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Conteúdo completo de Disfunções em Traumato Ortopedia

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DISFUNÇÕES EM TRAUMATO ORTOPEDIA
Punho e Mão
Cisto Sinovial:
· Cisto é o nome que se dá a toda bolsa orgânica que contenha em seu interior material liquido ou semilíquido, contém liquido sinovial.
· Ele é uma dilatação anormal da membrana que envolve as articulações e tendões (membrana sinovial), formando uma bolsa que armazena a sinóvia.
· Geralmente se manifesta como uma tumoração que faz saliência na pele, na região das articulações.
Causas do cisto sinovial:
· Enfraquecimento da parede da capsula sinovial;
· Traumas;
· Lesão por esforço repetitivo.
Sinais e sintomas: 
· Podem aparecer nos mais variados locais, porem são mais comuns no dorso da mão na frente do punho, base dos dedos e região lateral do tornozelo;
· São indolores, mas podem causar compressões em estruturas vizinhas e, então, ocasionarem dor, perda de força e/ou sensibilidade na região afetada.
Diagnóstico:
· Exame físico, são formados para fora das articulações, uma bolsa que pode ser facilmente vista e palpada;
· Não tem sinais inflamatórios, cistos pequenos e ainda ocultos podem ser diagnosticados 	pela ultrassonográfica ou ressonância magnética.
Tratamento:
· O tratamento do cisto sinovial pode envolver fisioterapia, acupuntura, cirurgia ou uso de medicações, geralmente corticoide;
· O cisto sinovial é sempre benigno, sem nenhuma possibilidade de se tornar maligno, pode desaparecer espontaneamente e reaparecer novamente mais tarde, se desenvolvem no lado da dominância do indivíduo.
Síndrome do túnel do carpo 
· É causada pela compressão do nervo mediano que passa por um canal estreito no punho chamado de túnel do carpo;
· É comum em pessoas que realizam trabalho manual com movimentos repetidos, tem associação com alterações hormonais como menopausa e gravidez;
· Na síndrome túnel do carpo, os tendões são irritados e edemaciam, empurrando o nervo mediano em direção ao ligamento e causando dor nessa região;
· O nervo mediano fica submetido a compressão, na maioria dos casos essa compressão do nervo deve-se ao estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica dos tendões que também passa por esse canal.
Localização do nervo:
· O nervo mediano supre a porção radial da palma e as superfícies palmares dos dedos polegar, indicador e médio e também o dorso das falanges distais destes dedos.
· Os músculos tríceps braquial, supinador, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo são inervados pelo nervo radial
· Região tênar da mão.
Causas:
· Trabalho manual com movimentos repetitivos, artrite reumatoide, alterações hormonais.
Sinais e sintomas:
· Os sintomas mais frequentes são: dor, choque, dormência, formigamento e perda da destreza nas mãos;
· A dor é pior a noite e pode irradiar para o braço, pode haver dificuldade de amarrar os sapatos, abotoar uma camisa e pegar objetos.
Prevenção: 
· Não existe medida preventiva concreta para a síndrome túnel do carpo, mas as pessoas devem se policiar em não realizar movimentos repetitivos em flexão do punho.
Tratamento:
· Medicamentoso uso de medicação para a dor e anti-inflamatórios, e se persistir a inflamação pode-se usar corticoides;
· Convencional (Fisioterapia) uso de eletroterapia, para a analgesia e sempre se atentar a sensibilidade da pele;
· Cirúrgico nos casos que o tratamento convencional falhar, será realizada a cirurgia.
Tenossinovite de Quervain
· Ocorre quando os tendões que vão para o polegar ficam comprimidos e inflamados junto ao seu canal de passagem, na região lateral do punho.
· Alguns tendões são revestidos por bainha sinovial, que serve para diminuir o atrito entre eles, ocorre inflamação da bainha sinovial dos tendões diminuindo o espaço existente.
Tendões acometidos:
· Abdutor longo do polegar;
· Extensor curto do polegar.
Causas:
· É causada pelo espessamento destes tendões, devido a um traumatismo agudo a fricção repetitiva contra o retináculo extensor;
· Movimentos repetitivos, jogos, sobrecarga das atividades diárias das mãos e punhos.
Sintomas:
· Surgem de forma súbita;
· Dor e ardência ao longo do polegar;
· Pode irradiar até o cotovelo e ombro;
· Dor piora com atividades de preensão e torção no punho;
· Sinais cardinais da inflamação;
· Diminuição da força muscular.
Diagnostico:
· Através da história clínica, sinais e sintomas e testes especiais;
Tratamento:
· Medicamentoso uso de medicação para a dor e anti-inflamatórios, e se persistir a inflamação pode-se usar corticoides;
· Convencional (Fisioterapia) uso de eletroterapia, para a analgesia e sempre se atentar a sensibilidade da pele, fortalecimento muscular, exercícios de motricidade, movimentos finos e propriocepção;
Doença de Dupuytren ou Síndrome de Dupuytren
· É conhecida como uma doença fibro-proleferativa que acomete a fáscia palmar, caracterizando-se pela degeneração das fibras elásticas, espessamento e hializinação do feixe de fibras de colágeno dessa região, com formação de nódulos de contração;
· Inicia-se com o aparecimento de um nódulo próximo ao dedo anelar ou ao menor dedo;
· Com a evolução, outros nódulos surgem, resultando na contração dos tendões dos dedos, flexionando-os;
· Dedo anelar é o primeiro a ser afetado, por seguinte o dedo médio;
· Homens são mais afetados que as mulheres especialmente após 40 anos de idade, fumantes, usuários de drogas, diabéticos e alcoólatras apresentam uma probabilidade maior de desenvolver a doença.
Sinais e sintomas:
· Presença de nódulo na palma da mão, causa desconforto, mas não é dolorosa.
Classificação da doença:
· Grau 1 – Presença do nódulo;
· Grau 2 – Presença de corda (Fibras musculares vão se espessando);
· Grau 3 – Não consegue mais estirar a mão e coloca-la reta na mesa;
· Grau 4 – Quando o dedo está quase todo dobrado;
Diagnóstico:
· A inspeção é bastante clara, com a presença do nódulo;
· A evolução de um grau para o outro é imprevisível.
