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Nathália Bordini - 81 1 BIOLOGIA CELULAR – P1 * Com base no Alberts 5ª edição e anotações de aula. * 1. BIOMOLÉCULAS ð ÁTOMOS: - Ligam-se entre si para formar as moléculas, através do rearranjo dos elétrons (organizados em orbitais e camadas). - Presença de átomos que contenham mais de 4 camadas é raro na natureza, devido à estabilidade à camada mais externa é incompleta, para que haja a doação ou compartilhamento de elétrons, formando as ligações químicas. ð MOLÉCULAS: - Agregado de átomos mantidos unidos por ligações covalentes (compartilhamento de elétrons). - Sua orientação no espaço é caracterizada pelo ângulo de ligação entre os átomos, o comprimento e a energia das ligações entre eles. - A formação e a quebra de ligações covalentes é controlada por enzimas específicos. - Seres vivos são formados, basicamente, por CHON (carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio). - BIOMOLÉCULAS: proteínas, carboidratos, ácidos nucleicos, lipídeos e água. - Biomoléculas poliméricas: formadas por monômeros, ou seja, unidades menores. São as proteínas, os ácidos nucleicos e os carboidratos. Podem ser hétero ou homopolímeros. ÁGUA: - 70% do peso da célula é derivado da água. - Dois átomos de H e um átomo de O ligam-se fortemente por ligações covalentes polares, pois o oxigênio atrai facilmente os elétrons e o hidrogênio não (eletronegatividade). à dipolo permanente. - Alto ponto de ebulição e alta tensão superficial. - Moléculas podem ser classificadas de acordo com o seu grau de afinidade pela água: • HIDROFÍLICAS: moléculas com grupamentos polares, assim como a água. Portanto tem maior afinidade e, assim, se dissolvem na presença dela. Aminas, hidroxilas, carboxilas, sulfatos e fosfatos. à ácidos nucleicos, proteínas e polissacarídeos. • HIDROFÓBICAS: moléculas apolares, que não se dissolvem em água. à lipídeos, parafina e óleos. • ANFIPÁTICAS: parte interage bem com a água e outra parte não. à ácidos graxos. PROTEÍNAS: - Polímeros de unidades monoméricas denominadas aminoácidos. - ESTRUTURA: 1. Um carbono quiral central (alfa); 2. Um grupamento carboxílico (COOH); 3. Um hidrogênio; 4. Um grupamento amina (NH2); 5. Uma cadeia lateral/radical. - Para formar a estrutura da proteína, os aminoácidos são ligados através de ligações peptídicas. Nathália Bordini - 81 2 - LIGAÇÃO PEPTÍDICA: é covalente e extremamente forte e estável, não se quebra facilmente. Formam os peptídeos (cadeias pequenas de aminoácidos que possuem função) e, mais tarde, polipeptídeos. - Possuem duas extremidades: N-terminal (termina com a amina) e C-terminal (termina com a carboxila). - Há produção de água na formação da ligação peptídica. - É a ligação entre o carbono do COOH e o nitrogênio do NH2. - Alguns peptídeos biologicamente importantes: hemoglobina, alguns hormônios, enzimas, actina e miosina, trombina e fibrina. - Existem, no geral, 20 aminoácidos em mamíferos à diversidade dada pela cadeia livre. - 5 aminoácidos mais importantes funcionalmente: argenina, lisina, histidina, ácido aspártico e ácido glutâmico. Os outros também são importantes, mais para dar à proteína estrutura. - ÁCIDO ASPÁRTICO E ÁCIDO GLUTÂMICO: em água, recebem carga negativa. - ARGENINA, LISINA E HISTIDINA: carga positiva. Níveis estruturais proteicos: 1. Estrutura primária: - Diz respeito apenas à sequência linear de aminoácidos. - Apenas 1 cadeia peptídica! - Codificado por códons (3 bases nitrogenadas) à unidos por tradução proteica. 2. Estrutura secundária: - Influência do tamanho e polaridade. - Forma várias cadeias peptídicas, se preocupando com os aminoácidos que estão próximos. - Pode ser a-hélice ou b-pregueada. 3. Estrutura terciária: - Estruturas tridimensionais, enoveladas, bem compactadas pelas chaperonas. - Determina a função da proteína! - União de a-hélices e b-pregueadas de forma tridimensional, havendo preocupação com os aminoácidos que estão próximos e distantes. - Quem mantém essa estrutura é a cadeia lateral à atração e repulsão das cargas. 4. Estrutura quaternária: - Hemoglobina é um importante exemplo de estrutura quaternária! - Hidrofobicidade, interações de Van der Waals, ligação de hidrogênio e pontes iônicas mantém a estrutura. - Se diferencia da terciária pela quantidade de cadeias peptídicas. - Estrutura complexa para desempenhar função específica. Nathália Bordini - 81 3 Ativação proteica: - Proteínas fazem ligações com proteínas ou até mesmo com outras moléculas para que ela mude de conformação e, desta forma, seja ativada à regular sua função. - Pode ser de duas principais formas: proteína-proteína ou proteína-molécula energética. 1. PROTEÍNA-PROTEÍNA: - Se ligam covalentemente, mudando suas conformações para que desempenhem melhor suas funções. - Podem se tornar integrantes das proteínas originais, ou pode ser uma ligação temporária. - Em enzimas: dois ligantes com o sítio de ligação acoplados um ao outro afetam-se reciprocamente, negativa ou positivamente. à Ligação recíproca positiva: quando cada ligante ajuda o outro a se ligar ao seu substrato melhor, mudando sua conformação positivamente. Em agregados proteicos simétricos. à Ligação recíproca negativa: quando a presença de um ligante interfere na ligação do outro ao seu substrato, impedindo que estes se liguem. 