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A DEFESA DE SOCRATES

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PONTIFÌCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Faculdade Mineira de Direito
A defesa de Sócrates 
Belo Horizonte
2018
Qual a temática central da obra e como ela se estrutura?
A temática central da obra gira em torno do julgamento de Sócrates. Ela se estrutura a partir de um diálogo onde Sócrates tenta se defender das acusações recebidas. O resultado desse julgamento é a condenação de Sócrates a morte.
“Cumpre, Atenienses, me defenda, em primeiro lugar, das primeiras aleivosias contra mim e dos primeiros acusadores; depois, das recentes e dos recentes. Com efeito, muitos acusadores tenho junto de vós, há muitos anos, que nada dizem de verdadeiro. A esses tenho mais medo que aos da roda de Ânito, posto que estes tambem são terríveis.” (DS,p.6) Considerando essas palavras de Sócrates, quais foram as pricipais acusações feitas pelo filósofo?
Sócrates é acusado de negar a existência dos deuses e entidades convencionais da época, de corromper e ensinar aos jovens o que os acusadores apontam como “razão mais fraca” e de questionar o que há sob a terra e nos céus.
Cite 3 argumentos usados na defesa de Sócrates.
Sócrates faz seu primeiro argumento de defesa afirmando que esta sendo acusado por causa de desavenças do passado. Ele conta que o oráculo afirmou que ele era o mais sábio entre os homens, o que o levou a investigar outros que se diziam sábios para averiguar os fatos. Nesse caminho, Sócrates descobriu que muitos que se diziam sábios eram apenas prepotentes por se denominarem como tal, pois na verdade pouco sabia para tal título, afirmando tais sentenças ele criou muitas inimizades. Em seu segundo argumento ele afirma que se corrompia a mocidade não o fazia com intenção, que procurava persuadir os jovens a não cuidar tanto do corpo e das riquezas, mas sim cuidar e melhorar a alma. No seu terceiro argumento o filósofo desenvolve um argumento em cima de uma pergunta feita pelo próprio, onde questionava sobre o arrependimento de ter escolhido uma ocupação que o colocou em risco de morte, ele afirma que obedeceu fielmente o oráculo, que o mandava levar a vida de um filosofo, e, se o mesmo não o fizesse, estaria desobedecendo o oráculo e desacreditando nos deuses.
“Afinal, Sócrates, qual a tua ocupação? Donde procedem as calúnias a teu respeito? Naturalmente, se não tivesse uma ocupação muito fora do comum, não haveria esse falatório, a menos que praticasse alguma extravagância (...)”
Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência (...)
“Para testemunhar a minha ciência, se é uma ciência, e qual é ela, vos trarei o deus de Delfos. Conhecestes Querefonte,decerto. Era meu amigo de infância e também amigo do partido do povo e seu companheiro naquele exílio de que voltou conosco. Sabeis o temperamento de Querefonte, quão tenaz nos seus empreendimentos. Ora, certa vez, indo a Delfos, arriscou essa consulta ao oráculo – repito senhores; não vos amotineis – ele perguntou se havia alguém mais sábio do que eu; respondeu a Pítia que não havia ninguém mais sábio” ( DS, p.7)
Considere o trecho acima, quais as reflexões o filosofo Sócrates levantou a partir da afirmativa do oráculo de Delfos? Qual foi sua atitude? E por fim, qual a conclusão de Sócrates sobre a afirmativa do oráculo? 
Sócrates não acreditou nas palavras do oráculo, então ele se pôs em uma investigação para provar que ele não era o mais sábio. O filósofo então examinou e dialogou com indivíduos considerados sábios pela sociedade, e concluiu que muitos deles tinham algum conhecimento especifico, mas isso não era o suficiente para eles serem sábios, mesmo que os mesmos se intitulassem assim. Por fim, Sócrates concluiu que ele era um pouco mais sábio que os demais por saber reconhecer sua ignorância. 
Qual foi a discussão feita por Sócrates sobre as penas do tribunal ateniense? 
