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DISFUNÇÕES EM TRAUMATO ORTOPEDIA Punho e Mão Cisto Sinovial: · Cisto é o nome que se dá a toda bolsa orgânica que contenha em seu interior material liquido ou semilíquido, contém liquido sinovial. · Ele é uma dilatação anormal da membrana que envolve as articulações e tendões (membrana sinovial), formando uma bolsa que armazena a sinóvia. · Geralmente se manifesta como uma tumoração que faz saliência na pele, na região das articulações. Causas do cisto sinovial: · Enfraquecimento da parede da capsula sinovial; · Traumas; · Lesão por esforço repetitivo. Sinais e sintomas: · Podem aparecer nos mais variados locais, porem são mais comuns no dorso da mão na frente do punho, base dos dedos e região lateral do tornozelo; · São indolores, mas podem causar compressões em estruturas vizinhas e, então, ocasionarem dor, perda de força e/ou sensibilidade na região afetada. Diagnóstico: · Exame físico, são formados para fora das articulações, uma bolsa que pode ser facilmente vista e palpada; · Não tem sinais inflamatórios, cistos pequenos e ainda ocultos podem ser diagnosticados pela ultrassonográfica ou ressonância magnética. Tratamento: · O tratamento do cisto sinovial pode envolver fisioterapia, acupuntura, cirurgia ou uso de medicações, geralmente corticoide; · O cisto sinovial é sempre benigno, sem nenhuma possibilidade de se tornar maligno, pode desaparecer espontaneamente e reaparecer novamente mais tarde, se desenvolvem no lado da dominância do indivíduo. Síndrome do túnel do carpo · É causada pela compressão do nervo mediano que passa por um canal estreito no punho chamado de túnel do carpo; · É comum em pessoas que realizam trabalho manual com movimentos repetidos, tem associação com alterações hormonais como menopausa e gravidez; · Na síndrome túnel do carpo, os tendões são irritados e edemaciam, empurrando o nervo mediano em direção ao ligamento e causando dor nessa região; · O nervo mediano fica submetido a compressão, na maioria dos casos essa compressão do nervo deve-se ao estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica dos tendões que também passa por esse canal. Localização do nervo: · O nervo mediano supre a porção radial da palma e as superfícies palmares dos dedos polegar, indicador e médio e também o dorso das falanges distais destes dedos. · Os músculos tríceps braquial, supinador, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo são inervados pelo nervo radial · Região tênar da mão. Causas: · Trabalho manual com movimentos repetitivos, artrite reumatoide, alterações hormonais. Sinais e sintomas: · Os sintomas mais frequentes são: dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos; · A dor é pior a noite e pode irradiar para o braço, pode haver dificuldade de amarrar os sapatos, abotoar uma camisa e pegar objetos. Prevenção: · Não existe medida preventiva concreta para a síndrome túnel do carpo, mas as pessoas devem se policiar em não realizar movimentos repetitivos em flexão do punho. Tratamento: · Medicamentoso uso de medicação para a dor e anti-inflamatórios, e se persistir a inflamação pode-se usar corticoides; · Convencional (Fisioterapia) uso de eletroterapia, para a analgesia e sempre se atentar a sensibilidade da pele; · Cirúrgico nos casos que o tratamento convencional falhar, será realizada a cirurgia. Tenossinovite de Quervain · Ocorre quando os tendões que vão para o polegar ficam comprimidos e inflamados junto ao seu canal de passagem, na região lateral do punho. · Alguns tendões são revestidos por bainha sinovial, que serve para diminuir o atrito entre eles, ocorre inflamação da bainha sinovial dos tendões diminuindo o espaço existente. Tendões acometidos: · Abdutor longo do polegar; · Extensor curto do polegar. Causas: · É causada pelo espessamento destes tendões, devido a um traumatismo agudo a fricção repetitiva contra o retináculo extensor; · Movimentos repetitivos, jogos, sobrecarga das atividades diárias das mãos e punhos. Sintomas: · Surgem de forma súbita; · Dor e ardência ao longo do polegar; · Pode irradiar até o cotovelo e ombro; · Dor piora com atividades de preensão e torção no punho; · Sinais cardinais da inflamação; · Diminuição da força muscular. Diagnostico: · Através da história clínica, sinais e sintomas e testes especiais; Tratamento: · Medicamentoso uso de medicação para a dor e anti-inflamatórios, e se persistir a inflamação pode-se usar corticoides; · Convencional (Fisioterapia) uso de eletroterapia, para a analgesia e sempre se atentar a sensibilidade da pele, fortalecimento muscular, exercícios de motricidade, movimentos finos e propriocepção; Doença de Dupuytren ou Síndrome de Dupuytren · É conhecida como uma doença fibro-proleferativa que acomete a fáscia palmar, caracterizando-se pela degeneração das fibras elásticas, espessamento e hializinação do feixe de fibras de colágeno dessa região, com formação de nódulos de contração; · Inicia-se com o aparecimento de um nódulo próximo ao dedo anelar ou ao menor dedo; · Com a evolução, outros nódulos surgem, resultando na contração dos tendões dos dedos, flexionando-os; · Dedo anelar é o primeiro a ser afetado, por seguinte o dedo médio; · Homens são mais afetados que as mulheres especialmente após 40 anos de idade, fumantes, usuários de drogas, diabéticos e alcoólatras apresentam uma probabilidade maior de desenvolver a doença. Sinais e sintomas: · Presença de nódulo na palma da mão, causa desconforto, mas não é dolorosa. Classificação da doença: · Grau 1 – Presença do nódulo; · Grau 2 – Presença de corda (Fibras musculares vão se espessando); · Grau 3 – Não consegue mais estirar a mão e coloca-la reta na mesa; · Grau 4 – Quando o dedo está quase todo dobrado; Diagnóstico: · A inspeção é bastante clara, com a presença do nódulo; · A evolução de um grau para o outro é imprevisível. Tratamento: · A indicação cirúrgica ideal é no grau 3, em situações mais graves, pode estar