Buscar

DIR PEN 07

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
1 
SUBTRATOS DO CRIME 
O conceito analítico de crime compreende as 
estruturas do delito. 
Prevalece, hoje, que, sob o enfoque analítico, 
crime é composto de três substratos: fato 
típico, ilicitude (ou antijuridicidade) e 
culpabilidade. 
 
FATO TÍPICO 
FATO TÍPICO: CONCEITO 
 FATO TÍPICO: REQUISITOS 
ATENÇÃO: Tipicidade penal ≠ Tipo penal 
 
TIPO PENAL 
Descreve a conduta proibida pela norma, 
composto de elementos objetivos e, 
eventualmente, elementos subjetivos. 
 
Art. 299 - Omitir, em documento público ou 
particular, declaração que dele devia constar, 
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa 
ou diversa da que devia ser escrita, com o fim 
de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar 
a verdade sobre fato juridicamente relevante: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, 
se o documento é público, e reclusão de um a 
três anos, e multa, se o documento é particular. 
FATO TÍPICO: CONCEITO 
Fato humano indesejado, consistente numa 
conduta causadora de um resultado, 
ajustando-se a um tipo penal. 
FATO TÍPICO: REQUISITOS 
a) Conduta 
b) Resultado 
c) Nexo causal 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
2 
d) Tipicidade penal 
1º REQUISITO DO FATO TÍPICO: CONDUTA 
Não há crime sem conduta (“nullum crimen 
sine conducta”). 
OBS. 1: 
OBS. 2: 
a) Teoria Causalista (Causal Naturalista / 
Clássica / Naturalística / Mecanicista) 
- Idealizada por Von Liszt, Beling, Radbruch. 
- Início do século XIX. 
 Premissas básicas: 
- 
- 
- 
- 
Dica: 
 
a) Teoria Causalista (Causal Naturalista / 
Clássica / Naturalística / Mecanicista) 
Tipo Normal ≠ Tipo Anormal 
a) Teoria Causalista (Causal Naturalista / 
Clássica / Naturalística / Mecanicista) 
Crime: (Teoria tripartite) 
- Fato típico (conduta) 
- Ilicitude 
- Culpabilidade 
a) Teoria Causalista (Causal Naturalista / 
Clássica / Naturalística / Mecanicista) 
 
Conduta: movimento corporal voluntário que 
produz uma modificação no mundo exterior, 
perceptível pelos sentidos. 
Atenção: 
a) Teoria Causalista (Causal Naturalista / 
Clássica / Naturalística / Mecanicista) 
De acordo com a teoria causalista, a conduta 
é composta de vontade, movimento corporal e 
resultado, porém a vontade não está 
relacionada com a finalidade do agente, 
elemento este analisado somente na 
culpabilidade. 
 Teoria Causalista: críticas: 
1- Ao conceituar conduta como “movimento 
humano”, esta teoria não explica de maneira 
adequada os crimes omissivos (inação / sem 
movimento). 
2- Não há como negar a presença de 
elementos normativos e subjetivos do tipo. 
3- Ao fazer a análise do dolo e da culpa 
somente no momento da culpabilidade, não há 
como distinguir, apenas pelos sentidos, a 
lesão corporal da tentativa de homicídio, por 
exemplo. 
4- É inadmissível imaginar a ação humana 
como um ato de vontade sem finalidade. 
 b) Teoria Neokantista (Neoclássica ou Causal 
Valorativa) 
- Idealizada por Edmund Mezger. 
- Desenvolvida nas primeiras décadas do 
século XX. 
Premissas básicas: 
- 
- 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
3 
 
 b) Teoria Neokantista (Neoclássica ou Causal 
Valorativa) 
Crime: (Teoria tripartite) 
- Fato típico (conduta) 
- Ilicitude 
- Culpabilidade 
b) Teoria Neokantista (Neoclássica ou Causal 
Valorativa) 
Conduta: Comportamento humano voluntário 
causador de um resultado. 
Dica: 
Teoria Neokantista: críticas: 
1- Permanece considerando dolo e culpa como 
elementos da culpabilidade. 
2- Analisando dolo e culpa somente na 
culpabilidade, ficou contraditória ao 
reconhecer como normal elementos 
normativos e subjetivos do tipo. 
 
c) Teoria Finalista 
- Criada por Hans Welzel. 
 
- Meados do século XX (1930 – 1960). 
- Percebe que o dolo e a culpa estavam 
inseridos no substrato errado (não devem 
integrar a culpabilidade). 
c) Teoria Finalista 
Crime: (Teoria tripartite) 
- Fato típico (conduta) 
- Ilicitude 
- Culpabilidade 
 
c) Teoria Finalista 
Conduta: Comportamento humano voluntário 
psiquicamente dirigido a um fim (toda conduta 
é orientada por um querer). 
Dica: 
Teoria Finalista: críticas: 
1- Concentrou sua teoria no desvalor da 
conduta ignorando o desvalor de resultado. 
2- Num primeiro momento, a teoria finalista 
conceituou conduta como “comportamento 
voluntário psiquicamente dirigido a um fim 
ilícito” (exigindo uma finalidade ilícita, não 
explicava os crimes culposos). O conceito foi 
corrigido excluindo-se a expressão “ilícita”. 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
4 
 