Tratamento:
· A indicação cirúrgica ideal é no grau 3, em situações mais graves, pode estar indicada a amputação do dedo;
Epicondilite Lateral
· Também conhecida como “cotovelo do tenista”, a epicondilite lateral não é um problema limitado a quem pratica esse esporte, trata-se de uma inflamação dos tendões dos músculos extensores do punho, localizados no cotovelo muito comum a quem realiza movimentos repetitivos com o punho e dedos.
Epicondilite Lateral do cotovelo:
· As origens do musculo extensor radial curto do carpo e da parte superficial do supinador são localizadas no epicôndilo lateral, as contrações destes músculos exercem tração sobre as estruturas, a epicondilite lateral do cotovelo é geralmente atribuída ao esforço físico intenso e/ou repetitivo.
Incidência:
· Na população em geral, 1 a 3% da população adulta, entre 35 e 55 anos, apenas 5 a 10% dos pacientes que apresentam a epicondilite praticam o esporte (tênis);
· É mais frequente no braço dominante, supõe-se que a epicondilite seja uma degeneração do tec. Conjunto no qual vários músculos se originam de um pequeno ponto ósseo;
· A epicondilite lateral ocorre inicialmente por microlesões na origem da musculatura extensora do antebraço, sendo mais frequente o acometimento do tendão extensor radial curto do carpo. Existem duas teorias para explicar essas microlesões:
1. Microrruptura degenerativa da origem dos músculos devido ao envelhecimento biológico;
2. Microrruptura traumática de origem dos músculos devia a trauma direto ou esforço repetitivo.
· Dados demográficos mostram que 95% dos pacientes portadores de epicondilite não praticam esporte, 75% dos casos tem idade entre 35 e 55 anos, ambos os sexos são afetados, epicondilite lateral é 7x mais frequente que a epicondilite medial.
Sintomas:
· Dor no cotovelo com piora aguda na face lateral;
· Irradiação da dor da parte externa do cotovelo para o antebraço e para o dorso da mão, principalmente ao segurar ou torcer alguma coisa;
· Fraqueza;
· Rigidez muscular;
· Sensibilidade na região afetada.
Tratamento:
· Anti inflamatórios, repouso, fisioterapia, cirúrgico.
Epicondilite medial
· É uma lesão associada a movimentos excessivosde flexão do punho e dedos e pronação de punho, também conhecida de cotovelo de golfista, esta lesão envolve músculos e tendões do antebraço que se inserirem através de seus tendões no epicôndilo medial do cotovelo;
· Os músculos mais lesados são o M. pronador redondo, flexor radial do carpo e palmar longo;
· Esta lesão, causada pelo uso excessivo ou esforços repetitivos dos flexores e pronadores do punho, é frequentemente observada em praticamente de lançamento de dardo, mas é cada vez mais comum em outras atividades repetitivas como na agricultura e no teclar.
Sintomas:
· Dor na região ao redor do epicôndilo, podendo irradiar para o antebraço. A dor piora com atividades com punho fechado como segurar objetos;
· Início súbito – Ocorre num único momento de esforço, em alguns gestos bruscos. Corresponde a um micro – trauma no tendão;
· Início tardio – Normalmente ocorre devido após um intenso período de flexão combinado com a pronação de punho principalmente em atleta despreparados ou de final de semana.
Diagnóstico 
· História clinica detalhada;
· Exame físico especifico;
· Raio X;
· Ultrassom;
· Ressonância magnética.
Tratamento:
· Conservador para prevenir maiores lesões e o objetivo é gerar a cicatrização completa dos tendões, quando existe processo inflamatório é usado tratamento medicamento.
· Fisioterapia;
· Uso de órteses imobilizadoras;
· Tratamento cirúrgico.
Síndrome compressivas ao nível do cotovelo
· Os nervos do membro superior são originados a partir do plexo braquial e possuem o risco de serem comprimidos em vários locais por ondem passam;
· A compreensão exercida sobre o nervo pode ser causada por diversas situações;
· Inflamatória;
· Degenerativa (perda da elasticidade da musculatura);
· Traumática;
· Movimentos repetitivos;
	
Bursite do olecrano
Etiologia: São de diversas razões:
· Traumatismos cronicamente repetitivos;
· Traumatismos agudo;
· Artrite reumatoide;
· Gota;
· A causa mais comum é provavelmente a repetição de traumatismos por pressão direta sobre o olecrano;
· Foi denominada cotovelo de estudante;
Sintomas:
· A bursite do olecrano causa dor e edema na região da ponta do cotovelo, pode ser muito difícil apoiar o cotovelo sobre uma superfície devido ao aumento da sensibilidade local;
· Perda da função;
· Caso ocorra mais de um episódio, pequenas “bolinhas” podem ser sentidas sob a pele do olecrano;
Tratamento:
· A bursite traumática aguda habitualmente desaparece espontaneamente;
· Episódios repetidos de bursite traumática podem ocorrer e serem evitados com acolchoamento do cotovelo.
Síndrome do túnel cubital ou (síndrome do bêbado)
· O nervo ulnar passa posteriormente ao epicôndilo medial do úmero, formando o túnel ulnar;
· A membrana que recobre o nervo começa a se espessar e hipertrofiar, gerando compressão.
Etiologia
· Trauma direto;
· Patologias que aumentam o tamanho do nervo;
· Patologias que reduzem o espaço dentro do canal;
· Tumores, cistos;
· Trabalhos que exijam posturas viciosas, atividades repetitivas de pronação, supinação, flexão e extensão.
Quadro clínico
· Dor e parestesia, quando cotovelo está mantido em flexão ou pronação;
· Parestesia se intensifica a noite na área ulnar;
· Formigamento do dedo anular e mínimo;
· Perda da força de preensão e dificuldade de realizar movimentos finos;
Síndrome do nervo radial – (Sintomas)
· A principal dor é no terço proximal do antebraço que aumenta ao esforço;
· Diminuição da força de preensão ou até mesmo uma paralisia parcial do musculo inervados pelo nervo;
· Inerva os músculos tríceps.