indicada a amputação do dedo; Epicondilite Lateral · Também conhecida como “cotovelo do tenista”, a epicondilite lateral não é um problema limitado a quem pratica esse esporte, trata-se de uma inflamação dos tendões dos músculos extensores do punho, localizados no cotovelo muito comum a quem realiza movimentos repetitivos com o punho e dedos. Epicondilite Lateral do cotovelo: · As origens do musculo extensor radial curto do carpo e da parte superficial do supinador são localizadas no epicôndilo lateral, as contrações destes músculos exercem tração sobre as estruturas, a epicondilite lateral do cotovelo é geralmente atribuída ao esforço físico intenso e/ou repetitivo. Incidência: · Na população em geral, 1 a 3% da população adulta, entre 35 e 55 anos, apenas 5 a 10% dos pacientes que apresentam a epicondilite praticam o esporte (tênis); · É mais frequente no braço dominante, supõe-se que a epicondilite seja uma degeneração do tec. Conjunto no qual vários músculos se originam de um pequeno ponto ósseo; · A epicondilite lateral ocorre inicialmente por microlesões na origem da musculatura extensora do antebraço, sendo mais frequente o acometimento do tendão extensor radial curto do carpo. Existem duas teorias para explicar essas microlesões: 1. Microrruptura degenerativa da origem dos músculos devido ao envelhecimento biológico; 2. Microrruptura traumática de origem dos músculos devia a trauma direto ou esforço repetitivo. · Dados demográficos mostram que 95% dos pacientes portadores de epicondilite não praticam esporte, 75% dos casos tem idade entre 35 e 55 anos, ambos os sexos são afetados, epicondilite lateral é 7x mais frequente que a epicondilite medial. Sintomas: · Dor no cotovelo com piora aguda na face lateral; · Irradiação da dor da parte externa do cotovelo para o antebraço e para o dorso da mão, principalmente ao segurar ou torcer alguma coisa; · Fraqueza; · Rigidez muscular; · Sensibilidade na região afetada. Tratamento: · Anti inflamatórios, repouso, fisioterapia, cirúrgico. Epicondilite medial · É uma lesão associada a movimentos excessivosde flexão do punho e dedos e pronação de punho, também conhecida de cotovelo de golfista, esta lesão envolve músculos e tendões do antebraço que se inserirem através de seus tendões no epicôndilo medial do cotovelo; · Os músculos mais lesados são o M. pronador redondo, flexor radial do carpo e palmar longo; · Esta lesão, causada pelo uso excessivo ou esforços repetitivos dos flexores e pronadores do punho, é frequentemente observada em praticamente de lançamento de dardo, mas é cada vez mais comum em outras atividades repetitivas como na agricultura e no teclar. Sintomas: · Dor na região ao redor do epicôndilo, podendo irradiar para o antebraço. A dor piora com atividades com punho fechado como segurar objetos; · Início súbito – Ocorre num único momento de esforço, em alguns gestos bruscos. Corresponde a um micro – trauma no tendão; · Início tardio – Normalmente ocorre devido após um intenso período de flexão combinado com a pronação de punho principalmente em atleta despreparados ou de final de semana. Diagnóstico · História clinica detalhada; · Exame físico especifico; · Raio X; · Ultrassom; · Ressonância magnética. Tratamento: · Conservador para prevenir maiores lesões e o objetivo é gerar a cicatrização completa dos tendões, quando existe processo inflamatório é usado tratamento medicamento. · Fisioterapia; · Uso de órteses imobilizadoras; · Tratamento cirúrgico. Síndrome compressivas ao nível do cotovelo · Os nervos do membro superior são originados a partir do plexo braquial e possuem o risco de serem comprimidos em vários locais por ondem passam; · A compreensão exercida sobre o nervo pode ser causada por diversas situações; · Inflamatória; · Degenerativa (perda da elasticidade da musculatura); · Traumática; · Movimentos repetitivos; Bursite do olecrano Etiologia: São de diversas razões: · Traumatismos cronicamente repetitivos; · Traumatismos agudo; · Artrite reumatoide; · Gota; · A causa mais comum é provavelmente a repetição de traumatismos por pressão direta sobre o olecrano; · Foi denominada cotovelo de estudante; Sintomas: · A bursite do olecrano causa dor e edema na região da ponta do cotovelo, pode ser muito difícil apoiar o cotovelo sobre uma superfície devido ao aumento da sensibilidade local; · Perda da função; · Caso ocorra mais de um episódio, pequenas “bolinhas” podem ser sentidas sob a pele do olecrano; Tratamento: · A bursite traumática aguda habitualmente desaparece espontaneamente; · Episódios repetidos de bursite traumática podem ocorrer e serem evitados com acolchoamento do cotovelo. Síndrome do túnel cubital ou (síndrome do bêbado) · O nervo ulnar passa posteriormente ao epicôndilo medial do úmero, formando o túnel ulnar; · A membrana que recobre o nervo começa a se espessar e hipertrofiar, gerando compressão. Etiologia · Trauma direto; · Patologias que aumentam o tamanho do nervo; · Patologias que reduzem o espaço dentro do canal; · Tumores, cistos; · Trabalhos que exijam posturas viciosas, atividades repetitivas de pronação, supinação, flexão e extensão. Quadro clínico · Dor e parestesia, quando cotovelo está mantido em flexão ou pronação; · Parestesia se intensifica a noite na área ulnar; · Formigamento do dedo anular e mínimo; · Perda da força de preensão e dificuldade de realizar movimentos finos; Síndrome do nervo radial – (Sintomas) · A principal dor é no terço proximal do antebraço que aumenta ao esforço; · Diminuição da força de preensão ou até mesmo uma paralisia parcial do musculo inervados pelo nervo; · Inerva os músculos tríceps. Disfunções traumato-ortopédicas do ombro Síndrome do impacto doloroso · É desencadeado pela compressão do manguito rotador no arco coracoacromial; · Muitos são as causas que levam a esta disfunção entre elas as mais frequentes são: Bursite, ruptura parcial e total do tendão do bíceps braquial, luxação e sub - luxação da articulação