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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO APLICAÇÕES DAS ENZIMAS NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCEA Professor Danielle da Silveira dos Santos Martins., DSc NUPEM/ UFRJ Campus Macaé Dani.usu@gmail.com Enzimas PTNS Catalisadores biológicos Sítio Ativo (APOENZIMA) Não proteico (Coenzima) Ex: Vit B HALOENZIMA= Mol total Cofatores: íons ou MO de PM Reagir com S : Complexo ou Lig covalentes I- HISTÓRICO 8000 a.c. Estômago cordeiros; cabritos - pepsina e quimosina (proteases) *Não são tão específicas *Fermentação: Mucor miehei Sec XIX: Pasteur Açúcar- EtOH Fermentos Vida e organização celular Morte e putrefação 1897: E. Buchner E. levedo fermentavam Enzimas for a do organismo NOBEL 1926: J. B. S. Haldane Enzima + Substrato Alterar moléculas CATALISADOR I. HISTÓRICO Avanços na Bioq e Biol Estruturais PRODUÇÃO INDUSTRIAL Após 2 guerra tornou-se viável A. niger , A. oryzae e B. licheniformis. Japão: Saquê e Missô A. niger , A. saquê Arroz Koji 1980: OGM II)VANTAGENS E DESVANTAGENS do uso de enzimas III) ORIGEM DAS ENZIMAS- Vantagens e desvantagens das enzimas microbianas •Complexas •Formada por O. vivos IV) APLICAÇÕES dos grupos enzimáticos •Álcool e derivados •Cervejarias •Amido e açúcares (xarope HFS) •Sucos de frutas •Laticínios e derivados •Óleos e gorduras •Panificação e biscoitaria •Vinicultura Enzimas de relevância industrial Origem Aplicação CARBOHIDROLASES , amilase cereais germinados cervejaria, licores, panificação amilase fungo filamentoso panificação, confeitaria amilase bactéria edulcorantes, têxtil, cervejaria, confeitaria glucoamilase fungo filamentoso edulcorantes, cervejaria pectinase fungo filamentoso vitivinícola, frutícola celulase fungo filamentoso farmacêutica, alimentícia, têxtil lactase fungo filamentoso e bactéria laticínios galactosidase fungo filamentoso açúcar invertase levedura edulcorantes, confeitaria PROTEASES papaína vegetal cervejaria, carnes, farmacêutica bromelina vegetal farmacêutica pepsina animal farmacêutica, panificação renina animal, fungo queijaria protease fúngica fungo filametoso panificação protease alcalina bactéria detergentes, pesqueira OUTRAS HIDROLASES penicilina acilase bactéria farmacêutica aminoacilase batéria alimentos fortificados lipase bactéria, fungo laticínios, panificação, farmacêutica pancreatina animal farmacêutica, curtumes OXIDOREDUTASES glicose oxidase fungo filamentoso alimentos preservados, bebidas catalase bactéria latínicios ISOMERASES glicose isomerase bactéria edulcorantes Aplicações terapêuticas convencionais Enzima Origem Função pancreatina pâncreas suíno auxiliar digestivo pepsina mucosa estomacal de porcos auxiliar digestivo amilase Aspergillus sp. auxiliar digestivo papaína mamão (papaia) auxiliar digestivo celulase Aspergillus sp. auxiliar digestivo lipase pâncreas suíno auxiliar digestivo tripsina pâncreas bovino anti-inflamatório -quimotripsina anti-bronquite bromelina abacaxi (ananás) anti-inflamatório peptidase Serratia sp. anti-inflamatório dextranase Penicillium funiculosum tratamento cáries dentárias estreptoquinase Streptococcus sp. agente trombolítico uroquinase agente trombolítico colagenase Clostridium hystolyticum tratmento de queimaduras cutâneas lisozima clara