Disfunções traumato-ortopédicas do ombro
Síndrome do impacto doloroso
· É desencadeado pela compressão do manguito rotador no arco coracoacromial;
· Muitos são as causas que levam a esta disfunção entre elas as mais frequentes são: Bursite, ruptura parcial e total do tendão do bíceps braquial, luxação e sub - luxação da articulação glenoumeral;
· Causa mais comum de dores em ombro em adultos, estes músculos cobrem a cabeça do úmero (manguito rotador), trabalhando em conjunto para elevar e girar o braço;
· Quando o braço é elevado, ocorre um impacto entre o acrômio e os tendões do manguito rotador, isto pode causar dor e limitação dos movimentos;
· Atletas jovens do tênis, da natação e basquetebol são particularmente vulneráveis. Também aqueles que utilizam as mãos acima da cabeça em atividades repetitivas;
Incidência
· É a afecção mais frequente da cintura escapular;
· Acomete principalmente mulheres entre a 4° e a 5° década;
· Eventualmente é bilateral.
Sintomas:
(Forma aguda)
· Dor interna na região da articulação glenoumeral, agravada pelo movimento do ombro, irradiando para o pescoço e as vezes para o musculo deltoide e ponta dos dedos. Além da limitação dos movimentos;
(Forma crônica)
· Pode ocorre atrofia do musculo deltoide e musculo supra-espinhoso, além da incapacidade dos movimentos articulares escapulo-umeral (abdução e rotação). Dor localizada de pouca intensidade ou dor irradiante.
Capsulite adesiva ou ombro congelado
· É uma reação inflamatória da sinovia e da capsula articular glenoumeral;
· Ocorre a formação de aderências;
· Apresenta menor volume articular;
· A capsula torna-se espessa e inelástica;
· A característica desta doença é a restrição da amplitude de movimentos passivos.
Primária: causas desconhecidas, espontânea;
Secundária: traumatismo, pós mastectomia, fratura de cabeça do úmero, diabetes.
· De causa idiopática, caracterizada pelo início espontâneo da dor e evoluindo com restrição aos movimentos da articulação glenoumeral;
· Limitação da ADM ativa e passiva;
· Contratura dos tecidos moles;
· Há inflamação no revestimento sinovial e da capsula articular levando a fibrose.
Tipos de capsulite adesiva
1 – Capsuliteadesiva primaria - (sem causa determinada):
· A qual se refere a forma idiopática do ombro rígido e doloroso;
2 – Capsulite adesiva secundaria – (logo após alguma patologia):
· Refere-se a perda de movimento articular resultante de algum evento desencadeante bem definido tais como trauma, AVC, lesão do manguito rotador, fratura do membro superior, imobilização pós cirurgia;
Incidência:
· É maior no sexo feminino, entre os 40 e 60 anos.
Etiologia:
· Não tem etiologia definida, contratura de tecidos moles e rigidez dolorosa.
Quadro clínico:
· Dor mal localizada no ombro de início espontâneo;
· Sem histórico de trauma (tipo 1);
· A dor vai se tornando intensa, mesma ao repouso, e a noite diminui;
· A diminuição da limitação dos movimentos do ombro ocorre rapidamente.
Fases da doença:
	Fase congelante e dolorosa (10 a 36 semanas) – é a fase dolorosa. Existe aumento gradual da dor no ombro mesmo ao repouso, com dor aguda aos movimentos;
	Fase adesiva (4 – 12 meses) – a dor começa a ceder, porém inicia um progresso da perda dos movimentos (flexão, abdução, rotação interna e externa);
	Fase da resolução (12 – 42 meses) – ocorre uma melhora da ADM funcional do ombro.
Avaliação clínica
· Ponto sensível a palpação do M. deltoide e ocasionalmente dor irradiada para o cotovelo, algumas vezes para a face lateral do antebraço;
· As limitações incluem dificuldades que exigem elevar o braço acima dos olhos, como colocar roupa no varal, alcançar objeto na prateleira;
· No exame físico limitação dos movimentos ativos e passivos;
Tendinite biciptal
· A inflamação no tendão da porção longa do bíceps, tendo como causa movimentos repetitivos. A dor apresenta-se na parte anterior do ombro, principalmente no uso ativo do bíceps;
Causas:
· Traumas repetitivos;
· Indivíduos envolvidos em atividades de arremesso devido ao movimento de desaceleração do bíceps. Nesta situação o bíceps age como estabilizador importante do ombro, tracionando a cabeça do úmero para dentro da fossa glenoide. Se outros estabilizadores estiverem enfraquecidos (manguito rotador) o bíceps será mais exigido.
Sintomas:
· Dor, está relacionada ao pinçamento do bíceps pelo acrômio;
· Dor na face anterior do ombro;
· Dor noturna e ao movimentar-se;
· Disfunção com a elevação do membro superior;· Os sintomas desenvolvem-se lentamente.
Exames complementares:
· Na maioria dos casos nem são necessários, porem o teste de speed é muito fidedigno;
· Os exames são Ultrassonografia e ressonância magnética.
Ruptura do tendão do bíceps braquial
· Na ruptura do tendão do Bíceps o paciente perde a força do braço e pode ser incapaz de girar o antebraço com força e colocar a mão para cima (em supinação);
· Muitos pacientes podem conviver com o tendão do bíceps rompido e apenas precisam de tratamento simples para aliviar os sintomas. Outros necessitam de cirurgia para reparar o tendão rompido;
· O musculo bíceps tem dois pontos de fixação do tendão no ombro, a porção curta raramente é lesada. Devido a isto é possível usar o bíceps pela 2° fixação;
· Pode-se usar o bíceps mesmo depois de uma ruptura completa da porção longa;
Tipos de lesões:
· Podem ser parciais ou completas;
· Em alguns casos o paciente já apresenta uma história previa de dor no ombro, devido o tendão começar a desgastar;
· Com a progressão do dano o tendão pode romper completamente ao elevar um peso;
Causas:
· Queda ao cair com o braço estendido;
· Carregar algo muito pesado;
· Muitas vezes o uso excessivo do musculo é resultado do desgaste do tendão, isto ocorre lentamente ao longo do tempo, pode ser quando envelhecemos devido ao uso excessivo de movimentos repetitivos;
Fatores de risco:
· Idade;
· Atividade pesada com os braços elevados;
· Excesso de carga na musculação;
· Uso excessivo do ombro em esportes que tenham sobre carga repetitiva, Ex: natação;
· Fumar: uso de nicotina pode afetar nutrição do tendão;
Sintomas:
· Dor súbita e aguda no braço;
· Dor ou sensibilidade no ombro e cotovelo;
· Fraqueza no ombro e cotovelo;
· Dificuldade de virar a palma da mão para cima e para baixo;
· Deformidade com um abaulamento anterior acima do cotovelo – sinal de Popeye;
Tratamento: 
· Em alguns casos, como os atletas ou trabalhadores braçais podem exigir a cirurgia;
· O resultado cirúrgico é uma cirurgia bem sucedida pode corrigir a deformidade do musculo e retomar a força e função do braço;
Bursite
· Inflamação da Bursa sinovial;
· Pequena almofada localizada no interior de uma articulação é um amortecedor evitando o atrito tendão – osso e tecidos musculares;
· Dor localizada na parte superior e anterior do ombro;
· Dor local ou irradiada.