glenoumeral; · Causa mais comum de dores em ombro em adultos, estes músculos cobrem a cabeça do úmero (manguito rotador), trabalhando em conjunto para elevar e girar o braço; · Quando o braço é elevado, ocorre um impacto entre o acrômio e os tendões do manguito rotador, isto pode causar dor e limitação dos movimentos; · Atletas jovens do tênis, da natação e basquetebol são particularmente vulneráveis. Também aqueles que utilizam as mãos acima da cabeça em atividades repetitivas; Incidência · É a afecção mais frequente da cintura escapular; · Acomete principalmente mulheres entre a 4° e a 5° década; · Eventualmente é bilateral. Sintomas: (Forma aguda) · Dor interna na região da articulação glenoumeral, agravada pelo movimento do ombro, irradiando para o pescoço e as vezes para o musculo deltoide e ponta dos dedos. Além da limitação dos movimentos; (Forma crônica) · Pode ocorre atrofia do musculo deltoide e musculo supra-espinhoso, além da incapacidade dos movimentos articulares escapulo-umeral (abdução e rotação). Dor localizada de pouca intensidade ou dor irradiante. Capsulite adesiva ou ombro congelado · É uma reação inflamatória da sinovia e da capsula articular glenoumeral; · Ocorre a formação de aderências; · Apresenta menor volume articular; · A capsula torna-se espessa e inelástica; · A característica desta doença é a restrição da amplitude de movimentos passivos. Primária: causas desconhecidas, espontânea; Secundária: traumatismo, pós mastectomia, fratura de cabeça do úmero, diabetes. · De causa idiopática, caracterizada pelo início espontâneo da dor e evoluindo com restrição aos movimentos da articulação glenoumeral; · Limitação da ADM ativa e passiva; · Contratura dos tecidos moles; · Há inflamação no revestimento sinovial e da capsula articular levando a fibrose. Tipos de capsulite adesiva 1 – Capsuliteadesiva primaria - (sem causa determinada): · A qual se refere a forma idiopática do ombro rígido e doloroso; 2 – Capsulite adesiva secundaria – (logo após alguma patologia): · Refere-se a perda de movimento articular resultante de algum evento desencadeante bem definido tais como trauma, AVC, lesão do manguito rotador, fratura do membro superior, imobilização pós cirurgia; Incidência: · É maior no sexo feminino, entre os 40 e 60 anos. Etiologia: · Não tem etiologia definida, contratura de tecidos moles e rigidez dolorosa. Quadro clínico: · Dor mal localizada no ombro de início espontâneo; · Sem histórico de trauma (tipo 1); · A dor vai se tornando intensa, mesma ao repouso, e a noite diminui; · A diminuição da limitação dos movimentos do ombro ocorre rapidamente. Fases da doença: Fase congelante e dolorosa (10 a 36 semanas) – é a fase dolorosa. Existe aumento gradual da dor no ombro mesmo ao repouso, com dor aguda aos movimentos; Fase adesiva (4 – 12 meses) – a dor começa a ceder, porém inicia um progresso da perda dos movimentos (flexão, abdução, rotação interna e externa); Fase da resolução (12 – 42 meses) – ocorre uma melhora da ADM funcional do ombro. Avaliação clínica · Ponto sensível a palpação do M. deltoide e ocasionalmente dor irradiada para o cotovelo, algumas vezes para a face lateral do antebraço; · As limitações incluem dificuldades que exigem elevar o braço acima dos olhos, como colocar roupa no varal, alcançar objeto na prateleira; · No exame físico limitação dos movimentos ativos e passivos; Tendinite biciptal · A inflamação no tendão da porção longa do bíceps, tendo como causa movimentos repetitivos. A dor apresenta-se na parte anterior do ombro, principalmente no uso ativo do bíceps; Causas: · Traumas repetitivos; · Indivíduos envolvidos em atividades de arremesso devido ao movimento de desaceleração do bíceps. Nesta situação o bíceps age como estabilizador importante do ombro, tracionando a cabeça do úmero para dentro da fossa glenoide. Se outros estabilizadores estiverem enfraquecidos (manguito rotador) o bíceps será mais exigido. Sintomas: · Dor, está relacionada ao pinçamento do bíceps pelo acrômio; · Dor na face anterior do ombro; · Dor noturna e ao movimentar-se; · Disfunção com a elevação do membro superior;· Os sintomas desenvolvem-se lentamente. Exames complementares: · Na maioria dos casos nem são necessários, porem o teste de speed é muito fidedigno; · Os exames são Ultrassonografia e ressonância magnética. Ruptura do tendão do bíceps braquial · Na ruptura do tendão do Bíceps o paciente perde a força do braço e pode ser incapaz de girar o antebraço com força e colocar a mão para cima (em supinação); · Muitos pacientes podem conviver com o tendão do bíceps rompido e apenas precisam de tratamento simples para aliviar os sintomas. Outros necessitam de cirurgia para reparar o tendão rompido; · O musculo bíceps tem dois pontos de fixação do tendão no ombro, a porção curta raramente é lesada. Devido a isto é possível usar o bíceps pela 2° fixação; · Pode-se usar o bíceps mesmo depois de uma ruptura completa da porção longa; Tipos de lesões: · Podem ser parciais ou completas; · Em alguns casos o paciente já apresenta uma história previa de dor no ombro, devido o tendão começar a desgastar; · Com a progressão do dano o tendão pode romper completamente ao elevar um peso; Causas: · Queda ao cair com o braço estendido; · Carregar algo muito pesado; · Muitas vezes o uso excessivo do musculo é resultado do desgaste do tendão, isto ocorre lentamente ao longo do tempo, pode ser quando envelhecemos devido ao uso excessivo de movimentos repetitivos; Fatores de risco: · Idade; · Atividade pesada com os braços elevados; · Excesso de carga na musculação; · Uso excessivo do ombro em esportes que tenham sobre carga repetitiva, Ex: natação; · Fumar: uso de nicotina pode afetar nutrição do tendão; Sintomas: · Dor súbita e aguda no braço; · Dor ou sensibilidade no ombro e cotovelo; · Fraqueza no ombro e cotovelo; · Dificuldade de virar a palma da mão para cima e para baixo; · Deformidade com um abaulamento anterior acima do cotovelo – sinal de Popeye; Tratamento: · Em alguns casos, como os atletas ou trabalhadores braçais podem exigir a cirurgia; · O resultado cirúrgico é uma cirurgia bem sucedida pode corrigir a deformidade do musculo e retomar a força e função do braço; Bursite · Inflamação da Bursa sinovial; · Pequena almofada localizada no interior de uma articulação é um amortecedor evitando o atrito tendão – osso e tecidos musculares; · Dor localizada na parte superior e anterior do ombro; · Dor local ou irradiada. Causas: · Excesso de movimento no ombro; · Disfunções articulares; gota; artrite reumatoide; · Pancadas direta no ombro; · Infecções no ombro após cirurgia; · Traumatismo. Sintomas: · (Sinais cardinais da inflamação), porém de difícil visualização do eritema. 