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1 EFEITOS DO TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE (TIAI) NA REDUÇÃO DE GORDURA EM ADULTOS EFFECTS OF HIGH INTENSITY INTERVAL TRAINING (HIIT) IN REDUCING FAT IN ADULTS Cássio Benavenuto1 Giulliano Gardenghi2 Resumo Introdução:O controle da obesidade corporal tem sido motivo de preocupação para pesquisadores e a população em geral. As pesquisas revelam que um dos meios de acrescentar o consumo de energia do organismo e, consequentemente, promover uma diminuição do peso corpóreo, seria através da realização de atividades físicas. Neste sentido, a metodologia de Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (TIAI) apresenta um vasto repertório de pesquisas científicas relacionadas aos benefícios do método na redução de gordura. Objetivo: A partir de uma revisão de literatura, analisar os efeitos no Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (TIAI) para a redução de gordura em adultos. Metodologia:Trata-se de um estudo de revisão de literatura com busca de periódicos publicados em periódicos das bases eletrônicas: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Portalde Periódicos CAPES, que foram divulgados entre os anos de 2004 a 2015.Resultados/Considerações finais:A partir dos estudos analisados, pode-se concluir que o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HITT) contribui significativamente para o processo de redução de gordura corporal, sendo uma ferramenta no controlo da obesidade. Descritores: Treinamento Intervalado de Alta Intensidade, Gordura, Obesidade. Abstract Introduction:The controlling body obesity has been of concern to researchers and the general population. Research shows that one of the means to add the body's energy consumption and hence promote a decrease in body weight, would be by performing physical activities. In this regard, Interval Training methodology High Intensity (HITT) has a vast repertoire of scientific research related to the benefits of the method in reducing fat. Objective:From a literature review, analyze the effects of High Intensity Interval Training (HIIT) to reduce fat in adults. Methodology: This is a literature review study with search journals published in periodicals of electronic databases: Virtual Health Library (VHL), Scientific Electronic Library Online (SciELO) and CAPES Journals Portal, which were published between the years from 2004 to 2015. Results / final Thoughts: from the studies analyzed, it can be concluded that the High intensity Interval Training (HITT) contributes significantly to the body fat reduction process, being a tool in controlling obesity. Keywords: High Intensity Interval Training, Fat, Obesity. 1 Graduado em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás (ESEFFEGO), Goiânia/GO – Brasil. 2Fisioterapeuta, Doutor em Ciências pela FMUSP, Coordenador Científico do Serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE/GO, Coordenador Científico do CEAFI Pós-graduação/GO e Coordenador do Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar do Hospital e Maternidade São Cristóvão, São Paulo/SP – Brasil. Endereço para correspondência: cassiobenavenuto@gmail.com. 2 INTRODUÇÃO OHigh Intensity Interval Training (HIIT) está inserido em diferentes modalidades esportivas, como futebol, basquete, ciclismo, corrida, entre outros. Atletas e técnicos estão cada vez maisinteressados em aprimorar e abranger esse método em seus programas de treinamento, com a finalidade de melhoria do desempenho dos profissionais. Os exercícios de alta intensidade potencializam a capacidade de resistência à fadiga muscular e geram várias adaptações metabólicas. Portanto, o HITT é conceituado como sendo sessões de treino com protocolos, compostos por séries de esforços de curta ou média duração (6 segundos a 5 minutos) em intensidade acima do limiar anaeróbio, seguidos de períodos em baixa intensidade ou recuperação passiva¹. A obesidade pode ser definida, de forma simplificada, como uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo consequência de balanço energético positivo e que acarreta repercussões à saúde com perda importante não só na qualidade como na quantidade de vida. Os estudos sobre obesidade que têm sido empreendidos correlacionando aspectos genéticos à ocorrência de obesidade não têm sido capazes de evidenciar a interferência destes em mais de um quarto dos obesos, fazendo com que ainda se acredite que o processo de acúmulo excessivo de gordura corporal, na maioria dos casos, seja desencadeado por aspectos sócio-ambientais². Os novos hábitos decorrentes do estilo de vida da população ocidental, entre eles a falta de atividade física e a má alimentação, consoante tornaram o organismo humano desordenado, o que contribui para o aumento da prevalência da obesidade e, consequentemente, das doenças crônicas degenerativas.Ultimamente, a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde publica e sua complicação e causas têm desafiado diversos especialistas da área de saúde (Nutrição, Educação Física, Psicologia, Medicina, entre outras)3. O objetivo do presente estudo é analisar os efeitos no Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) para a redução de gordura em adultos. Trata- se de um estudo de revisão de literatura. 3 METODOLOGIA Este trabalho trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Realizou-se uma busca de artigos nas bases eletrônicas Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e do Portal Periódico da CAPES, por meio das palavras-chaves (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade, Gordura, Obesidade) selecionadas segundo a classificação dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Assim, foram incluídos, nesta revisão, doze artigos científicos publicados entre 2004 e 2015. Contudo, foram excluídos aqueles artigos que não continham as palavras-chaves escolhidas. A análise dos manuscritos incidiu sobre a leitura do estudo na íntegra e, em seguida, na preparação de uma tabela (Tabela 1) com as informações gerais de cada pesquisa. De forma complementar foram destacados no decorrer do capítulo de Discussão os principais aspectos de cada artigo. RESULTADOS Os resultados da revisão bibliográfica foram sintetizados por meio da Tabela 1 que traz as referências compostas pelos nomes dos autores em ordem cronológica como também a especificação dos objetivos, métodos e conclusão de cada estudo. Tabela 1. Síntese dos resultados relacionados à revisão teórica dos efeitos do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) na redução de gordura em adultos. Ordem cronológica Objetivos Métodos Conclusão Keating et al., 2014 Avaliar o efeito do treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) versus exercícios aeróbicos contínuos. Participaram da pesquisa 38 adultos com sobrepeso e inativo com 12 semanas de intervenção. A composição corporal foi medidas antes e após as intervenções. Estes dados sugerem que HIIT pode ser defendida como uma eficiente estratégia para provocar benefícios comparáveis ao exercício contínuo tradicional em inativos adultos com sobrepeso. 4 Ordem cronológica Objetivos Métodos Conclusão Del Vecchio et al., 2013 Apresentar os diferentes estudos que fizeram uso desta estratégia e seus principais achados,com foco na aplicação do exercício intermitente de Alta Intensidade (HIIT). Avaliação do método HITT através de exercícios físicos. Os exercícios intermitentes de alta intensidade se mostram úteis no tratamento de fatores que caracterizama síndrome metabólica. Boutcher, 2011 Avaliar os resultados de pesquisas examinando a efeito de diferentes formas de HIIT sobre a aptidão, resistência à insulina, músculo esquelético e perda de gordura abdominal. Avaliar diferentes formas de HIIT sobre a aptidão, resistência à insulina, músculo esquelético e perda de gordura abdominal. HIIT reduz significativamente a gordura corporal subcutânea e abdominal. Gentil, 2011 Análise crítica das abordagens comumente usadas para o emagrecimento