secagem com temperaturas superiores a 110°C. Os principais equipamentos são:
 ■ Pipeta de Pasteur 
Utilizada para a transferência de pequenos volumes em que não há a necessi-
dade de grandes precisões.
Figura 35 – Pipeta de Pasteur
 ■ Pisseta
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IU N I D A D E50
Armazena água, álcool e outros solventes. Utilizado para enxágue de vidrarias, 
para completar o volume de outros recipientes como os balões volumétricos.
 
Figura 36 – Pisseta. 
Fonte: Maisplastico ([2017], on-line)5
Dependendo da necessidade, outros equipamentos podem ser fabricados em 
plásticos, tais como béqueres, provetas, funil de adição, funil de büchner, sendo 
que seu uso é condicionado com a aplicação ao qual é destinado.
MATERIAIS METÁLICOS
Em geral, os metais mais comumente utilizados no laboratório são corroídos 
por alguns produtos químicos, tais como os ácidos. Portanto, como regra geral, 
deve ser evitado o contato de metais com os ácidos presentes no laboratório. Os 
principais equipamentos são:
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 ■ Espátula de aço
Utilizado para dosagem/pesagem de pequenas quantidades de materiais sólidos.
Figura 37 – Espátula
 ■ Tripé de ferro com tela de amianto
Suporte para béquer ou outros materiais para aquecimentos que são realizados 
direto na chama.
Figura 38 – Tripé de ferro e tela de amianto
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 ■ Garra/ Suporte universal
Utilizado para prender objetos e vidrarias. A garra é utilizada, por exemplo, para 
prender condensadores ao suporte universal.
Figura 39 – Garra/ Suporte universal
 ■ Suporte para bureta
Utilizada para prender a bureta em seu suporte, permitindo a realização das 
práticas. 
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS
Até então mencionamos os principais equipamentos para armazenar produtos. 
Temos, também, no laboratório, equipamentos básicos utilizados para realiza-
ção das diversas práticas realizadas na química experimental, que são descritas 
como seguem:
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 ■ Pipetador/ Pera
Utilizado para sucção de líquidos. Ela pode ser do tipo manual, como a pera, ou 
pipetadores automáticos. 
Figura 40 – Pera para sucção de líquidos
 ■ Estufa
Utilizada para a secagem de materiais, vidrarias. Pode ser regulada até tempe-
raturas próximas a 150°C, utilizando termostatos. Também pode ser utilizada 
para manter a temperatura constante e controlada, para determinados sistemas 
reacionais ou sistemas biológicos, que necessitam de um rigoroso controle de 
temperatura.
Figura 41 – Estufa
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 ■ Banho Maria
É um banho termostático com água, utilizado para o aquecimento brando de 
substâncias. Seu aquecimento é mais lento e gradual comparado ao aquecimento 
utilizando diretamente a chama. Em algumas ocasiões, no laboratório, é dese-
jado o aquecimento controlado.
Figura 42 – Banho-maria
Fonte: Splabor (2016, on-line)4.
 ■ Bico de Bunsen
É o equipamento que permite o aquecimento utilizando diretamente a chama. 
Caso seja necessário o aquecimento de materiais infl amáveis, é utilizada a manta 
elétrica.
Figura 43 – Bico de bunsen
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 ■ Manta de aquecimento
Utilizado para o aquecimento controlado e também de materiais inflamáveis.
Figura 44 – Manta de aquecimento
Fonte: Quimis ([2017], on-line)7.
 ■ Mufla
É capaz de gerar altas temperaturas. Amplamente utilizado para a calcinação de 
substâncias (tratamento térmico de sólidos para eliminar substâncias voláteis 
presentes é um exemplo de calcinação).
Figura 45 – Mufla
Fonte: Tp laboratório químico ([2017], on-line)8.
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IU N I D A D E56
 ■ Balanças
Utilizadas para a determinação das massas. Possuem diversas precisões, podendo 
conter 2 ou 3 casas decimais, sendo classificada como balança semi-analítica ou 
até mesmo com 4 casas decimais ou mais, classificadas como balanças analíti-
cas. O tipo de precisão vai depender da aplicação desejada. Em geral, para medir 
pequenas massas ou materiais que são caros, sensíveis, requer-se balanças com 
maiores precisões.
Figura 46 – Balança analítica
 ■ Agitador magnético com aquecimento
Efetua o aquecimento e, também, a agi-
tação, por meio de um material metálico 
imerso no líquido, chamado no laborató-
rio de “peixinho”.
Figura 47 – Agitador magnético
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 ■ Centrífugas
Utilizadas para acelerar a decantação de compostos que se sedimentam em uma 
determinada solução.
