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UNIVERSIDADE FERDERAL FRONTEIRA SUL – UFFS Campus Chapecó Disciplina: História do Pensamento Geográfico. Professor: Igor Catalão Acadêmicas: Bruna Utzig Daiane Paula Andreolla BIOGRAFIA DE PAUL VIDAL DE LA BLACHE Paul Vidal De La Blache era filho de um professor. Paul foi mandado para a escola interna na Instituição Favard do Lycée Charlemagne, em Paris. Posteriormente, frequentou a École Normale Supérieure, que terminou em 1863 e recebeu o certificado de formação em história e geografia em 1866. Foi indicado para a Ecole Francaise d’Athens, com oportunidade de trabalhar na Itália, Palestina e Egito. Estudou arqueologia grega por três anos. Ao retornar à França, em 1870 casou com Laure Marie Elizabeth Mondot, com quem teve 5 filhos. Teve várias colocações como professor. La Blache recebeu seu doutorado na Sorbonne em 1872 com a dissertação em história antiga. Começou a trabalhar na Nancy Université. Vidal de la Blache voltou à École Normale Supérieure em 1877, como Professor de Geografia e ali permaneceu por 21 anos. Transferiu-se para a Universidade de Paris, onde continuou ensinando até a aposentadoria, em 1909, aos 64 anos. Vidal foi um geógrafo francês e um dos nomes mais lembrados no que se refere à história do pensamento geográfico. Sua obra é bastante reconhecida por ser fundadora da corrente de pensamento que veio a ser denominada por Possibilismo, em oposição ao Determinismo Geográfico alemão. Graças à sua formação, La Blache trouxe para a Geografia a importância do tempo e da história para os estudos geográficos. Foi considerado, por isso, um dos grandes responsáveis pela difusão da Geografia Humana, apesar de afirmar que a Geografia não deveria estudar o homem, mas o meio em que ele vive. Escola Francesa de Geografia Vidal de la Blache é o fundador da École française de géographie (em português: "Escola Francesa de Geografia") e também fundou, juntamente com Lucien Gallois, a "Annales de Géographie" (1893). "Annales de Géographie" se tornaram um influente periódico acadêmico, promovendo o conceito de geografia humana como o estudo do homem e sua relação com o meio ambiente. La Blache também defendia a prática de uma Geografia Regional. Para o pensador, seria impossível, alcançar visões totalizantes para a realidade, de forma que os conhecimentos e os conceitos só deveriam ser aplicados em realidades específicas. Desenvolveu grandes trabalhos como muitas monografias regionais, com base dos estudos que se preocupavam apenas com uma determinada região e que se caracterizavam por serem extremamente descritivos. O conceito de região foi muito importante em sua obra. Na teoria lablacheana, associava às paisagens naturais, de cada região a existência de um espaço independente da vontade humana, facilitando aos cientistas apenas identificá-las e expor suas características. Esse conceito foi mais tarde criticado, uma vez que a região passou a ser entendida como uma divisão elaborada pelo homem a partir de seus próprios critérios e que, portanto, não existiria naturalmente, sendo uma construção intelectual humana. No decorrer da sua carreira como geógrafo, desenvolveu um conceito fundamental em sua obra foi o de gênero de vida. Para La Blache, as regiões constituíam um meio vivo que proporcionaria o desenvolvimento das sociedades. Através desses recursos regionais naturais, a vida em sociedade constituiria, então, o que se denominou por gêneros de vida. A partir dessa teria e de um método que se caracterizava por ser uma sequência entre observação, comparação e conclusão, Vidal se tornou um dos maiores nomes da ciência geográfica e contribuiu para alavancar a Geografia Francesa para se opor e combater a Geografia Alemã e as suas intenções geopolíticas. Obras Vidal de la Blache produziu um grande número de publicações; incluindo 17 livros, 107 artigos e 240 reportagens e comentários. [4] Hérode Atticus. Étude critique sur sa vie, Paris, Ernest Thorin, 1872, 184 p.. La terre, géographie physique et économique, Paris, Delagrave, 1883, 304 p.. États et Nations de l'Europe autour de la France, Paris, Delagrave, 1889, 568 p.. Atlas général Vidal de La Blache, Histoire et Géographie, Paris, Armand Colin, 1894. La Rivière Vincent Pinzòn: étude sur la cartographie de la Guyane, Paris, Félix Alcan, 1902, 114 p.. Tableau de la Géographie de la France, Paris, Hachette, 1903, 395 p. (reedições: Paris, Tallandier, 1979, 403 p. com um prefácio de Paul Claval, e Paris, La Table Ronde, 1994, 560 p. com um prefácio de Pierre George).. La France de l'Est, Paris, Armand Colin, 1917, 280 p. (reedição, Paris, La Découverte, 1994, com uma apresentação de Yves Lacoste) Lucien Gallois, Le Bassin de la Sarre, Paris, Armand Colin, 1918, 54 p.. Emmanuel de Martonne, Principes de la géographie humaine, Paris, 1922, 328 p. (póstumo, reedição, Paris, Utz, 1995, puis Archives Karéline, 2008).. Referências PENA, Rodolfo F. Alves. "Vidal de La Blache"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/vidal-la-blache.htm>. Acesso em 25 de marco de 2018. Wikipédia enciclopédia livre. “Paul Vidal de La Blache” . Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Vidal_de_La_Blache>. Acesso em 25 de marco de 2018.
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