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PRINCIPAIS LESÕES OCORRIDAS 
PELA PRÁTICA DESPORTIVA 
 
Fonte:fisioterapiamanual.com.br 
Típicas: 
 Contusões 
 Lesões articulares 
 Lesões musculares 
 
Atípicas: 
 Lesões Neurológicas 
 Transtornos Cardiorrespiratórios 
 Etc. 
Tipos de Lesões: 
 
 
 
 
http://www.musculacao10.com/Uploads/musculacao10.com/ImagensGrandes/lesoes-
ombros.jpg 
 
Podem ser agudas ou crônicas. 
 Mialgia 
 Contusão 
 Contratura 
 Estiramento muscular 
 Câimbra 
 Tendinite 
 Luxação 
 Fratura de estresse 
 Entorses 
 Lesões meniscais 
 Lesões ligamentares 
 
 
 
 
 
LESÕES MUSCULARES 
 
http://www.esteticderm.com.br/esteticderm_php/wp-
content/uploads/2012/06/joelho01.png 
 
Prevenção das Lesões Musculares 
As lesões musculares podem ser evitadas através de um bom 
condicionamento físico, aeróbico, trabalhando a força muscular 
adequadamente e mantendo um bom alongamento da musculatura 
esquelética. 
 
Mecanismos de Lesão Muscular 
As lesões musculares podem ocorrer por diversos mecanismos, seja 
por trauma direto, laceração ou isquemia. Após a lesão, inicia-se a 
regeneração muscular, com uma reação inflamatória, entre 6 e 24 horas 
após o trauma. O processo de cicatrização inicia-se cerca de três dias após 
a lesão, com estabilização em duas semanas. A restauração completa pode 
 
 
 
levar de 15 a 60 dias para se concretizar. As principais causas de lesão são: 
o treinamento físico inadequado, a retração muscular acentuada, 
desidratação, nutrição inadequada e a temperatura ambiente desfavorável. 
As lesões musculares podem ser classificadas em quatro graus: grau 1 é 
uma lesão com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a 
fáscia muscular; grau 2 é uma lesão de um moderado número de fibras, 
também com a fáscia muscular intacta; lesão grau 3 é a lesão de muitas 
fibras acompanhada de lesão parcial da fáscia; grau 4 é a lesão completa do 
músculo e da fáscia (ou seja, ruptura da junção músculo-tendínea. O lesão 
muscular por estiramento pode ocorrer nas contrações concêntricas ou 
excêntricas, sendo muito mais comum nesta última, com a falha 
frequentemente ocorrendo na junção miotendínea. 
O diagnóstico é realizado pelo exame clínico, em que se percebe a 
nítida impotência funcional e pelos exames complementares que podem 
auxiliar também no tratamento e na prevenção de novas lesões. Exames 
laboratoriais, como de Sódio, Potássio, Cálcio, Fosfato, Magnésio, VHS, 
podem ser úteis em determinadas situações, a critério do médico. Na 
suspeita de uma doença da tireoide, em que podem ocorrer lesões 
musculares de repetição, pode se solicitar exames de marcadores desta 
glândula. Na suspeita de lesões ósseas, como avulsões, os exames 
radiográficos podem ser úteis. A Ultrassonografia, a Tomografia e a 
Ressonância Magnética também podem ser consideradas para auxiliar no 
diagnóstico e tratamento, tendo em vista que a correta localização anatômica 
da lesão é fundamental para o tratamento e previsão de retorno ao esporte. 
 
 
 
 
 
Principais Lesões no Esporte 
 
https://encrypted-
tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSfD0o2xcDJ5q2F8v004u_1vCmJw1-
3TQZJ7Y7RsUmVegDxEHpv 
 
Este tipo de lesão pode afastar o atleta por um tempo significativo do 
esporte, podendo causar uma incapacidade física grave. 
As lesões musculares por trauma direto são mais comuns em 
esportes de contato ou em quedas (algum tipo de impacto), como as 
contusões ou lacerações. 
As lesões indiretas, como os estiramentos, ocorrem principalmente 
em esportes que exigem grande potência muscular, como o ciclismo (e 
mountain bike) e a corrida. 
O estiramento muscular ocorre quando o músculo é exigido além da 
força que suas fibras podem gerar, geralmente em movimentos de 
desaceleração ou por traumas repetitivos (stress). Existem grupos 
musculares mais propensos à lesão, como os músculos posteriores da coxa, 
o gastrocnêmio (um dos músculos da panturrilha), os adutores do quadril 
 
 
 
(musculatura interna da coxa) e o reto femural (uma das porções do 
quadríceps). 
Após a lesão, inicia-se a regeneração muscular, com uma reação 
inflamatória, entre 6 e 24 horas após o trauma. 
O processo de cicatrização inicia-se cerca de três dias após a lesão, 
com estabilização em duas semanas. 
A restauração completa pode levar de 15 a 60 dias para se 
concretizar. 
As lesões podem ser classificadas do grau I ao IV, dependendo da 
gravidade da lesão. 
 
https://i.ytimg.com/vi/E9MEW91jWDU/hqdefault.jpg 
 
No atleta, existe uma sequência ótima de eventos que é influenciada 
por: 
 Gravidade da lesão; 
 
 
 
 Idade; 
 Vascularização dos tecidos; 
 Nutrição; 
 Genética; 
 Alterações hormonais; 
 Nível de atividade. 
Os sintomas do estiramento muscular são: 
 Dor aguda (fisgada, fincada); 
 Edema (inchaço); 
 Hematoma (se a lesão for mais grave); 
 Perda da função e defeito palpável (se for lesão completa). 
 Os objetivos do tratamento fisioterapêutico são de controlar a 
inflamação, a restauração da função normal da musculatura envolvida e a 
remoção de aderências. 
 
Contusão 
É o resultado de um forte impacto na superfície do corpo. Pode causar 
uma lesão nos tecidos moles de superfície, como os músculos e a fáscia. As 
cápsulas e os ligamentos articulares também podem ser lesados. 
Caracteriza-se pelo aparecimento imediato de um hematoma, mas 
principalmente pelo aparecimento da dor na área de contato e que aumenta 
inicialmente quando estiver sob pressão. No entanto, a extensão do 
sangramento é variável. 
 
Mialgia 
 
 
 
Processo doloroso, a nível muscular de diferentes causas, sem 
gravidade preocupante. Pode ser causada por estresse muscular direto, ou 
indireto. Muito comum após atividade física exaustiva, ou quando ocorre a 
retomada ao treino visando ganho de condicionamento físico. 
 
http://www.einstein.br/blog/PublishingImages1/blog-350-300-lesoes-
ligamentares.jpg 
A mialgia pode ser: 
 Direta - ocorre após contato físico, resultando em dor muscular, 
sem achado clínico significante, como hematoma ou limitação funcional. 
Difere de episódio de contusão pelo fato de não apresentar 
comprometimento de fibras e alteração tônica. 
 Indireta - ocorre após solicitação física intensa, podendo, ou 
não ser precedida por episódio de câimbra durante a execução da atividade. 
Pode também aparecer de 24 a 48 horas após realização de exercícios 
físicos, especialmente quando o indivíduo visa recondicionar-se fisicamente. 
 
