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A República

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Um resumo sobre a Roma Republicana 
A República Romana iniciou-se em 509 a.C. a partir de uma revolta dos patrícios que tirou do poder da monarquia etrusca, esta republica foi instituída a partir de um Golpe de Estado. Tendo como base uma grande rede de instituições. Essas redes eram comandadas principalmente pelos patrícios. Era uma republica com voto Censitário, ou seja, não democrática.
 Sua estrutura política era definida da seguinte forma:
 Consulado: que é equivalente ao poder executivo, contendo dois cônsules que foram eleitos por voto direto tendo mandatos de um ano.
 Senado (câmara alta): poder legislativo, era nomeado pelo Consulado, obrigatoriamente composto apenas por patrícios (trezentos) e este Senado poderia convocar uma Ditadura, cuja seria um governo militar que duraria um período de seis meses, porém, que poderia ser prorrogada por mais meio ano. Sendo apenas convocada em momentos de tensão social e revoltas, ou seja, seria um estado de exceção.
 Portanto Senado, Consulado e Ditadura (que falaremos mais a frente) seriam o eixo principal da República romana. Logo abaixo disso teriam os cargos chamados de Magistrados (cargos eleitos). Os Pretores como poder judiciário, os Sensores que faziam a divisão por renda da sociedade e elaboravam o Álbum Senatorial, que classificava toda a sociedade romana por renda, já que a sociedade era censitária, logo viriam os Edis que seriam os administradores municipais (muito aproximado do que chamamos agora de prefeitos), e os Questores (Tesoureiros) esses administravam o dinheiro público romano.
 Todos esses cargos eram eleitos por votos diretos. E estes votos vinham das assembleias centuriais. Cada centúria era composta de cem eleitores, de um lado tinham as noventa e oito centúrias patrícias e de outras noventa e cinco centúrias plebeias; considerando então que em cada centúria tem cem eleitores totalizaríamos nove mil e oitocentos votos patrícios e nove mil e quinhentos votos plebeus. Percebendo a diferença de trezentos votos a favor dos patrícios se explica porque Roma era uma república não democrática, não existia a isonomia política, a igualdade entre patrícios e plebeus, como os patrícios tinham mais renda eles votariam mais
 Na pratica era impossível que um plebeu alcançasse êxito nas eleições, isso refletia também, na própria estrutura censitária de Roma; uma estrutura dividida no topo os patrícios donos de terras, abaixo os equestres comerciantes que eram inferiores aos patrícios socialmente apenas por não terem terras, os plebeus os homens livres, os clientes agregados dos patrícios, os escravos que sofreram um grande aumento no número quando comparado ao da monarquia. Esse grande aumento se explica pela da expansão militar que Roma começou a praticar a partir da República Romana.
 Ressaltando que Roma era uma sociedade escravista não pela quantidade de escravos, mais sim pela divisão da sociedade entre Homens livres, que tinham direitos (que eram classificados em Homens nascidos livres, Homens libertos ou foros) e Escravos, (Homens sem direitos).
 A sociedade Republicana Romana era extremamente patriarcal, não apenas no sentido que o homem é quem manda, patriarcal na figura do pai, pois, essa figura era fundamental dentro da sociedade romana; tanto que para um romano ser considerado um cidadão pleno ele precisava ter primeiramente uma família constituída e depois ter filhos. O pai tinha o poder completo sobre a sua família, sobre a sua esposa na maioria dos casos e definitivamente sobre seus filhos. Filhos em Roma não eram considerados apenas algo como biológicos, mas sim como uma propriedade do pai. Até porque se o pai quisesse, ele poderia rejeitar o filho, como por exemplo se caso ele quisesse um filho do sexo masculino e tivesse uma filha, ele poderia simplesmente não a reconhece-la como filha, ou não testá-la, ou seja, não torna-la herdeira de riqueza, títulos, poder e direitos. Portanto era muito comum que em Roma, os patrícios, donos de escravos, que se afeiçoavam nos próprios, muitas vezes adotassem um filho de escravo, como seu próprio filho. 
 Um filho adotado uma vez testado, tinha tantos direitos quanto os filhos biológicos, em alguns casos teriam mais direitos que os próprios, como já dito anteriormente: um filho testado, herdaria todas as poses, poderes e direitos dos pais. Esse processo do patriarcalismo permitisse com que ocorresse mobilidade social dentro de Roma.