de ovo oftalmologia, potenciador de antibióticos V)CLASSIFICAÇÃO: Quanto à sua origem: Endocelulares Exocelulares. Quanto ao seu modo de ação: Endoenzimas Exoenzimas Quanto ao seu uso Enzima como produto (lactase, colagenase, proteases): Matéria prima Enzima Enzima catalisando a reação principal (amilase, glicose-isomerase, invertase): Matéria prima Enzima Produto Enzima catalisando reações secundárias do processo produtivo (proteases): Matéria prima Produto Enzima Enzima Enzima Classes Reação Exemplo Aplicação Oxidorredutases Oxidorredução Catalase Sucos Transferases Cliva ligação de molécula doadora para aceptora- ligação Ciclodextrina glicosiltransferases Dextrinas de alto PM Hidrolases Hidrólises Amilase Panificação, cerveja, álcool, destilados Liases Ad ou remoção – lig duplas Fumarase Ác málico Isomerases Isomerização GLI ISO Xaropes Ligases Ligação de substratos com hisrólise do ATP Aminoacil RNA sintetase - Amilases Panificação, cervejas, destilados, xaropes, suplementos de farinhas Celulases Clarificação de sucos Lipases Hidrolisam óleos e gorduras + sabor (queijos azius e italianos) Panificação Fitases Ração animal Pectinases Sucos + viscosos, chá, café Proteases Carnes, panificação, cervejaria, molhos + textura Invertases Mel (S.c.) Lactases B- galactosidase VI)OBTENÇÃO: Quatro etapas: GERAÇÃO/PRODUÇÃO/ FERMENTAÇÃO: seleção linhagem escolha matéria-prima preparo do meio condições de processo RECUPERAÇÃO CONCENTRAÇÃO /PURIFICAÇÃO FORMULAÇÃO Constituintes de Meios de Produção Industrial de Enzimas Carboidratos farinha de soja (Fonte de Carbono e Energia) batata farelo de trigo farelo de arroz melaço Nitrogênio Orgânico farinha de peixe gelatina caseína farinha de soja peptonas resíduos soluvéis Fatores de Crescimento extrato de lêvedo Elementos Traços resíduos de milho farelos de cereais óleos vegetais óleos de sementes Elementos de Biotecnologia Matérias Primas para Industrias de Bioprocessos Matérias Primas Sacaríneas Matérias Primas Alcoólicas Matérias Primas Amiláceas Matérias Primas Lignocelulósicas Matérias primas Complexas Potencialidade de Biomassas no Brasil MATERIAS PRIMAS PARA BIOPROCESSOS Obtenção de enzimas e bioprodutos Meio quimicamente definido Componente Concentração (g/L) Glicose 18,0 (NH4)2SO4 3,2 MgSO4.7H2O 0,39 KH2PO4 0,68 NaCl 0,008 FeSO4.7H2O 0,002 CuSO4.5H2O 0,001 ZnSO4.7H2O 0,003 CaCl2 0,028 CoCl2.6H2O 0,0002 Meios complexos industriais Componente Origem Melaço Indústria açucareira Milhocina Subproduto do processamento de milho Licor sulfítico Efluente da indústria de polpa e papel Soro e permeado de soro de leite Subproduto do processamento de queijo Vinhoto Subproduto da produção de etanol Farinha de soja e pescado Industrialização da soja e pescado Extrato de levedura Indústria de levedura de panificação MEIOS DE CULTIVO COMPLEXOS E QUIMICAMENTE DEFINIDOS Escalas menores de processo Principais matérias-primas glícidicas para industrias de bioprocessos e substratos correspondentes SACARÍNEAS LIGNOCELULÓSICASAMILÁCEAS AMIDO GLICOSE CELULOSE HEMICELULOSESACAROSELACTOSE XILOSE MANOSE ARABINOSE FRUTOSEGALACTOSE GALACTOSE MATÉRIA PRIMA: É o produto natural ou subproduto/resíduo industrial que contém o substrato na sua composição. Depende da localização e dos interesses tecnológicos SUBSTRATO: É a