Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MECÂNICA DOS FLUIDOS CONCEITOS FUNDAMENTAIS O QUE É UM FLUIDO? O QUE DIFERENCIA UM FLUIDO DE UM SÓLIDO? Estrutura molecular: • Sólido – moléculas muito coesas e sujeitas a forças moleculares fortes. Mantém sua forma e não pode ser deformado facilmente. • Líquido – moléculas mais espaçadas e sujeitas a forças moleculares fracas. Facilmente deformados (podem escoar) mas não podem ser comprimidos (incompressíveis) • Gases – Moléculas muito mais espaçadas e forças moleculares de coesão molecular desprezíveis. Facilmente deformados e podem ser comprimidos (compressíveis) e sempre ocuparão totalmente o volume de qualquer reservatório. O QUE É UM FLUIDO? FLUIDO Substância que se deforma (ESCOA) continuamente quando aplicado um esforço cisalhante SÓLIDO Substância que exerce extrema resistência a deformação, e retorna ao estado inicial logo após retirada da carga. Dimensões, Homogeinidade Dimensional e Unidades (Descrição das características do Fluido) FORMA QUALITATIVA Identifica a natureza ou o tipo da característica (como comprimento, tempo, tensão, velocidade) FORMA QUANTITATIVA Medida numérica para a caracterísitca (um valor absoluto) Dimensões, Homogeinidade Dimensional e Unidades (Análise Qualitativa – Sistema de Dimensões) UTILIZA UMA BASE PRIMÁRIA DIMENSIONAL PARA REFERENCIAR TODAS AS CARACTERÍTICAS: OS DOIS SISTEMAS PRIMÁRIOS MAIS UTILIZADOS SÃO OS SEGUINTES: SISTEMA MLtT M -> massa L - > comprimento t -> tempo T -> temperatura SISTEMA FLtT F -> força L - > comprimento t -> tempo T -> temperatura Dimensões, Homogeinidade Dimensional e Unidades (Análise Qualitativa) Dimensões, Homogeinidade Dimensional e Unidades • A análise qualitativa será útil para realizar análises dimensionais de problemas. (SERÁ APLICADA NO CAPÍTULO DE SEMELHANÇA) • PODE SER UTILIZADA TAMBÉM PARA VERIFICAR SE UM EQUACIONAMENTO QUALQUER ESTÁ BALANCEADO ! (OS DOIS LADOS DA IGUALDADE PRECISAM APRESENTAR AS MESMAS DIMENSÕES) QUAIS DESTES DOIS EQUACIONAMENTOS ESTÁ CORRETO? Dimensões, Homogeinidade Dimensional e Unidades (Análise Quantitativa – Sistema de Unidades) OS DOIS SISTEMAS MAIS CONHECIDOS E EMPREGADOS SÃO: SISTEMA SI M -> kg (kilograma) L - > m (metro) t -> s (segundo) F -> N (Newton) = kg.m/s2 T (abs) -> K (Kelvin) T -> oC (Celsius) SISTEMA BRITÂNICO M -> slug L - > ft (feet) t -> s (segundo) F -> lbf (libra força) T (abs) -> R (Rankine) T -> oF (Farenheit) Propriedade dos Fluidos (Análise do Comportamento dos Fluidos) Áreas de estudo da Mecânica dos Fluidos: – ESTÁTICA DOS FLUIDOS (FLUIDO PARADO) – DINÂMICA DOS FLUIDOS (FLUIDO EM MOVIMENTO) Conceitos / Propriedades importantes na análise dos comportamentos dos fluidos: – Massa Específica / Densidade (ρρρρ) – Peso Específico ( γ) – Lei dos Gases Ideais – Viscosidade ( µ µ µ µ) – Pressão de Vapor – Tensão Superficial Propriedade dos Fluidos • MASSA ESPECÍFICA (densidade) – Expressa a massa de fluido existente em uma unidade de volume. – Símbolo: ρ – Análise Dimensional: M/L3; Unidade (SI): kg/m3 ρ ν 1 = • VOLUME ESPECÍFICO •Inverso da densidade, expressa o volume do fluido que compreende uma unidade de massa. • Símbolo: ν Análise Dimensional: L3/M; Unidade (SI): m3/kg Propriedade dos Fluidos • GRAVIDADE ESPECÍFICA (densidade específica) – Expressa a relação entre densidades do fluido de interesse e da água em uma determinada temperatura de referência. – Geralmente se utiliza a densidade da água a 4oC (1000 kg/m3) – Símbolo: SG (specific gravity) – Por ser