 Nesta república é nítido que os plebeus, não tinham muitos direitos. Logo os plebeus no início da república começam a lutar por esses direitos. Começa em Roma, então, uma luta social entre plebeus e patrícios por terras; os plebeus queriam mais terras, não apenas se enriquecer, mas para também obter mais direitos políticos. Surge em Roma, uma questão agrária, a luta por terras, para que os plebeus tivessem melhores condições de sobrevivência. Desta luta social, surge em Roma um processo de reformas legislativas, que levara a formação das primeiras leis de Roma codificadas.
 Essas lutas sociais começam com uma grande greve geral em Roma, no ano 494 a.C., quando os plebeus conseguem pressionar os patrícios a começar a adotar uma série de medidas favoráveis a eles próprios. A primeira delas a criação do Tribuno da Plebe (câmara baixa), ou seja, um órgão legislativo, ocupado inicialmente por dois plebeus, depois por dez plebeus; esse órgão tinha o poder de veto sobre o Senado.
 Uma próxima mudança importante no ano de 450 a.C. foi a convocação dos Decenviros; dez juízes que escrevem as leis em Roma, e criaram o primeiro código de leis escritas de Roma a Lei da XII Tábuas, que é um código fundamental para Roma, cujo iniciava um processo de igualdade jurídica entre patrícios e plebeus, e serve de base até hoje para nosso direito.
Concluindo, o resultado principal dessas lutas sociais, foi a formação da Lei da XII Tábuas. Dentro deste código, havia leis importantes como a lei Canuléia, que permitia o casamento entre patrícios e plebeus, a lei Licínia Sêxtia, que definia que as terras conquistadas, ou seja, as terras de guerra, seriam distribuídas entre os plebeus, e também definia que um dos cônsules deveria ser um plebeu. Porem era muito raro que fossem realmente cumpridas.
 Por meados do ano 367 a.C., Roma proíbe a escravidão por dívida, o que se tornou um grande problema, pois como se conseguiria escravos? A única saída de Roma se manter escravista, foi adotar como fonte de escravidão o prisioneiro de guerra, o estrangeiro, o bárbaro. Logo chegaram ao ponto, o qual, Roma não poderia parar de se expandir. Pois seguindo este raciocínio, se Roma parar de expandir não haveria escravos. E se não houver escravos Roma sofreria um grave declínio econômico.
 Esse processo de expansão é nomeado de Mare Nostrum (conquista do Mediterrâneo), e para se expandir Roma começou uma sequência de guerras contra os cartagineses, norte da África, Cartago, colônia Fenícia, chamados pelos romanos de Puni, por isso do nome Guerras Púnicas (três no total), que ocorreram entre 264 e 146 a.C.
 Resumidamente, dentre essas três guerras, Roma é vitoriosa, derrotando Cartago. Um Sensor chamado Catão dá a ordem par que Cartago seja literalmente varrida do mapa, seguindo essas ordens os romanos invadem Cartago, incendiando, destruindo e jogando sal na terra da Cidade de Cartago, para que nada mais volte a crescer ali, criando de um símbolo de ameaça “Quem enfrentar Roma terá o mesmo destino de Cartago! ”, demonstrando o poder militar, e poder econômico romano; já que o sal na época era muito caro. 
 Entre tudo isso, no ano de 284 a.C., a lei Hortênsia cria os plebiscitos, que significam consultas populares, que se aprovassem algo, essa aprovação teria valor de lei.
 Voltando, ao terem vencidos os cartagineses, tiveram uma grande expansão territorial, entretanto a lei Licínia Sêxtia não foi cumprida, não resolvendo o problema da extrema pobreza me muitos plebeus, pois as terras conquistadas foram divididas em latifúndios de posse de patrícios e, principalmentede generais, e logo esses generais começam a se transformar em patrícios, ao manter as terras por geração após geração em suas famílias. Sendo que os generais se transformaram em patrícios, eles poderiam virar senadores, militarizando a política romana. Ao terem vencido as Guerras Púnicas, houve um aumento absurdo no uso de escravos nos latifúndios formados, chamadas de colônias romanas, e com isso não haviam ofertas de empregos para os homens livres, ou seja, quanto mais escravos, menor seria as ofertas de emprego onde vivia os camponeses dessas regiões conquistadas. 