principal substância direta ou indiretamente acometida pelo agente biocatalítico, ou é o reagente primário do qual o produto é obtido. Dependente da finalidade e atividade celular INSUMO: É um componente essencial do meio, indiretamente relacionado à formação do produto. Fontes de sais minerais e de vitaminas, ácidos e álcalis são exemplos de insumosRequisitos para a Escolha da Matéria Prima: Deve conter o substrato adequado ao metabolismo do agente biológico, para que este se desenvolva e forneça o produto desejado; Ser de fácil obtenção, não exigindo tratamentos prévios onerosos; Não contribuir para complicar os processos de separação do produto do meio fermentado; Ser economicamente vantajosa; Ser de fácil estocagem; Ser disponível. SUBSTRATOS SOLÚVEIS que podem ser facilmente extraídos e convertidos prontamente a produto(s), como por exemplo: sacarose, glicose, frutose e lactose, caldo de cana de açúcar, beterraba, melaço, etc POLISSACARÍDEOS INSOLÚVEIS, que precisam de tratamento moderado para solubilização e hidrólise, antes da conversão a produto(s) como por exemplo: amido de milho, mandioca, trigo, cevada, batata, etc. POLISSACARÍDEOS INSOLÚVEIS ALTAMENTE RESISTENTES, que necessitam de pré-tratamento físico, seguido de hidrólise química ou enzimática para produzir substratos na forma monomérica, que serão convertidos a produto(s), como por exemplo: celulose e hemicelulose de matérias primas lignocelulósicas. MATÉRIAS PRIMAS em função da estrutura e complexidade molecular dos substratos MATÉRIA PRIMA SUBSTRATO EXEMPLO SACARÍNEA mono ou dissacarídeos (sacarose, glicose, frutose, pentoses, lactose) caldo de cana; melaço; soro de leite (resultado de coagulação de proteína; vinhoto; suco de frutas; licor sulfítico da indústria do papel. AMILÁCEA amido milho; mandioca; trigo; cevada; batata etc. LIGNOCELULÓSICA celulose e hemicelulose madeira; bagaço de cana; sabugo de milho; resíduos florestais; palhas etc. PROTEICA proteína milhocina; extrato de carne etc. DIVERSAS (MATÉRIAS-PRIMAS NÃO CONVENCIONAIS) álcool etílico; esteróis, hidrocarbonetos Vinho; hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos etc. Tipos de Matérias Primas MATÉRIA PRIMA SUBSTRATO EXEMPLO SACARÍNEA mono ou dissacarídeos (sacarose, glicose, frutose, pentoses, lactose) caldo de cana; melaço; soro de leite (resultado de coagulação de proteína; vinhoto; suco de frutas; licor sulfítico da indústria do papel. AMILÁCEA amido milho; mandioca; trigo; cevada; batata etc. LIGNOCELULÓSICA celulose e hemicelulose madeira; bagaço de cana; sabugo de milho; resíduos florestais; palhas etc. Matérias Primas Sacaríneas Desvantagens: ARMAZENAMENTO ESTOCAGEM PERECÍVEIS PERDA DA MATÉRIA-PRIMA PRODUÇÃO DE ETANOL 1G DEPENDENTE DE SAFRA O H OHH OH OH H H OH CH2OH H O H OHH OH OH H OH H CH2OH H O H OH OH H OH H H OH CH2OH H O CH2OH OH OH H H OH H OH H H A B C D HEXOSES D-Glucose (A) D-Galactose (B) D-Manose (C) D-Frutose (D) O H H OH OH H H OH CH2OH H HOH2C O O H CH2OHOH H H OH A O HH OH OH H OH H CH2OH H O H OHH OH OH H H CH2OH H O B DISSACARÍDEOS Sacarose (A) Lactose (B) SUBSTRATOS SACARÍNEOS Grupamento aldeído hidroxila Difícil rompimento CANA DE AÇÚCAR Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Cyperales Família: Poaceae Gênero: Saccharum Espécies brasileira: S. spontaneum; S. robustum; S. officinarum; S. barberi; S. sinense; S. edule Diferenciações: RESISTÊNCIA A PRAGAS RESISTÊNCIA A SECA QUANTIDADE DE AÇUCARES HIBRIDOS 3- LEITE Produto íntegro, não adulterado e sem colostro, higienicamente ordenhado, de precedência regular, completa e ininterrupta das fêmeas mamíferas, domésticas, sadias e bem alimentadas. COMPOSIÇÃO CARACTERÍSTICAS PROTEÍNAS Basicamente Caseína (77 a 82%) GORDURA Encontra-se em suspensão CARBOIDRATOS Lactose: dissacarídeo redutor, composto de galactose e glicose. Praticamente o único açúcar do leite. C12H22O11 + H2O C6H12O6 + C6H12O6 Composição Centesimal do leite de varias espécies animais Espécie Proteína (%) Gordura (%) Lactose (%) Cinzas (%) Água (%) Humana 1,5 3,5 7,0 0,2 87,8 Bovina 3,5 3,8 5,0 0,7 87,0 Caprina 4,0 3,0 4,8 0,8 87,4 Ovina 5,4 8,2 4,8 0,9 80,7 Eqüina 2,6 1,6 6,1 0,4 89,3 Búfala 4,1 7,7 4,8 0,7 82,7 Fonte de C. Composto mais abundante, mais simples e constante em termos de composição, onde costuma ser encontrado em porções de 45 a 50g/L Apresenta algumas formas isoméricas: α-lactose açúcar comum do leite (forma de cristais mono-hidratados). É formado por uma unidade de O-β-D-Galactopiranosil - (14) - α-D- glucopiranose. β-lactose é mais solúvel em água que o isômero α, além de diferir estruturalmente da conformação α, por apresentar uma β-D- glucopiranose. Amorfo encontrado em geral no leite em pó e nos soros de leite. Muito higroscópica em relação às conformações (α e β). O estado amorfo se apresenta como uma forma estável desde que não haja mais do que 8% de água. Lactose COMPONENTES DO LEITE Estão presentes em baixa concentração, porém : Algumas delas são agentes que provocam a hidrólise dos componentes do leite; A sensibilidade de algumas enzimas pode ser utilizada pra controlar tratamentos térmicos; A origem das enzimas serve como índice de contaminação; A atividade bactericida de algumas enzimas pode inibir o crescimento microbiano. ENZIMAS GRUPOS DE ENZIMAS CARACTERÍSTICAS AÇÃO HIDROLASES Lípases, proteases e fosfatases Gorduras e proteínas. OXIDASES Lactoperoxidase,.xantina.oxidas e,.catalase,.superóxido.dismutas e, sulfidiloxidasetrasferases. Escurecimento do leite em algumas condições. O leite é um alimento altamente nutritivo e também um excelente meio de cultura, podendo ser facilmente contaminado por vários grupos M-ORGNS CARACTERÍSTICAS EXEMPLO 1. BACTÉRIAS LÁTICAS Muitas delas são utilizadas na produção de queijo e leites fermentados: Lactococcus 2. BACTÉRIAS ESPORULADAS Presentes em variadas concentrações Bacillus e Clostridium 3. BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS* Principais agentes de deterioração de leite cru refrigerado e de seus derivados Pseudomonas, Flavobacterium Bacillus cereus 4. BACTÉRIAS DE ORIGEM FECAL Geralmente m-orgns patogênicos Escherichia Coli Salmonella spp 5. MISCELÂNEA Participam do processo de fabricação de alguns produtos, como a fabricação de queijos especiais. Penicillium camemberti Penicillium roqueforti, A qualidade do leite é definida por parâmetros de composição química, características físico-químicas e higiene. QUEIJO “É a coalhada que se forma com a coagulação do leite de alguns mamíferos pela adição de coalho ou enzimas coagulantes e/ ou pelo ácido lático produzido pela atividade de