Causas:
· Excesso de movimento no ombro;
· Disfunções articulares; gota; artrite reumatoide;
· Pancadas direta no ombro;
· Infecções no ombro após cirurgia;
· Traumatismo.
Sintomas:
· (Sinais cardinais da inflamação), porém de difícil visualização do eritema.
2° BIMESTRE
Disfunções ortopédicas do quadril
Bursite do quadril ou Bursite trocantérica– é o tecido sinovial localizado superficialmente ao trocanter maior do fêmur. Todo o indivíduo tem 4 ou mais bursastrocantérias em cada quadril e elas facilitam o deslizamento dos tendões e fáscias sobre os ossos. A bursite trocantérica é uma causa comum de dor no quadril ocorrendo limitação nas atividades físicas e dificuldade para dormir, elas acometem geralmente um lado do quadril.
A inflamação de qualquer uma das bursastrocantéricas é conhecida como bursite trocantéricas, essas possuem pequenos nervos em seu interior que irritados ou comprimidos podem causar dor. A bursa isquiática e bursa do musculo iliopsoas tem acometimento menos frequente quanto a bursite trocantérica.
Causas – movimento exagerado dos tendões e fáscias sobre o trocanter maior; pressão direta pode causar ou agravar os sintomas; com a evolução da inflamação, a bursa progressivamente perde a sua função deslizante e engrossa suas paredes;
Condições associadas
· Dor na coluna lombar;
· Diferença de comprimento entre os membros inferiores;
· Disfunção na articulação sacrilíaca;
· Artrose de joelho;
· Alteração da marcha;
Sintomas – Independente da localização da bursa inflamada os sintomas serão:
· Dor na lateral do quadril e na coxa;
· Dificuldade para caminhar;
· Dificuldade para deitar do lado afetado;
· Por todas estas manifestações, a bursite trocantéricas pode prejudicar o sono, evitar a realização de atividades físicas e reduzir significativamente a qualidade de vida;
Tratamento – uso de medicações (analgésicos e anti-inflamatórios); fisioterapia (eletroterapia [ultrassom], alongamento, mobilizações, fortalecimento); tratamento cirúrgico.
COXARTROSE
“Artrose” é um termo usado genericamente para denominar o processo degenerativo da cartilagem, quando ocorre no quadril chama-se coxartrose. Estima-se que 1/3 dos idosos algum grau de alteração cartilaginosa. Embora seja mais frequente em idosos, pode acometer jovens em variados graus de gravidade.
Causas – geralmente a artrose nos jovens é causada por:
· Sequelas de traumas de alta energia;
· Osteonecrose (perda da circulação da cabeça do fêmur);
· Sequelas de infecções ou formas graves de artrite auto-imune;
· Nos idosos pode-se identificas causas mecânicas que levaram a alteração articular ao longo dos anos;
Sintomas
· Dor tem uma piora após atividades físicas e melhora com repouso;
· Na evolução podem ocorrer dores de rigidez matinais, gradualmente o movimento se restringe, podem se formar osteófitos ao redor da articulação;
· A dor se localiza profundamente na virilha, podendo irradiar-se até o joelho pela parte interna da coxa;
Tratamento cirúrgico (coxartrose)
1. Artrodese: fusão cirúrgica (colar um osso no outro);
2. Osteotomia: cortes no osso para mudar sua forma e área de carga;
3. Artroplastia: Prótese de quadril;
- Rápida recuperação;
- Baixa taxa de complicações.
· A articulação do quadril é formada pela cabeça femoral e acetábulo. A junção destas estruturas permite uma grande estabilidade articular, que possui a enorme função de suportar o peso do corpo. A cartilagem que recobre tais estruturas é extremamente importante no papel de impedir o contato ósseo e favorecer o deslizamento entre as partes;
· Quando as estruturas funcionam perfeitamente = movimento sem dor;
· Quando a cartilagem sofre algum tipo de deteriorização, a cabeça do fêmur e acetábulo se aproximam ou chegam a ter um contato direto – osso-osso, e como passam nervos pelos ossos, desencadeia um processo doloroso;
· A dor possui caráter progressivo e limitante;
· Os principais fatores a serem considerados para realização da cirurgia são: a intensidade da dor, graus de limitações e condições gerais do paciente;
· Benefícios: alivio da dor, melhorar a qualidade do movimento, melhorar a qualidade de vida
Artroplastia total do quadril
· Substituição do componente femoral e componente acetabular;
· As próteses podem ser feitas de diferentes materiais: como metal, cerâmica, titânio, polietileno;
· Substituem o quadril danificado por um sistema de materiais artificiais, as próteses.
Artroplastia parcial de quadril
· Constitui a substituição apenas do componente femoral (parte femoral proximal), e ocorre a preservação do acetábulo normal.
Tipos de aplicações das próteses
· CIMENTADAS:artroplastia são utilizados cimentos ósseos ortopédicos para a fixação dos componentes da prótese;
· NÃO CIMENTADAS: os componentes da prótese são fixados diretamente na superfície óssea sem a utilização de cimento ortopédico (utiliza-se parafuso);
· PRÓTESE HÍBRIDA:Artroplastia o componente femoral é cimentado e o componente acetabular é fixado na superfície acetabular sem cimento.
