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Crescimento da China

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MARCIO WENDEL DE CARVALHO FIGUEIRA
MARCUS VINÍCIUS SOUZA GOMES
LUIS JOSÉ SILVA DE SOUZA
LETICIA CRISPINO PORTUGAL
THIAGO HENRIQUE T. LOPES 
RESUMO DO CAPITULO 3
DIAGNÓSTICO ESTRATEGICO 
Niterói
2009
MARCIO WENDEL DE CARVALHO FIGUEIRA
MARCUS VINÍCIUS SOUZA GOMES
Crescimento da China
Esse trabalho foi baseado em assuntos abordados em sala de aula e pesquisas na internet à Disciplina de Planejamento estratégico do curso de Engenharia de Produção da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO.
Orientador: Professor Rogério Lacerda
Niterói
2009
RESUMO
O crescimento da economia chinesa, que já é uma das que mais crescem no mundo, acelerou ainda mais durante o terceiro trimestre deste ano, alimentando um debate sobre se, e quando, as autoridades chinesas começarão a controlar as medidas de estímulo.
 
ABSTRACT
The growth of the Chinese economy, which is already one of the fastest growing in the world, even more accelerated during the third quarter of this year, fuelling a debate on whether and when the Chinese authorities will begin controlling stimuli.
SUMÁRIO
Introdução.................................................................01
A economia chinesa..................................................02
Crescimento em baixa..............................................04
Barril de pólvora........................................................05
Como sair da crise....................................................06
Conclusão.................................................................10
Bibliografia................................................................11
Introdução
O Banco Popular da China (banco central da China), divulgou neste dia 30 de Outubro um relatório, revelando que o crescimento da economia chinesa terá uma tendência de estabilidade e melhora. O documento prevê que o PIB no quarto trimestre será maior do que o apresentado no mesmo período do ano passado. O ritmo de crescimento da China em 2009 superará 8%. 
Nos primeiros nove meses de 2009 a China obteve empréstimos de RMB de 8,67 trilhões de yuans, um aumento de 5,19 trilhões em comparação com o mesmo período do ano passado. O relatório indicou que graças ao lançamento dos empréstimos de crédito, os projetos já iniciados vão usufruir do apoio financeiro de empréstimo e o setor imobiliário será revitalizado. Os empréstimos às empresas de pequeno e médio porte e os para agricultura continuarão a tendência de desenvolvimento nesse terceiro trimestre.
A ECONOMIA CHINESA
A China terá que transformar em consumidores mais da metade de sua população, que hoje ainda vive em áreas rurais, se quiser manter suas altas taxas de crescimento e ocupar uma posição de liderança econômica mundial já na próxima década. 
China quer fomentar consumo para manter crescimento acelerado
O modelo de desenvolvimento baseado nos pilares de exportações e investimentos externos, adotado pelo país desde a abertura econômica há 30 anos, já mostra sinais de esgotamento.
Mesmo antes da crise econômica mundial, as autoridades chinesas já vinham adotando medidas para fomentar o mercado interno, para que o consumo se transforme no principal motor de seu crescimento.
A queda acentuada nas exportações e nos investimentos provocada pela crise, porém, deve precipitar a alteração de rumo que pode mudar a cara do país até 2020, transformando a China de "fábrica do mundo" em "mercado do mundo". 
"O modelo de sucesso usado pela China quando ainda era uma economia pequena não funciona mais agora, quando ela é uma das maiores economias do mundo", diz o diretor do Banco Mundial para o país, David Dollar.
O ex-congressista Cheng Siwei, presidente da Associação Nacional para a Construção Democrática, uma das oito agremiações de apoio do Partido Comunista dentro do Congresso Nacional do Povo, acha que esse é um bom momento para mudanças:
"No idioma chinês, a palavra crise é formada pelos caracteres que representam perigo e oportunidade. Então, apesar do perigo, o momento é de oportunidade também", observa Cheng.
Para Cheng, um dos principais desafios do governo é mudar o hábito de poupança dos habitantes do país. Os chineses estão entre os maiores poupadores do mundo - seja para garantir a aposentadoria, para pagar o estudo dos filhos ou para se preparar em caso de doenças. 
Ele afirma que a China precisa fazer com que seus cidadãos poupem menos e consumam mais, se quiser fomentar seu mercado interno e transformar o consumo no principal motor de seu desenvolvimento.
"Dizemos que no Ocidente as pessoas gastam hoje o que vão ganhar amanhã e aqui poupamos hoje para gastar amanha", observa Cheng. "Mas durante a crise é muito importante estimular o consumo".
Para alcançar esse objetivo, a China vem adotando políticas como o estabelecimento de aposentadoria para a população rural. A renda média nas cidades é hoje três vezes maior do que a de centenas de milhões que vivem no campo.
Além disso, o quase inexistente serviço de seguridade social precisa ser reformado para garantir acesso aos serviços básicos de saúde, educação e aposentadoria.