 Como consequência disso, este camponês abandona o campo e parte para a cidade, ou seja, um êxodo rural. Então Roma tem uma economia agrícola, porem uma crescente sociedade urbana devido a este êxodo. Também após o fim das Guerras Púnicas, Roma adota um colonialismo, ou seja, quanto mais terras Roma conquistar, maior seria a oferta de matérias-primas e maior a oferta de escravos, diminuindo, assim, os preços dos próprios. O colonialismo leva o controle da inflação. Agora Roma além de não poder parar de expandir por conta da mão-de-obra escrava, ela não pode parar de se expandir por precisar constantemente de mais matérias-primas e mais produtos agrícolas, pois novamente se Roma não se expandisse ela quebraria.
 Outra consequência da guerra foi o empobrecimento dos plebeus, cujos sem terras, empregos e nem podendo ser nem mais escravos poderiam se transformar. Neste contesto, os plebeus clamavam por uma solução desta situação terrível que passavam de pobreza. 
 E uma tentativa de solução surge com os Tribunos das Plebe: uma tentativa de reforma agrária, entre os anos de 131 a 121 a.C. Encabeçada por dois grandes tribunos da plebe, os irmãos Graco. Primeiramente por Tibério Graco, que tenta criar a lei Agrária, uma lei genial, que primeiramente exigia o cumprimento da lei Licínia Sêxtia, argumentando que se as terras romanas, com mais de trezentos e dez hectares fossem divididas em propriedades menores entre os plebeus, solucionariam dois grandes problemas, primeiro a pobreza dos plebeus e depois ocupariam as terras e diz Tibério: “Terra ocupada, é terra não invadida. Ao ocuparmos as terras, teremos uma melhor proteção destas. ”
 Percebemos que é uma boa ideia, porém isso envolve tirar ou diminuir latifúndios de patrícios e generais, e consequentemente ambos vetam a ideia. Como esperado uma grande oposição é feita contra Tibério Graco. Logo Tibério é assassinado, e a lei Agrária não entra em rigor.
 Anos após isso em 121 a.C., o irmão de Tibério, Caio Graco, assume o cargo de tribuno da plebe, e tenta colocar em prática primeiro a lei Agrária, os mesmos moldes da de seu irmão, depois a lei Frumentária, uma lei que visava dar subsidio ao preço do trigo, para que os romanos pudessem comprá-lo por um preço mais baixo. Lembrando que os romanos em média comiam um quilo de pão por dia, ou seja, o pão era a base alimentar do romano. Porém, assim como seu irmão essa ideia de certa forma se choca com os interesses dos produtores de trigo, sendo eles novamente os patrícios e generais. 
 Em resposta disso Caio comete suicídio, que em Roma era considerado uma forma de protesto político. E com este ato, acaba-se desencadeando grandes revoltas plebeias, que se estende de 121 até 110 a.C., estas revoltas fazem com que a republica se veja ameaçada por uma convulsão social, ou seja, uma guerra civil, e para resolverem esse transtorno, o governo opta pelo recurso da ditadura (um ano no máximo), que quando acionada, se apoderava de todos os poderes inclusive do consulado.
 E teoricamente após o termino deste tempo, esse militar/ditador seria analisado pelo senado, e caso alguma de suas medidas fossem contrarias ao “espirito” da república, como tratar o estado como um bem comum por exemplo; ele seria punido, mais isso quase nunca acontecia, pois na maioria das vezes, os generais escolhidos eram ligados aos patrícios de certa forma, e que portanto, obedeciam exatamente aquilo que o senado ordenava.
 Pois bem, a ditadura é feita, cuja deveria durar no máximo um ano, mas que, o primeiro ditador, o General Mario fica no poder de 110 até aproximadamente 86 a.C., não cumprindo a lei da própria republica.
 General Mário, que foi tio de Júlio Cesar, foi o empreendedor de algumas manobras interessantes dentro de Roma, como primeiramente ele tira todo o poder do Senado, depois Mario começa uma reforma militar em Roma, reestruturando todo o exército, e com essa reforma ele tenta resolver as questões sociais mais pertinentes aos plebeus. Mário executa, além de, uma serie de na própria forma de organização do exército e de práticas militares, ele faz com que o exército seja aberto aos plebeus, ou seja, se algum plebeu quisesse seguir carreira militar como soldado profissional, a partir deste instante ele poderia, e ganharia um soldo (uma remuneração que era paga com uma pequena quantia de sal, já que na época o sal era muito caro e servia como moeda de troca), e este soldo seria pago pelo próprio generais, o que faz com que cada general comece a remunerar seus próprios soldados. 