2° BIMESTRE Disfunções ortopédicas do quadril Bursite do quadril ou Bursite trocantérica– é o tecido sinovial localizado superficialmente ao trocanter maior do fêmur. Todo o indivíduo tem 4 ou mais bursastrocantérias em cada quadril e elas facilitam o deslizamento dos tendões e fáscias sobre os ossos. A bursite trocantérica é uma causa comum de dor no quadril ocorrendo limitação nas atividades físicas e dificuldade para dormir, elas acometem geralmente um lado do quadril. A inflamação de qualquer uma das bursastrocantéricas é conhecida como bursite trocantéricas, essas possuem pequenos nervos em seu interior que irritados ou comprimidos podem causar dor. A bursa isquiática e bursa do musculo iliopsoas tem acometimento menos frequente quanto a bursite trocantérica. Causas – movimento exagerado dos tendões e fáscias sobre o trocanter maior; pressão direta pode causar ou agravar os sintomas; com a evolução da inflamação, a bursa progressivamente perde a sua função deslizante e engrossa suas paredes; Condições associadas · Dor na coluna lombar; · Diferença de comprimento entre os membros inferiores; · Disfunção na articulação sacrilíaca; · Artrose de joelho; · Alteração da marcha; Sintomas – Independente da localização da bursa inflamada os sintomas serão: · Dor na lateral do quadril e na coxa; · Dificuldade para caminhar; · Dificuldade para deitar do lado afetado; · Por todas estas manifestações, a bursite trocantéricas pode prejudicar o sono, evitar a realização de atividades físicas e reduzir significativamente a qualidade de vida; Tratamento – uso de medicações (analgésicos e anti-inflamatórios); fisioterapia (eletroterapia [ultrassom], alongamento, mobilizações, fortalecimento); tratamento cirúrgico. COXARTROSE “Artrose” é um termo usado genericamente para denominar o processo degenerativo da cartilagem, quando ocorre no quadril chama-se coxartrose. Estima-se que 1/3 dos idosos algum grau de alteração cartilaginosa. Embora seja mais frequente em idosos, pode acometer jovens em variados graus de gravidade. Causas – geralmente a artrose nos jovens é causada por: · Sequelas de traumas de alta energia; · Osteonecrose (perda da circulação da cabeça do fêmur); · Sequelas de infecções ou formas graves de artrite auto-imune; · Nos idosos pode-se identificas causas mecânicas que levaram a alteração articular ao longo dos anos; Sintomas · Dor tem uma piora após atividades físicas e melhora com repouso; · Na evolução podem ocorrer dores de rigidez matinais, gradualmente o movimento se restringe, podem se formar osteófitos ao redor da articulação; · A dor se localiza profundamente na virilha, podendo irradiar-se até o joelho pela parte interna da coxa; Tratamento cirúrgico (coxartrose) 1. Artrodese: fusão cirúrgica (colar um osso no outro); 2. Osteotomia: cortes no osso para mudar sua forma e área de carga; 3. Artroplastia: Prótese de quadril; - Rápida recuperação; - Baixa taxa de complicações. · A articulação do quadril é formada pela cabeça femoral e acetábulo. A junção destas estruturas permite uma grande estabilidade articular, que possui a enorme função de suportar o peso do corpo. A cartilagem que recobre tais estruturas é extremamente importante no papel de impedir o contato ósseo e favorecer o deslizamento entre as partes; · Quando as estruturas funcionam perfeitamente = movimento sem dor; · Quando a cartilagem sofre algum tipo de deteriorização, a cabeça do fêmur e acetábulo se aproximam ou chegam a ter um contato direto – osso-osso, e como passam nervos pelos ossos, desencadeia um processo doloroso; · A dor possui caráter progressivo e limitante; · Os principais fatores a serem considerados para realização da cirurgia são: a intensidade da dor, graus de limitações e condições gerais do paciente; · Benefícios: alivio da dor, melhorar a qualidade do movimento, melhorar a qualidade de vida Artroplastia total do quadril · Substituição do componente femoral e componente acetabular; · As próteses podem ser feitas de diferentes materiais: como metal, cerâmica, titânio, polietileno; · Substituem o quadril danificado por um sistema de materiais artificiais, as próteses. Artroplastia parcial de quadril · Constitui a substituição apenas do componente femoral (parte femoral proximal), e ocorre a preservação do acetábulo normal. Tipos de aplicações das próteses · CIMENTADAS:artroplastia são utilizados cimentos ósseos ortopédicos para a fixação dos componentes da prótese; · NÃO CIMENTADAS: os componentes da prótese são fixados diretamente na superfície óssea sem a utilização de cimento ortopédico (utiliza-se parafuso); · PRÓTESE HÍBRIDA:Artroplastia o componente femoral é cimentado e o componente acetabular é fixado na superfície acetabular sem cimento. Cuidados no pré-operatório – ocorre desuso devido a atividade álgica, busca exercícios que visam melhorar a circulação e reforço muscular, ajudando a evitar a formação de trombos e a sua complicação mais grave – a embolia pulmonar; Orientações pós-operatório – medicamentos analgésicos são utilizados para o controle da dor; a fisioterapia inicia no leito hospitalar (fisioterapia motora e respiratória). Uso de meias antitrombóticas; · Orientações para