Crescimento em baixa
Fábricas de brinquedos estão entre as mais atingidas pela crise
A crise econômica mundial vem afetando a China de maneira intensa, apesar de o governo manter seu discurso otimista e suas previsões de crescimento do PIB em 8% neste ano.
O Banco Mundial reviu recentemente sua previsão de crescimento da China para este ano, para 6,5%, bem abaixo da média de 9,8% dos últimos 30 anos. No ano passado, a economia da China cresceu 9,1% após uma expansão de 13% em 2007, a maior em 13 anos.
Os setores exportadores, justamente um dos pilares do crescimento chinês nas últimas três décadas, são os mais afetados pela crise, com a redução de compras de mercados importantes como Europa e Estados Unidos.
Segundo dados do governo chinês, por exemplo, só no ano passado 4 mil fábricas de brinquedos foram fechadas, a grande maioria na província de Guangdong, a mais rica do país e onde está concentrada grande parte da produção chinesa para exportação.
Para equilibrar a situação e tentar promover o crescimento, o governo anunciou em novembro um pacote de estímulo de 4 trilhões de iuans (cerca de US$ 586 bilhões). O grosso do pacote está destinado a obras de infra-estrutura, mas ele também prevê medidas para estimular o consumo interno, como aumentos de salários, estímulo à compra de automóveis e subsídios para agricultores.
O Banco Mundial estima que até 25 milhões de pessoas possam perder o emprego na China por conta da crise. Para muitos analistas, o país não terá como manter um nível de crescimento suficiente para empregar as milhões de pessoas que chegam ao mercado de trabalho anualmente.
Segundo Chang Hee Lee, analista da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Pequim, a crise é a mais séria no mercado de trabalho da China desde o início da abertura econômica. "É uma situação muito difícil, que tem um impacto muito forte por causa da ausência de benefícios como seguro-desemprego", diz ele.
Barril de Pólvora
Protestos reprimidos em 1989 tiveram desaceleração como pano de fundo
Num país fechado politicamente como a China, possíveis protestos populares provocados pela crise são vistos como uma ameaça potencial à liderança do Partido Comunista.
Em 1989, por exemplo, os protestos estudantis por democracia que levaram ao massacre da Praça da Paz Celestial, tiveram como pano de fundo também uma desaceleração econômica - naquele ano, o PIB do país cresceu apenas 4,1% após uma expansão de 11,3% no ano anterior.
Segundo ChangHee Lee, da OIT, o governo chinês vem reagindo de forma pragmática à atual crise, tentando evitar a repressão aos protestos contra fechamento de fábricas e demissões em massa, por exemplo.
Além disso, greves têm sido permitidas também como maneira de permitir uma válvula de escape para a insatisfação e evitar uma explosão no futuro.
"Não há nada na lei chinesa que permita greves, mas também não há nada que proíba, então o governo pode interpretar de maneira mais conveniente em cada situação", diz Chang.
 COMO SAIR DA CRISE.
	
Impulsionada por um vasto crescimento dos empréstimos bancários, pelo generoso apoio governamental às exportações e um pacote de estímulo de US$ 585 bilhões, que está incentivando uma variedade enorme de projetos de construções, a economia chinesa cresceu 8,9% de julho a setembro, mais do que no mesmo período no ano anterior, de acordo com os números do governo divulgados na quinta-feira dia 05 de Novembro.
Relatórios econômicos independentes também mostraram, nesta quinta-feira, que as vendas no varejo e a produção industrial cresceram de forma marcante em setembro, ajudando a compensar a queda nas exportações, carro-chefe da economia chinesa, que permanece inabalável há 11 meses.
A taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) saltou de 7,9% no segundo trimestre, colocando a nação mais perto de alcançar um crescimento de 8%, nível que os economistas chineses dizem ser necessário para manter a estabilidade social e uma taxa de emprego saudável.
Apesar das boas notícias para as legiões de trabalhadores que perderam o emprego neste ano, a recuperação da China começou a gerar preocupação com o crescimento do mercado de ações e do preço dos imóveis, por ser potencialmente insustentável ou causar uma possível inflação.
“O governo está muito cauteloso para não começar outra bolha”, disse Alistair Chan, economista do site da Moody, Economy.com.
O sistema bancário estatal distribuiu um recorde de US$ 1,27 trilhão em novos empréstimos neste ano, e alguns analistas advertiram de que muito desse dinheiro acabaria em ações ou bens imobiliários.
O valor das propriedades na China continental subiu 73% neste ano. E o mercado de ações do país aumentou 80% durante os primeiros sete meses de 2009, antes de declinar com o recuo dos empréstimos bancários para níveis mais normais e com a ajuda de uma corrente de ofertas da iniciativa pública para saciar a sede por investimentos. O mercado de ações de Xangai ainda representa quase 67% do total neste ano.
Apesar do surgimento de possíveis bolhas no mercado de ações e de imóveis, algumas autoridades chinesas ainda advertem que a economia chinesa permanece em condições precárias e que, por enquanto, suas políticas expansionistas permanecerão estáveis.