uma relação de variáveis de mesma unidade, fica sendo uma propriedade adimensional. Cagua SG 4_ρ ρ = EXEMPLO SGoleo= 0,85 ρoleo = SGoleo*1000 = 850 Kg/m3 Propriedade dos Fluidos • Peso Específico – Expressa o peso (Força) de fluido por unidade de volume. – Símbolo: γ – Análise Dimensional: F/L3; M/(t2L2) Unidade (SI): N/m3 gργ = • Lei dos Gases Perfeitos (Ideal) TRP ⋅⋅= ρ Pressão Absoluta M/(t2L) N/m2 (Pa) Densidade M/L3 Kg/m3 Temperatura Absoluta T K (Kelvin) Constante do gás L2/ (t2T) J/(kg.K) EXERCÍCIOS PROPOSTOS • MUNSON (4 ed) Capítulo 1: 1.1 a 1.6; 1.8 a 1.12; 1.20; 1.22; 1.24; 1.25; 1.28; 1.29; 1.32; 1.34; 1.36;1.37. Propriedade dos Fluidos • Viscosidade dinâmica (µ) – A densidade e o peso específico são uma medida de “quão pesado” é um fluido. O azeite e o óleo, por exemplo, são mais “leves” que a água (SG ~ 0,8 a 0,9) – A viscosidade descreve a “fluidez” , ou seja, A FACILIDADE EM ESCOAR. O azeite e o óleo, embora com menor densidade, apresentam menor fluidez, devido a maior viscosidade. -SÍMBOLO: µ - Unidades (SI): Pa.s (N/m2*s) Viscosidade x Taxa de Deformação ESCOAMENTO SOBRE DUAS PLACAS PLANAS: – Quando a plicada a força P sobre a placa superior, inicia-se um movimento da placa, que cisalha a lâmina de fluido adjacente, forçando o escoamento do fluido. – Pelo Diagrama de corpo livre (esquerda), percebe-se que, pelo princípio de ação e reação, o fluido reage sobre a placa com uma força restituidora, que é a tensão cisalhante x a área. Viscosidade x Taxa de Deformação • Analisando a aplicação da força P em um pequeno instante de tempo δt, a placa se movimenta por uma distância δa, ocasionando uma deformação angular (cisalhante) do fluido de δβ Para pequenas deformações, pode-se assumir a seguinte relação: b U t =δ δβ Onde δβ/δt é a variação angular (cisalhante) pelo tempo Viscosidade x Taxa de Deformação Assumindo o instante de tempo δδδδt tende a zero (infinitesimal), podemos escrever a seguinte propriedade: TAXA DE DEFORMAÇÃO CISALHANTE ( )γ& dy du =γ&Onde, para qualquer ponto no escoamento, fica: Qualquer fluido submetido a uma tensão de cisalhamento, sofre uma taxa de deformação. MAS COMO A VISCOSIDADE SE RELACIONA COM TUDO ISTO? Viscosidade x Taxa de Deformação • Assim, pode se correlacionar a tensão de cisalhamento sofrida pelo fluido com a taxa de deformação: A TENSÃO DE CISALHAMENTO RESULTANTE PARA UMA DETERMINADA TAXA DE DEFORMAÇÃO SERÁ TANTO MAIOR QUANTO MAIOR A VISCOSIDADE DESTE FLUIDO! Esta proporcionalidade é transformada em igualdade através da adoção de uma constante de proporcionalidade Viscosidade dinâmica FLUIDOS ONDE A RELAÇÃO ENTRE TENSÃO CISALHANTE E TAXA DE DEFORMAÇÃO SEGUEM A PROPORCIONALIDADE ACIMA (LINEAR), SÃO CHAMADOS DE FLUIDOS NEWTONIANOS !! (água, óleo, ar, glicerina, azeite, etc…) A GRANDE MAIORIA DOS FLUIDOS QUE CONHECEMOS SÃO FLUIDOS NEWTONIANOS. A CIÊNCIA QUE ESTUDA OS FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS É CHAMADA DE REOLOGIA. Viscosidade x Taxa de Deformação FLUIDOS NEWTONIANOS OUTROS FLUIDOS Viscosidade Cinemática OUTRA PROPRIEDADE IMPORTANTE DOS FLUIDOS É A VISCOSIDADE CINEMÁTICA, QUE É DEFINIDA DA SEGUINTE FORMA: ρ µ ν = VISCOSIDADE DINÂMICA MASSA ESPECÍFICA SÍMBOLO: ν Unidades (SI): m2/s EXPRESSA UMA RELAÇÃO ENTRE PESO E FLUIDEZ Condição de Não Deslizamento Quando um fluido é envolto por uma superfície sólida, interações moleculares fazem com que o fluido ADJACENTE a superfície busque um equilíbrio de quantidade de movimento e energia com a superfície. ISTO IMPLICA