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Universidade Estácio de Sá (UNESA) Determinação da Frequência Natural de Duas Molas em Suas Associações em Série e em Paralelo. Nomes integrantes: Pedro Rogério Barbosa Lopes – 201707015139 – Turma 3037. Professor orientador: Thiago. 21/09/2018 1. OBJETIVO Determinar o valor mais provável da frequência natural de duas molas em suas associações em série e em paralelo. 2. INTRODUÇÃO / FUNDAMENTOS TEÓRICOS Em muitas questões e situações reais é possível a associação em série e em paralelo das molas. Desta forma temos duas situações possíveis. ➢ Molas em Paralelo: Como mostrado na figura abaixo, Na associação em paralelo as molas se opõem à carga de forma conjunta. Ou seja, elas fazem uma força contrária à força peso W. Figura 1 – Configuração básica de duas molas em paralelo Pela segunda lei de Newton teríamos que: ΣFy = 0 (condição de equilíbrio) - W + Fel1 + Fel2 = 0 (1) Temos então que lembrar da lei de Hooke, pela qual temos que: Fel1 = k1 . δst (2) Fel2 = k2 . δst (3) Substituindo as equações (2) e (3) em (1) e organizando os valores, teremos o seguinte resultado obtido: W = k1 . δst + k2 . δst (4) Considerando keq como a constante elástica equivalente para a associação dessas duas molas, teremos então que: W = keq . δst (5) Substituindo (5) em (4), teremos o seguinte resultado: keq . δst = k1 . δst + k2 . δst (6) Podemos dividir toda a equação pela deflexão (δst), o que nos resulta em: keq = k1 + k2 (7) ➢ Molas em Série: Com relação à figura apresentada abaixo, temos agora um configuração de molas em série. Figura 2 - Configuração básica de duas molas em série Podemos com uma certa facilidade, extrair o seguinte resultado da simples observação geométrica: δst = δ1 + δ2 (8) Além disso, pela segunda lei de Newton, analisando a condição de equilíbrio do bloco teremos que: ΣFy = 0 (condição de equilíbrio) - W + Fel2 = 0 (9) Utilizando a mesma lei de Hooke utilizada anteriormente, teremos que: Fel1 = k1 . δst (10) Fel2 = k2 . δst (11) Substituindo (11) em (9), teremos que: W = k2 . δst (12) Porém como as deformações são iguais (equação 8), logo as forças elásticas são iguais (para valores de k que tendem ao mesmo valor). Dessa forma, podemos afirmar que: W = k1 . δ1 = k2 . δ2 (13) Analisando sob a perspectiva de uma constante elástica equivalente keq, teremos que: W = keq . δst (14) Podemos então substituir (14) em (13), e teremos o seguinte desenvolvimento: keq . δst = k1 . δ1 = k2 . δ2 (15) Isolando as deflexões teremos os seguintes resultados: keq .δst k1 = δ1 (16) keq .δst k2 = δ2 (17) Substituindo as equações (16) e (17) na equação (8), nos dará o seguinte resultado: δst = keq .δst k1 + keq .δst k2 (18) Dividindo toda a equação por δst e isolando o keq, teremos o seguinte valor final: 𝟏 𝐤𝐞𝐪 = 𝟏 𝐤𝟏 + 𝟏 𝐤𝟐 (19) Por fim, utilizaremos ambos os resultados finais (equação 19 e 7), para a realização da prática do experimento. 3. MATERIAL UTILIZADO Foram realizadas as medidas com os seguintes equipamentos. ➢ 4 Pesos em Disco Numerados de 1 a 4: ➢ Gancho: ➢ Molas: 4. METODOLOGIA Em um primeiro momento colocou-se apenas uma mola de cada vez. E realizou- se o método estático para a determinação do k das molas. Para tal foi adicionado os pesos de forma incremental, resultando em configurações com 1, 2, 3 e 4 pesos de cada vez. Em cada um desses momentos anotou- se as medidas das comprimentos finais, afim de se verificar a deflexão δst. Para finalizar o método estático, com os valores de deflexão δst, encontrou-se valores para a constante elástica em cada momento pela relação da lei de Hooke, como demonstrado na equação (2) ou (3). Já no método dinâmico realizou-se as seguintes configurações de peso: ➢ Molas em Paralelo: A configuração em paralelo se assemelha com a configuração teórica ilustrada na Figura 1. Nesta configuração colocou-se 4 massas e mediu-se o tempo necessário para 12 oscilações. Foi escolhido esse valor por ser a média aritmética entre 8 e 16 oscilações (intervalo sensível com menor interferência), pois valores acima de 16 nos dariam uma situação amortecida. Enquanto valores abaixo de 8 segundos estariam suscetíveis de erros de medição por ser um intervalo muito pequeno para uma observação precisa. Depois de anotados os tempos, realizou-se o cálculo da frequência. E depois disso da frequência natural esperada em cada caso. ➢ Molas em Série: Uma configuração similar à Figura 2 foi feita. Depois disso novamente realizou- se a aferição de tempo para um intervalo de 12 oscilações. O procedimento experimental foi o mesmo.. Como única diferença temos o fato de que apenas duas massas dos discos foram utilizadas. Para que a amplitude da oscilação não fosse muito grande, e assim resultasse em alguma dificuldade para a sua medição. 