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Aula 6 LESAO PARTES MOLES

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Profª. Msc. Juliane Carla
FACULDADE SANTA MARIA
CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA DO SISTEMA OSTEOMIOARTICULAR
Lesões de Partes Moles
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CONCEITO
 São lesões que acometem varias estruturas do corpo, causados por traumas e micro traumas, que podem levar a processos infecciosos e degenerativos.
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TERMOS FUNDAMENTAIS
 Distensão/Estiramento: Alongamento excessivo;
 Contusão: Lesão traumática por agente contundente sem perda da continuidade da pele mas que resulta em ruptura capilar, sangramento, edema e resposta inflamatória;
 Entorse: Estiramento ou laceração (cápsula articular, ligamento, tendão ou músculo);
 Tenossinovite: Inflamação da bainha sinovial que cobre um tendão;
 Tendinite: Formação de cicatriz ou deposição de cálcio em um tendão;
 Tenovaginite: Espessamento da bainha tendínea;
 Sinovite: Inflamação da membrana sinovial; um excesso de líquido sinovial normal dentro de uma articulação, geralmente devido trauma ou doença;
 Hemartrose: Sangramento dentro de uma articulação, geralmente devido a trauma grave;
 Cisto Sinovial: apresenta-se como um pequeno nódulo arrendondado acima das articulações ou tendões;
 Bursite: Inflamação de uma bolsa.
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DISTENSÃO MUSCULAR
Ocorre quando um músculo ou o tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço (alongamento excessivo) que rompe algumas ou muitas fibras musculares e os vasos sanguíneos que as irrigam, dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local. 
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DISTENSÃO MUSCULAR
Tipos:
Distensão aguda: acontece quando os tendões e os músculos são solicitados a fazer uma contração repentina, de forte intensidade. 
Resultante de um único choque violento ao músculo, geralmente em um que atua em duas articulações, geralmente em um que atua em duas articulações, ocorrendo quando o músculo em contração é forçado ocorrendo quando o músculo em contração é forçado a se estirar a se estirar.
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DISTENSÃO MUSCULAR
Distensão crônica: surge em consequência de exercícios repetitivos, prolongados, que solicitam sempre os mesmos músculos. São as distensões musculares que atingem os corredores, os ciclistas e os que praticam esportes competitivos.
A lesão se desenvolve por um longo período de tempo, acarretando fadiga, espasmo muscular, miosite, isquemia e graus variáveis de dano.
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DISTENSÃO MUSCULAR
Graus:
GRAU 1 – é a mais comum, acontece um alongamento excessivo e a dor maior ocorre na maioria das vezes no dia seguinte ou quando diminui o metabolismo.
GRAU 2 – ocorre uma ruptura maior de fibras musculares, tem a sensação que algo está “rasgando” no músculo durante a atividade física, a pessoa não consegue prosseguir com a atividade.
GRAU 3 – acontece uma ruptura completa do músculo, é o caso mais grave de distensão, a dor é violenta e na maioria dos casos é necessário cirurgia. Essa lesão não é tão comum como as anteriores. A dor é muito forte e a pessoa não consegue movimentar a região afetada.
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DISTENSÃO MUSCULAR
Fatores de risco:
 falta de condicionamento físico e do emprego da técnica adequada para a realização de cada tipo de exercício 
 falta de aquecimento antes da prática dos exercícios
 fadiga muscular
 excesso de peso corpóreo
ADM excessiva
Contração Excêntrica
Fibrose muscular
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DISTENSÃO MUSCULAR
Sintomas:
Dor, hematoma (mancha roxa), edema (inchaço), dificuldade para movimentar o músculo lesado. Quanto mais intensos, maior a gravidade do quadro. 
Quando há ruptura completa das fibras e o rompimento dos vasos sanguíneos, surge um grande hematoma no local que fica muito inchado.
- No que se refere à dor, nas distensões agudas, ela pode vir acompanhada de pontadas e dificuldade de movimentação do músculo comprometido. Já, nas distensões crônicas, costuma ser mais fraca e manifestar-se quando os movimentos que causaram a distensão são repetidos.
