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ORALISMO, BILINQUISMO, COMUNICAÇÃO TOTAL. Oralismo: Método de ensino para surdos através da língua oral, ou falada. Este método foi defendido principalmente por Alexander Graham Bell (1874-1922). Surdos educados através deste método de ensino são considerados surdos oralizados. Em 1880 em Milão houve um congresso Internacional de Educadores de Surdos, Alexander Graham Bell o defensor do Oralismo através de votação contribui na oficialização a proibição do uso de língua de sinais, onde a oralização se tornou o objetivo principal na educação das crianças surdas. O Oralismo dominou o mundo até a década de 60. Neste método a criança, a família e a escola dependem de um esforço total para que se obtenha sucesso na terapia, de acordo com seus defensores são necessários dedicação e envolvimento dos profissionais de reabilitação que convivem com a criança todos os dias. O inicio da reabilitação tem que ser o mais precoce possível, quando a criança nasce ou quando se descobre a deficiência. Não pode oferecer qualquer outro meio de comunicação á criança que não seja a oralidade. A educação oral começa no lar da criança, portanto é necessária a participação ativa da família especialmente da mãe ou outro membro da família mais próximo. A educação oral requer o trabalho de profissionais especializados como fonoaudiólogos e pedagogos e também necessitam de aparelhos de amplificação sonora individual. Lacerda (1976) relata o insucesso deste método no contexto educacional e espaços terapêuticos e por surdos que foram submetidos ao Oralismo puro. Diante da insatisfação do resultado deste trabalho a fonoaudiologia acompanhou tendências educacionais e a necessidade dos pacientes, através de pesquisas, foi se contemplado o uso de sinais e gestos surgindo então novas escolas, filosofias, métodos e técnicas para suprirema realidade e necessidades dessas crianças. É preciso reconhecer que não se pode ser tão radical na educação de crianças, a ponto de proibir que a criança se expresse através da língua de sinais. COMUNICAÇÃO TOTAL: FILOSOFIAS EDUCACIONAIS PARA SURDOS. A preocupação da comunicação total são os processos comunicativos entre surdos e surdos e entre surdos e ouvintes. Preocupa se também com a aprendizagem da língua oral pela criança surda e acredita que devemos estimular os aspectos cognitivos, emocionais e sociais para que ocorra o aprendizado da língua oral. Utiliza se de recursos espaços- visuais como facilitador da comunicação. A comunicação total considera o surdo com características diferentes do Oralismo. Dessa forma, o surdo não é visto apenas como portador de uma doença de ordem médica, que poderia ser eliminada, considerava a surdez como uma marca que compromete suas relações sociais e o desenvolvimento da criança surda. A comunicação total defende a utilização de inúmeros recursos linguísticos, tais como, a língua de sinais; linguagem oral; códigos manuais, entre outros. Todos eles são facilitadores de comunicação para as pessoas, privilegiando a comunicação e a interação entre as línguas orais e sinalizadas. BILINQUISMO NA EDUCAÇÃO DE SURDOS: O Bilinguismo, na educação de surdos é uma proposta de ensino usada em escolas especiais para surdos, que objetiva utilizar com a criança surda duas línguas no contexto escolar: a língua de sinais e a língua portuguesa. As pesquisas tem apontado esta proposta como sendo mais adequada para o ensino de crianças surdas, tendo como foco á língua de sinais como parte de um pressuposto para o ensino da língua escrita. Moura e Vieira (2011) afirmam que o bilinguismo surge como uma proposta de intervenção educacional com a finalidade de atender as especificidades linguísticas dos alunos surdos. As autoras destaca o trabalho com a língua de sinais e a língua portuguesa, atualmente acarreta uma preocupação de construção da identidade cultural e social. Na perspectiva bilíngue a língua de sinais é caracterizada como língua natural para o surdo e, portanto, sua primeira língua (L1). A língua portuguesa, língua oficial do país, na modalidade escrita, deve ser aprendida como segunda língua (L2). A língua de sinais é uma língua natural adquirida de forma espontânea pela pessoa surda em contato com as pessoas que usam essa língua. A língua escrita, por sua vez, é adquirida de forma sistematizada. A aceitação da língua de sinais como primeira para os surdos fez com que novos processos pedagógicos fossem criados e pesquisados. Alei n° 10.436/2002 considera a língua brasileira de sinais (Libras) como língua oficial da comunidade surda, defende a educação bilíngue para os surdos e reconhece a existência da cultura surda. O decreto federal n° 5.626/2005 apresenta uma definição de sujeito surdo: “por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da língua brasileira de sinais Libras”. Segundo Quadros e Perlin (2007), o processo de alfabetização de uma criança surda deveria ser em um contexto de entendimento da língua de sinais. Isto é, só através da língua as crianças pensam e discutem sobre o mundo estabelecendo noções e organizando pensamentos, sendo delineado o processo de alfabetização com base na descoberta da própria língua. Kubaskl e Moraes (2009) afirmam que “a pessoa com surdez tem as mesmas possibilidades de desenvolvimento da pessoa ouvinte, precisando apenas que suas necessidades especiais sejam atendidas “. Para as autoras, a língua de sinais torna-se necessária para esse processo de aprendizagem, bem como a língua portuguesa. A L1 servirá de mediadora para a L2, e a alfabetização se dará de forma mais natural. Portanto, o bilinguismo visa a atender as especificidades linguísticas da pessoa surda e suas particularidades culturais e sociais. O bilinguismo é sem duvida até hoje, o melhor recurso para a comunicação e educação de surdos. Este método é uma língua em sentido técnico e uma língua gestual e espacial, e é a primeira língua do surdo. Fala-se bilinguismo porque o surdo, nessa perspectiva, dominará a Libras, a língua brasileira de sinais e também a escrita alfabética do português. Será, portanto, bilíngue. Assim respeitando os direitos da comunidade surda. Referencias: www.portaldaeducação.com.br Primaus.blosespot.com.br www.trabalhosgratuitos.com/sociais-aplicadas/ciencias-sociais/AHistoria-dos-Surdos-No-Brasil
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