e esclarecimento dos motivos de sua ineficiência. Informações que ajudam no entendimento do processo de ganho e perda de peso e, principalmente, apresenta uma nova proposta cientificamente embasada de como praticar exercícios para obter melhores resultados quando o objetivo é a perda de gordura, seja por questões de saúde, seja por questões estéticas. Apesar da perda de gordura ser um objetivo muito comum, os métodos atuais não tem sido capazes de emagrecer a maioria das pessoas. E isso se deve ao fato de adotarmos uma abordagem inadequada e um paradigma muito limitado para abordar o problema. Prado et al., 2009 Investigar a relação entre obesidade e adipocinas inflamatórias, buscando discutir o papel do exercício físico no tratamento dessa patologia, através de uma revisão de literatura. Avaliar a relação entre obesidade e adipocinas inflamatórias e o papel do exercício físico. A obesidade é considerada uma doença inflamatória e o exercício físico melhora da resposta inflamatória de obesos. Gibala e Mcgee, 2008 Avaliar a potência da HIIT para induzir mudanças rápidas na capacidade de exercício e músculo esquelético de acordo com o metabolismo energético. Avaliar a potência da HIIT na indução de mudanças rápidas na prática de exercícios. Pessoas saudáveis que fazem exercícios intensos em um programa de treinamento, num intervalo de tempo, tem resultado positivo sobre o aspecto da HITT. 5 Ordem cronológica Objetivos Métodos Conclusão Guttierres e Marins, 2008 Verificar os mecanismos por meio dos quais o treinamento de força provoca alterações metabólicas e celulares, agindo positivamente sobre os fatores de risco da síndrome metabólica. Verificar através de estudos como o HITT age na síndrome metabólica. O treinamento de força pode contribuir de forma efetiva na diminuição dos fatores de risco relacionados à síndrome metabólica. Irving et al., 2008 Examinar os efeitos da intensidade do treinamento físico na gordura visceral abdominal (FAV) e composição corporal em mulheres obesas com síndrome metabólica. Foram examinadas 27 obesas de meia-idade (média ± SD, idade: 51 ± 9 anos) e massa corporal (34 ± 6 kg / m2) que apresentavam síndrome metabólica. Hiit reduziu significativamente a gordura total de gordura abdominal subcutânea. Tjonnaet al., 2008 Testar a eficácia de dois modos distintos de exercício para características da síndrome metabólica reversa. 32 pacientes com síndrome metabólica foram randomizados para volumes iguais de uma formação contínua moderada e intervalo de treinamento aeróbio três vezes por semana, durante 16 semanas. Este estudo demonstra que o Treinamento Físico de Alta Intensidade pode reverter fatores de risco da Síndrome Metabólica. Sapatéra, 2005 Verificar a porcentagem de gordura corporal e frequência de atividades físicas em uma escolinha de basquete e em uma escola pública de ensino básico. Foram aplicados questionários e análise da composição corporal em 36 adolescentes na faixa etária de 10 a 12 anos, sendo 21 do sexo masculino (15 do basquete e 6 da escola pública) e 15 alunas da escola pública. Os recursos utilizados foram: balança Filizola, estadiômetro e adipômetro. A procura por atividade física se dá a partir da necessidade de diminuir o peso corporal. Hauseret al., 2004 Abordar qual o tipo de exercício físico e também as estratégias que podem ser adotadas na prescrição do exercício paraaperfeiçoar o processo de perda de peso. Avaliação do exercício físico sobre a perda de peso. O emagrecimento pode ser alcançado com êxito em programas que incluem exercícios de resistência, exercícios aeróbios intermitentes e/ou contínuos que utilizem um alto fluxo de energia. Mendonça e Anjos, 2004 Identificar e avaliar alguns indicadores associados com mudanças nos hábitos alimentares Avaliação das mudanças nos hábitos alimentares e aceitação a prática de atividades físicas. A simples divulgação e difusão de uma lista de passos a serem seguidos pelos indivíduos não garante a adesão da 6 Ordem cronológica Objetivos