 
 
OBS: Em ambos os casos o indivíduo pode, ou não, ser afastado do 
treinamento, ou das competições. A maior probabilidade é de se manter na 
prática desportiva. 
 
Ruptura Muscular 
É uma lesão de qualquer massa muscular, como consequência, em 
geral, de falta de sinergismo entre a atividade dos músculos agonistas e 
antagonistas, de uma contração violenta do músculo sobrepondo-se à sua 
capacidade contráctil, ou, menos frequente, devida a uma contusão seguida 
de uma contração violenta de defesa. A ruptura pode ser mais ou menos 
grave conforme a extensão de feixes afetados. Considera-se que os fatores 
a seguir mencionados predispõem para este tipo de lesões: Biótipo do 
desportista (os brevilíneos musculares e tônicos são os mais afetados). 
Inatividade prolongada. Execução de exercícios intensos sem prévio e 
adequado aquecimento. Fadiga muscular. 
Sinais: No momento em que se produz a ruptura, o lesionado sente 
uma dor intensa que abranda com o repouso e volta a aparecer quando se 
contrai novamente o músculo lesionado. Pouco tempo depois aparece um 
inchaço devido ao hematoma produzido, acompanhado de derrame 
sanguíneo (equimose). Tudo isso acarreta uma impotência, em maior ou 
menor grau, do músculo afetado. 
Comportamento a seguir (Prevenção): Ter em atenção aos atletas 
com dores musculares localizadas. Começar, sempre, qualquer sessão ou 
competição com um aquecimento(geral e específico) adequado. Ter em 
 
 
 
atenção o aparecimento da fadiga muscular (diminuir a intensidade ou 
terminar os exercícios). 
 
Espasmo Muscular 
 
http://www.mujerstyle.com/wp-content/uploads/2011/09/Dolor-de-espalda-
e1316665663650.jpg 
 
O espasmo muscular é uma resposta motora involuntária que pode 
estimular os receptores de dor constantemente e causar isquemia local; 
portanto, o espasmo tem sido associado a uma possível causa da dor 
muscular tardia; contudo, Bobbert, Hollander e Huijing (1986) não 
detectaram aumentos no sinal eletromiográfico (EMG) de repouso, apesar 
da dor muscular localizada. A presença de alterações na atividade 
eletromiográfica em repouso representaria a ocorrência de espasmos na 
musculatura que foi exercitada. Eles testaram 11 sujeitos, e horas após um 
protocolo de exercícios, envolvendo flexão plantar e flexão dorsal. Os 
resultados indicaram que não houve dor muscular induzida por espasmos, 
 
 
 
uma vez que o EMG não se alterou entre as condições de pré e pós-
exercício. 
Foi sugerido que a formação de edema, mais do que a ocorrência de 
espasmos, foi responsável pelo aumento no volume da perna pós-exercício 
e na percepção de dor. 
Conclusões similares foram obtidas por Friden, Sfakianos e Hargens 
(1986). Estes investigadores observaram uma pressão elevada causada por 
acúmulo de fluído intramuscular, o qual foi acompanhado por severa dor 
muscular após uma carga de exercícios excêntricos, executados com os 
membros inferiores. O ESPASMO MUSCULAR nada mais é que a contração 
exagerada e permanente de um músculo. O músculo contraído fica mais 
encurtado, mais "TRAVADO". 
 
Outras Lesões no Esporte 
Contratura muscular, distensão muscular, câimbra: muitas vezes nos 
confundimos com alguns termos utilizados no meio esportivo, relacionados 
a lesões. Vamos apresentar alguns conceitos básicos e dicas para 
reconhecê-las e socorrer vítimas. 
 Câimbra - É uma contração muscular involuntária e dolorosa, 
que ocorre mais frequentemente nos membros. O ataque dura, em geral, 
alguns segundos e desaparece subitamente. Observa-se o endurecimento 
no grupo muscular afetado. 
 Contratura muscular - uma dor localizada num músculo 
longo, sem sinais de ruptura. Surge num músculo que não foi alongado antes 
do exercício ou por esforço muito grande, mas não o suficiente para romper 
 
 
 
as fibras. Não impede as atividades rotineiras, mas dificulta algumas 
atividades esportivas. Muitas vezes, ao tocar a região, é possível identificar 
um certo endurecimento muscular bem delimitado. 
 
http://dpmsaude.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/lesao-
muscular.jpg 
 
 
 Distensão muscular - É uma ruptura parcial do músculo. É 
caracterizada pelo "sinal da pedrada" em grande esforço ou velocidade, o 
paciente tem a sensação nítida de que recebeu uma pedrada. A dor e a 
incapacidade de usar o músculo são imediatas. Pode haver sangramento 
(hematoma). Comum nos músculos da batata da perna (gêmeos), da coxa 
(quadríceps, bíceps femural e adutores da coxa), e do braço (bíceps e 
tríceps). 
 
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
DAS LESÕES MUSCULARES 
 
 
 
 
http://imagem.band.com.br/f_165577.jpg 
 Termoterapia 
 Crioterapia – é o resfriamento local dos tecidos ou regiões 
com finalidades terapêuticas. É também definida como terapia fria, que utiliza 
as formas: líquida, sólida e gasosa, com o objetivo terapêutico de retirar calor 
do corpo. Os efeitos terapêuticos da crioterapia são a vasoconstricção e a 
analgesia. 
 Compressa quente – É a transmissão de calor por condução 
direta, que se faz através de toalhas e bolsas térmicas. Efeito terapêutico: 
vaso dilatação periférica, sedante e relaxante. 
 Eletroterapia 
 Microcorrentes – é um tipo de eletroestimulação que utiliza 
correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos microamperes e são 
de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas. 
Efeitos terapêuticos: analgesia, aceleração do processo de reparação 
tecidual, anti-inflamatório. 
 Eletroestimulação transcutânea (TENS) – é uma 
neuroestimulação sensorial superficial, que utiliza correntes de baixa 
frequência. Efeitos terapêuticos: controle da dor. 
 
 
 
 Laser – amplificação da luz com emissão de luz estimulando a 
matéria viva, através do fornecimento de energia nos átomos. Efeitos 
terapêuticos: estimula a cicatrização tecidual de maneira acelerada, anti-
inflamatório, analgésico e antiedematoso. 
 Ultra-som – São ondas sonoras (vibrações mecânicas com faixas 
terapêuticas que se encontram de 1 a 3Mhz). É o tratamento médico 
mediante vibrações mecânicas com uma frequência superior a 20.000Hz. 
Efeitos terapêuticos: Anti-inflamatório, analgésico, regeneração tissular, 
relaxamento muscular, regeneração óssea. 
 Iontoforese – é o fenômeno físico que se caracteriza pela 
penetração de uma substância terapêutica através da pele íntegra por 
intermédia da corrente galvânica. É também conhecida como ionização, 
iontopenetração, dieletroforese. Efeitos terapêuticos: afecções cutâneas 
superficiais e mialgia, cicatrização e etc. 
 Corrente Russa – é uma corrente alternada de média frequência 
que pode ser modulada por rajadas e é utilizada com fins excitomotores. Este 
tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de 100mA. 
Efeitos terapêuticos: fortalecimento muscular (pós-lesão ou pós-operatório), 
aumento da resistência muscular, velocidade de contrações musculares. 
 Cinesioterapia – a terapia através dos exercícios isométricos, 
isotônicos e isocinético. 
 Técnicas Proprioceptivas – Utilização de cama elástica, 
balancinho, giro-plano etc. 
 