2. PROTEÍNA-MOLÉCULA ENERGÉTICA: - Adição de uma pequena molécula de energia à sua cadeia lateral. - Através da fosforilação – adição de grupo fosfato. - MOLÉCULA DE GTP: ocorre na ativação da proteína G à sinalização celular. • GDP ----> GTP • Pensar em três estruturas: um receptor de membrana, a proteína G ligado a esse receptor (3 partes: alfa, beta e gama; mas só a alfa vai se mover), proteína transmembrana adenililciclase. • No estado inativo, a proteína G tem, ligado à sua parte alfa, uma molécula de GDP. • A ativação ocorre em etapas: 1. É acoplado ao receptor de membrana a substância ativadora/excitatória. 2. A proteína G recebe a mensagem e vai começar sua fosforilação, para que haja a movimentação da parte alfa até a adenililciclase. 3. Unido à parte alfa da proteína G há uma molécula GDP, que, com a ajuda do GEF (fator de troca de guanosina) é removido da proteína. 4. Entrando em seu lugar, o GTP ativa a parte alfa da proteína, ajudando-a a se deslocar ao longo dos lipídeos da membrana, chegando até a anelilciclase. 5. A adenililciclase possui um canal transmembranoso, que faz com que íons adentrem a célula à sinalização completa. 6. Com o auxílio do GAP agora, o GTP será desativado da parte alfa que se deslocou, voltando a ter GDP. 7. A subunidade alfa da proteína G se acopla novamente às outras subunidades e volta ao seu estado inativo, ligado ao receptor de membrana. Nathália Bordini - 81 4 - MOLÉCULA DE ATP: • ADP ----> ATP • Envolve a transferência enzimática do grupo fosfato de uma molécula de ATP para a cadeia lateral/radical dos aminoácidos à altera sua conformação. • A proteína-cinase catalisa a reação direta, ou seja, a reação de ativação à de ADP para ATP. • A proteína-fosfatase catalisa a reação inversa, ou seja, a de inativação à de ATP para ADP. CARBOIDRATOS: - São os sacarídeos, açúcares à fórmula básica: (CH2O)n, onde o “n” é quantos monômeros irão estar formando o carboidrato. - É um polímero formado por unidades menores de carbono hidratados. - CLASSIFICAÇÃO: Monossacarídeo: o próprio monômero, que irá se unir a outros monômeros para formar estruturas maiores. • 3 a 7 átomos de carbono. • Pentoses e hexoses. • A partir de 5 carbonos, são mais estáveis em estruturas cíclicas. Oligossacarídeo: poucos monômeros unidos. • 2 a 10 monossacarídeos. • Presentes no glicocálice externo das células,formado por glicoproteínas e glicolipídeos. Polissacarídeo: muitos monômeros unidos. • De reserva: amido e glicogênio. • Estruturais: celulose. • Informacionais: na membrana do ovócito secundário. - Os monômeros são unidos por ligações glicosídicas. - São muito importantes na membrana citoplasmática, por possuir glicoproteínas e glicolipídeos que fazem a proteção da célula contra agentes externos. - Podem existir de duas formas: de anel ou de cadeia aberta. Na cadeia aberta, além de grupos hidroxila, contém aldeído ou cetona à podem reagir, formando o anel ou, ainda, um dissacarídeo. - As ligações glicosídicas se dão pelo -OH de um açúcar com outro -OH de outro açúcar, sendo formada por uma reação de condensação e quebrada por hidrólise. LIPÍDEOS: - Biomoléculas não-poliméricas. - Possuem pouquíssima solubilidade em água, por serem moléculas apolares. - Alta solubilidade em solventes orgânicos, como éter. - É o principal componente da membrana citoplasmática. - CLASSIFICAÇÃO: de acordo com semelhanças estruturais. Possuidores de ácidos graxos: • Possuem cadeias saturadas lineares (sólidos) ou insaturadas não-lineares (óleos), longas ou curtas. • São as gorduras neutras (triglicerídeos, glicolipídeos e fosfolipídeos). • É anfipática (cabeça hidrofílica e cauda hidrofóbica, por causa dos hidrocarbonetos). Nathália Bordini - 81 5 • Longa cauda hidrocarbonada – uma saturada e outra insaturada (por isso uma delas é tortinha). • SATURADA: imaginar uma gaveta com talheres organizados. Como a cauda só tem ligações simples, fica fácil de compactar, tem consistência. • INSATURADA: imaginar uma gaveta com talheres desorganizados. Devido à instauração, a conformação da molécula é alterada, fica fluida, não há firmeza. • Fosfolipídios: possui duas cadeias de ácidos graxos. Na maioria das vezes uma é saturada (linear) e a outra insaturada (torta), mas pode ter outras conformações. Tem também glicerol, fosfato e um radical. - Radicais fosfolipídicos principais: serina, colina, inositol, etanolamina e esfingomielina. • Glicolipídios: também possui duas cadeias de ácidos graxos. Uma insaturada e a outra não. Além de glicerol e um oligossacarídeo. Possuidores de esteroides: • Principalmente encontrado em hormônios do corpo humano. • São derivados do ciclopentano e possuem 4 anéis. • Principal esteroide: colesterol. • Característica anfipática (cabeça polar com OH e cadeia apolar). • Estrutura rígida anelar à torna a bicamada menos deformável, diminuindo o movimento (fica entre os glicolipídios e glicoproteínas da membrana citoplasmática). • Reduz a permeabilidade a moléculas polares. • Impede que as cadeias de hidrocarbonetos se agrupem e se cristalizem. • Apesar de tudo isso, NÃO diminui a fluidez! • Uma membrana com muito colesterol, terá seu movimento diminuído. 