Buscar

DROGAS ANESTÉSICAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anestesio
PRINCIPIOS DE ANESTESIA
DROGAS ANESTÉSICAS:
Anestesia geral
Responsáveis pela indução e manutenção tanto da inconsciência quanto da analgesia e do relaxamento muscular, condições essenciais para que se alcance o plano anestésico-cirúrgico.
Anestésicos Inalatórios (Voláteis):
Drogas de maior potência: isoflurano, desflurano e sevoflurano.
Óxido nitroso: anestésico volátil “fraco”.
Mecanismo de ação: ativação da neurotransmissão gabaérgica (receptores GABA-A) em diversas regiões do sistema nervoso central.
Capaz de produzir os três componentes da anestesia geral (inconsciência, analgesia e relaxamento muscular).
Óxido nitroso: Fornece apenas anestesia parcial, não tendo influência nas condições hemodinâmicas e respiratórias do paciente; além disso, é totalmente desprovido de propriedades relaxantes musculares.
Administrado combinado a anestésicos voláteis potentes, o que permite uma redução da dose destes últimos, medida que diminui a probabilidade de efeitos colaterais indesejáveis.
Isoflurano: metabolismo mínimo no organismo (eliminado por difusão nos alvéolos sem biotransformação hepática), menor redução do débito cardíaco e menor sensibilização do miocárdio às catecolaminas (embora possa causar taquicardia).
Odor insuportável; isso faz com que não seja usado isoladamente na indução anestésica, ou seja, é necessário o uso de um anestésico intravenoso antes.
Sevoflurano: induz mais rapidamente a anestesia, apresenta menor duração e possui uma menor incidência de sonolência e náusea.
Usado com frequência na manutenção da anestesia em pacientes asmáticos ou com DPOC.
Desflurano: possui ação mais rápida, assim como a duração de seu efeito anestésico.
Anestésicos Venosos:
Tiopental, midazolam, opioides, propofol, etomidato e quetamina
Estão relacionados a um menor desconforto durante a indução anestésica; essas drogas, quando combinadas aos anestésicos voláteis, oferecem uma anestesia geral de risco mais baixo (doses menores).
Tiopental: (barbitúrico) potente efeito hipnótico e também sedativo. Empregado na indução anestésica.
Midazolam: (benzodiazepínico) pode ser empregada tanto como medicação pré-anestésica (em doses baixas), como indutora da anestesia (em muitas cirurgias cardíacas), possuindo uma rápida ação.
Medicação ansiolítica e amnésica
Opioides: fentanil, sufentanil alfentanil, remifentanil, morfina e meperidina.
Excelentes analgésicos, mas não possuem efeito hipnótico-sedativo, dessa forma, o componente de hipnose e sedação é fornecido por outras medicações administradas na anestesia.
Propofol: potente efeito hipnótico e sedativo. Utilizado com frequência para indução anestésica em cirurgia geral, possuindo início e término de ação rápidos. 
Etomidato: atua como hipnótico de ação rápida. Droga ótima para pacientes com doença cardiovascular, e não provoca depressão respiratória.
Quetiapina: único anestésico intravenoso que apresenta potente efeito hipnótico e também analgésico. 
Bloqueadores Neuromusculares (Curares):
Drogas fundamentais na anestesia geral, pois levam ao relaxamento muscular profundo, garantindo flacidez e imobilidade, para que o procedimento cirúrgico possa ser realizado.
Atuam na junção neuromuscular.
Succinilcolina: (despolarizante) empregada antes da intubação endotraqueal, pois tem um início e término de ação muito rápidos (a duração de seu efeito é em torno de cinco minutos).
Agentes não despolarizantes: pancurônio, vecurônio, rocurônio, atracúrio e mivacúrio.
BNMs de eleição para a manutenção da anestesia (maior duração de ação).
Anestésicos locais:
Induzem a perda das funções sensorial, motora e autonômica em um ou mais segmentos corporais.
Mecanismo de ação: inativação dos canais de sódio da membrana neuronal; com isso, a velocidade de despolarização torna-se mais lenta, inibindo a propagação do potencial de ação.
Principais “alvos”: nervos periféricos e as raízes nervosas, que deixam a medula espinhal.
 Classes: 
Aminoamidas: lidocaína, prilocaína, mepivacaína, bupivacaína, ropivacaína)
Aminoestéres: clorprocaína, procaína e tetracaína.
Podem ser empregados em infiltrações locais para a realização de um procedimento (anestesia local antes da sutura), em bloqueios de nervos periféricos ou plexos nervosos (muito comum em ortopedia) e em soluções para serem injetadas em espaços na coluna vertebral (peridural e raquianestesia).
Adição de adrenalina aos AL:
Diminui o ritmo de absorção dos ALs para a corrente sanguínea, evitando toxicidade;
Prolonga o bloqueio neural aumentando o tempo de anestesia e analgesia; 
Reduz a irrigação sanguínea na área de injeção; 
Diminui a perda sanguínea e melhorar as condições cirúrgicas.
Principais efeitos colaterais: alterações neurológicas, cardiovasculares e respiratórias.
TÉCNICA ANESTÉSICA:
Anestesia geral:
O procedimento é dividido em três fases: 
Indução:
É precedida pelo emprego de medicação pré-anestésica, usualmente um benzodiazepínico de ação rápida como o midazolam (sedação venosa inicial), e pré-oxigenação com oxigênio a 100% sob máscara facial.