 
 
 
http://atualestetica.com/wp-content/uploads/2014/11/corrente-
russapost.png 
 
LESÕES ARTICULARES 
 
Entorses de tornozelo 
 
Desvio do curso cinético natural da articulação tíbio-társica por 
sobrecarga súbita, quando ultrapassa os limites articulares. 
Pode ser causada por sobrecarga direta ou indireta, levando a 
comprometimento de estruturas articulares em diferentes níveis. 
Classificamos as entorses de tornozelo de acordo com uma escala 
numérica de três graus: 
 Primeiro Grau: 
 Quadro álgico e edema localizados 
 Manutenção da integridade articular 
 Incapacidade funcional mínima 
 Segundo Grau: 
 
 
 
 Quadro álgico intenso, edema difuso e hematoma; 
 Lesão ligamentar e incapacidade funcional moderada; 
 Dificuldade de deambulação. 
 Terceiro Grau: 
 Quadro álgico intenso, edema difuso e hematoma; 
 Lesão ligamentar, fratura; 
 Incapacidade funcional; 
 Incapacidade em sustentar o peso. 
 
Entorses de Joelho – falaremos mais nas próximas páginas 
 
http://www.unoduetre.eu/wp-content/uploads/ginocchio.bmp 
 
Descarga súbita ou excessiva de carga, alterando de forma lesiva a 
biomecânica articular do joelho. 
Pode ser causada por sobrecarga direta ou indireta, levando a 
diferentes níveis de lesão e, podendo comprometer as mais diferentes 
estruturas. 
 
 
 
Ao ocorrer a entorse de joelho, pode haver comprometimentos 
estruturais importantes. Tudo vai depender da forma que ocorreu a lesão, de 
acordo com a cinética do trauma. 
As estruturas mais frequentemente lesionadas são os ligamentos 
cruzado anterior e colateral medial, ambos os meniscos, com maior 
ocorrência sendo do medial, e a cartilagem articular. 
 
Luxação 
Lesão traumática resultando em perda de contato anatômico entre as 
superfícies articulares. 
O estresse súbito de forma que a articulação não tenha capacidade 
de distribuir as forças geradas sobre si é o principal fator causador das 
luxações. 
Devemos também levar em consideração a hipótese do indivíduo 
desenvolver constantemente, em menor escala, estresse em estruturas 
articulares moles, que se torna um fator de facilitação importante para que 
ocorra a luxação. 
Classificação: 
 Sub-luxação - Perda parcialde contato entre as superfícies 
articulares. 
 Luxação - Perda de contato total entre as superfícies 
articulares. 
 
Fraturas 
 
 
 
 
http://pt.hartmann.info/images/Id_18937__-_PHO21_53_30.jpg 
 
É um desarranjo na continuidade fisiológica do tecido ósseo por 
mecanismo traumático. 
Pode ser causada por traumas incidiosos, diretos ou indiretos, que 
superem a capacidade do osso em se deformar, facilitados por neoplasias, 
deficiência de massa óssea, e desenvolvimento progressivo no traço da 
lesão. 
Classificação: 
 Conforme o local – Epifisária, metafisária e diafisária 
 Conforme a extensão - Completa e incompleta 
 Conforme a configuração - Transversal, oblíqua, espiralada 
e cominutiva 
 Relação ambiental – Aberta e fechada 
 Disposição dos fragmentos – Sem desvio e com desvio 
(angular, rotação, separação superposição). 
 Fraturas no esporte 
 
 
 
 Fratura de estresse 
 Fratura da base do 5° metatarso 
 
Outras Lesões 
 Osteíte púbica (pubialgia) – inflamação no púbis. 
 Canelite - sobrecarga da tíbia 
 Gonartrose - degeneração da cartilagem articular do joelho 
com atrito ósseo 
 Coxartrose - degeneração da cartilagem articular do quadril 
com a cabeça do fêmur, levando a um atrito ósseo 
 Osgood-Schlatter (OS) - constitui uma doença osteo-muscular 
(e extra-articular), comum em adolescentes. Caracterizada por uma 
patologia inflamatória que ocorre na cartilagem e no osso da tíbia, devido ao 
esforço excessivo sobre o tendão patelar. 
Tendo predomínio, no sexo masculino da faixa etária dos 10 aos 15 anos, 
praticantes de esportes especialmente os que incluem: chutes, saltos e 
corridas. 
 Síndrome de dor patelo-femural - ocorre dor, crepitação (ruído 
e sensação tátil de roda denteada) durante atividades de flexão do joelho 
como subir escadas. Ao exame a dor está presente ao pressionar a patela 
contra o fêmur na mobilização. 
LESÕES DE JOELHO 
 
 
 
 
http://3.bp.blogspot.com/_XbT5CFVQAXs/SN2DV6WQeTI/AAAAAAAAAeE
/Eu_i19Y0wT8/s320/lcp.jpg 
ANATOMIA DO JOELHO 
 
O joelho é formado pelo femur distal, tibia proximal e patela. Eles são 
mantidos pelos ligamentos e pela cápsula articular. Os meniscos provêm 
estabilidade à articulação. 
Meniscos e Cápsula Articular 
 
Os meniscos são discos fibrocartilaginosos e possuem a forma de um 
C, e são responsáveis pela absorção de impacto, aumentam a congruência 
entre as superficies articulares da tíbia e do fêmur, auxiliam na distribuição 
do líquido sinovial e na estabilidade do joelho. 
 
A ausência dos meniscos levaria a um aumento da pressão sobre a 
cartilagem articular, levando a deterioração da sua superfície e conseqüente 
artrose. 
Ligamentos 
 
 
 
 
http://jec.com.br/wp-content/uploads/2015/06/joelho.jpg 
Ligamento cruzado anterior. É responsável pela limitação da 
translação anterior e rotação da tibia em relação ao femur. 
 
Ligamento cruzado posterior. Evita a subluxação posterior da tibia em 
relação ao fêmur. Ligamento colateral medial. Possui duas porções: 
superficial e profunda. Estabiliza a joelho nos estresses em valgo. 
 
Ligamento colateral lateral ou fibular colateral. É o principal 
estabilizador ao estresse em varo. Faz parte do complexo ou canto 
posterolateral e resiste à rotação externa. 
 
 
 
 
 
História e Exame Físico 
 
 
 
 
É fundamental um boa história, determinando o esporte praticado, o 
mecanismo da lesão e os sintomas apresentados no momento e após o 
trauma. 
 