2. CÉLULA - A célula é a unidade básica da vida. - São pequenas unidades delimitadas por uma membrana fosfolipídica, que possui água, basicamente, e organelas em seu interior, além de íons e outros elementos. - Conforme a necessidade, ela pode se especializar cada vez mais. - Tem a capacidade de se dividir, na maioria das vezes (menos neurônios). - Vírus não tem célula, portanto não é considerado vivo. - Várias classificações de células, a mais simples de todas é se ela é unicelular ou pluricelular. - UNICELULAR: seres extremamente simples, como as bactérias, que funcionam a base de apenas uma única unidade celular. - PLURICELULAR: seres mais complexos, como os seres humanos. Nathália Bordini - 81 6 - Outra classificação é em relação à presença ou não de envoltório nuclear, antigamente nomeado de carioteca: procariontes ou eucariontes. - PROCARIONTES: não tem o núcleo individualizado, portanto tem o material genético disperso no citoplasma (numa região denominada nucleoide). Bactérias, que podem ser arquebactérias (vivem em ambientes hostis) ou eubactérias. - EUCARIONTES: possuem um núcleo individualizado, com o material genético encoberto por um envelope nuclear. Possuem organelas membranosas. - Todas as células possuem material genético à DNA e/ou RNA. - DNA: armazenamento comum de informações genéticas em todas as células. É uma cadeia heteropolimérica não ramificada (4 bases nitrogenadas). Seus monômeros são os nucleotídeos, constituídos por uma pentose, um fosfato e uma base nitrogenada. 3. MEMBRANAS BIOLÓGICAS MEMBRANA CITOPLASMÁTICA: - Engloba toda a célula, definindo seus limites, mantendo as diferenças entre o meio intra e extracelular. - É visível apenas no microscópio eletrônico. - Possui diversas funções, entre elas: receptoras, adesão, mantém gradiente de íons... - Todas as membranas citoplasmáticas têm uma estrutura comum: uma película de lipídeos e proteínas unidas por interações não-covalentes; barreira relativamente impermeável à passagem de moléculas hidrossolúveis. - Contém proteínas sensoras de sinais externos, transmitindo mensagens e sinalizações para o interior da célula através da membrana. - É assimétrica, pois a face externa é diferente da face interna. à conversão de sinais. - ESTRUTURA: bicamada lipídica (glicolipídios e fosfolipídios) + componentes proteicos (periféricas ou integrais) + componentes glicídico (carboidratos e colesterol no glicocálice). Modelo do mosaico fluido: - Modelo imposto por Singer e Nicholson em 1972. - FLUIDEZ DA MEMBRANA: • Depende de sua composição e temperatura – pode ocorrer transição de fase (líquido à gel) se a temperatura for baixa o suficiente e se as cadeias de hidrocarbonetos forem muito curtas (não conseguem interagir) ou possuírem pontas duplas em cis (mais difícil de se agruparem). • Limite de moléculas de colesterol (muitas podem deixa-la rígida). • Movimentação dos lipídeos. Nathália Bordini - 81 7 1. Difusão rotacional: giram sobre um eixo perpendicular ao plano da membrana. 2. Difusão lateral: movem-se horizontalmente pela membrana, trocando de lugar com suas vizinhas. 3. Movimento transverso (flip-flop): movem-se verticalmente pela membrana, com a ajuda de enzimas transmembranas (se não seria um movimento muito lento). 4. Flexão das cadeias hidrocarbônicas: aproximação das cadeias. - LIPÍDEOS DA MEMBRANA: • Possuem uma cabeça e 1 ou 2 caudas (fosfolipídicas ou glicolipídicas). • Cabeça hidrofílica e cauda hidrofóbica à se jogados em água, podem formar micelas (1 cauda) ou em bicamada, formando “vesículas” (2 caudas). Desta forma, aumentando a quantidade de lipídeos com duas caudas, forma-se uma bicamada linear. Essa capacidade é chamada de auto-selamento. • Balsas lipídicas – reúnem lipídeos, onde as proteínas transmembranas tem maior facilidade de transporte de vesículas e substâncias. • Mais frequentes na membrana são os fosfolipídeos e os glicolipídeos. *Lembrando que: FOSFOLIPÍDEOS possuem um glicerol, um fosfato, um radical e duas caudas (uma saturada e outra insaturada). GLICOLIPÍDEOS, por outro lado, têm um glicerol, um açúcar e duas caudas também. - Fosfolipídios: mais frequentes nas membranas de células animais são os fosfoglicerídeos. Combinando diferentes ácidos graxos e diferentes radicais na cabeça, podem-se ter diferentes tipos, como a esfingomielina, fosfatidil-colina, etc. - Glicolipídios: encontrados exclusivamente na camada não citosólica (a virada para fora da célula), sendo parte do glicocálice externo. Deficiência nos glicolipídeos de membrana em células cerebrais = Doença de Krabbe. - Colesterol: garantem uma barreira de permeabilidade, mobiliza cadeias de hidrocarbonetos, deixa a bicamada menos sujeita a deformações, deixa-a menos deformável. Nathália Bordini - 81 8 - PROTEÍNASDA MEMBRANA: • Transportadoras, âncoras, receptoras, enzimas. • Abundância no córtex interno da célula à manter o formato. Em hemácias, para manter o aspecto bicôncavo da estrutura que transporta gases. Na anemia, um dos problemas está no córtex interno dessas células, que é deformado. • São divididas em dois grupos, de acordo com a dificuldade em retirá-las da membrana: 1. Intrínsecas ou integrais e 2. Extrínsecas ou periféricas. INTRÍNSECAS OU INTEGRAIS: - São anfipáticas, ou seja, tem uma parte hidrofílica e outra parte hidrofóbica. - Atravessam a membrana de várias formas: 1. Única alfa- hélice; 2. Múltiplas alfa-hélices; 3. Barril beta-pregueada. 