Figura 48 – Centrífuga
 ■ Termômetros
Utilizados para a medida da temperatura. Podem ser utilizados termômetros de 
mercúrio, termopares, sendo que a escolha vai ser função dos usos desejados.
Desta forma, alunos(as), conhecemos alguns dos principais equipamentos 
existentes em um laboratório de química e suas funcionalidades primordiais. 
Iremos aprofundar estes conhecimentos ao longo das próximas unidades, nos 
quais veremos aplicações práticas utilizando estes equipamentos.
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
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IU N I D A D E58
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desta forma, aluno(a), ressaltamos aqui regras ou normas comuns presentes 
em laboratórios de química. Regras específicas surgem da necessidade de cada 
laboratório, de acordo com os produtos que são manipulados, grau de periculo-
sidade, entre outros. Por exemplo, um laboratório que manipula materiais que 
são radioativos, existem outras normas que são muito específicas para este tipo 
de aplicação. Com as bases estudadas, temos os conhecimentos necessários para 
nos especializarmos em conceitos mais específicos quando for preciso.
Além disso, verificamos que a regra número “um” de um laboratório é a 
segurança das pessoas e do meio ambiente. Para atender a este fim, apresenta-
mos alguns equipamentos de proteção individual e coletiva que são utilizados 
para evitar acidentes e para a promoção da saúde e do bem estar do trabalhador. 
Outras referências bibliográficas podem trazer uma infinidade de equipamen-
tos. A escolha deve ser pautada no conhecimento dos riscos aos quais estamos 
expostos, e este conhecimento, pode ser adquirido pelo uso da FISPQ, que nos 
indica equipamentos de proteção adequados para cada produto químico, além 
de outras informações, como medidasde primeiros-socorros em caso de aci-
dentes, como a realização do descarte correto para não provocar prejuízos ao 
meio ambiente.
Em seguida, já dentro de um laboratório, verificamos quais são os equipamen-
tos amplamente utilizados e que há diversos tipos de materiais para fabricação, 
destes, como vidro, plástico, porcelana e metais. Dessa forma, além do conheci-
mento dos equipamentos, é necessário conhecermos as propriedades gerais dos 
compostos químicos, para selecionarmos o equipamento mais adequado. Essas 
propriedades nos foram transmitidas no curso de Química Geral e Inorgânica, 
nas próximas seções iremos aplicar a teoria estudada para algumas práticas 
que servirão de base para um conhecimento das aplicações básicas da Química 
Experimental.
59 
1. Antes de entrar em um local que manipula ou armazena produtos químicos, é 
necessário seguir algumas medidas para a garantia da segurança. Cite cinco 
medidas de conduta comuns a laboratórios químicos.
2. A manipulação de produtos químicos, reagentes, vidrarias e equipamentos em 
laboratórios podem causar diversos acidentes. Quais são os acidentes mais 
comuns em laboratórios de manipulação e transporte de produtos quími-
cos?
3. A norma regulamentadora 14.725, entre outros assuntos, traz informações so-
bre a Ficha de Segurança no Trabalho (FISPQ). Qual é o papel fundamental da 
FISPQ? Complemente sua resposta com no mínimo três partes constituin-
tes deste documento, comentando sobre cada uma delas.
4. O ácido clorídrico, cuja fórmula é HCl, trata-se de um produto corrosivo e que 
pode causar diversos acidentes e prejuízos a saúde. Qual documento deve ser 
consultado para identificar os principais perigos durante a manipulação 
deste reagente? Quais são os EPI’s e EPC’s mais recomendados para evitar 
acidentes?
5. São diversos os equipamentos e vidrarias existentes no laboratório que permi-
tem a realização de diversas práticas importantes para a indústria de transfor-
mação de produtos químicos. Cite quais as funções do balão volumétrico, 
bureta e da pipeta?
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O PLANETA TERRA
A “espaçonave” chamada PLANETA TERRA é uma esfera com cerca de 12.600 km de di-
âmetro, que pesa cerca de 6 # 1021 toneladas e se desloca no espaço com uma veloci-
dade de aproximadamente 106.000 km/h. No entanto, na vastidão do universo, nosso 
planeta é apenas uma “partícula de poeira”. Essa espaçonave carrega mais de 6 bilhões 
de seres humanos e um número enorme de vegetais e animais. Na verdade, todos os 
seres vivos habitam apenas uma “película” da Terra, que se assemelha, em proporções, 
à casca de uma maçã. Essa película é uma região denominada biosfera (do grego: bios, 
vida; sphaira, esfera). É importante também notar que todos os seres vivos só existem 
à custa do que é retirado do ar (atmosfera), da água (hidrosfera) e do envoltório sólido 
(litosfera). Do espaço exterior, porém, nos chega a energia solar, sem a qual não existiria 
na Terra a vida tal qual a conhecemos.