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DISTENSÃO MUSCULAR
Tratamento:
- Normalmente, o próprio organismo se encarrega de reparar as fibras musculares que se romperam, absorver o coágulo e controlar a inflamação. Lesões mais graves exigem avaliação médica imediata para excluir a presença de fraturas e evitar sequelas que limitem os movimentos.
- Aplicação de gelo no local da lesão, compressão da área para evitar edema, repouso, elevação do membro em que ocorreu o ferimento, uso de analgésicos e dos anti-inflamatórios e posteriormente a fisioterapia.
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DISTENSÃO LIGAMENTAR
A distensão é o estiramento ou a ruptura de uma estrutura, neste caso, um ligamento, que é uma forte tira de tecido que liga um osso ao outro.
Sintomas:
Dor, que pode levar a edema
Pode se sentir instabilidade articular
É comum escutar ou sentir creptos (“estalo”)
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DISTENSÃO LIGAMENTAR
As distensões podem ser classificadas em graus I,II e III dependendo da sua gravidade.
Distensão grau I: dor com dano mínimo aos ligamentos
Distensão grau II: Lesão parcial de algumas fibras do ligamento e pequena frouxidão na articulação
Distensão grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante instável. 
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DISTENSÃO LIGAMENTAR
O tratamento poderá incluir:
- Uso de anti-inflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico
- Uso de um imobilizador, para evitar maiores lesões e minimizar a dor causada pela movimentação
- Uso de muletas
- Fisioterapia
* Enquanto a lesão não for totalmente curada, o esporte ou a atividade, praticados anteriormente, deverá ser adaptado ou alterado para um que não piore a condição. 
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CONTUSÃO
 Equimose: Contusão superficial com lesão de capilares ao nível cutâneo e subcutâneo;
 Hematoma: Contusão com ruptura de um vaso de maior calibre e consequente acúmulo localizado de sangue;
 Contusões de 3º Grau: Lesões em tecidos mais profundos e podem, eventualmente, sofre processo de necrose do tipo superficial, abrasão;
 Contusões de 4º Grau: Caracterizam-se pela mortificação dos tecidos quando ocorre necrose superficial e profunda. 
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CONTRATURA MUSCULAR
Um aumento excessivo do tônus muscular pode provocar uma contratura ocorrendo uma tensão, dor a pressão e ao toque dificultando a realização do movimento, sem sinais de ruptura do músculo. Quando um músculo é contraído de maneira incorreta e não retorna ao seu estado normal de relaxamento.
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CONTRATURA MUSCULAR
Causas:
- Falta de alongamento ou esforço muito grande durante a realização de uma atividade física
- Tensões e stress também podem provocar uma contratura
- Ficar longos períodos em uma mesma posição (nesse caso os músculos de um lado costumam contrair-se mais que o normal deforma permanente, ficando rígidos)
- A realização de um movimento intenso e brusco
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CONTRATURA MUSCULAR
Sintomas:
- Rigidez do músculo afetado
- Impossibilidade de mover o segmento corporal relacionado à cadeia muscular afetada
- Dor local
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CONTRATURA MUSCULAR
As contraturas podem aparecer de maneira brusca na realização de um movimento ou de maneira gradativa, após um determinado período de tempo em uma posição errada causando uma tensão e encurtamento muscular.
- As contraturas mais simples tendem a diminuir gradativamente, mas se for uma contratura mais grave é necessário um tratamento adequado com fisioterapia.
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CONTRATURA MUSCULAR
TRATAMENTO:
Bem parecido com o tratamentos das distensões
- No geral: frio e calor, massagem, mobilização articular e muscular, cinesioterapia
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ENTORSE
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ENTORSE
Entorse é a perda momentânea da congruência articular (cápsula articular e/ou ligamentos) de uma articulação. 
Lesão traumática de uma articulação, com alongamento, arrancamento ou rotura de um ou mais ligamentos, sem deslocamento das superfícies articulares.
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ENTORSE
É um trauma provocado pela movimentação abrupta de uma articulação, de maneira forçada, ultrapassandoos limites fisiológicos, produzindo estiramento dos ligamentos que estabilizam a articulação, podendo lesar fibras, mas sem afastar as superfícies de contato.