5. DADO / RESULTADOS Considerando o comprimento inicial das molas Li1 e Li2, temos a seguinte formulação para a deflexão: δst = Lf – Li (20) Os comprimentos iniciais das molas foram os seguintes: Li1 = 12,5 cm Li2 = 12,7 cm E utilizando a equação (2) e (3) e formulando ela para se ter a constante k isolada, teremos o seguinte: k = Fel δst Temos que ter em consideração que essa formulação se adequa a ambos os casos. Para a mola 1 e para a mola 2. Alterando-se apenas os índices. Por fim, temos também que atentar que a massa usada será a massa equivalente (meq), dada pela fórmula: meq = mbloco + (1/3) . mmola Tivemos os seguintes resultados para as massas dos blocos: m1 = 23,1 g m2 = 45,4 g m3 = 68,1 g m4 = 90,7 g Já para a massa da mola foi encontrado o seguinte valor: mmola = 7,3 g Temos que observar que a aceleração da gravidade usada é o valor de: g = 9,80665 m/s2 Pelo método estático obtivemos os seguintes resultados: i W1 (N) δst1 (m) k1 (N/m) W2 (N) δst2 (m) k2 (N/m) 1 0,311197693 0,007 44,45681328 0,310870805 0,003 103,6236016 2 0,475852655 0,012 39,65438791 0,529559100 0,016 33,09744375 3 0,752037694 0,025 30,08150776 0,752170055 0,027 27,85815018 4 0,974127201 0,037 26,32776217 0,973800345 0,039 24,96923961 Tabela 1 – Valores de k para Método Estático O primeiro valor da deflexão para a mola 2 será desconsiderado. Pois devido ao valor ser muito pequeno, as incertezas do cálculo levaram a um resultado demasiadamente fora do esperado. Teremos então que: k = ki1 + ki2 + ki3 + ki4 4 Os resultados serão então os seguintes: k1 = 35,13011778 N/m k2 = 28,64161118 N/m Com isso, podemos agora calcular os prováveis valores das constantes elásticas em série e em paralelo. Utilizando as fórmulas (7) e (19), aqui novamente colocadas. keq (paralelo) = k1 + k2 keq (série) = k1 . k2 k1+k2 Obtivemos entãoos seguintes resultados: keq (paralelo) = 63,77172896 N/m keq (série) = 15,77788764 N/m Depois disso realizou-se a montagem das molas em paralelo, e anotou-se o tempo para 12 oscilações. E por fim montou-se a seguinte tabela. i W3 (N) Nº de oscilações Tempo (s) ω (rad/s) 1 0,974127201 12 4,08 18,47995678 2 0,974127201 12 4,10 18,38981065 Tabela 2 – Frequência natural para sistema em paralelo A seguir montou-se o sistema em série com 2 massas. Anotou-se o tempo para 12 oscilações. E por fim obteve-se a seguinte tabela: i W4 (N) Nº de oscilações Tempo (s) ω (rad/s) 1 0,475852655 12 5,85 12,88858524 2 0,475852655 12 5,88 12,82282715 Tabela 3 – Frequência natural para sistema em série Fez-se uso das seguintes fórmulas para se descobrir a frequência natural: ω = 2πf f = n° de oscilações/tempo ωs = √ Keq(série) . g W4 ωp = √ Keq(paralelo) . g W3 Onde: W3 : Peso do conjunto em paralelo (N). W4 : Peso do conjunto em série (N). ωs : Frequência natural esperada em série (rad/s). ωp : Frequência natural esperada em paralelo (rad/s). ω : Frequência real encontrada (rad/s). f : Frequência (Hz). Agora, pelas fórmulas para os valores esperados, temos os seguintes resultados: ωs = 18,03219183 rad/s ωp = 25,33765257 rad/s Para finalizar, iremos calcular o erro em paralelo (∆p) e o erro em série (∆s). Calculando a diferença percentual entre os valores esperados e os experimentalmente obtidos. Dessa forma, temos que: ∆s = | ω − ωs ωs | . 100 ∆p = | ω − ωp ωp | . 100 Teremos então os seguintes valores: ∆s = 28,70691307 % ∆p = 27,24312694 % 6. CONCLUSÃO Percebemos que os desvios percentuais estão acima do esperado (maiores que 10%). Percebemos uma semelhança nos valores, o que na estatística significa um erro sistemático. Em outras palavras, alguma conversão ou algum valor não foi considerado, levando assim essa incerteza adiante com o decorrer dos cálculos. Como algum dos possíveis motivos para o erro podemos listar o seguinte: 1. Paralaxe: As medidas de comprimento final foram feitas com uma certa inclinação, ocasionando distorções entre o resultado esperado e os medidos propriamente. 2. Sensibilidade: Ao invés da utilização de um cronômetro mecânico, utilizou- se um aplicativo de celular para realizar a medição do intervalo de tempo. Estes cronômetros possuem uma precisão superior se comparados a dispositivos digitais. Pois estes podem não registrar os momentos de início e final da medição com a mesma precisão. Resultando em medições de tempo das oscilações completamente incorretos. 3. Fatores ambientais: Temperatura do laboratório, vibrações locais, umidade e afins. Nenhuma dessas variáveis foi controlada ou determinado um limite de tolerância aceitável para a sua variação. Portanto o erro de medição significativo pode ter se dado devido a estes mesmos fatores ambientais. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ➢ VUOLO, J. H. Fundamentos da Teoria de Erros. São Paulo: Ed. Blucher, 1998; ➢ SINGIRESU, Rao. Vibrações Mecânicas. 4º Ed. São Paulo: Pearson Education no Brasil, 2009; ➢ CAVALCANTI, Eduardo. Lei de Hooke. 2012. Disponível em: < https://blogdaengenharia.com/lei-de-hooke/ >. Acesso em: 24 set. 2018; ➢ ALCANTARA, Thiago. Determinação da Frequência Natural de Duas Molas em Suas Associações em Série e em Paralelo. 24 de agosto de 2018. Notas de aula; ➢ INMETRO. Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos Fundamentais e Gerais e Termos Associados (VIM 2008). 1ª Edição Brasileira. Rio de Janeiro, 2009.
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