Métodos Conclusão e aceitação a prática de atividades físicas na população brasileira nos últimos 30 anos. população a um estilo de vida saudável, e pior ainda, não consegue atingir os diversos segmentos da sociedade que têm características, motivações e possíveis causalidades diferentes para a obesidade. DISCUSSÃO Obesidade: Conceitos e Causas Os novos hábitos decorrentes do estilo de vida da população ocidental, entre eles a falta de atividade física e a má alimentação, tornaram o organismo humano desordenado, o que contribui para o aumento da prevalência da obesidade e, consequentemente, das doenças crônicas degenerativas.Atualmente, a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde publica e sua complexidade e causas têm desafiado diversos especialistas da área de saúde (Nutrição, Educação Física, Psicologia, Medicina, entre outras)4. A obesidade é resultado de um desequilíbrio crônico entre a ingestão calórica e o gasto de energia. Portanto, um grande consumo de energia e inatividade física são os primeiros fatores que contribuem para o aumento do peso. Sendo que destes, a atividade física insuficiente parece ser o principal fator para o crescimento da obesidade5. A obesidade pode ser definida, de forma simplificada, como uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo consequência de balanço energético positivo e que acarreta repercussões à saúde com perda importante não só na qualidade como na quantidade de vida. Os estudos sobre obesidade que têm sido empreendidos correlacionando aspectos genéticos à ocorrência de obesidade não têm sido capazes de evidenciar a interferência destes em mais de um quarto dos obesos, fazendo com que ainda se acredite que o processo de acúmulo excessivo de gordura corporal, na maioria dos casos, seja desencadeado por aspectos sócio-ambientais². 7 Este tipo de gordura corporal (obesidade) pode ser avaliado de acordo com o crescimento do tecido adiposo e compreende três tipos ou níveis. São elas: hipertrófica onde ocorre o aumento no tamanho das células de gordura tem maior frequência em adultos; hiperplásica onde ocorre o aumento no número dos adipócitos, ocorrendo nos primeiros anos de vida, na adolescência e no último trimestre de gravidez; e, por fim, a hiperplásico-hipertrófica é o tipo de obesidade em que há o aumento do tamanho e do número dos adipócitos. A hipertrófica é a obesidade mais comum à população mundial, o maior desafio da área da saúde por esta crescendo rapidamente como uma epidemia totalmente influenciada pelos hábitos decorrentes do estilo de vida da população acidental6. Há outras maneiras de se classificar a obesidade. A proposta é classificá-lapor tipos (de I a IV) quanto à distribuição de gordura pelo corpo. A do Tipo I é caracterizada peladistribuição de gordura de uma forma total. A do Tipo II é a obesidade em que o excesso de gordura localiza-se na região do tronco e abdome, esse tipo de distribuição de gordura também é conhecido como andróide ocorre principalmente nos homens. Já a do Tipo III é aferida pelo método Relação Circunferência da Cintura neste caso a gordura acumula-se nas vísceras e está diretamente associada a doenças cardíacas. Por fim, a do Tipo IV afeta em maior grau as mulheres, por isso ela também é conhecida como obesidade ginóide, à prevalência de obesidade é maior entre as mulheres e seu maior pico ocorre entre 45 e 64 anos em ambos os sexosO tipo III de obesidade é o mais difícil de ser combatido pelo grau de complexidade de oxidação das gorduras por estarem localizadas nas vísceras, nesse tipo de obesidade o numero de óbitos são maiores por agirem diretamente nas veias e artérias. O nível da obesidade e sua relação com o índice de massa corporal, apontam ainda o risco de co-mobilidade do indivíduo. Baseando no IMC (kg/m²) pessoas com pouco peso e peso normal possuem grau de obesidade zerado, risco de co-mobilidade baixa e media respectivamente; pessoas com sobrepeso e obeso possuem grau um e dois e risco de co-mobilidade aumentado e