“A economia chinesa está em um momento vital de recuperação e estabilização”, disse Li Xiaochao, porta-voz da Agência Nacional de Estatísticas, a jornalistas em Pequim, de acordo com a agência de notícias Reuters. “As bases da recuperação ainda não estão sólidas, a pressão da demanda externa ainda é grave e expandir nossa demanda interna, além de ajustar a estrutura de nossa economia ainda são tarefas árduas para nós”.
Os exportadores são importantes condutores da economia. Apesar de terem se recuperado um pouco, eles estão muito abaixo dos níveis de anos anteriores quando a economia Ocidental começava a emergir da recessão.
Como resultado, os economistas não esperam um passo muito grande na política monetária e econômica, como um aumento nas taxas de juros.
“Eles darão passos pequenos e administrativos”, disse Chan. Os analistas dizem que isso poderia incluir um aumento no montante de dinheiro que os bancos guardam como reserva ou o corte de empréstimos bancários.
No começo deste mês, a Austrália foi a primeira economia importante a aumentar as taxas de juros, revertendo alguns cortes agressivos que havia feito quando a recessão começou, no ano passado, em várias partes do mundo.
O aumento modesto da taxa no dia 6 de outubro foi de um quarto de ponto percentual e deixou a taxa principal baixa. Mas os números mostraram que algumas das economias mais flexíveis já estão prontas para começar a desenrolar medidas políticas extraordinárias que foram instituídas no auge da crise mundial.
As economias europeia, japonesa e norte-americana permanecem muito mais fracas do que a da China, ou mesmo que a da Austrália. A economia dos EUA encolheu 0,7% durante o segundo trimestre e espera-se que os números do terceiro trimestre, a serem divulgados na próxima semana, mostrem uma taxa de expansão anual de 3,1%.
Mesmo em economias menos dinâmicas, está havendo um debate político sobre se já é o momento propício para retirar os auxílios da economia, ou se recuar com as medidas emergenciais de estímulo prejudicaria a base da recuperação.
Além disso, as autoridades chinesas enfrentam o desafio de estabilizar a economia no longo prazo. Muitos economistas argumentam que o país precisa se desabituar da sua dependência das exportações e que a demanda interna precisa ser fomentada com o desenvolvimento nos sistemas de segurança social, na educação e no sistema de saúde – todos considerados cruciais para incentivar os cidadãos chineses comuns a economizar menos e gastar mais.
A crise no crédito causou um colapso na demanda da Europa e dos EUA no fim do ano passado, resultando em um sério declínio na exportação de bens provenientes da Ásia.
Apesar de o ritmo da queda ter se estabilizado, as exportações permanecem bem abaixo do nível do ano anterior. O Japão, por exemplo, divulgou na quinta-feira que as exportações de setembro foram 30,7% menores do que os números de setembro de 2008.
Chan disse que os dados da quinta-feira mostram que a China “se restabeleceu em relação a seu problema inicial, mas no final das contas, a economia ainda depende das exportações para os EUA”.
CONCLUSÃO
Banco Mundial eleva projeção de crescimento da China para 8,4% em 2009
O Banco Mundial afirmou nesta quarta-feira que a economia da China vai crescer 8,4% neste ano e pode atingir expansão de 8,7% em 2010. As estimativas positivas são explicadas pela instituição, em relatório, como reflexo das grandes injeções de recursos por parte do governo chinês para estimular a economia. Nas últimas projeções, realizadas em junho, o Banco Mundial apontava para crescimento econômico de 7,2% no país em 2009. A meta de expansão do governo era de 8%. "2009 mostrou que, até em um momento de grande dificuldade global, a China ainda pode crescer de modo robusto", afirmou o economista sênior da instituição Louis Kuijs. "É claro que em 2009, as medidas de emergência tem sido usadas e que você não pode continuar usando-as por longo tempo", ponderou o economista. Com relação às especulações de que o mercado imobiliário chinês estaria entrando em uma situação de falsa valorização, o Banco Mundial afirmou que as chances de uma bolha no setor são pequenas, já que os preços das casas não superam muito o aumento da renda em nível nacional. "Sérias bolhas em preços de ativos são improváveis de estarem iminentes”, afirmou a instituição.
O documento mostra ainda que a força da economia chinesa também estimulou o crescimento dos países da região do leste asiático que, segundo as novas projeções do Banco Mundial, deverão crescer 6,7% em 2009, ante os 5,3% anteriormente previstos. A China cresceu 8,9% no terceiro trimestre, expansão seguida de 7,9% e de 6,1% nos dois trimestres anteriores. A recuperação vem sendo estimulada pelo pacote governamental de 4 trilhões de yuan (US$ 586 bilhões), lançado quando a crise começou a afetar o crescimento do país. (Vanessa Dezem | Valor com agências internacionais) 
BIBLIOGRAFIA
http://ultimosegundo.ig.com.br
http://economia.uol.com.br
http://portuguese.cri.cn
http://www.bbc.co.uk

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