Cuidados no pré-operatório – ocorre desuso devido a atividade álgica, busca exercícios que visam melhorar a circulação e reforço muscular, ajudando a evitar a formação de trombos e a sua complicação mais grave – a embolia pulmonar;
Orientações pós-operatório – medicamentos analgésicos são utilizados para o controle da dor; a fisioterapia inicia no leito hospitalar (fisioterapia motora e respiratória). Uso de meias antitrombóticas;
· Orientações para sentar: a perna do lado operado deverá estar estendida, apoias os braços na cadeira e então se sentar descarregando o peso na região sacral e lombar (posição do tronco inclinada para trás);
· Quando estiver deitado colocar uma almofadaentre os joelhos, para não cruzar as pernas;
Movimentos que podem causar a luxação:
· Evitar cruzar as pernas;
· Evitar rotação interna;
· A luxação pode ocorrer caso não mantenha o quadril na posição correta durante o processo de cicatrização;
· Não sentar em lugares baixos (por isso a necessidade de cadeira de banho e/ou de um adaptador de vaso sanitário);
· Evite escadas. Se precisar usá-las, lembre-se que a perna não operada é a que sobre o degrau e ao descer a perna operada é a que desce primeiro;
· Quando estiver deitado, as pernas devem ser mantidas abertas, separadas por travesseiros entre os joelhos;
· Evite dormir sobre o lado operado e quando for se deitar sobre o outro lado mantenha os travesseiros entre os joelhos para afastar as pernas;
· Luxação da prótese – é a desconexão entre os dois componentes da prótese;
Luxação da prótese – é a desconexão entre os dois componentes da prótese;
Pubalgia (pubeíte)
Pubalgia – é a tendinite dos adutores do quadril ou dos abdominais, à nível de inserção no osso púbico (púbis). Causa uma dor abdominal e inguinal que pode limitar a pessoa em esportes e atividades diárias. A pubalgia afeta principalmente os atletas, jogadores de hóquei, futebol e quase exclusivamente o sexo masculino;
· Inflamação da sínfise púbica e dos tendões que se inserem no tubérculo púbico;
· É a tendinite dos adutores do quadril ou dos abdominais, à nível de inserção no osso púbico (púbis);
· Causa uma dor abdominal e inguinal que pode limitar a pessoa em esportes e atividades diárias;
· A pubalgia afeta principalmente os atletas, jogadores de hóquei, futebol e quase exclusivamente o sexo masculino;
· Os músculos e os tendões que são afetados pela pubalgia, inserem no osso púbico:
· Abdominal oblíquo externo;
· Abdominal oblíquo interno;
· Pectíneo;
· Adutor curto;
· Adutor longo;
· Adutor magno;
· Grácil.
· A dor pode irradiar para a região abdominal inferior: períneo, testículos, adutores, quadril e coxa;
· Geralmente os sintomas são unilaterais, mas também podem apresentar bilateralmente.
Causas:
· Um movimento violento ou agressivo, que produz uma lesão nos adutores, os abdominais oblíquo ou na estrutura miofascial;
· Contratura musc. Iliopsoas;
· Inflamação do ramo púbico devido a um trauma.
Sintomas:
· Dor e rigidez na região da virilha;
· A dor piora durante a atividade esportiva, mas na fase inicial da pubalgia é possível continuar a jogar;
· Todos os movimentos que implicam uma contração abdominal e dos músculos adutores agrava os sintomas;
· Algumas atividades de vida diária podem ser dolorosas: tossir, defecar e atividade sexual.
Prognóstico:
· Uma pubalgia traumática cura mais rápido do que uma de sobrecarga;
· Se não parar com a prática da atividade física e/ou movimento causador da tendinite os tecidos não cicatrizam e a inflamação tornar-se crônica;
· Uma inflamação aguda pode curar dentro de um mês com repouso e fisioterapia.
Tratamento:
· O objetivo do tratamento é reduzir a inflamação. É necessário ficar em repouso para permitir o reparo das micro-lesões;
· Fisioterapia;
· Cirurgia.
Disfunção sacroilíaca
É a inflamação das articulações sacroilíacas
· A articulação sacroilíaca faz a junção entre a parte inferior da coluna – o sacro – com a pelve;
· Sustenta o tronco quando ficamos em pé;
· Dor nesta articulação pode ser o resultado de lesão ou inflamação;
· Pressão exercida por edema dos tecidos dentro e em torno da articulação, pode fazer com que os nervos espinhais na região originem impulsos de dor;
Sintomas 
· Dor e rigidez na região lombar, coxas ou nádegas;
· Sinais de inflamação;
· Falta de sensibilidade;
Tratamento 
· Medicação;
· Fisioterapia;
· Infiltração de corticoide;
Disfunção ortopédica do joelho
Lesão do ligamento colateral medial
· O estiramento ou ruptura de uma estrutura chama-se de distinção. O ligamento é uma forte tira de tecido que liga um osso ao outro;
· O ligamento medial colateral está localizado na parte interna do joelho e liga a extremidade inferior do fêmur a tíbia;
· A distensões podem ser classificadas em graus I, II e III dependendo de sua gravidade.
