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AD1 Alfabetização 2 2018.1

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Curso de Licenciatura em Pedagogia Avaliação à Distância 1 – AD1/ 2018-1 Disciplina: Alfabetização 2
Coordenadora: Stella Maris Moura de Macedo
Nome: Ágatha Nascimento Marques Matrícula.: 17212080124 
Polo: Nova Iguaçu 
(Data limite para entrega: 24/02/018)
Boa avaliação!
Questão 1: (7 pontos)
Sugiro a seguinte formatação para a questão 1: Arial 12, espaço 1,5
Tamanho sugerido - 1 lauda
Realize um estudo atento da Unidade 1, que tem como tema “Ambiente Alfabetizador: Novas Perspectivas para a prática alfabetizadora?” No processo de leitura das aulas destaque as ideias principais e sublinhe os termos essenciais. Para desenvolver a questão 1 você deverá elaborar um resumo do tema de estudo com a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão. Faça uso de suas próprias palavras. Quando reproduzir alguma parte do texto de algum autor(a) faça uso de aspas.
É importante que você não deixe de abordar os seguintes aspectos no decorrer de seu texto: Concepção de ambiente alfabetizador; Contribuições de Ambiente Alfabetizador para a instauração de novas práticas alfabetizadoras na escola; alunos como sujeitos de conhecimento; prática alfabetizadora comprometida.
Ao iniciar a leitura da Aula 1 nos deparamos com o seguinte questionamento “Ambiente Alfabetizador: novas perspectivas para a prática alfabetizadora?”, e em seguida surgem os pontos que serão abordados nessa unidade – como: os desafios encontrados no processo de alfabetização, as estratégias a serem usadas, o conceito de ambiente alfabetizador e as dificuldades encontradas na incorporação desse conceito – que tratarão de responder esse questionamento.
	O primeiro assunto abordado é o ambiente alfabetizador, seu surgimento e o significado desse conceito. Após diversas pesquisas realizadas na Europa, Estados Unidos e América Latina na década de 80, que tinham como tema a discussão sobre os métodos de alfabetização, surge um novo conceito que passa a enxergar o aluno como sujeito de conhecimento. Partindo do pressuposto de que toda criança carrega conhecimento consigo, essa nova concepção começa a pensar a alfabetização a partir do aluno, de sua realidade social, sua bagagem cultural e seu cotidiano, pensando na melhor estratégia a ser usada e deixando de lado os métodos prontos.
	A criação desse nova perspectiva trouxe diversos avanços pois agora não se pensava mais nas cartilhas ou no melhor método, mas sim no aluno e em como ele aprende. Ferreiro defendia que a criação de um local específico na sala de aula facilitaria esse trabalho, como um cantinho de leitura, onde seriam disponibilizados diversos materiais – como livros, revistas, bulas, jornais, etc – vistos no dia a dia dos educandos para que eles pudessem se identificar e construir novos conhecimentos sobre a escrita. Essa nova prática tornaria o processo de alfabetização mais rico e significativo para o aluno.
	Porém, várias dificuldades foram encontradas durante a aplicação desse ambiente, pois muitos professores não sabiam como trabalhar a alfabetização partindo das experiências das crianças, isso acabava os tornando apenas observadores do processo, como afirma Ferreiro (2001, p.147) “O termo “ambiente alfabetizador”... introduziu muitos mal entendidos... (sic) segundo os quais o professor apaga-se, some, desvanece-se, transforma-se em mobiliário... O professor olha e participa dessa maravilha que é o desenvolvimento da criança que cresce sozinha.”, o que ocorria também era o esquecimento desses cantinhos, que passavam a servir apenas como objeto decorativo nas salas.
 	Essas dificuldades começaram a ser superadas na medida que os professores buscavam novas formas de trabalhar nesse ambiente alfabetizador e ao reconhecer a importância de trazer o cotidiano e a visão de mundo das crianças à sala de aula. Com esse reconhecimento, começa a se consolidar a prática alfabetizadora comprometida, onde o professor exerce um papel reflexivo e age como mediador, ajudando a criança a ampliar o conhecimento que traz consigo e a se enxergar como sujeito do conhecimento.
	A unidade 1 trouxe diversos questionamentos sobre as práticas tradicionais de alfabetização e abordou um novo conceito: o ambiente alfabetizador, que ao invés de utilizar métodos prontos, pensa primeiramente no aluno, no seu cotidiano, na sua realidade social e nos conhecimentos que ele carrega. Essa nova perspectiva surgiu com o intuito de tornar o processo de alfabetização representativo e significativo para o aluno, onde eles tenham a oportunidade não só de aprender, mas a se apropriar da palavra.
Questão 2: (3 pontos) O texto deverá conter o mínimo de 15 linhas.
“ (...) O ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura de mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. (...)” (Freire, 2003, p. 11)
O trecho acima se encontra no livro “A Importância do Ato de Ler”. Tomando-o como referência articule a concepção de ambiente alfabetizador proposta por Emília Ferreiro, de acordo com os textos que se encontram no Módulo 1- Alfabetização: Conteúdo e Forma 2, V.1, com a discussão de Paulo Freire sobre leitura de mundo e leitura da palavra.
	Freire afirma que a leitura de mundo precede a leitura da palavra e por isso a linguagem e a realidade se prendem dinamicamente, isso significa que a forma como a criança enxerga e exerce a leitura e escrita está diretamente ligada à compreensão que ela tem do mundo. Já Ferreiro traz na concepção de ambiente alfabetizador uma sala organizada de modo que esteja à disposição do aluno materiais que sejam significativos e que dialoguem com sua realidade, como jornais, bulas, livros, panfletos, etc., para que isso favoreça a aquisição de conhecimento e desenvolva sua prática de leitura e escrita. 
As ideias abordadas pelos dois autores dialogam, pois ambos partem da premissa de que o aluno precisa ser o centro do processo de alfabetização, onde suas experiências são o ponto de partida. Ao tratar a concepção de ambiente alfabetizador de Ferreiro, Freire reforça que é preciso levar em consideração a bagagem cultural e o conhecimento prévio do aluno e fala sobre a importância de consolida-lo.
 Introduz também novas ideias, como o de ambientes alfabetizadores no plural, que precisam se relacionar com a realidade atual de cada aluno, e por isso diz que esses ambientes são datados, pois precisam acompanhar a realidade da criança. Aborda também a relação entre o aprendizado da linguagem com a realidade, afirma que é preciso que o ambiente alfabetizador seja diversificado, que seja construído a partir da visão de mundo dos alunos e professores, para que sejam ampliados.
Os autores deixam claro em suas concepções que o processo de alfabetização precisa ser crítico e reflexivo, pensado de modo que dê voz aos alunos e que os mostre que eles são os sujeitos do conhecimento, “onde os que foram silenciados e não usufruem dos benefícios socioculturais produzidos pela sociedade em seu conjunto possam “tomar a palavra”.” (Alfabetização, conteúdo e forma 2, vol1, 2014, p. 28)

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