O exame físico deve ser completo e cuidadoso, especialmente na fase 
aguda, devido a dor. Alguns testes especiais devem ser realizados: Teste de 
Lachmann, Gaveta Anterior, Gaveta Posterior, Losee, Estresses em varo e 
valgo, Teste de McMurray, entre outros. 
 
 
Exames Complementares 
 
Alguns exames complementares podem ser realizados para uma 
completa avaliação destes pacientes. Inclui-se radiografias de frente e perfil, 
axial de patela e oblíquas se houver necessidade. 
 
Ressonância Nuclear Magnética (RNM) não é um exame de rotina, 
porém em casos específicos pode se fazer necessário. Exame 
extremamente útil na avaliação de lesões. As lesões podem ser facilmente 
diagnosticadas pela história e exame físico, porém a RNM podem confirmar 
e documentá-las. 
 
 
Vídeo-Artroscopia 
 
 
 
 
A vídeo-artroscopia é um procedimento invasivo, que tem suas 
indicações, entre elas: hemartrose aguda, lesões meniscais, corpos livres, 
algumas fraturas do platô tibial, condromalácia patelar ou mal-alinhamento, 
sinovite crônica, instabilidade do joelho, derrames recorrentes, fraturas 
condrais ou osteocondrais, 
Poder ser diagnóstica e ou terapêutica. 
 
 
Como é realizada a Vídeo-Artroscopia. 
 
É um procedimento realizado sob anestesia, em centro cirúrgico. O 
joelho é distendido com a irrigação de fluído (geralmente solução salina), que 
também ajuda a lavar a articulação de sangue e corpos livres. 
 
São realizados portais, um para a introdução do artroscópio e outro 
para os instrumentos. Inicia-se pela inspeção do espaço suprapatelar, à 
procura de corpos livres e plicas (aderências). A articulação patelofemural é 
então inspecionada à procura de lesões da superfície articular. Examina-se 
então os compartimentos medial e lateral. Utilizando probes palpa-se os 
meniscos à procura de lesões. No espaço intercondilar inspeciona-se o 
ligamento cruzado anterior. Pode-se documentar o exame através da 
gravação em vídeo, diagramas esquemáticos ou fotografias digitais. 
 
 
 
 
As lesões podem ser tratadas, com auxílio de instrumentos próprios, 
remoção de corpos livres e reconstrução dos ligamentos cruzados anterior e 
posterior, quando indicado. 
 
 
LESÃO MENISCAL 
 
http://www.iomeapucarana.com.br/vituri/Les%C3%B5es%20Meniscais_arq
uivos/lesao_meniscal01.jpg 
 
A lesão meniscal é a causa mais comum da realização de artroscopias 
no joelho. O menisco medial é o mais lesionado, por estar firmemente fixado 
a cápsula articular. Os sintomas incluem dor na interlinha articular, falseio e 
bloqueio. Ao exame verifica-se a sensibilidade na interlinha articular e o 
derrame articular. Os testes de McMurray, Apley e Steinmann serão 
positivos. 
 
 
 
Tratamento: 
 
 
 
 
Pequenas lesões assintomáticas não necessitam de tratamento 
cirúrgico. Lesões sintomáticas podem necessitar de uma artroscopia. 
A tratamento artroscópico consiste na ressecção da lesão meniscal, 
preservando ao máximo o menisco. Em situações especiais é possível fazer 
a sutura meniscal. 
 
LESÃO LIGAMENTAR 
 
http://www.saudedoatleta.com/uploads/1/1/3/5/11359398/5041669.jpg?210 
 
 
As lesões do joelho podem ocorrer durante atividades atléticas de 
contacto ou não. Os avanços no diagnóstico e tratamento destas lesões têm 
levado os atletas ao retorno ao esporte no mesmo nível de atividade pré-
lesão. 
 
As lesões ligamentares podem ser classificadas em 3 graus: grau 1, 
entorse do ligamento sem instabilidade; grau 2, entorse com instabilidade 
 
 
 
detectável, porém com continuidade das fibras; grau 3, completa ruptura do 
ligamento. 
1. Lesão do Ligamento Colateral Medial 
 
O ligamento colateral medial tem uma porção superficial e outra 
profunda (capsular). A porção superficial provê a principal resistência ao 
estresse em valgo. A porção profunda está fixada ao menisco medial e 
fornece adicional estabilidade ao estresse em valgo. 
 
A lesão do colateral medial é a lesão ligamentar mais comum do 
joelho. Nas lesões isoladas deste ligamento o paciente apresentará edema 
localizado, dor ao estresse em valgo e ausência de hemartrose. 
 
É importante examinar todos ligamentos e meniscos do joelho quando 
se suspeita de lesão do ligamento colateral medial, pois podem haver lesões 
associadas. Se a lesão for isolada, o tratamento consiste na mobilização 
precoce e fortalecimento. Um brace estabilizando o valgo pode ser útil.Tratamento cirúrgico destas lesões é raramente necessário. 
 
2. Lesão do Ligamento Colateral Lateral 
 
Lesões deste ligamento são menos comuns que o medial e 
geralmente são mais graves e raramente são lesões isoladas, pois os 
ligaments cruzados e o complexo posterolateral é frequentemente lesionado. 
 
 
 
O tratamento destas lesões é difícil. Em lesões combinadas, o 
complexo posterolateral, incluindo o ligamento colateral lateral deve ser 
reparado e os ligamentos cruzados reconstruídos. 
 
3. Lesão do Ligamento Cruzado Anterior 
 
As lesões do ligamento cruzado anterior são mais comuns em 
esportes em que o pé está fixo ao solo e a perna é rodada com o corpo 
(Como no futebol, basquetebol, esqui). Com a rotação no joelho, o paciente 
pode ouvir um “pop” quando a lesão ocorrer e não consegue prosseguir a 
atividade. A incidência desta lesão é maior durante a terceira década de vida. 
Hemartrose aguda ocorre comumente com poucas horas da lesão. O 
exame do joelho deve ser repetido em poucas semanas, após a hemartrose 
e a sensibilidade tiveram diminuído, para que o exame possa ser melhor 
realizado. Em crianças, a lesão é comumente acompanhada de 
arrancamento ósseo da inserção na tíbia. 
 
3.1 Lesão Aguda 
 
Nas lesões agudas, o exame é difícil devido a dor e ao espasmo 
muscular. A presença de hemartrose leva à grande suspeita de lesão do 
ligamento cruzado. O teste de Lachman ou a Gaveta Anterior positivos 
confirmam o diagnóstico. O teste de pivot shift de preferência não deve ser 
realizado na lesão aguda, devido a dor. 
O joelho deve ser avaliado quanto a lesões meniscais. 
 
 
 
 
3.2 Lesão Crônica 
 
Os pacientes podem ter tido uma lesão do joelho e não procuraram 
atendimento médico imediato, ou o diagnóstico não foi realizado, ou o 
tratamento conservador de uma lesão não teve sucesso. O aumento da 
instabilidade, uma lesão meniscal ou a fraqueza muscular contribuir para a 
procura de atendimento médico. A instabilidade é frequentemente óbvia no 
exame e o pivôt shift é positivo. 
 