 Essa mudança faz com que se estabeleça vínculos extremamente profundos entre generais e seus soldados, como também dá muito poder aos generais, já que visto que os soldados dependiam dos seus generais para sobreviverem, além disso, como depois disso, esses exércitos eram formados principalmente de plebeus, os generais tinham grande influência sobre o povo. Resumidamente ocorreu uma ampliação da militarização dentro da sociedade romana e neste momento os plebeus que entram no exército começam a apoiar sobre maneira seus generais.
 Após o General Mário, que ainda propôs mudanças interessantes, como a aposentadoria militar, a concessão de uma pequena parcela de terras ao militar ao se aposentar no exército, fazendo com que Mário ganhe massas de apoiadores da plebe. Mário começa a receber uma grande oposição do senado patrício, sendo perseguido, assim como seus apoiadores. E que por fim, Mário morre.
 Depois da morte de Mário, em 86 a.C., os aristocratas tentaram, por sua vez, ganhar o governo a força. Seu “campeão” foi Sila, vitorioso na Guerra de Mitridates. Indicando em 82 a.C., para ditador, por um prazo indefinito, Sila, que ao assumir o poder, tratou de “tirar do mapa” todos os seus opositores e também de restaurar os poderes primitivos do senado. Até o veto senatorial sobre os atos da assembleia foi restabelecido, ao mesmo tempo que se restringia enormemente a autoridade dos tribunos. Depois de três anos de ditadura, Sila resolveu, mudar a “pompa” do poder pelos prazeres sentidos e se retirou para uma vida de luxo e despreocupações em sua propriedade da Campânia. Deixando com que o poder voltasse as mãos do senado.
 Não era de se esperar que as “reformas” que Sila, permanecessem intactas depois de ele ter abandonado seu posto, por isso que os resultados de seus decretos foram para dar o controle a um governo hipócrita e egoísta.
 Após seis anos do fim da ditadura, uma nova revolta eclode em Roma, a Revolta dos Escravos, famosa Revolta de Spartacus. Esta revolta foi controlada pelo General Crasso. 
 Em 70 a.C. houve uma eleição para o Consulado. Vale relembrar que, segundo a lei Licínia Sêxtia, os cônsules deveriam ser um patrício e outro plebeu. Porem nessa eleição acontece que dois cônsules eleitos são generais. Com certeza, isso significa uma ruptura da lei, ou seja, um golpe; os generais leitos foram o General Crasso e o General Pompeu, que controlou a revolta de Sertório.
 Neste momento um senador, chamado Catilina, se revolta contra este golpe, tenta fazer com que o senado fosse contra esses dois cônsules/generais. Esses dois cônsules se apoiam em um grande orador, chamado Cícero, logo depois disso Catilina perde. E então Pompeu e Crasso conseguem permanecer no poder como cônsules.
 Percebemos que Pompeu e Crasso chegaram no poder de forma ilegal, já que nem um deles era um plebeu. Para conseguir então uma legitimidade; lembrando que quandoa legalidade é rompida, geralmente o político procura apoio na legitimidade, ou seja, mesmo estando contra lei ele procurara o apoio da massa popular (massa de manobra). Pompeu e Crasso resolvem chamar Júlio César, que era um general adorado pela plebe e, que estava começando a desenvolver uma pratica conhecida como Pão e Circo, ou seja, era comum que César distribuísse dinheiro e alimentos para os mais necessitados, e também costumava a organizar espetáculos para entreter aqueles que eram mais pobres.
 Concluindo Júlio César era adorado pelo povo, o que fez com que Pompeu e Crasso pensassem que todos eles unidos no poder, daria legitimidade aos seus mandatos. E assim foi feito, ao invés de um consulado composto por dois cônsules, houve a partir do ano de 60 a.C. a formação de três generais no poder, o famoso Triunvirato.