A atmosfera é formada principalmente por nitrogênio e oxigênio. A hidrosfera é a “capa” 
de água que envolve a Terra. Encontra-se na forma sólida (gelo, nas altas montanhas, nas 
geleiras, nos icebergs etc.), na forma líquida (oceanos, rios, lagos, água subterrânea etc.) 
ou na forma gasosa (como na umidade do ar, por exemplo). A litosfera ou crosta terrestre 
é conhecida, com relativa precisão, somente até poucos quilômetros de profundidade.
É formada por rochas, minerais, minérios etc., onde aparecem, em maior quantidade, o 
oxigênio, o silício, o alumínio e o ferro.
Isso é tudo de que a humanidade dispõe para sobreviver. Portanto, não “gaste” a Terra 
com consumos excessivos nem a torne uma “lata de lixo” com demasiado desperdício.
Fonte: Teixeira et al. (2001).
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Química Geral e Experimental
Ervin Lenzi, Luzia Otilia Bortolli Favero, Aloísio Sueo Tanaka, Evilásio 
de Almeida Vianna Filho, Manoel Jacó Garcia Gimmenes
Editora: Freitas Bastos
Sinopse: esta obra foi elaborada por uma equipe de professores 
universitários, Mestres e Doutores, que ministram essa matéria há 
vários anos no 1º ano de vários cursos: Química, Engenharia Química, 
Zootecnia, Farmácia, Bioquímica, Agronomia, Biologia, etc. O livro é feito em unidades didáticas, de 
forma a facilitar a atividade acadêmica e tem como ênfase a relação entre a teoria e a prática. Obra 
verdadeiramente inovadora e sem paralelo no Brasil. 
Texto apresentado em 27 unidades, dos quais, 7 tratam da introdução do aluno ao laboratório 
e a obtenção de medidas com caráter cientí� co, 2 orientam na preparação e calibração da 
instrumentação, 3 ensinam as técnicas de obtenção, separação e puri� cação de substâncias, 2 
evidenciam a forma de determinação de propriedades das substâncias, 3 apresentam os princípios 
de Química Analítica, preparação de soluções padrões e padronização, 3 orientam para o estudo da 
reação química, 4 são destinadas ao estudo do equilíbrio químico, 1 ao estudo da cinética química, 1 
ao estudo da termoquímica, e 1 ao estudo da eletroquímica.
Breaking Bad (Quebrando o mal)
Breaking Bad: A Química do Mal é uma premiada série de televisão 
estadunidense, criada e produzida por Vince Gilligan, que retrata a 
vida do químico Walter White, um homem brilhante frustrado em 
dar aulas para adolescentes do ensino médio enquanto lida com 
um fi lho sofrendo de paralisia cerebral, uma esposa grávida e dívidas intermináveis. Quando o já 
tenso White é diagnosticado com um câncer no pulmão, sofre um colapso e abraça uma vida de 
crimes, começando a produzir e vender metanfetamina com o seu ex-aluno, Jesse Pinkman, para 
assegurar o futuro fi nanceiro de sua família após sua morte.
Comentário: no decorrer da série, por diversas vezes pode ser vislumbrado diversos 
equipamentos da química experimental, no laboratório montado pelo professor para produzir 
a substância ilícita. Nos primeiros episódios é possível ver os cuidados com a segurança no 
laboratório, em que o professor e seu colaborador fazem uso de equipamentos de segurança no 
laboratório improvisado.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Mr Bean - Chemistry experiment
Um vídeo do youtube do famoso “Mister Bean” em contato com um laboratório químico, 
realizando procedimentos desconhecidos com resultados catastróficos, explorados de forma 
cômica, mas que retratam os riscos existentes no laboratório ao se manipular compostos dos 
quais não se tem conhecimento.
Para saber mais, acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=6aK2CKrdjbE>.
REFERÊNCIAS
63
ABREU, D. G.; SILVA, G. M. Química básica experimental. Universidade de São Pau-
lo. São Paulo, 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-14.725: Produtos quími-
cos: informações sobre segurança, saúde e meio ambiente. Rio de Janeiro: ABNT 
2009.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 06 – Equipamento de proteção 
individual – EPI. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2001. Disponível em: 
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf>. Acesso em: 18 nov. 
2016.