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ENTORSE
Causas:
Movimento brusco, puxões ou rotações, que forçam a articulação. No ambiente de trabalho a entorse pode ocorrer em qualquer ramo de atividade.
Os locais onde ocorre entorse são as articulações: tornozelo, ombro, joelho, punho e dedos.
O tornozelo é a região do corpo mais afetada por entorses.
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ENTORSE
Mecanismo de lesão:
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ENTORSE
Sintomas:
Dor 
Edema 
Hematoma e equimoses
Instabilidade articular 
Perda da função 
Diminuição amplitude de movimento
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ENTORSE
Classificação:
Entorse de grau I: Ocorre estiramento ou uma pequena rotura das fibras ligamentares com pouca ou nenhuma instabilidade articular. Pode apresentar dor leve, pouco edema e rigidez articular mínima, sensibilidade local.
Entorse de grau II: Ocorre alguma rotura e separação das fibras ligamentares e instabilidade moderada da articulação. Pode-se esperar dor moderada a forte, edema e rigidez muscular, sensibilidade local.
Entorse de grau III: Ocorre rompimento total e separação das fibras ligamentares e grande instabilidade da articulação. Pode-se esperar dor forte, edema de efusão rápida, hematoma e rigidez muscular, sensibilidade considerável e instabilidade articular.
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ENTORSE
Tratamento:
- Anti-inflamatórios 
Medidas analgésicas 
Repouso articular 
Elevação do membro 
Compressão do membro
FASE FINAL: Fisioterapia motora
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LESÃO 
MENISCO
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MENISCO
Eles são cunhas semilunares móveis de fibrocartilagem, convexo na superfície femoral e plana no platô tibial. 
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FUNÇÕES DOS MENISCOS
Contribuem na estabilidade – centralizam os côndilos durante os movimentos, evitando sobrecarga do complexo ligamentar.
Distribuem as pressões, fazendo com que o peso corporal não seja transmitido diretamente ao ponto de contato entre o fêmur e a tíbia.
Ameniza as pressões, quando o joelho é submetido a forças excessivas.
Facilitam a nutrição da cartilagem, promovendo uma melhora do liquido sinovial por toda a superfície da cartilagem articular.
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LESÃO MENISCAL
Lesões meniscais são associadas ao desgaste progressivo da cartilagem articular e do desenvolvimento de osteoartrite.
As lesões dos meniscos mediais são mais frequentes do que o menisco lateral.
As lesões podem ser: Completas ou incompletas, Estáveis ou instável e vários padrões.
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Quanto à sua morfologia, podem ser verticais, longitudinais (incluindo “alça de balde” onde o fragmento rasgado pode bloquear a extensão total da articulação do joelho), oblíqua / bico de papagaio ou “flap” lesões radiais ou horizontais.
A maioria é composta de lesão vertical ou oblíquo (80%). O menisco medial é mais comumente afetado – 75% contra 25% no menisco lateral, 5% dos pacientes terão lesões bilaterais.
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LESÃO MENISCAL
Sintomas:
Dor bem localizada com períodos de alivio e agravo a determinados movimentos como agachar e cruzar as pernas 
Edema
bloqueio (travamento)
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LESÃO MENISCAL
A dor aguda é causada pelo menisco lesionado (rasgado) que puxa sobre a cápsula da articulação sinovial bem inervados. 
Edema resulta de inflamação da membrana sinovial e derrame (água no joelho) por excesso de produção de líquido sinovial.