1. Alfa-hélices: maleabilidade conformacional, controle de canais iônicos, transporte de solutos. 2. Beta-pregueadas: rígidas e seletivas, transportam moléculas grandes pela bicamada. - Podem ser: não transmembrana ou transmembrana. 1. Não transmembrana: atravessam apenas uma camada de lipídeos, não fazendo contato entre o extra e o intracelular. 2. Transmembrana: podem atuar como ligações estruturais que conectam o citoesqueleto de uma célula à sua matriz extracelular ou à outra célula; também atuam como receptoras de sinais químicos. ü Passagem única: cruza apenas uma vez a bicamada. – única alfa-hélica. ü Múltiplas passagens: cruza a membrana mais de uma vez. Fazem passagem de íons e moléculas. – múltiplas alfa-hélices e barril beta-pregueada. EXTRÍNSECAS OU PERIFÉRICAS: - São conectadas a apenas uma das superfícies através de interações não-covalentes com proteínas de ancoramento ou lipídeos de membrana. - Extração mais fácil que as intrínsecas. - CARBOIDRATOS DA MEMBRANA: • FUNÇÃO: proteção da célula contra danos químicos e mecânicos, formando uma camada física na parte externa da célula e impedindo interações indesejáveis. • Lubrificação da célula à sacarídeos absorvem a água. • Formam o GLICOCÁLICE externo da célula à açúcares ligados a lecitinas, que são proteínas de membrana, e outras moléculas intrínsecas. • Também contém glicoproteínas e proteoglicanas (componentes essenciais da matriz extracelular), que são secretados pelas próprias células. *Detergentes: solubilizam e purificam as proteínas de membrana, dependendo de fatores como o pH, osmolaridade e temperatura do ambiente. Podem romper a bicamada lipídica e desnaturar as proteínas, mas muitas vezes tem como recuperar sua funcionalidade. Nathália Bordini - 81 9 TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CITOPLASMÁTICA: - Por ter seu interior hidrofóbico, a bicamada lipídica das proteínas serve como barreira de passagem a moléculas polares (hidrossolúveis) à para que elas sejam transportadas, necessita do auxílio das proteínas de membrana. - Cerca de 15 a 30% das proteínas de membrana realizam transporte. - FUNÇÕES: 1. Importação de nutrientes para o interior da célula (sacarídeos e aminoácidos). 2. Excretar produtos metabólicos para o exterior (CO2). 3. Regular concentração de íons inorgânicos. Gradiente eletroquímico: Gradiente de concentração + Gradiente elétrico/de voltagem - O gradiente “impele” o soluto através da membrana por meio do transporte passivo ou ativo, dependendo de duas coisas: à Gradiente de concentração: as células passam naturalmente as substâncias do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. à Gradiente elétrico: as células são naturalmente negativas em seu interior, portanto, naturalmente elas tendem a expelir cargas iguais (-) e atrair cargas opostas (+). Taxa de difusão pela membrana: - Velocidade de passagem pela membrana é influenciada por alguns fatores: à Solubilidade em lipídeos: uma molécula apolar passará mais facilmente pela membrana, por ser solúvel em lipídeos; ao contrário de uma molécula polar, que terá mais dificuldade por ser insolúvel. à Moléculas polares com carga ou sem carga: moléculas polares não carregadas passarão mais facilmente pela bicamada e moléculas carregadas não. à Tamanho da molécula: quanto maior a molécula, menor a sua taxa de difusão. MOLÉCULAS APOLARES PEQUENAS MOLÉCULAS APOLARES GRANDES MOLÉCULAS POLARES PEQUENAS NÃO CARREGADAS MOLÉCULAS POLARES GRANDES NÃO CARREGADAS MOLÉCULAS POLARES CARREGADAS TRANSPORTE PASSIVO: - Movimentos espontâneos no sentido do gradiente eletroquímico. - Não há gasto de energia, nem por troca do gradiente nem por quebra do ATP. - Dois tipos: difusão simples e difusão facilitada. DIFUSÃO SIMPLES: - Passagem direta de água e moléculas apolares pela membrana, sem o auxílio de proteínas de membrana. DIFUSÃO FACILITADA: - Moléculas que não conseguem passar pela bicamada por difusão simples, principalmente moléculas polares como íons, açúcares, aminoácidos e nucleotídeos. - Utilizam proteínas de transporte de membrana, que podem ser de dois tipos: Nathália Bordini - 81 10 - PROTEÍNAS-CANAL: • Geralmente, estrutura proteica secundária (alfa-hélice ou beta-pregueada). • Interagem fracamente com o soluto, não havendo muita especificidade e mudanças drásticas na conformação proteica. • Íons inorgânicos de tamanho e carga apropriados (se é um íon positivo, o canal será negativo, por exemplo). • Proteínas-canal mais importantes: aquaporinas (passagem de água) e canais de potássio. • CANAIS DE VAZAMENTO DE POTÁSSIO: - Composto por 4 unidades transmembranas idênticas. - Formado por três estruturas: filtro seletivo, um vestíbulo e um poro. - O filtro possui moléculas de oxigênio carbonílico que atraem as moléculas de K+, juntamente com aminoácidos carregados negativamente presentes nos poros. à ácido aspártico e ácido glutâmico. - O vestíbulo é recoberto por moléculas de água que criam um equilíbrio com o potássio, mantendo-o hidratado. • AQUAPORINAS: - Canais que permitem a passagem fácil de água pela membrana. - Em células que precisam realizar intenso transporte de água, como os néfrons (rins). - Possuem