3.3 Tratamento 
 
3.3.1. Lesão aguda 
 
O tratamento da lesão do cruzado anterior é individualizada. Depende 
do grau de instabilidade, lesões associadas, nível de atividade do paciente, 
idade, demandas no trabalho e condição médica geral. A associação mais 
comum é com lesões do menisco. 
A reconstrução precoce é indicada em atletas de alta performance. A 
presença de lesão meniscal que pode ser reparada é uma indicação relativa. 
Pacientes jovens, ativos, que apresentam sinais de instabilidade 
podem ser beneficiados pela reconstrução, minimiando a chance de futuras 
lesões meniscais e osteoartrose. Com a cirurgia o paciente pode retornar ao 
nível de atividade pré-injúria, o que é impossível em um joelho em que o 
ligamento cruzado anterior está rompido. 
 
 
 
Em pacientes esqueleticamente imaturos a lesão do ligamento 
cruzado anterior apresenta problemas especiais para o cirurgião ortopédico. 
Os efeitos adversos do retorno imediato às atividades atléticas deve ser 
explanado ao paciente. A reconstrução deve ser considerada quando a 
instabilidade não é controlada com a modificação da atividade e o uso de 
órtese, utilizando critério similar ao de adultos. Estudos recentes têm 
demonstrado que os túneis que atravessam a cartilagem de crescimento 
podem ser utilizados. 
 
 
3.3.2 Lesão Crônica 
 
https://ortopediasp.files.wordpress.com/2012/07/enxerto-de-tendao-
patelar.jpg 
 
Na lesão crônica, o médico deve determinar o nível de instabilidade e 
de dor. Se o sintoma de instabilidade é importante e há uma boa força do 
 
 
 
quadríceps e ísquiotibiais, a reconstrução do ligamento pode ser 
considerada. Se a instabilidade não é um componente importante, então a 
reconstrução ligamentar pode não ser indicada. 
 
3.4 Métodos de Tratamento 
 
Lesão aguda. O reparo primário da lesão do ligamento cruzado 
anterior não tem bom resultado. A reconstrução é o melhor tratamento. O 
terço médico do tendão patelar com um bloco ósseo nas extremidades pode 
ser utilizado como enxerto. Ele é passado através de túneis através da tíbia 
e do fêmur, simulando a posição anatômica do ligamento. 
Reconstrução adequada é seguida de imediata reabilitação pós-
operatória. 
Complicações mais comuns são dor na região anterior do joelho e 
disfunção patelofemural. Pode ocorrer ainda ruptura do tendão patelar ou 
fratura da patela, porém são infrequentes. 
Os tendões dos músculos grácil e semitendíneo podem ser utilizados 
como enxerto. 
Estudos de seguimento a longo prazo demonstraram resultados 
estatisticamente parecidos. 
 
Lesão Crônica. Os pacientes com instabilidade crônica podem ser 
melhor tratados com inicial fortalecimento dos músculos quadríceps e 
ísquiotibiais. Uma órtese e modificação da atividade é provavelmente o 
 
 
 
melhor tratamento. Na falha deste tratamento a reconstrução pode ser 
indicada. 
 
3.5 Prognóstico 
 
A reabilitação após a reconstrução do ligamento cruzado anterior 
inclui o ganho de amplitude de movimento completa rapidamente no pós-
operatório. Exercícios de cadeia cinética fechada são realizados, como o leg 
press e bicicleta. Inicialmente exercício de cadeia aberta são evitados. 
Aproximadamente 90% dos pacientes terão um joelho normal após a 
reconstrução. 
 
4. Lesão do Ligamento Cruzado Posterior 
 
O ligamento cruzado posterior é o restritor primário da translação 
posterior da tíbia sobre o fêmur. A sua lesão é muito menos comum que a 
do cruzado anterior. Lesão isolada usualmente é resultado de queda sobre 
o tubérculo tibial, ou trauma diretor do tubérculo tibial contra o painel em 
acidente de automóvel. 
 
 
 
4.1 Achados Clínicos 
 
 
 
 
Frequentemente os sintomas são mínimos e o diagnóstico da lesão 
não é realizado. Cuidadoso exame do joelho, verificando se a tíbia não está 
subluxada posteriormente é essencial ao diagnóstico. O teste da gaveta 
posterior é útil. Lesões combinadas do ligamento cruzado posterior, 
ligamentos colaterais e do ligamento cruzado anterior podem ocorrer e deve 
ser considerada a possibilidade de ter havido luxação do joelho. 
 
4.2 Tratamento 
 
O tratamento conservado da lesão do ligamento cruzado posterior é 
recomendado na maioria das lesões. Alguns autores recomendam a 
reconstrução em lesões isoladas quando se demonstra uma instabilidade 
posterior maior que 15mm. O fortalecimento do músculo quadríceps pode 
compensar a perda deste ligamento, e alguns atletas podem continuar as 
suas atividades. 
Pacientes com instabilidade sintomática depois da reabilitação são 
candidatos à cirurgia. Esta é mais difícil e menos preditível que a do cruzado 
anterior. Se o ligamento cruzado posterior está avulsionado da tíbia com um 
fragmento ósseo, o reparo primário pode ser realizado, com boa estabilidade 
e função. Pacientes com lesão crônica sintomática tem maior incidência de 
degeneração do compartimento medial do joelho e devem ter o ligamento 
reconstruído. 
 
4.3 Métodos de Tratamento 
 
 
 
 
Na sua reconstrução, o enxerto deve ser mais largo que o 
frequentemente utilizado na reconstrução do cruzado anterior. 
 
 
LUXAÇÃO DA PATELA 
 
https://ortopediasp.files.wordpress.com/2012/06/luxacaodapatela.jpg 
 
A luxação da patela é uma potencial causa de hemartrose e deve ser 
considerada na avaliação de um paciente com lesão aguda do joelho. A 
lesão ocorre quando o joelho está fletido e é forçado em valgo e rotação 
externa da tíbia. É mais frequente em pacientes do sexo feminino na 
segunda década de vida. 
 
1. Achados Clínicos 
 
A patela sempre se desloca lateralmente. O paciente pode informar 
que a patela moveu-se lateralmente ou que o resto do joelho moveu-se 
 
 
 
medialmente. Geralmente a redução ocorre logo a seguir da injúria, quando 
o joelho é estendido. 
 
O exame demonstra sensibilidade no retináculo mediale tubérculo 
adutor, onde é a origem do ligamento patelofemural medial. O paciente 
apresenta dor e apreensão quando a patela é empurrada lateralmente com 
leve flexão do joelho. São realizadas radiografias do joelho, incluindo axial 
da patela, a procura de fraturas osteocondrais. 
 
O exame do joelho não lesionado é recomendado para se determinar 
os possíveis fatores que levaram à luxação, tais como genu recurvatum, 
aumento do ângulo Q, patela alta, hipermobilidade patelar. 
 
 
2. Tratamento e Prognóstico 
 
Existe uma grande variedade de tratamento que podem ser 
recomendados para o tratamento de luxações 
 
O tratamento baseia-se nos fatores predisponentes. O tratamento 
funcional tem excelentes resultados e deve ser sempre a primeira opção. Se 
as luxações se tornam recorrentes, o realinhamento pode ser indicado. 
 