 Triunvirato que, dividiu a república romana em três pedaços, um pedaço envolvendo a Ibéria, a Espanha (onde seria a atual Península Ibérica), a Gália Cisalpina e depois a Britânica nas mãos de Júlio César, a região do Ilíria, da Itália e também da Germânia nas mãos de Pompeu, e por último a região da África, do Oriente Próximo e da Palestina nas mãos de crasso. Então, foi formado o primeiro Triunvirato. E é obvio que, neste ponto o senado é praticamente um coadjuvante. Inclusive foi aprovado uma lei que um Triúnviro, ou seja, um general, não poderia entrar nas terras de outro general com seus exércitos, pois isso seria considerado um ato criminoso, uma declaração de guerra, que consequentemente levaria Roma a uma guerra interna.
 Como é de se esperar, obviamente esses três generais não se entenderam, obvio que haveria uma disputa entre eles. O primeiro a sair da disputa foi. Crasso em 54 a.C. e, é ai que chega a grande disputa entre Júlio César e Pompeu.
 Pompeu declara Júlio César inimigo do estado, conspirando com a facção senatorial para despoja-lo de todo seu poder político. Júlio Cesar, por sua vez, pronuncia a famosa frase “Lacta alea est”, ou seja, a sorte está lançada. Júlio Cesar pega suas tropas, caminha até a Gália Cisalpina, cruza toda ela, entra na região do Triúnviro de Pompeu. Enquanto Pompeu foge para o Oriente na esperança de organizar um exército para retornar o domínio da Itália. 
 Em 48 a.C. encontram-se as forças dos dois rivais em Farsalia, na Tessália . Julio César vence Pompeu, que logo depois foi assassinado por agentes do rei do Egito. César depois de ter vencido Pompeu, entra em Roma vitorioso, dando início a um princípio conhecido como apoteose, ou seja, o general vencedor entra em Roma desfilando com seus exércitos. Fazendo isso, Julio César rompe um dos princípios fundamentais da republica, ele como general, entra em Roma com suas tropas, demonstrando neste momento que ele não estava muito atento aos limites que Roma ou o senado poderia impor ao seu poder. 
 Júlio César assume o poder, começando então do ano de 49 a.C. até o ano de 44 a.C. um processo conhecido como Principado de César. César vira um autócrata, ou seja, um governante que tem concentrações dos poderes em suas mãos.
 César começa a acumular títulos, tais quais: ditador perpetuo de Roma, cônsul vitalício, primeiro cônsul, princeps, tenta também controlar a religião. O seu objetivo maior era realmente conquistar dois títulos o de Imperador (chefe supremos de todo o exército) e de Augustos, a divindade (título que declarava que a pessoa era praticamente um deus vivo, como acontecia no Egito com os faraós) 
 Não havia já ninguém que tentasse disputar contra ele pelo poder. Submetendo todo o senado ao seu poder. A solução encontrada pelo senado para impedir que Júlio César de se tornar chefe supremo de Roma, é mata-lo. 
 Em 44 a.C. Júlio César é assassinado por quarenta senadores, que foram liderados pelo seu filho, Caio Brutus. É importante ressaltar, um erro comum que vemos nos jornais, revistas, filmes e muitas vezes em livros de história; César nunca chegou a ser imperador romano, pois foi assassinado antes, ainda na república.
 Este erro acontece por conta de que, após César foi assassinado, causando uma comoção social profunda, já que ele era adorado pelos plebeus. Com César morto causa algo parecido com uma guerra civil em Roma. Para acalmar e aplacar os ânimos da plebe, o senado prende os quarenta assassinos, executando todos eles, inclusive o próprio Caio Brutus, e em homenagem a César é criado um título honorífico, chamado de seu nome.
 O título César significa amigo do povo. Inclusive a saudação que se faz a alguém que tem este título é se postar em posição de sentido, colocar a mão direita sobre o peito, logo a estendendo dizendo “Ave César! ”, ou seja, salve amigo do povo. Concluindo, César nunca chegou a ser imperador, porém, todos os foram César. Porque os imperadores recebiam este título de amigo do povo.
 Com Júlio César morto, houve um segundo Triunvirato, que foi formado por Marco Antônio, general romano que foi o braço direito de César que consequentemente era adorado pela plebe, por Otávio, que era sobrinho de César visto pelos soldados como um aristocrata; usando um termo comum, um almofadinha, ou seja, uma pessoa ligada a elite, a nobreza. E composto também por Lépido. Lépido então fica com a África e o Oriente Próximo. Otávio fica com as terras da região de Roma. E Marco Antônio com as regiões que pertenciam a César.