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LESÃO MENISCAL (medial)
Causas: traumática, degenerativas e congênitas
Comuns em traumas axiais ou rotacionais
Lesão longitudinal (alça de balde), normalmente causada por torção sobre o joelho fletido ou em semi flexão 
Lesão degenerativa (processos degenerativos articulares decorrentes do envelhecimento ou de sequelas traumáticas ou inflamatórias. Devido hiperuso, torções repetidas do joelho ou mau alinhamento deste
Lesão congênita (mal formações, como por exemplo de menisco discoide) 
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LESÃO MENISCAL (lateral)
Causas: traumática, degenerativas e congênitas
As lesões traumáticas - traumas rotacionais
- Lesaõ tipo bico de papagaio, lesões transversas ou radiais, lesões longitudinais
Lesão congênita – menisco externo discoide
Lesão degenerativa (representados pelos cistos de menisco)
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CISTO MENISCAL 
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MENISCO DISCOIDE 
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LESÃO MENISCAL 
Exames complementares:
- RM
Artrografia
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LESÃO MENISCAL 
Tratamento:
- Cirúrgico: Meninsectomia, sutura meniscal
- Conservador: fisioterapia
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LESÃO MENISCAL 
FISIOTERAPIA:
Medidas analgésicas
Mobilização articular e muscular
Massoterapia
Cinesioterapia: alongamento, fortalecimento e propriocepção
Hidroterapia
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LESÕES DE ESTRUTURAS LIGAMENTARES 
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FUNÇÃO DOS LIGAMENTOS
Ligar as estruturas ósseas (primária) 
Estabilizador 
Limitar o movimento 
Informar tensões de estiramento 
Há uma contração reflexa no aumento da tensão ligamentar, promovendo contração músculos
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ESTABILIZADORES
ESTÁTICOS: 
Não tem movimentação própria na articulação 
Ligamento, cápsula e menisco 
DINÂMICOS: 
Tem movimentação própria 
Tendões 
Obs: Cirurgia repõe o estático; fisioterapia reequilibra o dinâmico.
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	A lesão ligamentar ocorre quando o limite fisiológico da articulação é ultrapassado, mas ainda há o contato entre as superfícies articulares.
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Ligamento Cruzado Anterior
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LCA
Origem/Inserção: Região póstero-medial do côndilo lateral do femur à região ântero-medial da tíbia (38mm comprimento, 11mm largura) 
Possui duas bandas: banda ântero-medial (flexão) e póstero-lateral (extensão) 
Controla o deslizamento anterior da tíbia, responsável por 80% da estabilização (trava o rolamento posterior em ± 60° flexão)
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LESÃO DE LCA
Lesão de LCA: 
- Uma vez comprometido, haverá movimento excessivo e deslocamento do joelho em um ou mais planos de movimento. 
- Tal frouxidão cria um esforço de cisalhamento excessivo, resultando em erosão acelerada das superfícies articulares e meniscais e produção aumentada do fluido sinovial (sinovite). 
- Paciente disposto a mudar suas atividades com tratamento conservador e um rigoroso programa de reabilitação, podem restaurar um nível de função satisfatório.
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LESÃO DE LCA
Lesão de LCA: 
Em geral estão relacionadas a prática esportiva 
As lesões ocorrem com o deslocamento anterior excessivo ou rotação interna da tíbia 
O paciente descreve com clareza este mecanismo de lesão (entorse) 
Se há hemoartrose pós trauma indica 78% de associação com lesão de LCA
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LCA
Dos ligamentos presentes no joelho damos destaque ao ligamento cruzado anterior por ser o mais frequentemente lesado
O rompimento do ligamento cruzado anterior é uma das lesões mais comuns e mais sérias do joelho (FLOYD, 2011). 
laceração do LCA: desaceleração brusca, hiperextensão ou lesão rotacional que geralmente não envolve contato com outro indivíduo (BRODY & HALL, 2012). 
A lesão pode ser total ou parcial (COHEN, 2008), de maneira geral, o rompimento ou a lesão ocorre decorrente de forças rotatórias associados à fixação do pé e a movimentos rápidos de direção (FLOYD, 2011). 
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LCA
A lesão do LCA pode estar associada a lesões do LCM, do menisco medial e do menisco lateral, em alguns casos o coto do LCA pode ficar aderido à sinovial do LCP, dando a falsa ideia de um joelho normal.
A maior parte das rupturas do LCA envolve uma subluxação transitória do joelho, o que provoca um trauma secundário a outros tecidos, incluindo o osso, a cartilagem articular, meniscos ou o LCM (NEUMAN, 2011).
A lesão do LCA é detectada no exame físico por diversos testes específicos para pesquisar o LCA e por meio de exames complementares por meio de imagem. 
O exame de escolha é a ressonância nuclear magnética (COHEN, 2008).