Graus de distensão:
· Distensão grau I: dor com menor dano aos ligamentos;
· Distensão grau II: lesão parcial de algumas fibras do ligamento e pouca frouxidão na articulação;
· Distensão grau III: ruptura completa do ligamento e a articulação fica instável. É possível a associação com lesão do menisco medial;
Sintomas: dor na face medial do joelho, com possível edema. Instabilidade no joelho e no momento da lesão, é normal escutar ou sentir um estalo;
Diagnostico físico
· Exame físico;
· Testes especiais;
· Raio x;
· Ressonância magnética;
Tratamento
· Crioterapia (fase aguda);
· Anti-inflamatórios ou analgésicos;
· Uso de um imobilizador de joelho, para evitar maiores lesões e minimizar a dor causada pela movimentação na (fase aguda);
· Uso de muletas;
· Fisioterapia;
Lembrete 
· Enquanto não curada a lesão, o esporte ou uma atividade deverá ser adaptado ou alterado para uma segunda opção. Por exemplo: nadar ao invés de jogar futebol;
· O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança. Devendo observar o seguinte:
1. Realizar o movimento de flexão e extensão do joelho, sem sentir dor;
2. Recuperar a força normal, em comparação a outra perna;
3. Quando não houver mais edema;
4. Fazer viradas bruscas;
· A maioria das lesões do ligamento medial ocorrem durante acidentes imprevisíveis;
· E possível evitar essas lesões mantendo forte e alongada a musculatura do membro inferior;
Lesão do ligamento colateral lateral
O ligamento lateral colateral está localizado na parte lateral do joelho, ele liga a parte inferior fêmur e fíbula;
· A lesão ocorre através de um movimento de rotação ou uma pancada na parte interna do joelho, que o force para a lateral;
Sintomas 
· Dor na parte externa do joelho, podendo ocorrer edema;
· Não é comum escutar ou sentir estalos quando a lesão ocorre;
· Mesmo tendo dor na hora da lesão, geralmente é possível caminhão e até voltar a um jogo inacabado;
· A dor costuma aumentar e a mobilidade pode ficar limitada;
Tratamento 
· Crioterapia (fase aguda);
· Anti-inflamatórios ou analgésicos;
· Uso de um imobilizador de joelho, para evitar maiores lesões e minimizar a dor causada pela movimentação na (fase aguda);
· Uso de muletas;
· O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou a atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, e existe a possibilidade de piorar a lesão, levar a um dano;
Lesão de menisco
· Os meniscos são estruturas constituídas por fibras colágenas, de formato semicircular em forma de meia lua;
· Cada joelho possui dois meniscos, um na parte interna (menisco medial) e outro na parte externa (menisco lateral);
· Localizam-se entre o fêmur e a tíbia. O menisco medial é lesado 3 vezes mais que o lateral;
· As lesões dos meniscos estão relacionadas à entorses do joelho, sendo mais comuns nas práticas esportivas;
· As vezes, os meniscos podem apresentar alterações degenerativas, o que fragiliza sua estrutura, ficando mais susceptível a lesões ocasionadas por entorses mais leves (não relacionados à prática de esportes);
· As lesões dos meniscos podem ocorrer por traumas indiretos, geralmente os rotacionais, ou aparecer por processos de degeneração do menisco.
Sintomas:
· Dor significativa no momento da entorse pode ser acompanhada por sensação de estalido ou mesmo estalido audível;
· Limitação no movimento de flexão e extensão;
· Dor aguda ao agachar-se;
· Edema no joelho pode estar presente ou não;
· A lesão do menisco geralmente ocorre por trauma rotacional. Com o pé apoiado no solo, a rotação se faz no fêmur – para dentro, nas lesões internas. E para fora, nas externas;
· Geralmente é unilateral, sendo praticamente impossível ocorrer nos dois joelhos ao mesmo tempo;
· Outro mecanismo de lesão no menisco é o da rotação do corpo sobre o pé, com o joelho hiperfletido.
Tipos de lesão
Variam quanto à sua localização e estabilidade e são divididos em:
· Lesão oblíqua;
· Lesão transversa;· Lesão Horizontal;
· Lesão longitudinal (inclui lesão em alça de balde);
· Lesão degenerativa.
Tratamento
· Pode variar entre o tratamento conservador, com fisioterapia e uso de analgésicos e/ou anti-inflamatórios;
· E o tratamento cirúrgico, realizado por vídeoartroscopia para ressecção da área lesada ou sutura da mesma;
· A localização da lesão tem sua importância relacionada ao fato do menisco ser uma estrutura com vascularização variável, sendo dividido em 03 zonas.
1. ZONA VERMELHA: localização mais periférica e mais vascularizada, portanto com maior índice de cicatrização;
2. ZONA VERMELHA / BRANCA: localização intermediária e com vascularização variável;
3. ZONA BRANCA: localizada no 1/3 central e com vascularização pobre.
· Com a chegada da artroscopia e com o desenvolvimento da menistectomia parcial que consiste na retirada apenas da parte lesada do menisco, preservando todo o restante do menisco sadio, as consequências graves que víamos nas menistectomias totais foram minimizadas;
· A sutura meniscal é realizada nas lesões em que se é possível e neste caso são dados pontos para fixação da lesão.
LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR:
· O ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos ligamentos mais importantes da estabilidade do joelho, tem uma ação determinante na limitação do deslizamento anterior entre o fêmur e a tíbia; 
· O LCA é frequentemente lesado (estiramento ou ruptura) quando o corpo roda sobre o membro / perna que se encontra apoiado no solo / chão. Alguns exemplos deste mecanismo podem acontecer em atividades desportivas como o futebol.
Sintomas:
· Dor intensa e edema;
· Sensação de instabilidade do joelho – como se o joelho estivesse solto;
· Quando existe uma ruptura do LCA, o ligamento não tem capacidade de reparação / de voltar a cicatrizar-se.
Tratamento:
· A maioria das lesões do LCA têm indicação cirúrgica, mas algumas podem ser resolvidas através da fisioterapia;
· Reparação cirúrgica: a reparação cirúrgica do LCA pode ser realizada pela substituição de um outro ligamento de constituição artificial (opção menos utilizados) ou por um ligamento retirado / extraído das suas próprias estruturas tendinosas (uma parte do tendão de um músculo / normalmente retirado da pata de ganso);
· Após a cirurgia é imperativo que inicie precocemente um programa de fisioterapia para ser estabelecida a máxima funcionalidade do seu joelho;
· A fisioterapia é um recurso fundamental para restabelecer a força, a mobilidade e a estabilidade do seu joelho;
· ARTROSCOPIA;
Artroscopia:
· Cirurgia que é indicada par tratar lesões nas articulações;
· Comumente realizada no joelho e ombro, diagnóstico (exame) e tratamento de doenças;
· A artroscopia é um procedimento cirúrgico que permite olhar para o interior de uma articulação usando um equipamento chamado “artroscópio”;
· Este procedimento pode ser usado tanto para diagnosticar, quando para realizar o reparo de um problema articular;
· É inserido na articulação por meio de pequeno corte (incisão) na pele chamado de portal;
· O equipamento é munido de uma fonte de luz e uma câmera de vídeo em sua ponta. As imagens geradas da câmera são vistas em um monitor de vídeo;
· Os outros instrumentos cirúrgicos são inseridos na articulação por meio de novos portais. O procedimento é todo realizado com o cirurgião olhando para o monitor.
Dentre as indicações mais comuns estão os tratamentos:
· Para as lesões de meniscos, cartilagem e ligamentos no joelho;
· Para reparo de tendões, cartilagem e tratamento da instabilidade do ombro;
· Para lesões de cartilagem e impacto do quadril e tornozelo;
· Biópsia de tecidos intra-articulares nas diversas articulações.