moderado a alto respectivamente; IMC acima de 40 kg/m² considerado obeso grave possui grau três e risco de co-mobilidade altíssimo7. Pacientes obesos e obesos grave apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando em 8 longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos4. Treinamento Intervalado de Alta Intensidade - HIIT HIIT são sessões de treino com protocolos, compostos por séries de esforços de curta ou média duração (6 segundos a 5 minutos) em intensidade acima do limiar anaeróbio, seguidos de períodos em baixa intensidade ou recuperação passiva¹. O High Intensity Interval Training (HIIT) é um protocolo que envolve repetidas sessões de exercício vigoroso (Limiar anaerobico de intensidade), intercaladas com baixa recuperação em relação à intensidade. Acreditam que o HIIT leva a uma gama de benefícios cardiovasculares e metabólicos que são semelhantes ou superiores em magnitude do que os alcançados com o exercício aeróbio contínuo regular. Poderia potencialmente proporcionar benefícios para a saúde de uma forma eficiente em termos de tempo8. Este treinamento (HIIT) envolve um aglomerado de exercícios de alta intensidade (limiar anaeróbico) com intervalos de baixa recuperação onde durante o exercício, as principais vias para síntese de ATP são a quebra da creatina-fosfato (CP) e a degradação do glicogênio muscular de ácido láctico com repetidos ataques de exercícios de alta intensidade9. A comunidade universitária La Frontera foi convidada para participar de um programa de exercício físico e orientação nutricional/intervenção, sendo que a amostra foi de 18 indivíduos (12 mulheres e seis homens) com sobrepeso ou obesos. Os participantes foram divididos em dois grupos como a participação em sessões de exercício; grupo aderente (GA, n = 10, idade = 35,4 ± 13 anos) e o grupo não aderente (GNA) (n = 8, idade = 37,4 ± 17 anos). Todos os pacientes possuiam boa tolerância ao exercício físico, sensação de fadiga muscular, mas sem efeitos secundários residuais.Os pacientes foram submetidos a exercício HIIT utilizando uma bicicleta ergométrica para induzir a resistência à fadiga muscular após um minuto de exercício e velocidade entre 30-40 km/h, usando como referência observada durante o esforço a frequência cardíaca máxima advinda do teste 9 ergoespirométrico (VO 2máx) seguido por 2 minutos de descanso inativo, repetido 10 vezes. Estes apresentavam supervisão personalizada e controle da freqüência cardíaca no início e no final de cada série cada sessão. Ambos os grupos (GA e GNA) foram avaliados no início e três meses após a intervenção. Não houve diferenças significativas entre grupos por gênero, idade, estado clínico, peso, IMC e massa gorda na linha de base do estudo. Pode ser observado com o mesmo indivíduo mudanças na intervenção pré-pos GA. Houve diferenças estatisticamente significativas no grupo GA que mostram que houve um aumento de 24,6% no VO2máx equivalente a 6 ± 3,6 ml/kg/min, contra 2 ± 3 ml/kg/min no grupo GNA³. Um grupo de pesquisadores iniciou uma pesquisa com quarenta e três mulheres (n = 43), Elas foram divididas em quatro grupos: programa Intervalo (PI), a sobrecarga de programa (PS) programa misto (PI + PS) e grupo controle (GC). A atribuição de participantes em cada grupo foi emparelhada de acordo com o IMC e massa gorda%. Os critérios de inclusão foram: a ser sedentário (exercício ≤30 min / semana), IMC> 25,0kg. Os critérios de exclusão foram: doenças osteo-articular, arritmias isquêmicas, taquicardia e / ou doença pulmonar obstrutiva crênica. Os resultados deste estudo indicam que os programas de aplicação (AF) de maior intensidade, são ferramentas eficazes para a redução dos níveis insulino resistencia em mulheres sedentárias, pré-diabética e níveis de excesso de peso. Também é importante notar que a concepção de programas de menor duração pode ser utilizada como uma estratégia para aumentar a participação e adesão a exercicios fisicos em adultos com risco metabólico10. O estudo já anteriormente