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LCA
No tratamento cirúrgico a correção do ligamentocruzado anterior é possível, sendo necessária uma reconstrução completa do mesmo.
Há diversos fatores que influenciam na decisão de realizar a reconstrução cirúrgica, estes incluem o ligamento lesado, a localização e tamanho da lesão, bem como seu grau de instabilidade dada pelo paciente, presença de patologias associadas, nível desejado de função e o risco de ocorrer outra lesão (KISNER & COLBY, 2009). 
Após a cirurgia, o paciente passa por um programa completo de reabilitação na fisioterapia, para progressivamente recuperar e retornar com segurança à suas atividades.
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Ligamento Cruzado Posterior
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LCP
Origem/Inserção: Região ântero-medial do côndilo medial femural à região póstero-lateral da tíbia (38mm comprimento e 13mm largura) 
Possui duas bandas: ântero-lateral (flexão) e póstero-medial (extensão) 
Responsável por 95% da estabilização posterior do joelho
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Lesão de LCP: 
- Ocorre de 3 a 20% das lesões de joelho, em 70% associadas a outras estruturas ligamentares ;
A incidência de lesões do LCP é menor do que a do LCA. Isto deve-se principalmente à maior espessura e resistência do LCP e ao mecanismo de trauma diferente das duas lesões.
- Mecanismo de lesão: impacto direto na face anterior da tíbia, geralmente quando o joelho apresenta-se flexionado 90 graus (Lesão do painel). Os outros dois principais mecanismos de lesão são a queda com o joelho hiper-fletido ou trauma em hiper-extensão associado a varo ou valgo.
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LCP
Lesão de LCP: 
- É comumente associada a lesões de outras estruturas no compartimento posterior da articulação do joelho como os cornos posteriores dos meniscos. Além disso, a cartilagem articular também podem ser danificada.
Evoluem com frouxidão progressiva levando a dor, derrame e instabilidade 
- Lesões isoladas podem não ser identificadas e quando sintomáticas podem apresentar quadro clínico semelhante à osteoartrite
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Ligamento Colateral Medial
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LCM
Origem/Inserção: Epicôndilo medial do fêmur à parte superior medial da tíbia (9 a 11cm) 
Fixa-se anteriormente ao retináculo medial da patela 
Suas fibras posteriores se misturam ao lig. poplíteo oblíquo e à cápsula póstero-medial 
É um estabilizador em valgo;
Na flexão: Fibras anteriores sempre tensas, fibras posteriores frouxas
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LCM
Lesão de LCM (Tibial): 
Sofre maior estresse na inserção femoral (65%), na inserção tibial (25%) e na interlinha articular (10%), pois a inserção tibial é protegida pela pata de ganso 
Mecanismo de lesão: estresse em valgo, com tíbia fixa e rotação interna de fêmur.
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Ligamento Colateral Lateral
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LCL
Origem/Inserção: Epicôndilo lateral do fêmur à cabeça da fíbula (5 a 7cm) 
Tem função de estabilizador estático lateral, impede abertura lateral (varo) e bloqueia rotação medial.
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Lesão de LCL (Fibular): 
Sofre maior estresse na altura da interlinha articular e na inserção da cabeça da fíbula, pois a origem é protegida pela banda íliotibial 
Mecanismo de lesão: força em varo, associado a movimento rotacional e leve flexão
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TRATAMENTO CONSERVADOR
Há uma remoção do sangue do joelho por aspiração minuciosa ou por artroscopia. 
Uma vez removido o sangue, poderá ser instituída a fisioterapia logo após o estágio agudo, para recuperação de ADM normal, controle de equilíbrio, normalização da marcha e fortalecimento de todos os grupos musculares, dando destaque aos flexores do joelho (KISNER & COLBY, 2009). 
Neste tratamento não é possível restaurar a integridade do ligamento, mas poderá restaurar a função.
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FISIOTERAPIA
Medidas analgésicas
Mobilização articular e muscular
Massoterapia e drenagem linfática
Alongamento
Fortalecimento (desde exercício isométrico até resistido)
Propriocepção treino de marcha e transferência de peso
Mecanoterapia 
Hidroterapia

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