determinados micro-organismos presentes normalmente no leite ou adicionados a ele intencionalmente; dessora-se a coalhada por corte, aquecimento e/ ou prensagem, dando-lhe forma em moldes e, em seguida, submetendo-a maturação durante determinado tempo a temperaturas e umidades relativas definidas. Produto fresco ou maturado obtido por separação do soro depois da coagulação do leite. Não pode ser usado um processo de pasteurização severo, para evitar a destruição das proteínas (caseínas) que devem sofrer coagulação. QUEIJOS Ác. Graxos cadeia curta X longa (saponificação) Acetoacetato, metil cetonas, ésteres, lactonas P. camembertii e brie- Proteolítica P. roquefortii- Roquefort e gorgonzola Coloração azulada, gorduras SABOR E AROMA típicos Mucor- Maturação P. nalgiovense- Salame O que irá diferenciar os milhares tipos de queijos ?: tipo de manipulação; matéria prima; micro-organismos; condiçõesde maturação utilizadas durante o processo de fabricação. Classificação dos queijos de acordo com teor de umidade: • Queijos muitos duros (umidade inferior a 25%) – ex. Parmesão • Queijos Duros (25 a 36% de umidade) – ex. Gruyère, Cheddar, Manchego • Semi-moles (36 a 40% de umidade) – ex. Gallegos/ queijo Minas • Moles (superior a 40%) – ex. Camembert, Brie, Mozzarella, Cottage ÓLEOS E GORDURAS Lipases versáteis Hidrólise, trans, esterificação Óleos vegetais + baratos: triglicerídeos com importância nutricional, baixa caloria, ac. Oléicos. Salsicha Margarina: Liso- Lecitina- emulsificante Manteiga de cacau X óleo de palma: Propriedades similares,reação com ác. esteárico 5- POLPAS DE FRUTAS UVAS , MAÇÃ, PÊRA ETC Uvas - Casca ou película (taninos e antocianinas), Sementes e Polpa ou Mosto (Água 65 a 85 % , Açúcares redutores 12 a 25% , Ácidos Orgânicos 4 a 15 % - constituintes naturais ácidos orgânicos d-tartárico, l-málico e l-cítrico., Compostos Nitrogenados 0,3 a 1,0 % e Matérias minerais 2,5 a 3,5 %. Maçã - Água 75 a 90%, Açúcares (frutose(6%), glicose(1,5 a 2%), sacarose (2,5 a 3,5 %), xilose (0,5%); Ácidos Orgânicos -málico (0,1 a 1,36%), Compostos nitrogenados 0,04 a 0,06% aminoácidos, Compostos fenólicos 0,1 a 0,15 % taninos, ácidos fenólicos (substâncias amargas e adstringentes), Vitaminas, Sais Minerais e Enzimas (amilase, sacarase, oxidase, redutase, pectinase) e Amido 5 a 8% . Produtos Obtidos a partir Matéria Prima Sacarínea Fermentada ou Modificadas Biologicamente • Etanol (combustível) • Bebida fermentada (vinhos, aguardente de cana, espumantes, rum, hidromel, jeropiga etc) • Fermento de panificação • Iogurte, coalhada, queijos • Ácidos Orgânicos (cítrico, glucônico, Láctico) • Solventes ( Acetona, Butanol) • Vitaminas (Cianocobalamida (B12), riboflavina (B2), ácido ascórbico (C)) • Antibióticos MATÉRIA PRIMA SUBSTRATO EXEMPLO SACARÍNEA mono ou dissacarídeos (sacarose, glicose, frutose, pentoses, lactose) caldo de cana; melaço; soro de leite (resultado de coagulação de proteína; vinhoto; suco de frutas; licor sulfítico da indústria do papel. AMILÁCEA amido milho; mandioca; trigo; cevada; batata etc. LIGNOCELULÓSICA celulose e hemicelulose madeira; bagaço de cana; sabugo de milho; resíduos florestais; palhas etc. Matérias Primas Amiláceas PRINCIPAIS FONTES RAÍZES GRÃOS DINÂMICA EM SALA DE AULA 5 min TEOR DE AMILOSE E INTERVALOS DE