QUE TEMPERATURA E VELOCIDADE DO FLUIDO ADJACENTE A PAREDE ASSUMAM OS VALORES DA PRÓPRIA PAREDE. EXEMPLOS: Uma placa parada e outra em movimento Duas placas paradas ESCOAMENTO ENTRE PLACAS PLANAS Em escoamentos entre placas planas paralelas e infinitas, com uma em movimento e outra parada, pode-se modelar o perfil de velocidade como LINEAR Assim, as tensões de cisalhamento, podem ser facilmente avalidas, pois: y u dy du ∆ ∆ == µµτ LEMBREM QUE O INFINITO implica que h<<L(comprimento da placa) Assim, a hipótese de infinito pode ser adotada em problemas finitos, mas que h<<L SENTIDO DA TENSÃO CISALHANTE A tensão cisalhante é uma grandeza vetorial, ou seja, para ser completamente definida, precisa, além da magnitude, da direção e sentido. DIREÇÃO – a mesma da aplicação da força da força. SENTIDO – depende do sinal do valor da tensão e da direção do vetor normal da superfície(O sentido também pode ser tirado de um balanço de forças) τ y τ n n Se τ > 0 τ τ n n Se τ < 0 y HIPÓTESE DO CONTÍNUO O conceito de contínuo é a base da mecânica dos fluidos clássica. Embora o fludo seja compoto de moléculas, nosso interesse são os efeitos médios ou macroscópicos de muitas moléculas (uma porção de fluido) Assim o fluido é modelado como uma massa contínua e indivisível (e não um conjunto de moléculas) Esta definição auxilia em muito na análise de problemas de mecânica dos fluidos, pois permite que as propriedades dos fluidos, como massa específica, velocidade, sejam funções contínuas no espaço e no tempo. Esta hipótese é válida somente quando as dimensões envolvidas no problema são muito,muito maiores que o caminho livre médio das moléculas! Descrição e Classificação do Movimento dos Fluidos Escoamentos Viscosos x Não Viscosos (Invíscidos): Os escoamentos onde se desprezam os efeitos da viscosidade são denominados não viscosos. (Ex. Aplicações da equação de Bernoulli) Escoamento Laminar x Turbulento O regime dos escoamentos viscosos são denominados de laminar e turbulento. No escoamento laminar, não há mistura macroscópica das camadas adjascentes de fluidos (é como se o escoamento ocorresse em uma lâmina sobre a outra). No escoamento turbulento é caracterizado por uma grande agitação do fluido, onde o escoamento não ocorre mais no formato de lâminas, mas sim de forma caótica. Descrição e Classificação do Movimento dos Fluidos Escoamentos Compressíveis x Incompressíveis. Escoamentos onde as variações de massa específica são desprezíveis são chamados de incompressíveis (líquidos, escoamentos de gases a baixas velocidades), caso contrário são compressíveis (escoamento de gases a altas velocidade, escoamento comprimido) Escoamentos em Regime Permanente x Regime Transiente. Uni x Bi x Tri Dimensional Quando as propriedades de um escoamento (Campo de Velocidades, Temperatura, Pressão) variam com o tempo, o escoamento é transiente, se as propriedades não variam com o tempo, é um escoamento permanente. Ex: V(x,y,z) = 3x i + 4xy j + 3z k ->Campo de velocidades varia nas três dimensões (tridimensional) mas constante no tempo (permanente) V(x,y,t) = 3xt i + 4xy j + 3t2 k ->Campo de velocidades varia em duas dimensões (bidimensional) e transiente V(x,y,t) = 3xt i + 4 j + 3t2 k ->Campo de velocidades varia em apenas uma dimensão (unidimensional) e transiente. MECÂNICA DOS FLUIDOS DOS MEIOS CONTÍNUOS Não viscoso (insvíscido) Viscoso Laminar Turbulento Compressível Incompressível Interno Externo SOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS A análise de problemas de mecânica dos fluidos exige a utilização de várias equações, datas, tabelas, hipóteses, sistema de unidades e cálculo, de modo que é aconselhável se criar um método para solução de problemas: 1) Coloque todos os dados e parâmetros fornecidos do problema em um lugar. 