sentar: a perna do lado operado deverá estar estendida, apoias os braços na cadeira e então se sentar descarregando o peso na região sacral e lombar (posição do tronco inclinada para trás); · Quando estiver deitado colocar uma almofadaentre os joelhos, para não cruzar as pernas; Movimentos que podem causar a luxação: · Evitar cruzar as pernas; · Evitar rotação interna; · A luxação pode ocorrer caso não mantenha o quadril na posição correta durante o processo de cicatrização; · Não sentar em lugares baixos (por isso a necessidade de cadeira de banho e/ou de um adaptador de vaso sanitário); · Evite escadas. Se precisar usá-las, lembre-se que a perna não operada é a que sobre o degrau e ao descer a perna operada é a que desce primeiro; · Quando estiver deitado, as pernas devem ser mantidas abertas, separadas por travesseiros entre os joelhos; · Evite dormir sobre o lado operado e quando for se deitar sobre o outro lado mantenha os travesseiros entre os joelhos para afastar as pernas; · Luxação da prótese – é a desconexão entre os dois componentes da prótese; Luxação da prótese – é a desconexão entre os dois componentes da prótese; Pubalgia (pubeíte) Pubalgia – é a tendinite dos adutores do quadril ou dos abdominais, à nível de inserção no osso púbico (púbis). Causa uma dor abdominal e inguinal que pode limitar a pessoa em esportes e atividades diárias. A pubalgia afeta principalmente os atletas, jogadores de hóquei, futebol e quase exclusivamente o sexo masculino; · Inflamação da sínfise púbica e dos tendões que se inserem no tubérculo púbico; · É a tendinite dos adutores do quadril ou dos abdominais, à nível de inserção no osso púbico (púbis); · Causa uma dor abdominal e inguinal que pode limitar a pessoa em esportes e atividades diárias; · A pubalgia afeta principalmente os atletas, jogadores de hóquei, futebol e quase exclusivamente o sexo masculino; · Os músculos e os tendões que são afetados pela pubalgia, inserem no osso púbico: · Abdominal oblíquo externo; · Abdominal oblíquo interno; · Pectíneo; · Adutor curto; · Adutor longo; · Adutor magno; · Grácil. · A dor pode irradiar para a região abdominal inferior: períneo, testículos, adutores, quadril e coxa; · Geralmente os sintomas são unilaterais, mas também podem apresentar bilateralmente. Causas: · Um movimento violento ou agressivo, que produz uma lesão nos adutores, os abdominais oblíquo ou na estrutura miofascial; · Contratura musc. Iliopsoas; · Inflamação do ramo púbico devido a um trauma. Sintomas: · Dor e rigidez na região da virilha; · A dor piora durante a atividade esportiva, mas na fase inicial da pubalgia é possível continuar a jogar; · Todos os movimentos que implicam uma contração abdominal e dos músculos adutores agrava os sintomas; · Algumas atividades de vida diária podem ser dolorosas: tossir, defecar e atividade sexual. Prognóstico: · Uma pubalgia traumática cura mais rápido do que uma de sobrecarga; · Se não parar com a prática da atividade física e/ou movimento causador da tendinite os tecidos não cicatrizam e a inflamação tornar-se crônica; · Uma inflamação aguda pode curar dentro de um mês com repouso e fisioterapia. Tratamento: · O objetivo do tratamento é reduzir a inflamação. É necessário ficar em repouso para permitir o reparo das micro-lesões; · Fisioterapia; · Cirurgia. Disfunção sacroilíaca É a inflamação das articulações sacroilíacas · A articulação sacroilíaca faz a junção entre a parte inferior da coluna – o sacro – com a pelve; · Sustenta o tronco quando ficamos em pé; · Dor nesta articulação pode ser o resultado de lesão ou inflamação; · Pressão exercida por edema dos tecidos dentro e em torno da articulação, pode fazer com que os nervos espinhais na região originem impulsos de dor; Sintomas · Dor e rigidez na região lombar, coxas ou nádegas; · Sinais de inflamação; · Falta de sensibilidade; Tratamento · Medicação; · Fisioterapia; · Infiltração de corticoide; Disfunção ortopédica do joelho Lesão do ligamento colateral medial · O estiramento ou ruptura de uma estrutura chama-se de distinção. O ligamento é uma forte tira de tecido que liga um osso ao outro; · O ligamento medial colateral está localizado na parte interna do joelho e liga a extremidade inferior do fêmur a tíbia; · A distensões podem ser classificadas em graus I, II e III dependendo de sua gravidade. Graus de distensão: · Distensão grau I: dor com menor dano aos ligamentos; · Distensão grau II: lesão parcial de algumas fibras do ligamento e pouca frouxidão na articulação; · Distensão grau III: ruptura completa do ligamento e a articulação fica instável. É possível a associação com lesão do menisco medial; Sintomas: dor na face medial do joelho, com possível edema. Instabilidade no joelho e no momento da lesão, é normal escutar ou sentir um estalo; Diagnostico físico · Exame físico; · Testes especiais; · Raio x; · Ressonância magnética; Tratamento · Crioterapia (fase aguda); · Anti-inflamatórios ou analgésicos; · Uso de um imobilizador de joelho, para evitar maiores lesões e minimizar a dor causada pela movimentação na (fase aguda); · Uso de muletas; · Fisioterapia; Lembrete · Enquanto não curada a lesão, o esporte ou uma atividade deverá ser adaptado ou alterado para uma segunda opção. Por exemplo: nadar ao invés de jogar futebol; · O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança. Devendo observar o seguinte: 1. Realizar o movimento de flexão e extensão do joelho, sem sentir dor; 2. Recuperar a força normal, em comparação a outra perna; 3. Quando não houver mais edema; 4. Fazer viradas bruscas; · A maioria das lesões do ligamento medial ocorrem durante acidentes imprevisíveis; · E possível evitar essas lesões mantendo forte e alongada a musculatura do membro inferior; Lesão do ligamento colateral lateral O ligamento lateral colateral está localizado na parte lateral do joelho, ele liga a parte inferior fêmur e fíbula; · A lesão ocorre através de um movimento de rotação ou uma