 
 
 d) Teoria Social da Ação 
- Desenvolvida por Wessels, tendo como 
principal adepto Jescheck. 
- A pretensão desta teoria não é substituir as 
teorias clássica e finalista, mas acrescentar-
lhes uma nova dimensão, qual seja, a 
relevância social do comportamento. 
d) Teoria Social da Ação 
 Crime: (Teoria tripartite) 
- Fato típico (conduta) 
- Ilicitude 
- Culpabilidade 
d) Teoria Social da Ação 
Conduta: Comportamento humano voluntário 
psiquicamente dirigido a um fim, socialmente 
reprovável. 
Atenção: 
Os adeptos desta teoria sustentam seu valor 
na capacidade que tem de adequar a realidade 
jurídica à realidade social, pois um fato não 
pode ser considerado tipicamente penal ao 
mesmo tempo em que a sociedade lhe é 
indiferente e o resultado de eventual conduta, 
consequentemente, não tem relevância social. 
Teoria Social: crítica: A principal crítica reside 
na vagueza do conceito “socialmente 
relevante”. Trata-se de noção muito ampla, 
sendo arriscado incorporá-la ao Direito Penal, 
limitando sua intervenção. 
e) Funcionalismo (Teorias Funcionalistas) 
- Ganham força e espaço na década de 1970, 
discutidas com ênfase na Alemanha. 
 - Buscam adequar a dogmática penal aos fins 
do Direito Penal. 
 - Percebem que o Direito Penal tem 
necessariamente uma missão e que seus 
institutos devem ser compreendidos de acordo 
com essa missão – (edificam o Direito Penal a 
partir da função que lhe é conferida). 
Conclusão: 
 
FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO / 
DUALISTA / MODERADO / DA POLÍTICA 
CRIMINAL 
CRIME: 
FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO / 
DUALISTA / MODERADO / DA POLÍTICA 
CRIMINAL 
Missão do Direito Penal: proteção de bens 
jurídicos. 
- Proteger os valores essenciais à convivência 
social harmônica. 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
5 
Conduta: Comportamento humano voluntário 
causador de relevante e intolerável lesão ou 
perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / 
RADICAL 
CRIME: 
FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / 
RADICAL 
Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência 
do sistema. 
- Está relativamente vinculada à noção de 
sistemas sociais (Niklas Luhmann). 
Conduta: Comportamento humano voluntário 
causador de um resultado violador do sistema, 
frustrando as expectativas normativas. 
FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / 
RADICAL 
As premissas sobre as quais se funda o 
Funcionalismo Sistêmico deram ensejo à 
exumação da TEORIA DO DIREITO PENAL 
DO INIMIGO, representando a construção de 
um sistema próprio parao tratamento do 
indivíduo infiel a sistema. 
DIREITO PENAL DO INIMIGO / DIREITO 
PENAL BÉLICO: 
FUNDAMENTOS: 
PENSADORES: Protágoras, São Tomás de 
Aquino, Kant, Locke, Hobbes. 
Jakobs exumou o Direito Penal do inimigo (e 
não o inventou), inspirando-se nestes 
pensadores. 
Jakobs fomenta o Direito Penal do inimigo para 
o terrorista, traficante de drogas, de armas e 
de seres humanos e para os membros de 
organizações criminosas transnacionais. 
 DIREITO PENAL DO INIMIGO / DIREITO 
PENAL BÉLICO: 
 CARACTERÍSTICAS: 
1- Antecipação da punibilidade com a 
tipificação de atos preparatórios. 
2- Condutas descritas em tipos de mera 
conduta e de perigo abstrato. 
3- Descrição vaga dos crimes e das penas. 
4- Preponderância do Direito Penal do Autor. 
 CARACTERÍSTICAS: 
5- Surgimento das chamadas “leis de luta e de 
combate”: leis de ocasião. 
6- Endurecimento da execução penal 
7- Restrição de garantias penais e 
processuais: Direito Penal de 3ª velocidade. 
CÓDIGO PENAL MILITAR 
“Art. 33. Diz-se o crime: 
Culpabilidade 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou 
assumiu o risco de produzi-lo; 
II - culposo, quando o agente, deixando de 
empregar a cautela, atenção, ou diligência 
ordinária, ou especial, a que estava obrigado 
em face das circunstâncias, não prevê o 
resultado que podia prever ou, prevendo-o, 
supõe levianamente que não se realizaria ou 
que poderia evitá-lo. 
Excepcionalidade do crime culposo 
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em 
lei, ninguém pode ser punido por fato previsto 
como crime, senão quando o pratica 
dolosamente.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
CARREIRA JURÍDICA – MÓDULO I 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
6 
 
 
 
1º REQUISITO DO FATO TÍPICO: CONDUTA 
CONDUTA: CARACTERÍSTICAS 
1- Comportamento voluntário (dirigido a um 
fim) 
 2- Exteriorização da vontade 
CONDUTA: CAUSAS DE EXCLUSÃO 
1- Caso fortuito ou força maior 
Maria Helena Diniz: 
-Força maior: fato da natureza ocasionando o 
acontecimento (ex.: raio que provoca 
incêndio). 
-Caso fortuito: o evento tem origem em causa 
desconhecida (ex.: cabo elétrico que sem 
motivo aparente se rompe provocando 
incêndio). 
Em resumo: 
2- Involuntariedade 
Ausência de capacidade de dirigir a conduta de 
acordo com uma finalidade. 
a) Estado de inconsciência completa: 
b) Movimento reflexo: 
 
3- Coação física irresistível: o coagido é 
impossibilitado de determinar seus 
movimentos de acordo com a sua vontade. 
CUIDADO!

Outros materiais