abordado nesse artigo, agora exposto em mais detalhes, destaca um grupo de universitários que participou de um programa de exercício físico e orientação nutricional e foi composto por 18 indivíduos (12 mulheres e 6 homens) com sobrepeso ou obesos.Os critérios de inclusão foram: O IMC> 25 e <43 kg e sedentário. Os critérios de exclusão foram: a realização de limitações físicas, presença de doenças respiratórias crónicas. A amostra foi dividida em dois grupos como a participação em sessões de exercício; grupo aderente (GA) e grupo não aderente (GNA) todos os pacientes possuiam boa tolerância ao exercício físico, sensação de fadiga muscular, mas sem efeitos secundários residuais. A capacidade aeróbica foi avaliada em cicloergômetro todos os pacientes receberam aconselhamento nutricional individualmente por nutricionista uma vez por 10 mês, que consiste em recomendações para uma alimentação saudável, sem indicação de dieta de calorias. Os pacientes foram submetidos a exercício HIIT utilizando uma bicicleta ergométrica ambos onde os grupos (GA e GNA) foram avaliados no início e três meses após a intervenção9. Em outro estudo, as diferenças de pré e pós-intervenção foram analisadas e houve diferenças estatisticamente significativas no grupo GA que mostram que houve um aumento de 24,6% no VO2máx observaram que apenas o grupo GA apresentou reduções significativas no que se dizem respeito ao peso corporal doze semanas de HIIT proporcionaram o aumento da capacidade aeróbia e reduzindo amassa gorda³. Pesquisas literarias sobre o HIIT explicitam possibilidades de se obter benefícios com o método de intervenções para a Síndrome Metabólica (SM). Foram recuperados 11 artigos que avaliaram efeitos agudos e 16 que mensuraram efeitos crônicos do exercício. Apontam-se melhoras na composição corporal (incluindo gordura visceral), em variáveis cardiovasculares (destaque para a potência aeróbia máxima) e em componentes metabólicos (principalmente relacionados à glicemia). A partir deste estudo, observa-se que o HIIT pode ser relevante para a prevenção e tratamento da SM. Além da eficiênciatemporal, da motivação e maior aderência ao processo de treinamento, a otimização dos resultados em prazos menores que os promovidos em exercícios contínuos tornam o HIIT um meio de treino interessante a ser adicionado na prescrição de exercício para esta população. HIIT parecem ser umas alternativas relevantes para a prevenção e o tratamento dos fatores de risco que a compõem. Desta forma, diferentes protocolos de treinamento de alta intensidade com potencial motivacional e eficiência temporal podem aumentar a adesão aos programas de exercícios que objetivam reduzir os fatores de risco das doenças crônicas. Estudos têm utilizado principalmente uma bicicleta estacionária, assim, pouco se sabe sobre os efeitos de outras modalidades com potencial para a prática desses protocolos¹. O HIIT prodz significativo aumento na aptidão aerobia e anaeróbia e traz adaptações do musculo esqueletico significativos que sao oxidativos e glicoliticos, os efeitos na perda de gordura subcutanea e abdominal sao promissores, provavel que a curta duração dos protocolos de HIIT deva ser atraente para a maioria das 11 pessoas interessadas em redução do percentual de gordura. Sugere-se, portanto que tal modo de exercício seja considerado na prescrição e nas recomendações de atividades para promoção da saúde¹¹. Por fim, analisou-se queo Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT)pode reverter fatores de risco da síndrome metabólica. Alguns autores estudaram este tipo de intervenção e concluiram em seu artigo que os resultados indicam que os Programas de Aplicação(AF) são ferramentas eficazes para a redução dos níveis de insulina resistência (IR) em mulheres sedentárias, pré- diabética e níveis de excesso de peso. Também é importante notar que a concepção de programas AF de menor duração pode ser utilizada como uma estratégia para aumentar a participação e adesão a programas AF em adultos com