LESÕES TENDINOSAS DO JOELHO 
 
 
 
 
http://www.clinicadeckers.com.br/imagens/orientacoes/joelho.jpg 
 
 
Tendão Quadriceptal e Tendão Patelar. As rupturas destes tendões 
usualmente resultam de contração excêntrica exagerada do músculo 
quadríceps, como ocorre quando um atleta tropeça e tenta não cair. 
 
1. Ruptura do tendão Quadriceptal 
 
As rupturas frequentemente ocorrem em pacientes acima dos 40 anos 
e a biópsia dos locais de ruptura demonstram alterações degenerativas. 
Raramente ocorre bilateralmente e nesse caso deve-se pensar em alguma 
doença sistêmica. 
 
O sintoma principal é a incapacidade de estender ativamente o joelho. 
Quando a extensão é tentada, aparece um “gap” na região suprapatelar. A 
 
 
 
patela estará em uma posição levemente inferior e a margem anterior do 
côndilo femoral poderá ser palpada 
 
Ruptura aguda completa do tendão deve ser reparada cirurgicamente. 
Se não tratada, ocorrerá migração proximal e encurtamento do quadríceps. 
O reparo produz excelentes resultados. Após o reparo imobiliza-se o joelho 
em extensão. O ideal é utilizar uma máquina de mobilização passiva no pós-
operatório imediato, evitando-se aderências. 
 
 
 
2. Ruptura do Tendão Patelar 
 
A ruptura deste tendão ocorre mais frequentemente em pacientes 
abaixo dos 40 anos. O paciente não pode estender ativamente o joelho, a 
patela encontra-se em uma posição mais alta e o defeito é palpável abaixo 
da patela. O reparo cirúrgico é o tratamento de escolha. 
 
Ruptura crônicas são de difícil tratamento e muitas vezes necessita-
se de enxerto. Em crianças entre 8 e 12 anos, o mecanismo extensor pode 
se romper no polo inferior da patela e pode não ser diagnosticado. 
 
 
DOR NO JOELHO 
 
 
 
 
http://ojoelho.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2013/09/Entorse-Foto-
12-320x180.jpeg 
 
Dor no joelho é muito comum em atletas. Se não houver história de 
lesão aguda, então o “over use” comumente é a causa. O paciente 
geralmente é capaz de apontar a área de dor. A história da atividade de ver 
ser obtida bem como a avaliação das extremidades. 
 
1. Dor na Região Anterior do Joelho 
 
É um sintoma comum e frequentemente bilateral. É mais comum no 
sexo feminino durante a segunda década de vida. A articulação 
patelofemural é frequentemente o local da dor. Alterações como 
condromalácia patelar, artralgia patelofemural e síndrome da compressão 
patelofemural lateral são diagnósticos a considerar. 
 
Dor patelar geralmente ocorre quando subindo ou descendo escadas 
ou após levantar-se após ficar longo tempo sentado e pode ser 
acompanhada de sensação de instabilidade quando caminha, corre ou 
pratica outras atividades esportivas. Pode ocorrer edema local. 
 
 
 
 
O grau de estresse sobre a articulação patelofemural depende de 
inúmeros fatores, incluindo o ângulo do sulco do fêmur, a presença ou 
ausência de patela alta e a hipermobilidade articular generalizada do 
paciente. Anteversão femoral e ângulo Q aumentados podem aumentar a 
instabilidade da articulação patelofemural, predispondo a luxação, ou 
subluxação. 
No exame físico podemos encontrar crepitação, com movimento de 
flexo-extensão. A força e tônus do quadríceps geralmente estão diminuídos. 
 
 
1.1 Exames complementares 
 
Radiografias geralmente demonstram uma angulação em valgo do 
joelho, ocasionalmente patela alta. 
 
A síndrome com exames radiográficos normais é frequentemente 
chamada de condromalácia patelar. 
 
O melhor termo é artralgia patelofemural. 
 
1.2 Tratamento 
 
1.2.1 Condromalácia Patelar. 
 
 
 
 
Inicialmente, o tratamento é conservado, com fortalecimento do 
músculo quadríceps, principalmente do vasto medial oblíquo. Perda de peso 
é recomendada para diminuir o estresse sobre a articulação patelofemural. 
Órteses podem ser benéficas, bem como o uso de medicações 
antiinflamatórias. 
Somente quando o tratamento conservador não obteve resultado o 
tratamento cirúrgico é considerado. Alteração do alinhamento da articulação 
patelofemural pode ser útil na artralgia patelofemural. Liberação do 
retináculo lateral seguido de um período de reabilitação pode ser útil. 
Realinhamento distal pode ser necessário para se ter um alinhamento e 
redução da dor nos casos em que há anormalidade na angulação do joelho. 
 
1.2.1 Síndrome da Compressão Patelofemural 
 
O paciente se queixa de dor na face lateral da patela ou ao longo do 
côndilo femoral. O tratamento consiste no decréscimo no nível de atividade, 
evitando-se exercícios de impacto. Muitos pacientes retornam a atividade 
normal com alongamento do quadríceps e dos ísquiotibiais, aplicação de 
gelo e fortalecimento do músculo vasto medial oblíquo. 
Se o tratamento conservado não obtiver êxito, a liberação do 
retináculo lateral pode ser útil. 
1.2.2 Tendinite Patelar 
Tendinite patelar ou joelho do saltador é comumente vista em 
jogadores de basquetebol e voleibol. Encontra-se dor ao longo do tendão, 
usualmente no polo inferior da patela. O tratamento consiste na aplicação de 
 
 
 
gelo e evitar os saltos. Em casos refratários, o desbridamento do material 
degenerativo mucinoso do tendão pode resolver a sintomatologia. 
O prognóstico é bom. A condição é geralmente persistente, porém 
autolimitada. O paciente pode evitar os sintomas evitando as situações que 
provocam a dor. 
 
2. Dor na Região Lateral do Joelho – Síndrome da Banda Ílio-Tibial 
A dor lateral não localizada na interlinha articular pode ser resultado 
da síndrome da banda ílio-tibial. Esta é causada pela fricção da banda ílio-
tibia no epicôndilo lateral. Sensibilidade aumentada sobre o epicôndilo lateral 
com 30º de flexão quando o joelho está sendo estendido é indicativo do 
diagnóstico. Corredores e ciclistas são comumente afetados. 
O tratamento envolve o decréscimo nas atividades do atleta, 
aplicação de gelo, alongamento do tracto ílio-tibial e o uso de órtese lateral 
em pacientes com varo do tornozelo. 
Em corredores, a corrida em terreno plano ou alterações na marcha 
podem ser úteis. 
Em ciclistas, alterar a altura do assento para evitar a total extensão do 
joelho e ajustar os pedais para evitar a rotação interna são procedimentos 
que ajudam. Infiltrações devem ser evitadas e o tratamento cirúrgico é 
raramente indicado. 
FONTE: http://www.medicinadoesporte.com/Almanaque.htm 
http://www.medicinadoesporte.com/Almanaque.htm
 