FONSECA, M. G.; BRASILINO, M. G. A. Química básica experimental. Universidade 
Federal da Paraíba. João Pessoa, 2007.
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; SUEO, T.; VIANNA FILHO, E. A.; GIMMENES, M. J. G. Química 
Geral e Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2012.
MARTINS, G. A. V. et al. Laboratório de química geral experimental. Universidade 
de Brasília. Brasília, 2013.
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. Oficina de Textos. São Paulo, 2001.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/isomeros-perigosos.htm>. 
Acesso em: 12 mai. 2017.
2Em: <http://www.crq4.org.br/informativomat_354>. Acesso em: 12 mai. 2017.
3Em: <http://www2.iq.usp.br/iqrecicla/pdv_0705.html>. Acesso em: 15 mai. 2017.
4Em: <http://sesmt.com.br/consultaCA>. Acesso em: 15 mai. 2017.
5Em:<http://www.maisplastico.com.br/produtos/121748/pisseta-graduada--250-mL>. Acesso em: 15 mai. 2017.
6Em:<http://www.splabor.com.br/blog/banho-maria-2/banho-maria-equipamen-
to-para-laboratorio-promove-metodo-comumente-utilizado-em-procedimentos-
-de-controle-de-qualidade/>. Acesso em: 15 mai. 2017.
7Em:<http://www.quimis.com.br/produtos/detalhes/manta-aquecedora>. Acesso 
em: 15 mai. 2017.
8Em:<https://www.tplaboratorioquimico.com/laboratorio-quimico/materiales-e-
-instrumentos-de-un-laboratorio-quimico/horno-mufla.html>. Acesso em: 15 mai. 
2017.
GABARITO
1. Vista-se com roupas e calçados adequados (fechados). Cabelos compridos de-
vem ser mantidos presos. 2. Não se deve comer ou beber em um laboratório. 
Os alimentos podem ser contaminados, por exemplo, por vapores tóxicos, po-
dendo prejudicar a saúde dos trabalhadores. 3. Evite o contato de qualquer 
substância com a sua pele. Evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e ouvi-
dos. Caso alguma substância química respingue em sua pele, deve ser lavada 
imediatamente a área afetada com água em abundância. 4. Todos os procedi-
mentos que envolvam a liberação de vapores, corrosivos, tóxicos ou inflamáveis 
devem ser realizados na capela de exaustão. 5. Não utilize roupas de natureza 
sintética. Dê preferência para roupas de algodão. Roupas sintéticas em caso de 
incêndios podem ficar aderidas na pele.
2. Os principais acidentes em laboratórios, que fazem a utilização e manipulação 
de produtos químicos, são devidos a ferimentos causados pela quebra de reci-
pientes de vidro, pelo contato com substâncias corrosivas e, também, incêndios 
com líquidos inflamáveis.
3. Essa ficha fornece informações sobre aspectos diversos dos produtos químicos, 
tratando sobre temas relacionados à segurança, à saúde, à proteção individual 
e coletiva, informações toxicológicas, disposições em caso de acidentes, entre 
outras. Além das informações apresentadas, a ficha inclui informações sobre o 
transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência, possibilitando ao 
usuário tomar as medidas necessárias relativas à segurança, saúde e meio am-
biente. Entre as seções presentes, pode-se destacar: Seção 2: Identificação de 
perigos: traz alguns perigos mais importantes, como efeitos adversos à saúde 
humana, efeitos ambientais, perigos físico-químicos, visão geral sobre emer-
gências e consta perigos específicos para determinados produtos químicos. 
Seção 4: Medidas de primeiros-socorros: contém, de forma detalhada, as me-
didas de primeiro-socorros no caso de ocorrência de acidentes, como ingestão, 
contato com a pele, olhos e ações que devem ser evitadas para prevenção de 
acidentes. Seção 8: Controle de exposição e proteção individual: traz informa-
ções sobre a tolerância do organismo à exposição deste produto químico e, 
também, os equipamentos de proteção individuais e coletivos que são neces-
sários para evitar riscos ou danos a saúde.
4. Deve ser consultada a Ficha de Segurança de Produto Químico (FISPQ) deste 
reagente. De acordo com este documento, trata-se de um produto corrosivo. 