risco metabólico12. CONSIDERAÇÕES FINAIS No século XX a obesidade se mostra um desafio para a saúde publica e áreas afins por conta da complexidade de se desenvolver métodos eficazes para seu combate. De acordo com os trabalhos apresentados percebesse que o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade conhecido como HIIT possuem resposta positiva em relação à redução de percentual de gordura, Vo2máx, pressão arterial, força neuromuscular. A relação de tempo e beneficio do treinamento HIIT comparado com os demais treinos somos mais interessantes em relação ao tempo de duração, 5 a 8 minutos de duração. A intensidade do treino se torna o seu fator de inclusão/exclusão com frequências na casa da zona anaeróbica (90% a 95% de frequência cardíaca máxima) não podem ser aplicado a todos os tipos de condicionamento físico, mais prudente prescrever para o indivíduo preparados para praticar a atividade na intensidade que ela exige. Vários métodos foram nomeados HIIT sem a exigência de intensidade que o método exige, por vender tantos benefícios em tempos reduzidos e resultados 12 estéticos ou medicinais bem acentuados fizeram com que o método se se torna uma febre entre os praticantes de atividades físicas, nem sempre em intensidades idealizadas. Vale a pena resaltar que os protocolos de HIIT são eficientes para a redução de percentual de gordura em alguns tipos de públicos e não em todos que se submetem a esse protocolo. A partir dos estudos analisados, pode-se concluir que o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT)contribui significativamente para o processo de redução de gordura corporal, sendo uma ferramenta no controlo da obesidade. REFERÊNCIAS 1. Del Vecchio F.B.; Galliano, L.M.;, Coswig, V.S. Aplicações do exercício intermitente de alta intensidade na síndrome metabólica. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. Pelotas/RS, 2013. 18(6):669-687. 2. Mendonça, C. P.; Anjos, L. A.dos. Aspectos das práticas alimentares e da atividade física como determinantes do crescimento do sobrepeso/obesidade no Brasil. Cad. Saúde Pública. 2004. 20(3):698-709. 3. Gentil, P. Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas. Rio de Janeiro: Sprint, 2ª ed. 208p. 2011. 4. Guttierres, A. P. M.; Marins, J. C. B. Os efeitos do treinamento de força sobre os fatores de risco da síndrome metabólica. Rev. bras. epidemiol. 2008. 5(11):147-158. 5. Hauser, C.; Benetti, M.; Rebelo, F.P. Estratégias para o Emagrecimento. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Florianópolis. 2004. 4(6):73-81. 6. Sapatéra, M. L. R. Obesidade na adolescência. Revista Digital Araçatuba SP. 2005. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd85/obesid.htm. Acesso em fevereiro de 2016. 7. Prado, W. L.; Lofrano, M. C.; Oyama, L. M.; Damaso, A.R.Obesidade e adipocinas inflamatórias: implicações práticas para a prescrição de exercício: Rev Bras Med Esporte. 2009. 15(5):378-383. 8. Gibala, M.J., S.L. Mcgee. Metabolic Adaptations to Short-term High-Intensity Interval Training: A Little Pain for a Lot of Gain? Exerc. Sport Sci. Rev., 2008. 36 (2):58-63. 13 9. Keating; S.E., Machan, E.A., O’Connor, H.T, Gerofi, J.A, Sainsbury, A, Caterson, I.D, et al. Continuous exercise but not high intensity interval training improves fat distribution in overweight adults. J Obes. 2014; Article ID 834865, 12 pages. 10. Boutcher, S. H. High-Intensity Intermittent Exercise and Fat Loss. Journal of Obesity, 2011, 868305. 11. Irving, B. A., Davis, C. K., Brock, D. W., Weltman, J. Y., Swift, D., Barrett, E. J. et al. Effect of exercise training intensity on abdominal visceral fat and body composition. Medicine and Science in Sports andExercise, 2008. 40(11):1863-1872. 12. Tjonna, A. E., Lee, S. J., Rognmo, O., Stolen, T., Bye, A., Haram, P. M. et al. Aerobic interval training vs. continuous moderate exercise as a treatment for the metabolic syndrome - “A Pilot Study.” Circulation, 2008. 118(4):346-354.
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