GELATINIZAÇÃO DE AMIDOS. Fonte: Fenema. AMIDO % AMILOSE INTERVALO DE GELATINIZAÇÃO ºC Mandioca 10 51-63 Milho 27 62-71 Arroz 18 61-77 Batata 22 56-62 Trigo 24 58-64 Dilatação dos grânulos: O amido é hidrófilo e a membrana que o envolve torna-se permeável com o aquecimento, fato que provoca mudanças na sua estrutura, envolvendo a ruptura das pontes de hidrogênio entre as cadeias de amilose e amilopectina estabilizadoras da estrutura cristalina interna do grânulo, quando uma temperatura característica para cada tipo de amido é atingida. TEMPERATURAS DE MODIFICAÇÃO O máximo de gelatinização ocorre em torno dos 95º C, quando há formação de uma massa translúcida que constitui a goma do amido. SUBSTRATOS AMILÁCEOS AMILOSE AMILOPECTINA ligações glicosídicas -1,4 ligações glicosídicas -1,4 ligações glicosídicas -1,6 Glicose ESTRUTURA DO AMIDO CH2OH Celulose. CH2OH O CH2OH O CH2OH O CH2OH O CH2OH O Amido CH2OH CH2OH O CH2OH O CH2OH O CH2OH O CH2OH O AMILOPECTINAAMILOSE AMIDO Ligações α-1,4 20 - 25 % do Amido; Solúvel em Água (será totalmente degradada; Cadeia linear longa de glicose (não ramificada); Ligações α-1,4 e α-1,6 75 - 80 % do Amido; Viscosa quando em solução aquosa; Cadeia longa de glicose (ramificada); Forma Helicoidal. (forma o grânulo do amido) Elevada quantidade de OH, mais pontes de H, maior cristalinidade. ESTRUTURA RAMIFICADA DA AMILOPECTINA o o o o o o o CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH o o o o o o o CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH o o o o o o o H2C CH2OH CH2OH CH2OH O... O ligação glicosídica -1,6 ligaçãoglicosídica -1,4 É A RESPONSÁVEL PELA FORMAÇÃO DA BASE DOS GRÂNULOS DO AMIDO, DEVIDO A ESTRUTURA HELICOIDAL, AS QUAIS CRISTALIZAM, DE ACORDO COM O MODELO/SISTEMA DE CLUSTER ESTRUTURA SEMICRISTALINA DA AMILOPECTINA RESPONSÁVEL PELA RIGIDEZ CRESCIMENTO DOS GRÂNULOS Regiões cristalinas e regiões amorfas, ou seja, de maior densidade e de menor densidade. GRÂNULO DE AMIDO DE BATATA REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA MOLÉCULA DE AMIDO UNIDADES DE GLICOSE PONTOS DE RAMIFICAÇÃO EXTREMIDADES REDUTORAS HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO AMIDO ENZIMAS ESPECÍFICAS PARA LIGAÇÕES (1-4) ENDO (1-4) GLUCANASES (-AMILASES). EXO (1-4) GLUCANASES (-AMILASES). ENZIMAS ESPECÍFICAS PARA LIGAÇÕES (1-6) SÃO AS DESRAMIFICADORES: ENDO (1-6) GLUCANASES (PULULANASES E ISOAMILASES) EXO (1-6) GLUCANASES (EXOPULULANASES) ENZIMAS ESPECÍFICAS PARA LIGAÇÕES (1-4) E (1-6): GLUCOAMILASES. Hidrólise do amido por diversas hidrolases Os círculos de cor cinza representam unidades de glicose com extremidades redutoras. As setas mostram os pontos de ramificação. Liquefação Sacarificação Isomerização FAMÍLIA DE AMILASES ENZIMAS ESPECÍFICAS PARA CADA TIPO DE LIGAÇÃO DIFERENTES FORMAS DE ATUAÇÃO ENDO E EXOGLUCANASES HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO AMIDO AÇÃO DE ENDOGLUCANASES UNIDADES DE GLICOSE EXTREMIDADES REDUTORAS AÇÃO DE EXOGLUCANASES 1 2 1 4 1 AÇÃO DE PULULANASES PONTOS DE RAMIFICAÇÃO ATUAÇÃO DE AMILOGLUCOSIDASES ÁRVORE DE PRODUTOS PRINCIPAIS GRÃOS MILHO ARROZ AVEIA CEVADA TRIGO MALTEAÇÃO Modificação do Amido; Produção de ENZIMAS Amido Embrião Beta Glucana Grãos de Amido (envolvidos por capa de Betaglucana- casca do cereal) Grãos de Amido Modificado (Capa de Betaglucana perfurada para liberação de glicose intracelular) Cozimento do malte e condições específicas para atuação enzimática 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 0 15 25 55 70 75 Temperatura ( o C) 1) Condoções :15 min/50ºC Ação das PROTEASES: Endopeptidases (Proteínas de Alto P.M.) Exopeptidases (Proteínas de Baixo P.M.) Tempo (min)ß –AMILASE Ação sob lig α1-4 Libera: Glicose Maltose (2un Gl) Maltotriose (3un. Gl) +15ºC até 75ºC Ação de α- AMILASE Dextrinas limites (açúcares acima de 4 átomos de carbono) À 75 oC – Final do cozimento Teste de Sacarificação com Iodo (medir o grau de amido presente) PANIFICAÇÃO Farinha (amido + lipídeos) Hemicelulases, lipases, xilanases, oxidases Resistência da malha do Glútem > Qualidade do pão MATÉRIA PRIMA SUBSTRATO EXEMPLO SACARÍNEA mono ou dissacarídeos (sacarose, glicose, frutose, pentoses, lactose) caldo de cana; melaço; soro de leite (resultado de coagulação de proteína; vinhoto; suco de frutas; licor sulfítico da indústria do papel. AMILÁCEA amido milho; mandioca; trigo; cevada; batata etc. LIGNOCELULÓSICA celulose e hemicelulose madeira; bagaço de cana; sabugo de milho; resíduos florestais; palhas etc. Matérias Primas Lignocelulósicas RESÍDUOS AGROFLORESTAIS RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS PALHA DE ARROZ CASCA DE ARROZ PALHA DE TRIGO BAGAÇO DE CANA SUBSTRATOS LIGNOCELULÓSICOS LIGNINA HEMICELULOSE CELULOSE Composição básica: Celulose (40-60%) Hemicelulose (20-40%) Lignina (10-25%) CELULOSE: Homopolissacarídeo linear de glicose, Altas resistências química e mecânica LIGNINA:Heteropolímero responsável pela rigidez das plantas HEMICELULOSE: Heteropolissacarídeo ramificado, constituído de xilana, galactana, manana e arabinana. Ligação entre a celulose e a lignina. MATÉRIAS-PRIMAS LIGNOCELULÓSICAS Principais Constituintes Celulose (produção de celulases, etanol, SCP) Hemiceluloses (produção de hemicelulases, etanol, xilitol, etc.) Ligninas (produção de ligninases) Material Celulose(%) Lignina(%) Hemicelulose(%) Madeiras de Coníferas Abeto 43 29 26 Pinheiro 44 29 26 Estrutura de biomassa de composição lignocelulósica (a) Celulose (b), Hemicelulose. (c) e Lignina (d) SUBSTRATOS LIGNOCELULÓSICOS a) b) c) d) Hidrólise Enzimática da Celulose Porém, as enzimas do complexo celulásico são inibidas por CELOBIOSE e GLICOSE Usa-se processo de transformação associado, mantendo apenas glicose (SSF) PROCESSOS DE HIDRÓLISE DE CELULOSE E HEMICELULOSE Hidrólise Ácida em condições moderadas Hidrólise Enzimática (hemicelulases) Hidrólise Ácida em condições severas Hidrólise Enzimática (celulases) CELULOSE (C6) HEMICELULOSE (Pré-tratamento, Pré-hidrólise) Xilanases ou hemicelulases BIOMASSA GLICOSE ETANOL ÉTERES ÉSTERES CELULOSE REGENERADA BUTANOL ACETONA GLICEROL ÁC. CÍTRICO ÁC. BUTÍRICO ÁC. GLUTÂMICO ÁC. LÁTICO ÁC. GLUCÔNICO ÁC. SUCCÍNICOSCP CELULOSE SORBITOL HIDROXIMETIL FURFURAL ETILENO BUTADIENO ÉSTERES BORRACHAS PLÁSTICOS VITAMINA C NYLON RESINAS ÁC. LEVULÍNICO POLIÉSTERES BIORREFINARIA: Produtos da Celulose PHA’s ENZIMAS HEMICELULOSE BIOMASSA CELULOSE MONOSSACARÍDEOS Glicose; Manose; Arabinose; Galactose; Xilose SCP ETANOL BUTANOL ACETONA FURFURAL FURANO LISINA TETRA HIDRO FURANO NYLON ÁCIDO ACÉTICO ÁCIDO URÔNICO BIORREFINARIA: Produtos da Hemicelulose