 
 
LESÕES DA COLUNA VERTEBRAL 
NOS ESPORTES 
 
 
Texto adaptado de Prof. Dr. Luzimar Teixeira 
 
Lesões da coluna vertebral de causas diversas são observadas em 
indivíduos que praticam esportes de várias modalidades. 
A coluna vertebral por meio de suas estruturas está envolvida no 
mecanismo de transmissão e coordenação dos movimentos entre os 
membros superiores e inferiores. Essas estruturas incluem ossos, 
articulações, músculos, ligamentos e os discos intervertebrais que, agem 
continuamente no sentido de potencializar a força a ser desprendida pelos 
membros, quando do posicionamento espacial do indivíduo e no suporte de 
seu corposob a ação da força da gravidade. Cada região da coluna vertebral 
 
 
 
tem características próprias, as quais são responsáveis por funções 
específicas. 
A coluna cervical é responsável pela sustentação da cabeça, 
permitindo amplo arco de movimento devido a sua estrutura. As lesões nesta 
região estão relacionadas à sua fragilidade principalmente durante sua 
exposição aos traumas. 
 
http://s0.ejesa.ig.com.br/portal/images/2013-02/1.553197.jpg 
LESÕES DA COLUNA TORÁCICA 
A coluna torácica é um segmento do esqueleto axial adaptado para 
promover a estabilização e sustentação do tronco e sustentação da região 
cervical. Esta região tem como característica a presença de uma cifose 
fisiológica, e um grau restrito de movimento, promovido pelas costelas, as 
quais aumentam a estabilidade torácica. 
Nessa região os discos intervertebrais são menores e menos flexíveis 
em relação aos demais segmentos vertebrais. Lesões da coluna torácica são 
 
 
 
raras nos atletas. Na maioria das vezes elas ocorrem nos esportes com alta 
velocidade e impacto. Entre as lesões mais frequentes temos as dos tecidos 
moles, hérnia de disco e as fraturas vertebrais. 
 
LESÕES DE TECIDOS MOLES 
A principal lesão observada na coluna torácica de atletas está 
relacionada ao acometimento de tecidos moles, como: distensões, contraturas 
e contusões de trauma direto. 
O diagnóstico destas lesões é realizado por meio de anamnese 
completa, interrogando a respeito do protocolo de treinamento do atleta, 
aumento na prática de determinado exercício com sobrecarga da região e 
possíveis traumatismos. O exame físico é focado na região da dor, procurando 
com a inspeção e palpação localizar e delimitar a área afetada. Caso a região 
dolorosa for extensa e mal delimitada, parece indicar distensão ou contratura 
muscular; no entanto caso haja um ponto doloroso bem delimitado deve-se 
suspeitar de contusão local ou fratura. Radiografias simples são realizadas 
para identificação de possíveis fraturas, nas lesões traumáticas. Na ausência 
de trauma deve ser imediatamente instituído tratamento conservador. O 
objetivo principal deste é o retorno às atividades o mais breve possível, 
mantendo condicionamento cardíaco e pulmonar adequado durante o período 
que permanecer afastado dos esportes, e reabilitação precoce, inicialmente 
com exercícios isométricos, e alongamentos progressivos. 
O uso de órteses (coletes) não tem influência em sua recuperação. 
Medidas no sentido de atuar sobre o fator desencadeante podem evitar 
recidivas. 
 
HÉRNIA DISCAL TORÁCICA 
 
 
 
 
http://clinicadacoluna.net/imgs/lesao-coluna.jpg 
Apresenta incidência em torno de 1,6 / 1000 na população em geral, 
com frequência maior em homens e na quinta década de vida. Raramente é 
associada à atividade esportiva. A história relatada pelo atleta varia de acordo 
com a sua localização, extensão e início dos sintomas. Em geral a história de 
trauma é pouco frequente, os discos mais acometidos são o nono, décimo e 
décimo primeiro. 
O sintoma mais comum é dor na parede torácica, unilateral, no 
dermátomo correspondente à raiz afetada, especialmente quando a 
compressão for lateral. Quando a compressão for devido a uma hérnia central, 
com compressão medular, pode não ocorrer dor torácica, porém ao exame 
físico e neurológico observa-se espasticidade, paraparesia e sinais de 
liberação do sistema piramidal nos membros inferiores. A pesquisa dos 
reflexos dos membros inferiores, do reflexo cutâneo abdominal, de clônus e 
do reflexo de Babinski pode permitir o diagnóstico de uma hérnia de disco 
torácica. 
A ressonância magnética é o método de eleição para o seu diagnóstico. 
Na sua impossibilidade, a tomografia computadorizada ou mielografia. O 
tratamento clínico geralmente é eficaz, por meio de anti-inflamatórios, 
 
 
 
analgésicos e medidas fisioterápicas. Bloqueio radicular seletivo pode ser 
indicado nas dores intercostais intratáveis. 
O tratamento cirúrgico é pouco realizado e indicado nas compressões 
medulares centrais sintomáticas com lesão neurológica progressiva. Com o 
advento da cirurgia vídeo-endoscópica, a morbidade do tratamento cirúrgico 
diminuiu, possibilitando reabilitação precoce e eliminando a necessidade de 
incisão ampla, com na toracotomia convencional, porém em alguns casos é 
indicada. 
 
FRATURAS DA COLUNA TORÁCICA 
, 
http://www.policlin.com.br/drpoli/014/doutorpoliclin014_arquivos/image
005.jpg 
Existem quatro tipos de fraturas são observadas nas atividades 
esportivas: do processo transverso ou da costela (nas proximidades da 
articulação transverso costal); do corpo vertebral por extensão forçada; do 
corpo vertebral por compressão e as fraturas com luxação. 
As fraturas do processo transverso são estáveis e relacionadas ao 
trauma direto da região paravertebral, na região correspondente a articulação 
 
 
 
costal transversa. O principal sintoma é dor local, que se acentua durante os 
movimentos respiratórios. Ao exame físico observa-se equimose e intensa dor 
à palpação. O paciente pode apresentar aumento da cifose ou escoliose 
antálgica. O diagnóstico pode ser confirmado radiograficamente e quando 
necessária tomografia computadorizada e cintilografia óssea. 
O tratamento é clínico com analgésicos e reabilitação precoce. A 
utilização de órteses para imobilização é controvertida, visto que a fratura é 
estável e alguns pacientes relatam desconforto devido a mesma. O retorno às 
atividades esportivas deverá ser gradual e dependerá do limiar de dor do 
atleta. 
As fraturas do corpo vertebral por extensão forçada (hiperextensão) 
são desencadeadas por movimentos bruscos, os quais tracionam as 
estruturas anteriores da coluna, principalmente o ligamento longitudinal 
anterior e o periósteo podendo promover avulsão óssea e lesão da placa 
terminal. Este tipo de fratura incide em atletas durante a adolescência, 
enquanto não ocorre a maturidade do esqueleto axial, com persistência de 
tecido cartilaginoso nos planaltos vertebrais. Entre as modalidades esportivas, 
a ginástica olímpica impõe aos atletas movimentos abruptos, podendo 
desencadear estas lesões. 
O diagnóstico é realizado com a anamnese e exame físico, que 
reproduz a dor ao se realizar uma extensão forçada da coluna. A visibilização 
da fratura é difícil com radiografias simples. A tomografia computadorizada e 
a ressonância magnética facilitam o seu diagnóstico. 
O tratamento envolve medidas analgésicas e utilização de órteses 
tóraco-lombares (colete de Boston) por um período entre 8 a 12 semanas. 
As fraturas por compressão do corpo vertebral são as mais frequentes nessa 
região, devido à falha da região anterior do corpo vertebral quando um 
movimento de flexão é aplicado na coluna. A maioria das fraturas por 
compressão nos atletas não causa descontinuidade do muro posterior do 
 