2) Ache, de tabelas ou gráficos, todas os dados de propriedade do fluido que serão necessárias (cp, k, , etc.) 3) Utilizar o sistema SI (N,s,kg,m) sempre que possível, e assim não serão necessários fatores de conversão. 4) Estejam certos do que foi pedido. É muito comum aos estudantes responder a questão errada, por exemplo, calcular o fluxo de massa no lugar de fluxo volumétrico, pressão no lugar de gradiente de pressão. Leiam calmamente a questão. 5) Faça um esquema detalhado do sistema, com tudo claramente identificado e nomeado. 6) Pense cuidadosamente e então liste suas hipóteses. Aqui conhecimento é poder. Você não deve chutar a resposta. Voces devem ser capazes de decidir corretamente se o escoamento pode ser considerado permanente ou transiente, compressível ou incompressível, unidimensional ou multidimensional, viscoso ou invíscido, etc… 7) Baseado nos passos de 1 a 6, escreva as equações apropriadas, as correlações necessárias, e as relações. 8) Resolva o problema e reporte sua solução claramente, com as devidas unidades. EXERCÍCIOS PROPOSTOS • MUNSON (4 ed) Capítulo 1: 1.40, 1.41, 1.42, 1.43, 1.47, 1.53, 1.54, 1.55, 1.56, 1.57, 1.58, 1.59, 1.61, 1.62, 1.63, 1.65, • FOX (4 ed) Capítulo 2: 2.41, 2.42, 2.48, 2.49, 2.52, 2.60, 2.64, 2.65, 2.66. MECÂNICA DOS FLUIDOS ESTÁTICA DE FLUIDOS SITUAÇÕES ONDE O FLUIDO ESTÁ EM REPOUSO OU EM UM TIPO DE MOVIMENTO SEM DESLOCAMENTO RELATIVO ENTRE AS PARTÍCULAS DE FLUIDO ADJACENTES. (MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO) SEM DEFORMAÇÃO ANGULAR DO FLUIDO, ESFORÇOS CISALHANTES (TENSÃO DE CISALHAMENTO) NULA. SOMENTE ESFORÇOS PROVOCADOS POR DIFERENÇA DE PRESSÃO E PELO PESO DO FLUIDO. PRESSÃO EM UM PONTO Como a pressão varia com a orientação do plano que passa por um ponto? Balanço de Forças em um Fluido em Repouso: Relações Geométricas PRESSÃO EM UM PONTO Como a pressão varia com a orientação do plano que passa por um ponto? • Não existe diferença de pressão na direção horizontal. • Existe uma variação da pressão na direção vertical proporcional ao peso da porção de fluido. • Se diminuirmos a porção do fluido até as dimensões de um ponto, temos: 0 0 z x ∆ → ∆ → x z n p p p= = Na condição de não haver tensão de cisalhamento, pode-se afirmar que: Como as pressões independem do angulo θθθθ, pode-se afirmar que a pressão em um fluido estático independe da direção (Lei de Pascal) Força de pressão sobre um elemento fluido. Como varia a pressão ao longo de um fluido sem efeitos de cisalhamento? Como a análise nas outras três direções é similar, fica que: Apenas mostrando a direção x z pdF dx dy dz z ∂ = − ⋅ ⋅ ∂ y pdF dx dy dz y ∂ = − ⋅ ⋅ ∂ Vetor de variação de pressão nas três direções do escoamento. Considerando agora uma força específica, por unidade de volume, fica que: Gradiente de p Equilíbrio em um elemento fluido. Além das forças de pressão na superfície, um fluido sem efeitos cisalhantes também apresenta uma força gravitacional, devido sua massa ! Realizando o balanço de forças (por unidade de volume) no fluido pressao gravidadea f f fρ = = +∑ r ur urr Abrindo os termos de força, fica que: A soma das forças de pressão e gravitacional tem que ser igual a aceleração. a f p gkρ ρ= = −∇ −∑ r rr x x y y z z p a f