ÁCIDOS ORGÂNICOS PHA’s ÁCIDO GLUTÂMICO RESINAS E PLÁSTICOS XILITOL SORBITOL MANITOL GALACTOL ARABITOL ENZIMAS Fermentação a Partir da Fração Hemicelulósica do Bagaço de Cana- de-açúcar H2SO4, 1,09% (v/v); Sólido-líquido ,1:2,8; 121°C ; 27 minutos (BETANCUR, 2005) Pré-tratamento ácido Remoção de Hemicelulose (a) Bagaço in natura, (b,c) Exposição do bagaço ao ácido (d) Distribuição em frascos (e)Tratamento térmico em autoclave (f) Distribuição em prensa hidráulica (g) Prensagem para separação do bagaço acidificado (celulignina) (h) Fração hemicelulósica Aclimatação celular Ativação 10 % a) 1 etapa (sintético) b) 1 etapa (25% hidrolisado) 10 % (v/v) c) 2 etapas (25% e 50% Hidrolisado) 37ºC, 150 rpm, 7.0 pH, 200 ml de Meio Fermentação em Hidrolisado Hemicelulósíco Fermentação em Biorreator Instrumentado a Partir da Fração Hemicelulósica do Bagaço de Cana-de-açúcar 37ºC;150 rpm [x]INICIAL= 3,0 g/L Pré-tratamento Alcalino NaOH, 4% (v/v); Rel sol:liq 1:20; 121°C; 30 minutos (VASQUEZ, 2007) (a,b) Celulignina sendo pesada; (c) Tratamento com NaOH diluído; (d) Tratamento térmico em autoclave; (e) Celulignina obtida; (f) Separação em prensa hidráulica; (g) Lavagens para remoção da lignina. Pré-hidrólise enzimática 25 FPU/g; sol:liq 3:10; 50°C; 12 h (SANTOS, 2009) (a) celulignina após a deslignificação (b) após a adição de enzimas e meio (c) aspecto após a pré- hidrólise enzimática em frascos agitados [glicose] inicial =75 g/L SSF (Frascos) [X] = 1,0 - 4,0 g/L [Glicose]INICIAL=75 g/L 37ºC;150 rpm [x]INICIAL= 3,0 [Glicose]INICIAL= 81g/L SSF (Biorreator) Fermentação de Glicose (C6) Fermentação de Xilose (C5) Pré-tratamento Produção de Celulases Hidrólise da Celulose Destilação Concepções Tecnológicas e Integração de Processo na Produção de ETANOL 2G segundo a Plataforma Bioquímica da Biorrefinaria Inibição das celulases por celobiose e glicose concepção mais avançada SHF SSCFSSF CBP Cinética de Produção - Exemplo Reatores para Sistemas Sólidos Recuperação Separação das células: centrifugação (métodos de separação sólido - líquido) filtração Rompimento celular congelamento/descongelamento Métodos Físicos: moagem com abrasivos (esforços mecânicos) cisalhamento líquido Métodos Químicos: tratamento com bases choque osmótico tratamento com detergentes tratamento com solventes orgânicos Métodos Enzimáticos: digestão da parede celular lisozima (bactérias) glucanase e proteas (leveduras) Concentração: ultrafiltração secagem à vácuo precipitação com sais, solventes, polímeros Purificação: cromatografia de adsorção troca iônica gel-filtração eletroforese Custos associados à purificação da enzima Condições Ótimas de Produção Condições Ótimas de Ação Concentração inicial de amido: 40 g/l Concentração Proteica: 1.3 mg/l Concentração inicial de esporos: 2 x 10 7 /ml Tempo de reação: 15 min. pH - 5.8 pH - 7 a 7.5 Temperatura - 30 o C Temperatura - 55 o C VIII )ENZIMAS IMOBILIZADAS Deteriorização: ranço (lipase); polifenoloxidase: escurecimento (SO2), ac cítrico, exp. O2. Preservação: LISOZIMAS: Lise da parede celular - B1,4 peptidoglicanas GOX: A. niger e Penicillium sp. H2O2 Salmonella sp. , Staphylococcus aureus e C. perfringers. LACTOPEROXIDASE : Peroxidases (leite e saliva) E. coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella sp. BIO DETERGENTES