pancada na parte interna do joelho, que o force para a lateral; Sintomas · Dor na parte externa do joelho, podendo ocorrer edema; · Não é comum escutar ou sentir estalos quando a lesão ocorre; · Mesmo tendo dor na hora da lesão, geralmente é possível caminhão e até voltar a um jogo inacabado; · A dor costuma aumentar e a mobilidade pode ficar limitada; Tratamento · Crioterapia (fase aguda); · Anti-inflamatórios ou analgésicos; · Uso de um imobilizador de joelho, para evitar maiores lesões e minimizar a dor causada pela movimentação na (fase aguda); · Uso de muletas; · O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou a atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, e existe a possibilidade de piorar a lesão, levar a um dano; Lesão de menisco · Os meniscos são estruturas constituídas por fibras colágenas, de formato semicircular em forma de meia lua; · Cada joelho possui dois meniscos, um na parte interna (menisco medial) e outro na parte externa (menisco lateral); · Localizam-se entre o fêmur e a tíbia. O menisco medial é lesado 3 vezes mais que o lateral; · As lesões dos meniscos estão relacionadas à entorses do joelho, sendo mais comuns nas práticas esportivas; · As vezes, os meniscos podem apresentar alterações degenerativas, o que fragiliza sua estrutura, ficando mais susceptível a lesões ocasionadas por entorses mais leves (não relacionados à prática de esportes); · As lesões dos meniscos podem ocorrer por traumas indiretos, geralmente os rotacionais, ou aparecer por processos de degeneração do menisco. Sintomas: · Dor significativa no momento da entorse pode ser acompanhada por sensação de estalido ou mesmo estalido audível; · Limitação no movimento de flexão e extensão; · Dor aguda ao agachar-se; · Edema no joelho pode estar presente ou não; · A lesão do menisco geralmente ocorre por trauma rotacional. Com o pé apoiado no solo, a rotação se faz no fêmur – para dentro, nas lesões internas. E para fora, nas externas; · Geralmente é unilateral, sendo praticamente impossível ocorrer nos dois joelhos ao mesmo tempo; · Outro mecanismo de lesão no menisco é o da rotação do corpo sobre o pé, com o joelho hiperfletido. Tipos de lesão Variam quanto à sua localização e estabilidade e são divididos em: · Lesão oblíqua; · Lesão transversa;· Lesão Horizontal; · Lesão longitudinal (inclui lesão em alça de balde); · Lesão degenerativa. Tratamento · Pode variar entre o tratamento conservador, com fisioterapia e uso de analgésicos e/ou anti-inflamatórios; · E o tratamento cirúrgico, realizado por vídeoartroscopia para ressecção da área lesada ou sutura da mesma; · A localização da lesão tem sua importância relacionada ao fato do menisco ser uma estrutura com vascularização variável, sendo dividido em 03 zonas. 1. ZONA VERMELHA: localização mais periférica e mais vascularizada, portanto com maior índice de cicatrização; 2. ZONA VERMELHA / BRANCA: localização intermediária e com vascularização variável; 3. ZONA BRANCA: localizada no 1/3 central e com vascularização pobre. · Com a chegada da artroscopia e com o desenvolvimento da menistectomia parcial que consiste na retirada apenas da parte lesada do menisco, preservando todo o restante do menisco sadio, as consequências graves que víamos nas menistectomias totais foram minimizadas; · A sutura meniscal é realizada nas lesões em que se é possível e neste caso são dados pontos para fixação da lesão. LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: · O ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos ligamentos mais importantes da estabilidade do joelho, tem uma ação determinante na limitação do deslizamento anterior entre o fêmur e a tíbia; · O LCA é frequentemente lesado (estiramento ou ruptura) quando o corpo roda sobre o membro / perna que se encontra apoiado no solo / chão. Alguns exemplos deste mecanismo podem acontecer em atividades desportivas como o futebol. Sintomas: · Dor intensa e edema; · Sensação de instabilidade do joelho – como se o joelho estivesse solto; · Quando existe uma ruptura do LCA, o ligamento não tem capacidade de reparação / de voltar a cicatrizar-se. Tratamento: · A maioria das lesões do LCA têm indicação cirúrgica, mas algumas podem ser resolvidas através da fisioterapia; · Reparação cirúrgica: a reparação cirúrgica do LCA pode ser realizada pela substituição de um outro ligamento de constituição artificial (opção menos utilizados) ou por um ligamento retirado / extraído das suas próprias estruturas tendinosas (uma parte do tendão de um músculo / normalmente retirado da pata de ganso); · Após a cirurgia é imperativo que inicie precocemente um programa de fisioterapia para ser estabelecida a máxima funcionalidade do seu joelho; · A fisioterapia é um recurso fundamental para restabelecer a força, a mobilidade e a estabilidade do seu joelho; · ARTROSCOPIA; Artroscopia: · Cirurgia que é indicada par tratar lesões nas articulações; · Comumente realizada no joelho e ombro, diagnóstico (exame) e tratamento de doenças; · A artroscopia é um procedimento cirúrgico que permite olhar para o interior de uma articulação usando um equipamento chamado “artroscópio”; · Este procedimento pode ser usado tanto para diagnosticar, quando para realizar o reparo de um problema articular; · É inserido na articulação por meio de pequeno corte (incisão) na pele chamado de portal; · O equipamento é munido de uma fonte de luz e uma câmera de vídeo em sua ponta. As imagens geradas da câmera são vistas em um monitor de vídeo; · Os outros instrumentos cirúrgicos são inseridos na articulação por meio de novos portais. O procedimento é todo realizado com o cirurgião olhando para o monitor. Dentre as indicações mais comuns estão os tratamentos: · Para as lesões de meniscos, cartilagem e ligamentos no joelho; · Para reparo de tendões, cartilagem e tratamento da instabilidade do ombro; · Para lesões de cartilagem e impacto do quadril e tornozelo; · Biópsia de tecidos intra-articulares