i x p a f j y p a f g k y ρ ρ ρ ρ ∂ = = − ∂ ∂ = = − ∂ ∂ = = − + ∂ ∑ ∑ ∑ rr rr rr Variação de Pressão em um Fluido em Repouso Um fluido em repouso não possui aceleração em nenhuma direção ! As variações de pressão em um fluido estático só ocorrem na direção vertical (devido a presença do peso do fluido) 0 f p gkρ= = −∇ −∑ rr 0; 0p p x y p g z ρ ∂ ∂ = = ∂ ∂ ∂ = − ∂ Se aplica a líquidos (ρρρρg é constante) e a gases. RECORDAR QUE ρρρρg é denominado peso específico (Peso sobre unidade de volume), onde estabelecemos o símbolo γγγγ Variação de Pressão em um Fluido em Repouso Fluido Incompressível (γγγγ = cte) A pressão em um fluido estático varia apenas com a distância vertical e é independente da forma do reservatório. A pressão é a mesma em todos os pontos de um determinado plano horizontal. A pressão aumenta com a profundidade no fluido. Fazendo z2-z1 = h Variação de Pressão em um Fluido em Repouso Fluido Incompressível (γγγγ = cte) 0Ap p ghρ= + 1 2 1 2( ) a atm A a atm a b c d A B C D p p gh p p gh p g h h p p p p p p p p ρ ρ ρ = + = + = + + = = = = = = h2 patm h1 Transmissão de pressão em um fluido incompressível 1 2 1 1 2 2 V V Ah A h = = SISTEMAS HIDRÁULICOS Para fluidos incompressíveis: Variação de Pressão em um Fluido em Repouso Fluido Compressível Em um fluido compressível (gases como oxigênio e nitrogênio), a massa específica varia de forma significativa com as alterações de pressão e temperatura. Deve-se considerar esta variação quando da integração da altura: Gás ideal p g z ρ∂ = − ∂ Para se integrar precisa se conhecer a relação entre a temperatura e a elevação Assumindo que a temperatura é constante com a altura e igual a T0 (Kelvin), fica: Variação de Pressão em um Fluido em Repouso Como varia a pressãoatmosférica com a altura? Atmosfera Padrão Americana Medições de Pressão A obtenção dos valores de pressão é indispensável para se analisar escoamentos. Existem vários dispositivos medidores de pressão, que podem medir a pressão em uma escala absoluta ou relativa: • Escala Absoluta: Medidas em relação ao vácuo absoluto. (pressão de referência é zero) • Escala Relativa: Medida em relação a pressão atmosférica local (pressão referência é a atmosférica) Gage = Relativa Unidades para a pressão: • N/m2 (=Pa) – Sistema SI • lbf/ft2 (psf) • Especificação pela altura da coluna de líquido (altura e tipo de líquido) Ex: patm = 101,3 kPa = 760 mm de mercúrio Medição da Pressão Absoluta NORMALMENTE MEDIDA COM UM BARÔMETRO DE MERCÚRIO Um tubo cheio de mercúrio é INVERTIDO e colocado dentro de um reservatório e a altura da coluna encontra um equilíbrio com a pressão atmosférica. 2( 0) ( ) 760 atm mercurio atm p z gh p padrao mmHg ρ= = = Medição da Pressão Relativa (Manometria) • Uma das técnicas mais utilizadas nesta medição envolve o uso de colunas de líquido vertical ou inclinada. • Os dispositivos para medição baseados nesta técnica são denominados manômetros. • Os três tipos mais utilizados de manômetros são o tubo piezométrico, o manômetro em U e com tubo inclinado. • A pressão relativa também é chamada de pressão manométrica. Medição da Pressão Relativa (Manometria) TUBO PIEZOMÉTRICO (tipo mais simples de manômetro, com tubo vertical) ( ) 1 1 1 A atm A atm A manométrica p p gh p p gh p gh ρ ρ ρ = + − = = patm • Só pode ser aplicado se pA>patm pois do contrário entraria ar no sistema. • A pressão em A não pode ser muito alta, pois isto implicaria em uma altura da coluna h muito elevada • Só pode ser aplicada a líquidos !! (por ter uma