apenas uma estrutura: um poro estreito por onde passam as moléculas de água; revestido de um lado por oxigênio carbonílico e do outro lado por aminoácidos hidrofóbicos. - Qualquer outro íon hidratado não passa, pois a taxa de desidratação seria muito grande. - PROTEÍNAS CARREADORAS: • Proteínas-canal que sofreram especialização e se tornaram carreadoras. • Maior especificidade com o(s) soluto(s) à se encaixa certinho no sítio de ligação. • Transporte de moléculas maiores, que não iriam caber nas proteínas-canal, como a glicose! • Mudança sutil de conformação e, para que ocorra, utiliza a energia recebida da molécula que se move a favor do gradiente (não utiliza quebra do ATP). • Pode ser transporte de apenas uma molécula (uniporte) ou mais de uma. • TRANPORTE DA GLICOSE: - Pode ser feito de duas formas: ou através da difusão facilitada, por meio de proteínas carreadoras específicas para a glicose; ou o co-transporte/simporte com o íon sódio (transporte ativo). - Dependendo das quantidades de glicose no meio intra ou extracelular, poderá ser transporte ativo ou passivo. - É uma cadeia proteica. Nathália Bordini - 81 11 TRANSPORTE ATIVO: - São movimentos impulsionados de solutos pela membrana citoplasmática contra o gradiente eletroquímico estabelecido. - Há gasto de energia (ou da quebra da molécula de ATP ou mediado pelo transporte de outras moléculas que irão a favor do gradiente). - Conduzido por proteínas transportadoras, também chamadas de “bombas”. - Ao contrário do transporte passivo, há uma velocidade máxima com a qual as proteínas conseguem trabalhar. Se todos os sítios de ligação estiverem ocupados, não haverá mais transporte. - Mudança drástica na conformação espacial da proteína transportadora. - Há dois tipos de transporte ativo: primárioou secundário. - Há três formas de dirigir um transporte ativo por bombas: ð Por TRANSPORTADORES ACOPLADOS: o transporte de um soluto contra o gradiente é acoplado com o transporte de outro soluto a favor do gradiente. Portanto, a energia usada é aquela que é “guardada” quando um dos solutos se move a favor do gradiente. ð Por QUEBRA DO ATP: o transporte de soluto contra o gradiente é acoplado com a hidrólise da adenosina trifosfato, com a liberação de um fosfato inorgânico. ð Por LUZ: encontradas em bactérias e arqueas; o transporte de um soluto contra o gradiente é auxiliado pela energia vinda da luz. - Fortes semelhanças na estrutura de proteínas transportadoras que medeiam o transporte ativo e o passivo à sugere relação evolutiva. TRANSPORTE ATIVO PRIMÁRIO: - Tudo que utiliza a hidrólise do ATP em ADP para que haja a mudança de conformação na proteína transportadora. - Não confundir: não utiliza a proteína-cinase! E sim, as bombas ATPases (3 tipos). - Bombas ATPases: a) Bombas do tipo P: ocorre a auto fosforilação durante o ciclo de bombeamento. Maiorias das bombas é deste tipo. Relacionadas às proteínas de múltiplas passagens. à Utilizam esse transporte os íons H+, K+, Na+ e Ca++. b) Bombas do tipo F (de prótons): são geralmente referidas como ATP-sintases, pois utilizam o gradiente de H+ para a síntese do ATP a partir de ADP e Pi, e não ao contrário, como ocorre na bomba P. à Próton H+. c) Bombas do tipo ABC: bombeiam pequenas moléculas e não íons, como as outras. Nathália Bordini - 81 12 - Bombas mais importantes que utilizam o transporte primário: bomba de sódio e potássio e bomba de cálcio-ATPase. * Bomba de sódio e potássio não está aqui, porque já caiu na prova de fisiologia e eu tenho isso no outro resumo. ð BOMBA DE CÁLCIO-ATPase: - Células mantém suas concentrações de Ca++ muito baixas no citoplasma; maior concentração do lado de fora da célula. - Pequenos influxos deste íon já aumentam significativamente a quantidade dele no interior da célula. à É uma forma de responder a sinais externos de forma rápida. - Desta forma, é importante para a célula manter sempre o gradiente eletroquímico equilibrado (ou seja, mais cálcio fora). Isso acontece pelo bombeamento ativo do íon. - O transportador mais importante é a bomba do tipo P, que utiliza ATPase (tem outro que utiliza o antiporte com o sódio, que não importa agora). *Lembrar que: o retículo sarcoplasmático no interior de células musculares é um importante local de estoque de íons Ca++. 1. Quando acontece um potencial de ação, o Ca++ guardado no RS é liberado para o citoplasma da célula, ficando mais concentrado ali. 2. Ocorre a contração muscular e esse cálcio precisa retornar para o retículo. 3. Cerca de 90% das proteínas do RS trabalham no transporte ativo para que o cálcio retorne para o interior, voltando ao potencial de repouso da célula. 