Objetivo: levar o paciente do estado semiconsciente (estágio 1), para o plano anestésico-cirúrgico (estágio 3).
Agentes indutores podem ser os anestésicos intravenosos ou os agentes inalatórios. Estes podem ser usados de forma isolada ou combinados.
Crianças: muitos anestesistas optam somente pelos gases anestésicos.
Após a administração dos agentes indutores, a ventilação sob máscara e a administração de bloqueadores neuromusculares são passos obrigatórios antes da obtenção definitiva da via aérea através de intubação orotraqueal.
Indução de Sequência Rápida (ISR) procedimento para se acessar rapidamente a via aérea (intubação orotraqueal) de pacientes críticos vítimas de lesões multissistêmicas.
- É também utilizada de forma eletiva durante a indução anestésica em pacientes com elevado risco de broncoaspiração.
- Procedimento inclui o uso de anestésicos IV de ação rápida, como agentes indutores (propofol ou tiopental), seguidos de bloqueadores neuromusculares de curta duração, com indução da anestesia em 30 segundos (succinilcolina ou rocuronium) e, por fim, intubação orotraqueal com compressão da cartilagem cricoide (prevenção de broncoaspiração).
Manutenção:
Cabe ao anestesista manter o paciente neste estágio durante toda a operação
Administrados anestésicos inalatórios e novas doses de agentes intravenosos e bloqueadores neuromusculares.
Recuperação:
Anestesia geral atua sobre o sistema nervoso autônomo, causando depressão na atividade do sistema nervoso simpático.
Fundamental que o paciente fique por um período em observação nas salas de recuperação anestésica.
Anestesia regional:
Bloqueios do Neuroeixo:
- Envolvem a administração de anestésicos locais (com ou sem o uso de opioides) em espaços anatômicos na coluna vertebral.
- Incluem a injeção de anestésicos no espaço subaracnoide (técnica conhecida como raquianestesia ou anestesia espinhal) ou no espaço epidural (a famosa anestesia peridural).
Raquianestesia: cirurgias em andar inferior de abdome, cirurgias urológicas, cirurgias ortopédicas de membros inferiores e cirurgias perineais.
- Procedimento é realizado administrando-se ALs (bupivacaína, por exemplo), com ou sem opioides, no espaço subaracnoide.
- usualmente é administrada em bolus, em uma única injeção.
- complicação: Cefaleia Pós-Raquianestesia cefaleia ocorre nos primeiros sete dias após a punção e geralmente desaparece em 14 dias pós-procedimento; contudo, em raros casos, pode assumir um caráter crônico. 
Quadro clínico consiste em cefaleia occipital ou frontal, bilateral, não pulsátil, que se agrava quando o paciente assume a posição sentada ou ortostática, podendo vir acompanhada de vômitos.
Conduta inicial envolve hidratação, administração de analgésicos ou mesmo o uso de opioides. Contudo, a forma mais eficaz de se tratar a CPR consiste na administração no espaço epidural de aproximadamente 15 ml de sangue venoso, colhido de forma asséptica em veia superficial do membro superior.Anestesia Peridural (Epidural): injeção de AL, com ou sem opioides, no espaço epidural da coluna lombar ou torácica.
- Após a localização do espaço epidural com a agulha, é inserido um cateter.
- Uma vez posicionado o cateter, o anestesista pode utilizar os medicamentos de forma mais controlada, segura e em repetidas doses, o que permite um bloqueio mais prolongado, que é necessário em cirurgias de longa duração.
- permite uma deambulação precoce (o que reduz a incidência de trombose venosa profunda) e está associado a uma menor frequência de íleo pós-operatório prolongado.
- Uma das complicações possíveis é a cefaleia pós-punção lombar, que ocorre quando a dura-máter é perfurada acidentalmente.
Bloqueio de Nervos Periféricos:
- bloqueio consiste na injeção de AL, com o indivíduo consciente, em nervos ou plexos que nutrem a região a ser operada.
- podem ser utilizados isoladamente como técnica única ou combinados com anestesia geral.
Anestesia local:
- Pode ser: 
Tópica
Infiltrativa: técnica de infiltração do AL em regiões a serem manipuladas pelo médico.
Por bloqueio de campo: consiste em um tipo de anestesia local onde o AL é aplicado ao redor do tecido a ser operado.
Sedação consciente:
- quando o paciente apresenta rebaixamento do nível de consciência devido ao emprego de sedativos porém é capaz de responder a estímulo verbal e estímulo táctil, possui via aérea patente e ventilação espontânea, assim como estabilidade cardiovascular.
AVALIAÇÃO ANESTÉSICA:
Visita pré-anestésica (esclarecimento de duvidas, exames pré-op)
Exame da via aérea
- tem como objetivo identificar qualquer condição que possa dificultar a ventilação sob máscara facial e a intubação orotraqueal.
Avaliação do estado físico (ASA)
Jejum antes da cirurgia:
- Jejum de 2 horas após ingestão de líquidos claros
- Jejum de 6 horas após ingestão de alimentos sólidos e líquidos não claros.
- Jejum de 4 horas para leite materno.

Outros materiais