interface aberta para o ambiente) Medição da Pressão Relativa (Manometria) TUBO em U (tipo mais simples de manômetro, com tubo vertical) patm • Pode ser aplicado com gases; • O fluido do manômetro pode ser diferente do fluido do reservatório. Fluido Manométrico ( ) 1 1 2 2 2 2 1 1 2 2 1 1 A atm A atm A manométrica p gh p gh p p gh gh p gh gh ρ ρ ρ ρ ρ ρ + = + − = − = − Se fluido 1 é um gás, pode-se simplificar para: ( ) 2 2A manométricap ghρ= Medição da Pressão Relativa (Manometria) TUBO em U (também utilizado para medir diferença de pressão entre dois reservatórios) Medição da Pressão Relativa (Manometria) TUBO INCLINADO UTILIZADO PARA MEDIR PEQUENAS VARIAÇÕES DE PRESSÃO (MAIOR SENSIBILIDADE) Se fluido em A e B forem gases. Medição da Pressão Relativa (Manometria) EXEMPLO APLICAÇÃO MANOMETRIA MEDIÇÃO DE PRESSÃO EM TUBULAÇÕES: Exercícios: Munson (4 ed): 2.1 a 2.6; 2.8,2.9,2.10,2.12,2.13,2.15,2.16,2.19,2.20,2.24, 2.25, 2.26,2.27,2.28, 2.29, 2.31, 2.32, 2.33, 2.36, 2.37, 2.38, 2.40, 2.41, 2.42, 2.43, 2.44, 2.45, 2.46, FOX (4 ed): 3.7, 3.8, 3.29, 3.30, 3.31, 3.32,3.33, 3.34, 3.37, 3.38, 3.41, 3.42, 3.43. MECÂNICA DOS FLUIDOS ESTÁTICA DE FLUIDOS FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS E CURVAS Importante em projetos de corpos submersos, como tanques para armazenamento de fluidos, navios, barragens e outras estruturas hidráulicas FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS Caso mais simples: Superfície horizontal AghF APA)ghP(F FFF R atmatmR externoernointR ⋅ρ= ⋅−⋅ρ+= −= A força resultante é só função da pressão manométrica, já que a pressão atmosférica atua tanto dentro como fora, anulando-se. FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS Superfície Inclinada ∫∫ ⋅θ⋅⋅γ=⋅⋅γ= ⋅⋅γ= AA R dA)(senydAhF dAhdF Neste caso cada posição da superfície está em uma altura diferente ! Necessidade de realizar uma análise diferencial. Como h=y sen(θ) e se γ e θ são ctes. ∫θγ= A R ydA)(senF Momento de primeira ordem de área FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS AyydA c A =∫ Coordenada y do centróide, medida a partir do eixo x que passa pela origem (h=0) AhF )(senAyF cR cR γ= θγ= Distância vertical entre a superfície livre do fluido e o centróide de área. Cálculo via integração Direta Cálculo via Centróide Exemplo: comporta retangular ∫θγ= A R ydA)(senF H W +⋅⋅θγ= +⋅⋅θγ= ⋅+θγ= ⋅+θγ= ∫ ∫ ∫ 2 HHyW)(senF 2 yyyW)(senF dyW)yy()(senF dydz)yy()(senF 2 0R H 0 2 H 00R H 0 0R W 0 H 0 0R Se a comporta não for retangular, x->f(y) FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS Cálculo da linha de ação da força (momento em y) ∫∫∫ θγ=== A 2 AA RR dAy)(senydFdMyF Via integral direta: ++⋅⋅θγ= ++⋅θγ= ⋅++θγ= ⋅+θγ= ∫ ∫ ∫ 3 H 2 Hy2HyW)(senF 3 y 2 yy2yyW)(senF dyW)yyy2y()(senF dydz)yy()(senyF 32 0 2 0R H 0 3H 0 2 0 H 0 2 0R H 0 2 0 2 0R W 0 H 0 2 0RR Exemplo: comporta retangular H W Via momento de inércia Ay I Ay dAy y dAy)(sen)(senAy dAy)(senyF c x c A 2 R A 2 c A 2 RR == θγ=θγ θγ= ∫ ∫ ∫ Utilizando o teorema dos eixos paralelos: c c xc R 2 cxcx y Ay Iy AyII += += Dados geométricos superfícies Resumo Ponto de Aplicação c c xc R yAy Iy += Ponto aplicação y Ponto aplicação x c c xyc R A RR x Ay I x dAxy)(senxF += ⋅θγ= ∫ ∫θγ= A 2 RR dAy)(senyF Exemplo 2.6 Munson Determinar o módulo da Força e o ponto de aplicação da força resultante na comporta. Determinar o momento a ser aplicado no eixo para abrir a comporta. N1023.1410)108.9(F AhF 63 R cR ⋅=pi⋅⋅⋅= γ= Análise via Centróide Valor da Força Ponto de aplicação m6,11)60(sen 