 Marco Antônio visando copiar os passos de César vai até o Egito. Lembrando que César conquistou o Egito com intenção de dominar suas plantações de trigo para aplacar a fome dos cidadãos de Roma, e quando vai ao Egito ele se apaixona por Cleópatra, tendo com ela um filho, Cesário que foi nomeado seu herdeiro. Quando Marco Antônio ao Egito, imitando César, ele conhece a Cleópatra, ficando igualmente apaixonado por ela, colocando Cesário em seu testamento, tornado seu herdeiro.
 Isso gera uma questão, chamada de Questão do Egito. Otávio em Roma descobre o testamento de Marco Antônio e começa a divulgar em toda a civilização romana, principalmente na Península Itálica e em Roma, que Marco Antônio nomeou Cesário, filho de Cleópatra como seu herdeiro. 
 Nisso Otávio começa a usar o sentimento xenofóbico dos romanos, afirmando que o filho de Cleópatra com César era um egípcio, que nasceu fora de Roma, um estrangeiro, portanto um bárbaro. Otávio também levantou dúvidas sobre a real paternidade de Cesário, tornando Otávio um dos principais responsáveis por difundir que a Cleópatra era promíscua, deixando-a conhecida como a mulher dos cem homens por noite.
 O que realmente importa neste momento, é que Otávio começa a difundir em Roma a ideia, de que Marco Antônio daria o poder de Roma para os egípcios. Isso causa uma grande revolta e um grande medo em Roma. A maior parte do exército tira o apoio que antes davam a Marco Antônio. Resumindo grosseiramente, em 31 a.C. ocorre a Batalha de Actium, cujo Otávio sai vencedor. Consequentemente Marco Antônio comete suicídio, Cleópatra mata seu filho Cesário, logo se mata também. Deixando apenas Otávio no poder, já que Lépido foi forçado a renunciar. 
 A partir deste momento começa o Principado de Otávio que dura de 31 a.C. até 27 a.C.. Otávio fez mudanças significantes nas bases de poder que Júlio César. Otávio tomou muito cuidado em nenhum momento ele se opôs aos poderes que constituíam Roma, ele se alia a eles. 
 Atualmente existem teorias que dizem que para se manter no poder o governante tem que ter o apoio de um tripé, sendo ele o apoio do poder militar, do poder político e econômico, afinal na maioria dos casos quem tem o poder econômico tem o poder político, e o apoio religioso. Se não houver alguma dessas bases o governante não consegue se manter no poder. 
 E Otávio faz exatamente isso, primeiramente ele se apoia no senado, e não o fecha, nem se declara Princeps nem Ditador perpetuo diferentemente de outros governantes, Otávio se declara Princeps Senatus, ou seja, primeiro senador. Otávio inclusive aprovou uma lei que no mínimo é interessante: todo e qualquer títuloque fosse dado a qualquer cidadão romano obrigatoriamente deveria ser aprovado pelo senado. Por mais que de fato Otávio possuísse todo poder o exército em suas mãos, Otávio mantem toda uma aparência de poder ao senado. E isso faz com que o senado não se põe contra seu poder.
 O segundo apoio no caso militar, foi conquistado com o título Tribuno da Plebe. Otávio ao ser nomeado Tribuno da Plebe, ele começa a representar a própria, e a maior parte dos soldados era plebeu, o exército começa a apoiar seu governante. 
 No último apoio deste tripé, a religião, Otávio para conseguir seu apoio e controle sobre a mesma, se transforma em Sumo Pontífice. Ele não rompeu com a religião romana, ele se torna o primeiro sacerdote desta religião. 
 Concluindo, Otávio tem apoio dos militares, do senado, que é a elite econômica, ou seja, os patrícios, e tem apoio dos sacerdotes, a religião. Tendo este tripé Otávio alcança os títulos tanto Júlio César almejou, sendo eles Imperador e Augusto. Isso faz que ele se torne Otávio Augustus Veros (verdadeiro) Imperador César (amigo do povo). E em 27 a.C. a republica esta extinta e dá-se o início da Romana Imperial. Um império que mantem o senado aberto e que no papel tudo o que imperador fizesse o senado deveria aprovar, cujo tinha a aparência de poder, mas que porem os poderes estavam concentrados em mãos de uma pessoa só.
 Em laranja a expansão territorial de Roma na época republicana:

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