Contra-indicações:
· Infecção ou ferida na pele próxima da articulação a ser operada;
· Distúrbio de sangramento grave;
· No entanto, em alguns casos, a artroscopia pode ser feita utilizando medicamentos coagulantes.
Complicações:
· Sangramento dentro da articulação, rigidez, dor e infecção na articulação podem ocorrer.
GENO VARO E GENO VALGO:
· Quando não tratadas, essas alterações levam a uma distribuição assimétrica de carga sobre os côndilos demorais, podendo favorecer ao desenvolvimento precoce da osteoartrose;
· As meninas têm maior tendência aos joelhos valgos e os meninos aos joelhos varos.
Causas:
· Podem ser provocadas por disfunções internas, como defeito na calcificação, displasias epifisárias, tumores benignos (como encondromas ou cistos ósseos), infecções ósseas ou sequelas de fraturas;
· Ou ainda por alterações externas, como retrações musculares, excessiva debilidade dos músculos e ligamentos, traumatismos, etc;
· Podem causar dificuldades na AVD, como sentar, caminhar, subir e descer escadas.
Genu Valgo
· Malformação que consiste na aproximação dos joelhos e no afastamento dos pés, caracterizando uma angulação medial do joelho e desvio do eixo longitudinal da tíbia e do fêmur;
· Apresenta adução e torração medial do fêmur, associadas ao excesso de rotação da tíbia. Caso o problema seja bilateral, os membros inferiores apresentam uma forma típica em X;
· É atribuído à frouxidão do ligamento colateral medial, provocando uma instabilidade;
· Em geral, promove encurtamentos das estruturas musculoligamentares. Os principais responsáveis são os músculos internos da coxa, que se encontram retraídos;
· O aumento do peso corporal contribui para os desequilíbrios musculares na articulação do joelho.
Genu Varo
· É a deformidade que consiste no arqueamento das pernas, promovendo a projeção dos joelhos para fora da linha média do corpo, o que caracteriza um afastamento dos joelhos;
· Abdução do fêmur e o excesso de rotação da tíbia;
· É mais raro que o joelho valgo;
· Entre as causas mais comuns estão as malformações congênitas;
· Os músculos responsáveis pelo arqueamento, e que estão retraídos, são o sóleo e o bíceps femoral, auxiliados pelo tensor da fáscia lata;
· Está presente a frouxidão do ligamento colateral lateral;
· Frequentemente, vem acompanhado de hiperextensão dos joelhos.
Tratamento:
· Em algumas vezes, se corrige espontaneamente;
· Há casos em que são indicados os aparelhos corretores ortopédicos. Nos casos mais graves, ou quando a deformidade persiste, a indicação é o tratamento cirúrgico;
· Na fisioterapia, o tratamento consiste na realização de exercícios de alongamento e fortalecimento dos grupos musculares envolvidos.
· A técnica de reeducação postural global (RPG) é excelente para a correção do joelho.
CONDROMALÁCIA PATELAR
· É um “amolecimento” anormal da cartilagem articular da patela, causado por alterações na estabilidade ou no trajeto patelar sobre o fêmur, por motivos mecânicos ou anatômicos, e que pode evoluir para a quebra na sua integridade (rachaduras) e perda de substância (falhas);
· Também conhecida como síndrome patelo femoral;
· Atinge em média 15 a 33% da população adulta e 21 a 45% dos adolescentes;
· Acomete desde jovens até adultos, e os sintomas normalmente estão relacionados com atividades esportivas iniciais, ou laborais que exijam agachamentos ou longos períodos em pé ou sentado;
· O diagnóstico pode ser confirmado através de Ressonância Magnética (RM);
Classificação:
É classificada de acordo com o acometimento da superfície condral em:
· Grau 1: quando há apenas um amolecimento na cartilagem;
· Grau 2: há um “desfiamento” condral;
· Grau 3: há rachaduras na superfície;
· Grau 4: além das rachaduras verificamos o desprendimento de fragmentos de cartilagem, expondo o osso subcondral.
· Pela pouca vascularização do tecido cartilaginoso, não há uma reciclagem satisfatória em suas estruturas, e os processos cicatriciais não conseguem recuperar o tecido lesionado;
· Sendo assim, é importante estabilizar a evolução, ao invés de cura.
Tratamento:
· Analisar a causa da sobrecarga e corrigi-la;
· Alguns recursos medicamentosos são utilizados. Os chamados CONDROPROTETORES;
· Infiltrações sequenciais (entre 3 a 5) para melhorar a lubrificação e nutrição intra-articular, melhorando a vitalidade e o movimento patelo-femoral (diminui o atrito);
· Fisioterapia.
TENDINITEPATELAR
· A tendinite patelar, também, chamada de “joelho de saltador”, é a inflamação deste tendão, causando dor nesta região.
· A atividade que mais causa a tendinite patelar é o salto realizado excessivamente;
· Correr, caminhar e andar de bicicleta são atividades que causam estresse no tendão patelar, podendo levar à inflamação;
· Pode ocorrer também em pessoas que possuem um desalinhamento dos membros inferiores, como: quadris largos, joelhos valgos.
Sintomas:
· Dor e sensibilidade ao redor do tendão patelar;
· Edema na articulação do joelho ou no tendão patelar;
· Dor ao saltar, correr ou caminhar, especialmente ladeira ou escada abaixo;
· Dor ao dobrar ou esticar a perna;
· Sensibilidade na parte de trás da patela.
Tratamento:
· Uso de medicamentos antiinflamatórios e analgésicos;
· Uso de uma faixa para ser colocada sobre o tendão patelar, chamada Tira-infrapatelar. A tira irá amparar o tendão patelar visando evitar desgaste e dor nele;
· Fisioterapia.
Prevenção:
· A tendinite patelar é comumente causada por desgaste durante atividades como salto ou corrida. A melhor maneira de evita-la é possuir fortes músculos nas coxas e um bom alongamento de membros inferiores.
TENDINITE DA PATA DE GANSO
· A pata de ganso é formada por 3 tendões que tem origem na tuberosidade isquiática e se inserem na parte proximal na superfície media da tíbia.