4. Durante este processo, ocorre a auto fosforilação da molécula de ATP, sendo quebrado em um ADP e um Pi. 5. O impulso da liberação dessas duas moléculas (com o encaixe do Pi na subunidade de ácido aspártico da proteína transportadora) libera os cálcios para o interior do retículo. TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO: - Não utiliza a quebra do ATP para que haja mudança na conformação da proteína transportadora. - Capta a energia do gradiente eletroquímico de um soluto para usar no transporte do outro! - O sódio é muitas vezes o íon cotransportador. - Se for transporte ativo acoplado, pode ser de dois tipos: simporte ou antiporte. SIMPORTE/COTRANSPORTE: quando os solutos acoplados vão para o mesmo lado. No transporte do sódio, vai junto GLICOSE e AMINOÁCIDOS. ANTIPORTE/CONTRATRANSPORTE: os solutos vão para lados diferente. – Um a favor e outro contra o gradiente. No transporte do sódio, vai junto HIDROGÊNIO e CÁLCIO. ð Proteínas transportadoras: distribuídas de maneira assimétrica pela membrana de células epiteliais à maior absorção de solutos para o meio intracelular, passando para a corrente sanguínea em seguida. Há proteínas de transporte no domínio apical e no domínio basal. Nathália Bordini - 81 13 4. MITOCÔNDRIA - Possuem forma alongada, na maioria das vezes, mas também podem ser encontradas em forma arredondada. - Principal função: realizar respiração celular. - Também podem participar de processos de apoptose (morte celular programada). - Participam da produção de hormônios esteroides. - Aparecem em abundância em epitélios ciliados, células musculares esqueléticas e espermatozoides à necessitam de alta taxa de produção energética. - Pela maneira como se movem no citoplasma, é possível dizer que elas são associadas ao citoesqueleto pelos microtúbulos. ORIGEM: - Teoria endossimbiótica à “engolido” por uma célula eucariótica. - Por possuir membrana própria, material genético próprio, mecanismos de auto- reprodução e pelo tamanho de seus ribossomos, é possível dizer que as mitocôndrias derivam de seres primitivos autossuficientes. - Mitocôndrias deram às células energia e as células deram às mitocôndrias proteção e nutrientes. ESTRUTURA: ü MEMBRANA EXTERNA: formada por uma bicamada fosfolipídica, assim como a membrana citoplasmática, com proteínas específicas (porinas) à possui poros que servem de “peneira”, permeabilidade. ü MEMBRANA INTERNA: possui muitas invaginações (cristas mitocondriais) à ampla superfície que acomoda muitas proteínas, principalmente as que farão parte da cadeia transportadora de elétrons. É praticamente impermeável, por conter lipídeos específicos chamados de cardiolipinas (4 caudas de ácidos graxos), que irão permitir a passagem de íons. ü MATRIZ MITOCONDRIAL: substância granulosa e bastante elétron-densa (bem escura vista do microscópio). Nela estão contidas várias estruturas: DNA mitocondrial (circular), polirribossomos, enzimas sintetizadoras de ATP, grânulos de fosfato de cálcio (usado na produção de ATP) e principalmente proteínas! à maior parte das proteínas mitocondriais é codificada no núcleo celular e transportada até as mitocôndrias - Presença de proteínas denominadas CHAPERONAS (HSP 70 e HSP 60) à ajudam na difusão de proteínas através das membranas mitocondriais. - Mitocôndrias dividem-se por fissão binária. A produção de energia na mitocôndria: - Envolve vários processos redox, havendo recebimento e doação de elétrons e prótons. - Dois mecanismos: glicose anaeróbica, que ocorre no citoplasma, e a fosforilação oxidativa, que ocorre na mitocôndria. - A energia provém da ruptura gradual de ligações covalentes nas moléculas de compostos ricos em energia. Nathália Bordini - 81 14 OLHAR GERAL DO PROCESSO: *Sem desespero, vamos ver passo a passo. * FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA: - Ocorre em três etapas: produção do acetil-coA (acetil coenzima A); ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs; cadeia transportadora de elétrons. 1. PRODUÇÃO DO ACETIL-COA: - A mitocôndria pode utilizar como combustível tanto os derivados de polissacarídeos como de lipídeos. Utiliza piruvato e ácidos graxos. - Ocorre na matriz mitocondrial. POLISSACARÍDEOS à PIRUVATO à ACETIL-COA LIPÍDEOS à ÁCIDOS GRAXOS à ACETIL-COA 2. CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO: - Uma série de reações cíclicas que ocorrem na presença de enzimas desidrogenases, cujo substrato é o metabólito Acetil-coA sendo quebrado em elétrons de alta energia. - Esses elétrons serão captados por moléculas carreadoras (NAD e FAD), através de reações de redução, juntamente com os prótons H+ presentes na matriz mitocondrial. NAD+ + H+ + 2e- à NADH + H+ FAD + 2H+ + 2e- à FADH2 - Além disso, as desidrogenases alteram o grupamento acetil do Acetil-coA, que gerará um subproduto, o gás carbônico,que será liberado pela respiração. Nathália Bordini - 81 15 • Resumindo até agora: a mitocôndria produziu o Acetil-coA a partir de lipídeos e polissacarídeos ingeridos na alimentação, e depois o degradou gerando gás carbônico. No meio de tudo isso, produziu, a partir do mesmo Acetil-coA, elétrons de alta energia que foram captados pelo NAD+ e FAD em reações de redução. Tudo isso na matriz! 3. CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS: - Também conhecida como cadeia respiratória. - Ocorre nas proteínas localizadas na membrana interna da mitocôndria. - Cadeia dividida em três complexos enzimáticos, que funcionam bombeando prótons H+ com a energia proveniente da passagem de elétrons pelas proteínas da membrana. a) NADH desidrogenase. b) Citocromo B-C1 c) Citocromo oxidase. - É aqui que começa o problema: o NADH e o FADH2 não conseguem ultrapassar a membrana interna da mitocôndria, por ser impermeável e por possuir complexos enzimáticos que se atraem mais pelos elétrons do que as duas moléculas carreadoras. - NADH libera os 2e-, que são absorvidos pelo NADH desidrogenase, e, com a energia proveniente dessa liberação, bombeia o H+ para o espaço intermembranas, deixando-o ácido. O NAD+ volta para a matriz. - O mesmo ocorre com o FADH2. O complexo citocromo B-C1 quebra a molécula do FAD, que volta para a matriz, liberando 2e- e bombeia H+ para fora da membrana interna. - Por fim, o complexo citocromo oxidase transfere mais um H+ para o espaço intermembranas e combina os elétrons transferidos com moléculas de oxigênio, formando uma molécula de água. • Resumindo: NADH é quebrado e o H+ é bombeado pra fora. NADH desidrogenase pega os 2e- liberados, depois transfere eles pra ubiquinona que vai levar eles pra frente. FADH2 é quebrado também e libera H+ pra fora e mais elétrons são capturados pelo citocromo B-C1, que vai levar eles pra frente. Todos esses elétrons se juntam com oxigênio e forma água pelo citocromo oxidase. Nathália Bordini - 81 16 SÍNTESE DO ATP: - Os prótons H+ que se acumularam no espaço intermembranas irão criar um gradiente para dentro da matriz mitocondrial, que será utilizado para promover a síntese do ATP pela ATPsintase. 1. Os prótons H+ irão passar pelo estreito canal da enzima ATPsintase. 2. Ao passar pelo carreador transmembrana, provocam um movimento de rotação na parte do rotor na cabeça da enzima. 3. A enzima transforma a energia mecânica do fluxo de prótons em energia de ligação necessária na síntese do ATP na parte da proteína chamada de F1 ATPsintase. 4. O ADP + Pi (fosfato inorgânico) adentram a matriz mitocondrial e se ligam formando o ATP. 5. Esse ATP formado irá sair da mitocôndria e será usado. - Mitocondriopatias hereditárias: • Lembrar que a mitocôndria é sempre passada pela mãe. • Doença de Luft: hipometabolismo devido à falta de mitocôndrias. • Doença de Leigh: hipermetabolismo devido ao excesso de mitocôndrias. 5. NÚCLEO INTERFÁSICO - O núcleo é um compartimento especializado que foi descrito por Brown em 1833. ESTRUTURAS: ð ENVOLTÓRIO NUCLEAR: - Separa o núcleo do citoplasma, sendo responsável pela manutenção do núcleo como um compartimento distinto. - Permite que a célula controle o acesso ao seu material genético. - Duas unidades de membrana que delimitam a cisterna perinuclear: membrana interna e membrana externa. 1. Membrana nuclear externa (MNE): contínua com a membrana do retículo endoplasmático rugoso. Presença de polirribossomos presos à sua superfície. Se comunica com os filamentos intermediários do citoesqueleto. 2. Membrana nuclear interna (MNI): contém proteínas que atuam como sítios de ligação para a cromatina e para a lâmina nuclear. - O envoltório nuclear não é contínuo à em alguns pontos ocorre a fusão de ambas as membranas, formando complexos de poros nuclares. ð LÂMINA NUCLEAR: - Associada a MNI, é uma rede fibrosa que se interrompe nos poros nucleares. - Constituída de: proteínas lamininas, que pertencem à classe dos filamentos intermediários à citoesqueleto que dá forma ao envoltório e faz ancoramento das fibras cromatínicas, através de proteínas transmembranas (LAP’s e hemerina). Nathália Bordini - 81 17 - Manter a forma e dar estrutura ao envoltório nuclear. - Responsável pela ligação das fibras cromatínicas ao envoltório. - Função importante na mitose à fosforilação da laminina é sinal para desmontagem da lâmina nuclear, que, ao perder sua configuração de rede, desmonta também as membranas. - Presença da HEMERINA, proteína que mantém presa à lâmina a cromatina não ativa (heterocromatina). ð NUCLEOPLASMA: - Solução aquosa de proteínas, vários tipos de RNA, nucleosídeos, nucleotídeos e íons à onde estão mergulhados o nucléolo e a cromatina. - Função de dar volume ao núcleo e fixar o material genético. - Muitas enzimas envolvidas nos processos de transcrição e duplicação do DNA. - Presença de um endoesqueleto: matriz celular (rede fibrilar interna). - Muitas moléculas que saem e entram no núcleo: 1. Saem: RNA’s e subunidades ribossomais. 2. Entram: proteínas nucleares. ð NUCLÉOLO: - Estrutura esférica NÃO envolta por membrana! - Estrutura extremamente densa com cerca de 60% de matéria seca (DNA, RNA e proteínas ribossomais). - De onde saem subunidades ribossomais, que mais tarde irão se juntar no citoplasma. - O nucléolo é formado a partir da zona SAT dos cromossomos. - FUNÇÕES: 1. Produzir ribossomos a partir do RNAr (também a partir da zona SAT). 2. Produzir outros tipos de RNA’s e complexos proteicos. 3. Processar o RNAt que transportarão os aminoácidos que mais tarde farão parte da síntese proteica no citoplasma. ð CROMATINA: - Complexo de DNA + histonas presentes no núcleo, formando o nucleossomo. - Há duas formas de cromatina: heterocromatina (parte mais condensada, concentrada na periferia do núcleo) e eucromatina (parte menos condensada, espalhada por todo o núcleo). - Enovelamento e empacotamento da cromatina auxilia no controle da expressão gênica. - Os genes só serão transcritos quando necessários em certa região. * Mat. Genético mais pra frente.