nas diversas articulações. Contra-indicações: · Infecção ou ferida na pele próxima da articulação a ser operada; · Distúrbio de sangramento grave; · No entanto, em alguns casos, a artroscopia pode ser feita utilizando medicamentos coagulantes. Complicações: · Sangramento dentro da articulação, rigidez, dor e infecção na articulação podem ocorrer. GENO VARO E GENO VALGO: · Quando não tratadas, essas alterações levam a uma distribuição assimétrica de carga sobre os côndilos demorais, podendo favorecer ao desenvolvimento precoce da osteoartrose; · As meninas têm maior tendência aos joelhos valgos e os meninos aos joelhos varos. Causas: · Podem ser provocadas por disfunções internas, como defeito na calcificação, displasias epifisárias, tumores benignos (como encondromas ou cistos ósseos), infecções ósseas ou sequelas de fraturas; · Ou ainda por alterações externas, como retrações musculares, excessiva debilidade dos músculos e ligamentos, traumatismos, etc; · Podem causar dificuldades na AVD, como sentar, caminhar, subir e descer escadas. Genu Valgo · Malformação que consiste na aproximação dos joelhos e no afastamento dos pés, caracterizando uma angulação medial do joelho e desvio do eixo longitudinal da tíbia e do fêmur; · Apresenta adução e torração medial do fêmur, associadas ao excesso de rotação da tíbia. Caso o problema seja bilateral, os membros inferiores apresentam uma forma típica em X; · É atribuído à frouxidão do ligamento colateral medial, provocando uma instabilidade; · Em geral, promove encurtamentos das estruturas musculoligamentares. Os principais responsáveis são os músculos internos da coxa, que se encontram retraídos; · O aumento do peso corporal contribui para os desequilíbrios musculares na articulação do joelho. Genu Varo · É a deformidade que consiste no arqueamento das pernas, promovendo a projeção dos joelhos para fora da linha média do corpo, o que caracteriza um afastamento dos joelhos; · Abdução do fêmur e o excesso de rotação da tíbia; · É mais raro que o joelho valgo; · Entre as causas mais comuns estão as malformações congênitas; · Os músculos responsáveis pelo arqueamento, e que estão retraídos, são o sóleo e o bíceps femoral, auxiliados pelo tensor da fáscia lata; · Está presente a frouxidão do ligamento colateral lateral; · Frequentemente, vem acompanhado de hiperextensão dos joelhos. Tratamento: · Em algumas vezes, se corrige espontaneamente; · Há casos em que são indicados os aparelhos corretores ortopédicos. Nos casos mais graves, ou quando a deformidade persiste, a indicação é o tratamento cirúrgico; · Na fisioterapia, o tratamento consiste na realização de exercícios de alongamento e fortalecimento dos grupos musculares envolvidos. · A técnica de reeducação postural global (RPG) é excelente para a correção do joelho. CONDROMALÁCIA PATELAR · É um “amolecimento” anormal da cartilagem articular da patela, causado por alterações na estabilidade ou no trajeto patelar sobre o fêmur, por motivos mecânicos ou anatômicos, e que pode evoluir para a quebra na sua integridade (rachaduras) e perda de substância (falhas); · Também conhecida como síndrome patelo femoral; · Atinge em média 15 a 33% da população adulta e 21 a 45% dos adolescentes; · Acomete desde jovens até adultos, e os sintomas normalmente estão relacionados com atividades esportivas iniciais, ou laborais que exijam agachamentos ou longos períodos em pé ou sentado; · O diagnóstico pode ser confirmado através de Ressonância Magnética (RM); Classificação: É classificada de acordo com o acometimento da superfície condral em: · Grau 1: quando há apenas um amolecimento na cartilagem; · Grau 2: há um “desfiamento” condral; · Grau 3: há rachaduras na superfície; · Grau 4: além das rachaduras verificamos o desprendimento de fragmentos de cartilagem, expondo o osso subcondral. · Pela pouca vascularização do tecido cartilaginoso, não há uma reciclagem satisfatória em suas estruturas, e os processos cicatriciais não conseguem recuperar o tecido lesionado; · Sendo assim, é importante estabilizar a evolução, ao invés de cura. Tratamento: · Analisar a causa da sobrecarga e corrigi-la; · Alguns recursos medicamentosos são utilizados. Os chamados CONDROPROTETORES; · Infiltrações sequenciais (entre 3 a 5) para melhorar a lubrificação e nutrição intra-articular, melhorando a vitalidade e o movimento patelo-femoral (diminui o atrito); · Fisioterapia. TENDINITEPATELAR · A tendinite patelar, também, chamada de “joelho de saltador”, é a inflamação deste tendão, causando dor nesta região. · A atividade que mais causa a tendinite patelar é o salto realizado excessivamente; · Correr, caminhar e andar de bicicleta são atividades que causam estresse no tendão patelar, podendo levar à inflamação; · Pode ocorrer também em pessoas que possuem um desalinhamento dos membros inferiores, como: quadris largos, joelhos valgos. Sintomas: · Dor e sensibilidade ao redor do tendão patelar; · Edema na articulação do joelho ou no tendão patelar; · Dor ao saltar, correr ou caminhar, especialmente ladeira ou escada abaixo; · Dor ao dobrar ou esticar a perna; · Sensibilidade na parte de trás da patela. Tratamento: · Uso de medicamentos antiinflamatórios e analgésicos; · Uso de uma faixa para ser colocada sobre o tendão patelar, chamada Tira-infrapatelar. A tira irá amparar o tendão patelar visando evitar desgaste e dor nele; · Fisioterapia. Prevenção: · A tendinite patelar é comumente causada por desgaste durante atividades como salto ou corrida. A melhor maneira de evita-la é possuir fortes músculos nas coxas e um bom alongamento de membros inferiores. TENDINITE DA PATA DE GANSO · A pata de ganso é formada por 3 tendões que tem origem na tuberosidade isquiática e se inserem na parte proximal na superfície media da tíbia. · SARTÓRIO, GRÁCIL E SEMITENDINOSO; · Função primária de flexionar o joelho e secundária de realizar a rotação medial; · Protege a articulação contra o estresse em valgo; · A