· SARTÓRIO, GRÁCIL E SEMITENDINOSO;
· Função primária de flexionar o joelho e secundária de realizar a rotação medial;
· Protege a articulação contra o estresse em valgo;
· A Bursa da pata de ganso está localizada entre a tíbia e os três tendões;
· Clinicamente é difícil distinguir qual estrutura está afetada se é o tendão ou a Bursa;
· A inflamação da Bursa (bursite) pode resultar de um trauma agudo na parte medial do joelho ou por overuse (sobrecarga), na qual há uma fricção repetitiva da bursa entre a tíbia e os tendões devido a estresse em valgo ou uso excessivo dos isquiotibiais, principalmente naqueles que tem um encurtamento dos músculos posteriores da coxa.
Causas:
· É comum ocorrer em esportes que necessitam mudança rápida e constante de direção;
· Treinamento excessivo;
· Aumento súbito dos treinamentos e corridas;
· Encurtamento dos isquiotibiais;
· Lesão do menisco medial;
· Deformidade em valgo;
· Instabilidade medial.
Sintomas:
· Dor ao subir e descer escadas na região medial do joelho;
· Dor ao sair da posição sentada para em pé;
· Edema no local;
· Dor a palpação da região;
· Dor para caminhar.
Exame físico:
· O exame físico é caracterizado por dor a palpação na região da pata e ganso;
· Pode apresentar dor ao estresse em valgo ou a flexão resistida do joelho associada a rotação interna;
· Na maioria dos casos o problema é resolvido com tratamento conservador: uso de antiinflamatórios e fisioterapia.
DISFUNÇÕES DO TORNOZELO E PÉ
TENDINITE DO TENDÃO DE AQUILES:
· Tendão mais forte do corpo humano;
· Tendão calcâneo é uma faixa de tecido que conecta o osso do calcanhar ao músculo da panturrilha;
· Quando o tendão fica inflamado o termo usado é TENDINITE DE CALCÂNEO, causando dor na parte posterior da perna, perto do calcanhar;
· O rompimento do tendão é chamado ruptura e também causa dor perto do calcanhar.
Causas:
· Tensão dos músculos da panturrilha ou do tendão calcâneo;
· Aumento da quantidade ou da intensidade de treinos esportivos;
· Retorno intenso dos treinos após um período de repouso;
· Treino de corrida em subida;
· Alteração de local ou acessórios no treino;
· O tendão calcâneo pode romper-se durante atividades repentinas. Ex: o tendão pode romper-se no salto ou no início de uma corrida em alta velocidade.
Sintomas:
· Dor e edema no tendão;
· Dor: é mais intensa após o exercício, ao levantar os dedos do pé e ao alongar o tendão;
· É comum sentir rigidez na região do tendão ao acordar;
· A ADM do tornozelo pode ficar limitada;
· No momento do rompimento, é normal ouvir e sentir um estalo. Na ruptura completa, será dificílimo elevar o calcanhar do chão e apontar com os dedos do pé para baixo.
Tratamento:
· Antiinflamatórios, analgésicos;
· Uso de órteses nos sapatos para levantar os calcanhares;
· A elevação previne alongamento adicional do tendão calcâneo;
· Fisioterapia;
· A ruptura do tendão pode necessitar de cirurgia ou apenas do aparelho gessado por até 10 semanas;
· Na recuperação a prática de esporte e atividade, deve ser substituída por outras que não piorem a condição do paciente.
FASCITE PLANTAR:
· A dor no calcanhar é um dos motivos mais frequentes de atendimento ortopédico;
· Fascite plantar e o esportão de calcâneo;
· A fascia plantar é uma aponeurose da planta do pé que se estende do calcâneo aos dedos, ela auxilia a manter o arco plantar;
· O esporão do calcâneo pode fazer parte do quadro de fascite plantar, se caracteriza principalmente por um crescimento ósseo no calcêneo (osteófito), o qual se localiza adjacente a fáscia plantar;
· O paciente com fascite apresenta dor na parte posterior que irradia para a planta do pé, no esporão a dor é localizada no calcanhar;
· A dor ocorre nos primeiros passos, durante a prática de atividade física a longos períodos em pé;
· No caso do esporão, as vezes o pé adapta-se a esta proeminência e a dor pode até diminuir com o passar dos dias ou prática de esporte;
· A maior causa da dor é devido a essa proeminência óssea ser comprimida contra a parte posterior do tênis de corrida. Tanto o tendão como os tecidos moles podem ficar inflamados e doloridos quando isso acontece.
Causas:
· Alterações na formação do arco dos pés (principalmente a acentuação do ardo, é cavo);
· Alterações na marcha (pisada errada);
· Encurtamento do tendão de aquiles e da musculatura posterior da perna;
· A pressão sobre o centro do calcanhar causa dor se o esporão estiver presente.
Tratamento:
· Antiinflamatórios e analgésicos;
· Fisioterapia com exercícios para alongamento da fáscia plantar e do tendão de aquiles;
· Suspender as atividades de corrida ou longas caminhadas para diminuir o impacto sobre a região;
· Perder qualquer peso excessivo;
· Injeções de corticoides na fáscia plantar;
· Uso do nightsplint, que é uma espécia de imobilizador de tornozelo que alonga a fáscia plantar enquanto se está dormindo.
BURSITE RETROCALCÂNEA
· É uma dor causada pela inflamação das bursas, as quais estão localizadas entre o tendão de aquiles e o osso (Bursa retrocalcaneana) ou entre a pele e os tendões (Bursa aquiliana);
· É causada por traumas repetitivos agravada pela pressão local, tais como em atletas;
· Processos reumáticos como artrite reumatoide, gota.
Tratamento:
· Medicamentoso: analgésico e anti-inflamatório;
· Repouso;
· Fisioterapia;
· Mudança de calçados para a linha confort, que possui amortecimento no calcanhar.
PÉ CHATO
· O pé chato (pés planus) se refere a uma mudança no formato do pé, sendo que este não tem um arco normal quando o indivíduo está em pé;
· Ocorre porque os tecidos que seguram as articulações do pé (chamados tendões) estão frouxos;
· Envelhecimento pode causar o desabamento do pé;
· Pés chatos as vezes causam dor;
· Colisão tarsal – ossos do tarso nascem grudados;
· Em pessoas com pé chato, a sola do pé fica em contato com o chão quando a pessoa está em pé;
· Para diagnosticar o problema, o examinador pedirá que o paciente fique na ponta dos pés. Se um arco se forma, o pé chato é chamado flexível;
· Se o arco não se forma quando o paciente fica na ponta dos pés, é chamado pé chato rígido.

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