 
 
corpo vertebral, portanto não oferecem riscos de compressão medular por 
desprendimento de fragmentos ósseos dentro do canal vertebral. 
Nos atletas jovens a presença de acunhamento vertebral pode ocorrer 
na ausência de trauma, sendo devido a uma osteocondrite da placa terminal 
(doença de Scheurmann). Nos atletas idosos as fraturas por compressão 
podem ocorrer após traumas triviais, devido à osteoporose. 
Ao exame físico, acentuação antálgica da cifose dorsal, com espasmo 
muscular paravertebral, dor à palpação e limitação do arco de movimento. O 
exame neurológico deve ser minucioso no sentido de identificar alterações 
neurológicas consequentes a traumas raquimedulares. 
O diagnóstico é confirmado por meio de radiografias simples com 
incidências ântero-posterior e de perfil, que permitem visibilizar alterações na 
altura do corpo vertebral. A tomografia computadorizada permite evidenciar o 
traço de fratura, além de avaliar a integridade do canal vertebral. O diagnóstico 
de doença de Scheurmann (dorso curvo com hipercifose)deve ser afastado 
em atletas jovens. 
As fraturas com acunhamento vertebrais anterior de até 25%, 
geralmente não acometem as estruturas vertebrais posteriores, mantendo a 
estabilidade da coluna. As fraturas com até 50 % de acunhamento vertebral 
podem se associar às lesões ligamentares posteriores e comprometimento do 
canal vertebral. 
As fraturas com acunhamento vertebral, superior a 50 % estão 
associadas a traumas com maior energia, sendo geralmente instáveis e com 
grande possibilidade de apresentarem lesões do canal vertebral. O tratamento 
destas fraturas deve ser individualizado de acordo com a idade, a gravidade 
da fratura e a modalidade esportiva praticada pelo atleta. O objetivo do 
tratamento é proporcionar analgesia, evitar deformidades crônicas residuais, 
prevenir lesões neurológicas e reabilitar o atleta para que retorne com a menor 
brevidade para suas atividades. 
 
 
 
Nas fraturas com acunhamento vertebral anterior de até 50%, sem 
sinais de instabilidade, o tratamento é realizado com órteses (colete de 
Boston) de polipropileno, feitas sob medida, abrangendo toda a coluna tóraco-
lombar com apoio pélvico. O período de imobilização varia entre 8 à 12 
semanas, mantendo durante este período o condicionamento físico e cardio-
pulmonar. O retorno ao esporte pode ser iniciado assim que o atleta não sentir 
dor. As fraturas com mais de 50% de acunhamentos vertebrais anterior e 
sinais de instabilidade devem ser tratadas cirurgicamente. 
As fraturas com luxações da vértebra estão relacionadas à traumas de alta 
energia. Os esportes mais propensos a este tipo de lesão são automobilismo, 
motociclismo, esportes de inverno e paraquedismo. Este tipo de fratura está 
relacionado à lesão neurológica em 85% a 100% dos casos. Nessa situação 
os pacientes são politraumatizados com múltiplas lesões graves, 
necessitando equipe médica de várias especialidades. 
O diagnóstico desta lesão inclui, desde radiografias simples até a 
ressonância magnética, devido ao alto índice de lesão neurológica. A 
abordagem terapêutica é multidisciplinar (enfermeiros, fisioterapeutas e 
psicólogos), pois as sequelas físicas e sociais podem ser graves. O tratamento 
cirúrgico é indicado para a restituição da anatomia da região, sendo realizado 
assim que o paciente apresente condições clínicas. O tratamento cirúrgico 
precoce permite antecipar o início da reabilitação, prevenindo complicações 
pulmonares e dermatológicas, como as escaras. 
 
 
 
 
http://www.neurocirurgiabh.com/images/coluna_lombar-4-2.gif 
 
LESÔES DA COLUNA LOMBAR 
A coluna lombar é vulnerável à lesões nas diversas práticas esportivas. 
A dor na região lombo sacra pode ter origem em várias estruturas, sendo que 
o espasmo e a contratura da musculatura paravertebral as causas mais 
frequentes. Porém as articulações inter-apofisárias posteriores, as 
articulações sacro-ilíacas, os discos intervertebrais e a própria estrutura óssea 
são importantes na etiologia das síndromes dolorosas desta região. 
As lesões mais frequentes são: as musculares e ligamentares; fraturas; 
afecções dos discos intervertebrais; a espondilólise e espondilolistese . Porém 
distúrbios da transição lombo sacra e articulações sacro-ilíacas, que serão 
abordados no final desse capítulo, também desencadeiam dor lombar. 
LESÕES MUSCULARES E LIGAMENTARES 
 
 
 
As dores lombares são frequentes, com maior incidência em 
profissionais que trabalham em atividades industriais do que em atletas. 
Portanto, as lesões musculares e ligamentares nos atletas podem ser 
semelhantes a aquelas de indivíduos que não praticam esportes. 
O diagnóstico das lesões dos músculos e ligamentos inicia-se através 
da anamnese, onde se realiza arguição das características do mecanismo do 
trauma que causou a lesão, permitindo um raciocínio clínico, que será 
complementado pelo exame físico. 
Durante o exame físico deve-se localizar o local da dor através da 
inspeção e da palpação. Nos atletas que sofrem quedas, que desencadeiam 
flexão brusca da região lombar (ginástica olímpica), faz se necessário à 
palpação dos ligamentos posteriores, a fim de ser detectado sua lesão parcial 
ou total. 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
COHEN, Moisés. Lesões nos esportes: diagnósticos, prevenção e 
tratamento. Rio de Janeiro; Revinter. 2003. 
EJNISMAN, B. Futebol. In: COHEN, Moisés; ABDALLA, J. Rene. 
Lesões nos esportes: diagnósticos, prevenção e tratamento. Rio de Janeiro – 
Ed. Revinter. 2003. Cap. 46. p. 671-674. 
FRISSELLI, Ariobaldo; MANTOVANI, Marcelo. Futebol: Teoria e 
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KELLER et al. apud. COHEN, Moisés et al. Lesões Musculares. In: 
COHEN, Moisés; ABDALLA, J. Rene. Lesões nos esportes: diagnósticos, 
prevenção e tratamento. Rio de Janeiro – Ed. Revinter. 2003. Cap. 42 p.615-
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