* Nathália Bordini - 81 18 ð COMPLEXO DE PORO: - Envoltório nuclear não é contínuo à apresenta nele poros nucleares, que atravessam as membranas. - Há cerca de 50 tipos de proteínas quaternárias, porque há a necessidade de se fazer uma seletividade do que entra e o que sai. - Ancorado na bicamada lipídica nuclear através de duas proteínas intrínsecas transmembranas: GP210 e POM121. - Conjunto de nucleoproteínas ou nucleoporinas à NPC’s. - Transportador central tem a capacidade de alterar sua conformação para que moléculas maiores atravessem por ele, como transporte de DNApolimerase para o interior do núcleo. Importação para o núcleo: - Necessita de alguns elementos para que ocorra: § Receptores específicos – proteínas importinas. § Sinal de localização nuclear (SLN). § Família Ran: Ran-GTP; Ran-GDP; Ran-GEF; Ran-GAP. (Ran é uma proteína terciária que tem a capacidade de quebrar a molécula de GTP, portanto é uma GTPase). - A exportação ocorre da mesma forma, mas, ao invés da proteína importina, fará parte do processo a proteína exportina. - O processo vai ocorrer em algumas etapas: 1. Pensando primeiro nas proteínas importinas. Pensar nelas em forma de S, como no desenho. Vai ter dois sítios de ligação: um para a proteína Ran-GTP, para que ela consiga se mover, e outro sítio onde a molécula que será transportada irá se ligar. *IMPORTANTE: se a molécula que irá se ligar tem sinal negativo, a importina terá, em seu sítio de ligação, aminoácidos de carga positiva e vice-versa. 2. Agora pensando na moléculaque vai ser carregada. Ela vai ter grudada nela um sinal de localização nuclear rica em aminoácidos (lisina e arginina, geralmente). Como eu disse, tem carga oposta à da importina, então ela irá ser facilmente ligada nela. 3. Quando a molécula é ligada à importina, a proteína sofrerá uma mudança na sua conformação. Com essa mudança de conformação, deixará exposto a parte da importina que será atraída pelos filamentos citoplasmáticos (formados por fenilalanina e glicina) do complexo de poro. 4. Havendo afinidade com os filamentos, a importina se dirigirá até o poro, que mudará sua conformação para que ela possa adentrar o núcleo. 5. No interior do núcleo, a importina encontrará uma Ran-GTP e, como ela tem um sítio de ligação que atrai essa proteína, elas irão se ligar. Quando elas se ligam, Nathália Bordini - 81 19 causa uma mudança na conformação da importina novamente, que irá soltar a molécula. 6. A importina terá, novamente, afinidade pelos filamentos, e irá voltar para o citoplasma da célula. O poro altera sua conformação para que ela passe. 7. No citoplasma, a importina ainda estará com a Ran-GTP nela. Só que no citoplasma tem a proteína Ran-GAP, que irá fazer com que a Ran-GTP se transforme em Ran-GDP. 8. O Ran-GDP não ficará ancorado na importina, porque não tem atração. Então, logo quando ela se transforma, a Ran-GDP vai se soltar dela. Desta forma, o Ran- GDP volta para dentro do núcleo, para ser transformado em Ran-GTP novamente. 9. Quando a Ran-GDP volta para o núcleo, terá a proteína Ran-GEF, que é responsável em transformar a Ran-GDP em Ran-GTP novamente. ð A MOLÉCULA DE DNA: - São biomoléculas poliméricas formadas por monômeros denominados nucleotídeos. A diferença do DNA para o RNA é que o DNA é encontrado apenas no núcleo. - ESTRUTURA: um açúcar desoxirribose (pentose) + grupamento fosfato (responsável pela carga final negativa) + base nitrogenada. - As bases nitrogenadas do DNA são quatro: adenina, timina, citosina e guanina. - Portanto, terão quatro tipos de nucleotídeos no DNA que serão ligados covalentemente formando a cadeia polipeptídica. - A molécula em si de DNA é formada por duas fitas unidas pelas bases nitrogenadas. - As fitas de DNA são anti-paralelas, ou seja, tem direções opostas (3’ ou 5’). à ORIENTAÇÃO 3’: grupo OH livre ligado ao carbono 3’. à ORIENTAÇÃO 5’: grupo fosfato livre no carbono 5’ para que mais monômeros sejam ligados. - LIGAÇÕES NO POLÍMERO: à Entre as bases nitrogenadas, há ligações de hidrogênio. à Entre fosfato e OH em C3’ há um ligação fosfodiéster. à Entre A e T terão 2 ligações e entre C e G terão 3 ligações, portanto as últimas são mais fortes. - HISTONAS NO DNA: à Tem carga oposta ao DNA, então, como DNA tem carga negativa, as histonas têm carga positiva. à Há 5 tipos de histonas: H1, H2A, H2B, H3 e H4. à Estrutura terciária globular, na qual H1 tem duas caudas e as outras tem apenas uma cauda. à Todas as histonas são abraçadas pela fita de DNA. Nathália Bordini - 81 20 à Vários níveis de compactação do nucleossoma: 1. Em fibras (10 nm). 2. Em alças (30 nm) à H1 só é encontrado nesse tipo. 3. Cromossomos. à Heterocromatina – grau máximo de compactação dos cromossomos na periferia do núcleo; encontrado a partir de alças só. à Eucromatina – no centro do núcleo; encontrado até fibras. *Nas mulheres, há o Corpúsculo de Barr ou Cromatina Sexual, uma heterocromatina X está desativada na periferia do núcleo, para que não haja 3X. ð GENES: - São todos os segmentos de DNA que inclui a sequência de nucleotídeos necessários para a síntese proteica. - EXONS: partes que serão colocadas no RNAm. Regiões codificantes de proteínas. - ÍNTRONS: partes que serão cortadas do RNAm. Regiões não codificantes de proteínas. Como se fosse um "guarda-costas", ou seja, parte que pode ter mutação que não irá alterar as proteínas. - Splicing: corte de íntrons. Tem o splicing alternativo. - Mutações em íntrons podem mudar proteínas, sim! Às vezes, mais do que os éxons.
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