Se inalado, pode causar queimaduras no trato gastrointestinal. Se inalado, pode 
causar danos ao sistema respiratório. Se ingerido, pode causar queimaduras no 
trato gastrointestinal. Para reduzir os riscos de acidente, de acordo com a FISPQ, 
para a proteção respiratória, deve ser utilizado máscara (facial inteira ou semi-
-facial) com filtro contra gases ácidos, máscara facial inteira com linha de ar ou 
conjunto autônomo de ar respirável. Para a proteção das mãos, deve ser usadas 
luvas de borracha nitrílica, látex ou PVC impermeáveis e resistentes a rasgos e 
perfurações, de neoprene ou PVC. Para a proteção dos olhos, devem-se usar 
GABARITO
65
óculos de segurança tipo ampla visão. Para a proteção da pele, deve-se utilizar 
macacão de mangas compridas, impermeável e botas de PVC. Em relação a pro-
teção coletiva (EPC), deve-se assegurar ventilação adequada no local de traba-
lho, providenciar ventilação exaustora onde os processos exigirem, chuveiros 
de emergência e lava olhos próximos ao local de trabalho. 
5. Balão volumétrico: Equipamento utilizado para o preparo de soluções. Ele 
mede volumes precisos, como por exemplo, 500,0 mL, 1,0L. O menisco indi-
ca o volume final a ser medido. Bureta: Equipamento utilizado para a medida 
precisa de volume de líquidos. Possui uma torneira que permite a transferência 
de volumes desejados para outros recipientes. Pipeta: utilizadas para a medida 
precisa de volumes de líquidos. Os tipos mais utilizados de pipetas são a gra-
duadas, utilizadas para medir volumes diversos. Já a pipeta volumétrica mede 
volumes fixos, como por exemplo, 2,0 mL, 5,0 mL. As pipetas volumétricas são 
mais precisas que as graduadas. As pipetas são equipamentos mais precisos 
que as provetas.
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Professor Me. Esp. Thiago Baldasso de Godoi
RELATÓRIOS TÉCNICOS, MEDIDAS 
EXPERIMENTAIS E CALIBRAÇÃO 
DE INSTRUMENTOS DE 
LABORATÓRIO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Apresentar as regras gerais de elaboração de relatórios técnicos.
 ■ Apresentar os conceitos envolvidos nas operações entre grandezas 
físicas e unidades de medida.
 ■ Explanar os conceitos de precisão e exatidão em medidas 
experimentais.
 ■ Demonstrar a imprecisão de alguns equipamentos do laboratório.
 ■ Calibrar alguns equipamentos de laboratório.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Relatórios técnicos
 ■ Operações com grandezas e unidades de medida
 ■ Prática 1: determinação dos algarismos significativos e duvidosos
 ■ Precisão e exatidão de medidas experimentais
 ■ Prática 2: precisão e exatidão de medidas experimentais
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a), nos laboratórios de química que trabalham com pesquisa e desen-
volvimento, é comum realizarmos novos procedimentos, como por exemplo, 
testes de reagentes em temperaturas variadas ou condições diversas, a fim de 
maximizar a taxa de produção de um produto de interesse. Contudo, na rotina 
de um laboratório, deve-se haver um planejamento experimental. Se as condi-
ções forem alteradas, sem um registro das informações, não saberemos quais 
foram as variáveis responsáveis pela melhora ou piora do processo. Imaginem 
pesquisas e processos que demoram horas, dias, semanas para ocorrer e, depois 
de todas as alterações, como relembrar o que fizemos lá no começo?
Neste ponto, aluno(a), é de extrema importância registrar todos os dados e 
ações realizadas de forma minuciosa. Com estas informações, ao final das rea-
ções, podemos elaborar relatórios técnicos, que permitem o entendimento e a 
reprodução da técnica por outros pesquisadores, que é um dos objetivos de apren-
dizagem desta unidade. Vale lembrar que esses relatórios não são usados apenas 
em laboratórios, mas na indústria em geral. Se você alterar as etapas da mon-
tagem de um carro, a fim de torná-las mais rápidas, você deverá elaborar uma 
espécie de relatório técnico (Instrução Operacional) que padroniza estas mudan-
ças. Por isso, é muito importante aprendermos a trabalhar com esta ferramenta!
Além disso, ao manipular equipamentos de um laboratório, verificamos que 
alguns equipamentos podem fornecer diferentes medidas. Um termômetro de 
mercúrio, com subdivisão de 1 em 1°C, pode fornecer a medida 35°C ou 36°C. 
Mas se a marca estiver entre as duas medidas? O João, acredita que seja 35,4°C, 
mas o Bento jura que é 35,6°C. Quem está certo? Nesse ponto, aluno(a), é de 
extrema importância conhecermos os conceitos de precisão e exatidão de medi-
das experimentais, a forma de trabalhar com esses números e como calibrar esses 
aparelhos que, às vezes, podem nos fornecer medidas divergentes!
Vamos lá?!
Introdução
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