Bursa da pata de ganso está localizada entre a tíbia e os três tendões; · Clinicamente é difícil distinguir qual estrutura está afetada se é o tendão ou a Bursa; · A inflamação da Bursa (bursite) pode resultar de um trauma agudo na parte medial do joelho ou por overuse (sobrecarga), na qual há uma fricção repetitiva da bursa entre a tíbia e os tendões devido a estresse em valgo ou uso excessivo dos isquiotibiais, principalmente naqueles que tem um encurtamento dos músculos posteriores da coxa. Causas: · É comum ocorrer em esportes que necessitam mudança rápida e constante de direção; · Treinamento excessivo; · Aumento súbito dos treinamentos e corridas; · Encurtamento dos isquiotibiais; · Lesão do menisco medial; · Deformidade em valgo; · Instabilidade medial. Sintomas: · Dor ao subir e descer escadas na região medial do joelho; · Dor ao sair da posição sentada para em pé; · Edema no local; · Dor a palpação da região; · Dor para caminhar. Exame físico: · O exame físico é caracterizado por dor a palpação na região da pata e ganso; · Pode apresentar dor ao estresse em valgo ou a flexão resistida do joelho associada a rotação interna; · Na maioria dos casos o problema é resolvido com tratamento conservador: uso de antiinflamatórios e fisioterapia. DISFUNÇÕES DO TORNOZELO E PÉ TENDINITE DO TENDÃO DE AQUILES: · Tendão mais forte do corpo humano; · Tendão calcâneo é uma faixa de tecido que conecta o osso do calcanhar ao músculo da panturrilha; · Quando o tendão fica inflamado o termo usado é TENDINITE DE CALCÂNEO, causando dor na parte posterior da perna, perto do calcanhar; · O rompimento do tendão é chamado ruptura e também causa dor perto do calcanhar. Causas: · Tensão dos músculos da panturrilha ou do tendão calcâneo; · Aumento da quantidade ou da intensidade de treinos esportivos; · Retorno intenso dos treinos após um período de repouso; · Treino de corrida em subida; · Alteração de local ou acessórios no treino; · O tendão calcâneo pode romper-se durante atividades repentinas. Ex: o tendão pode romper-se no salto ou no início de uma corrida em alta velocidade. Sintomas: · Dor e edema no tendão; · Dor: é mais intensa após o exercício, ao levantar os dedos do pé e ao alongar o tendão; · É comum sentir rigidez na região do tendão ao acordar; · A ADM do tornozelo pode ficar limitada; · No momento do rompimento, é normal ouvir e sentir um estalo. Na ruptura completa, será dificílimo elevar o calcanhar do chão e apontar com os dedos do pé para baixo. Tratamento: · Antiinflamatórios, analgésicos; · Uso de órteses nos sapatos para levantar os calcanhares; · A elevação previne alongamento adicional do tendão calcâneo; · Fisioterapia; · A ruptura do tendão pode necessitar de cirurgia ou apenas do aparelho gessado por até 10 semanas; · Na recuperação a prática de esporte e atividade, deve ser substituída por outras que não piorem a condição do paciente. FASCITE PLANTAR: · A dor no calcanhar é um dos motivos mais frequentes de atendimento ortopédico; · Fascite plantar e o esportão de calcâneo; · A fascia plantar é uma aponeurose da planta do pé que se estende do calcâneo aos dedos, ela auxilia a manter o arco plantar; · O esporão do calcâneo pode fazer parte do quadro de fascite plantar, se caracteriza principalmente por um crescimento ósseo no calcêneo (osteófito), o qual se localiza adjacente a fáscia plantar; · O paciente com fascite apresenta dor na parte posterior que irradia para a planta do pé, no esporão a dor é localizada no calcanhar; · A dor ocorre nos primeiros passos, durante a prática de atividade física a longos períodos em pé; · No caso do esporão, as vezes o pé adapta-se a esta proeminência e a dor pode até diminuir com o passar dos dias ou prática de esporte; · A maior causa da dor é devido a essa proeminência óssea ser comprimida contra a parte posterior do tênis de corrida. Tanto o tendão como os tecidos moles podem ficar inflamados e doloridos quando isso acontece. Causas: · Alterações na formação do arco dos pés (principalmente a acentuação do ardo, é cavo); · Alterações na marcha (pisada errada); · Encurtamento do tendão de aquiles e da musculatura posterior da perna; · A pressão sobre o centro do calcanhar causa dor se o esporão estiver presente. Tratamento: · Antiinflamatórios e analgésicos; · Fisioterapia com exercícios para alongamento da fáscia plantar e do tendão de aquiles; · Suspender as atividades de corrida ou longas caminhadas para diminuir o impacto sobre a região; · Perder qualquer peso excessivo; · Injeções de corticoides na fáscia plantar; · Uso do nightsplint, que é uma espécia de imobilizador de tornozelo que alonga a fáscia plantar enquanto se está dormindo. BURSITE RETROCALCÂNEA · É uma dor causada pela inflamação das bursas, as quais estão localizadas entre o tendão de aquiles e o osso (Bursa retrocalcaneana) ou entre a pele e os tendões (Bursa aquiliana); · É causada por traumas repetitivos agravada pela pressão local, tais como em atletas; · Processos reumáticos como artrite reumatoide, gota. Tratamento: · Medicamentoso: analgésico e anti-inflamatório; · Repouso; · Fisioterapia; · Mudança de calçados para a linha confort, que possui amortecimento no calcanhar. PÉ CHATO · O pé chato (pés planus) se refere a uma mudança no formato do pé, sendo que este não tem um arco normal quando o indivíduo está em pé; · Ocorre porque os tecidos que seguram as articulações do pé (chamados tendões) estão frouxos; · Envelhecimento pode causar o desabamento do pé; · Pés chatos as vezes causam dor; · Colisão tarsal – ossos do tarso nascem grudados; · Em pessoas com pé chato, a sola do pé fica em contato com o chão quando a pessoa está em pé; · Para diagnosticar o problema, o examinador pedirá que o paciente fique na ponta dos pés. Se um arco se forma, o pé chato é chamado flexível; · Se o arco não se forma quando o paciente fica na ponta dos pés, é chamado pé chato rígido.
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