10 )4()60(sen 10 4 2 y y Ay 4 R y Ay Iy 0 0 4 R c c 4 c c xc R =+ pi pi = + pi =+= Momento mN1007,1)yy(FM 0M 5 cRR comporta_eixo ⋅⋅=−= =∑ PRISMA DE PRESSÕES Observe a distribuição de pressão em uma parede vertical com largura b: A 2 hApF AhF mediaR cR γ== γ= Valor da Força Como a pressão aplicada da mesma forma ao longo de toda a largura da parede, podemos representar o triângulo de pressões como um prisma 3D. Volume (prisma) de pressão, onde a base é a Área da Parede e a altura é dada pelo nível de pressão. O módulo da força resultante é o volume deste prisma de pressões !! A 2 hF )bh)(h( 2 1F volumeF R R R γ= γ= = O ponto de aplicação da força é dado pelo centroide do prisma, que no caso de um triângulo, fica 1/3 da altura partindo da base. Utilizar esta técnica somente em superfícies retangulares ! PRISMA DE PRESSÕES Pode-se utilizar o conceito do prisma de pressões para superfícies submersas e inclinadas. 1 2 1 2 R ABDE BCD F F F F Volume F Volume = + = = Superfícies Submersas Força Resultante Ponto de Aplicação 1 1 2 2R AF y F y F y= + Centróide Retângulo Centróide Triângulo Superfícies Inclinadas Deve-se cuidar, no entanto, pois a altura tem direção diferente do eixo que passa pela placa ( )h y sen θ= ⋅ θθθθ PRISMA DE PRESSÕES Centróide de campos de pressão Por que nos problemas geralmente não se utiliza a pressão atmosférica? Percebe-se na figura acima que a pressão atmosférica atua dos dois lados da comporta, de modo que as forças devido a pressão atmosférica se anulam e sobra apenas a resultante da coluna de líquido. Exercícios: Munson (4 ed): 2.49, 2.50,2.51,2.52,2.54, 2.55, 2.56,2.57,2.58,2.59,2.61,2.62,2.64,2.67,2.68. FOX (4 ed): 3.57, 3.60, 3.61, 3.63, 3.66, 3.68, 3.69,3.71,3.75. FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS Para análise de superfícies curvas, existem duas formas de cálculo: • INTEGRAÇÃO: Integra-se o perfil de pressão da mesma forma que nas superfícies planas. É um procedimento custoso em termos de tempo e com bastante equacionamento. • Equilíbrio de um volume de fluido delimitado pela superfície curva e palas projeções horizontal e vertical. ( ) ( )2 2R horizontal verticalF F F= + FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS EXEMPLO: Calcular módulo, a direção e o sentido da força sobre a seção BC. Admita comprimento da seção iguala 1m. 1 _ _ / 2 * c vertical projetada c vertical projetada F h A h R A L R γ= = = O centróide de um retângulo é metade da altura. Força Horizontal Força Vertical W volγ= ⋅ 1horizontalF F= verticalF W= Ponto de aplicação: Passa pelo ponto O (altura centróide) e: arctan horizontal vertical F F θ = FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS Análise via integração: Força Vertical ( ) ( )[ ] ( ) ( )( )[ ] ( ) / 2 0 0 / 2 2 0 / 2 2 2 0 V y A A W V V V F hdA hdA sen dA Rd dz F h sen Rd dz h R sen F W R sen Rd F WR sen d pi pi pi γ θ θ γ θ θ θ γ θ θ γ θ θ = = ⋅ = ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ = ⋅ = ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ y x R θθθθ( ) ( )[ ] ( ) ( ) / 2 0 0 / 2 2 0 cos cos cos H A W H V F hdA F h Rd dz F WR sen d pi pi θ γ θ θ γ θ θ θ = ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ ∫ ∫ ∫ ∫ Força Horizontal PARA O CÁLCULO DO MOMENTO, REALIZAR AS INTEGRAIS MULTIPLICANDO PELO BRAÇO. Dividindo o Momento pela força obtida, tem-se o ponto de aplicação da força. Exercícios: Munson (4 ed): 2.70,2.72,2.73,2.75,2.76,2.79,2.81 FOX (4 ed): 3.77, 3.79,3.80,3.90,3.92,3.95,3.97,3.98,3.102
Compartilhar