Sócrates refletiu sobre as consequências que cada sentença teria sobre a sua vida e qual seria mais justa. A multa não seria possível, pois o filosofo não era provido de riquezas ou bens materiais, o mesmo era sustentado por Pritaneu. O exílio também não era uma opção viável, visto que ele acreditava que viver sem exame e reflexão não era uma vida digna para um ser humano. Em uma ultima analise, Sócrates diz que não há como saber se a pena de morte é positiva ou negativa.
Qual a postura (de Sócrates) diante da lei?
O filósofo se mostra um grande admirador das leis, sempre que possível ressalta a importância da justiça. Mesmo achando a condenação injusta, Sócrates aceita as acusações e penas sofridas afirmando que todos, inclusive ele, devem obediência as leis do estado.
Considerando os dois fragmentos abaixo, como podemos definir a justiça na perspectiva de Sócrates? 
“A verdade, Atenienses, é esta: quando a gente toma uma posição, seja por a considerar a melhor, seja porque tal foi a ordem do comandante, aí, na minha opinião, deve permanecer diante dos perigos, sem pensar o risco de morte ou qualquer outro, salvo o da desonra” (DS, p.14)
“O juiz não toma assento para dispensar o favor da justiça, mas para julgar, ele não jurou favorecer a quem bem lhe pareça, mas julgar segundo as leis. Nós não devemos nos habituar ao perjúrio, nem vós deveis contrair esse vicio; seria impiedade nossa e vossa” (DS, p.20) 
A justiça para Sócrates é deveria ser objetiva e minuciosa, não podendo ser prejudicada pela intervenção dos sentimentos pessoais, sendo validada por julgamentos justos sem falsa acusações onde o réu teria direito a se defender. 
Na sua opinião, qual o significado do julgamento e da condenação de Sócrates para a reflexão sobre a justiça na atualidade?
Fazendo um paralelo do julgamento de Sócrates com a justiça na atualidade e possível perceber que alguns erros passados podem persistir durantes os anos. O filosofo foi julgado injustamente sem direito a juiz e jure imparcial, ambos corrompidos pela necessidade de satisfazer seus interesses individuais, além disso, não apresentaram nenhuma prova concreta das transgressões de Sócrates. A justiça atual progrediu na questão da investigação, no sentido de que hoje ninguém pode ser condenado sem provas intensamente analisadas, mas por outro lado algumas lacunas ainda permitem que uma pessoa seja julgada e punida injustamente.
Cite uma das idéias de Sócrates que mais lhe chamou atenção? Justifique sua resposta. 
“De sorte que perguntei a mim mesmo, em nome do oráculo, se preferia ser como sou, sem a sabedoria deles nem sua ignorância, ou possuir, como eles, uma e outra; e respondi, a mim mesmo e ao oráculo, que me convinha mais ser como eu sou”. Essa passagem exemplifica a importância do conhecimento para Sócrates, onde ele, mesmo sabendo que esta sendo julgado, em grande parte, por causa da sua sabedoria e seus ensinamentos, prefere viver com sua sabedoria e ignorância do que ser uma pessoa com conhecimento convencional.
 A partir do texto “Filosofia e política”, de Hannah Arendt, explique a afirmativa: “ O abismo entre filosofia e política abriu-se historicamente com o julgamento e a condenação de Sócrates...” ( DS, p.91)
Com o julgamento de Sócrates, foi observado que havia a necessidade da criação de um mecanismo jurídico que garantisse um julgamento justo e imparcial. E, apesar de Sócrates ter muito talento na arte da oratória, ele não conseguiu persuadir os juízes e provar sua inocência. 
 Considerando as idéias de Hannah Arendt sobre Sócrates, pode-se comparar esse filosofo com Aquiles? Justifique sua resposta.
Sim, pois assim como Sócrates o senso de justiça de Aquiles é mais forte que o medo que o medo de que essas ações os levariam a morte.
 Comente a afirmativa: “A oposição entre verdade e opinião foi sem dúvida a mais anti-socrática conclusão que Platão tirou do julgamento de Sócrates”. In: Filosofia e politica, de Hannah Arendt, p.92. 
Segundo Platão a verdade era única e imutável, e a opinião era traiçoeira e enganosa. Essas constatações se mostram anti-socráticas porque Sócrates dizia que cadaindividuo tem dentro de si a verdade, de modo que para obtê-la era preciso primeiro conhecer a si mesmo.

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