Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 AMPLICADORES OPERACIONAIS Prof.Maciel - + 2 Amplificador Operacional 1- Introdução É muito difícil enumerar a totalidade das aplicações desse fantástico componente denominado Amplificador Operacional. De modo geral quanto à aplicação tem-se em :sistemas de controle industrial, instrumentação industrial, na instrumentação médica ( eletromedicina e biomedicina), em equipamentos de telecomunicações, nos equipamentos de áudio, nos sistemas de aquisição de dados,etc. 2-Modelo de um Amplificador Um amplificador é um dispositivo que amplifica sinais. Uma parte integrante de um amplificador é uma fonte controlada por um dado sinal de entrada. Um modelo simplificado de um amplificador de tensão é mostrado abaixo: + 0R A B 1v iR + 0v - - 1kv A’ B’ Figura 1 Os terminais referência de entrada são normalmente comuns, formando um nó de referência. Quando o terminal de saída está aberto,temos: 10 kvv = onde k é o fator de multiplicação e é chamado de ganho do circuito com saída aberta. 3 Os resistores 0R e Ri são as resistências de entrada e saída do amplificador. Para boa operação é desejável que: 00 → ∞→ R Ri Condições diferentes podem reduzir o ganho global. + + A B 1v + 0v - - 1kv A’ B’ Figura 2 3 Características ideais de um Amplificador Operacional: a) Impedância de entrada infinita; b) Impedância de saída nula; c) Ganho de tensão infinito; d) Resposta de frequência infinita; e) Deslocamento de fase igual a zero; f) Insensibilidade à temperatura. Figura 3 4 Exemplo 1 Uma fonte de tensão real s v , com uma resistência interna s R , é conectada a entrada de um amplificador de tensão com uma resistência de entrada iR , como mostrado na figura 3. Encontre 10 / svv s R + 0R + sv 1v iR + 0v - - 1kv - Fig. 3 Modelo Amplificador Operacional - por divisão de tensão: s si i v RR R v + =1 - a tensão de saída 0v é: 5 110 vRR R k v kv si i + == k RR R v v si i s + = 0 O amplificador carrega a fonte de tensão . O ganho da malha aberta é reduzido pelo fator )/( sii RRR + Exemplo 2 Uma fonte de tensão real s v , com uma resistência interna s R , é conectada a entrada de um amplificador de tensão com uma resistência de entrada iR , como mostrado na figura 2. O amplificador alimenta uma carga lR Encontre svv /0 s R + 0R + + + s v 1v iR + 2v LR _ - 1kv - - Figura. 4 Modelo Amplificador Operacional - por divisão de tensão: s si i v RR R v + =1 - a tensão de saída 0v é: s L L si i L L v RR R RR R k RR R v kv .... 00 10 ++ = + = k RRRR RR v v Lsi Li s ))(( 0 0 ++ = O amplificador carrega a fonte de tensão. O ganho da malha é reduzido pelo fator )/( 0RRR LL + . Isso faz a tensão de saída dependente da carga. 6 Exemplo 3 No AOP abaixo, VCC=15V, A=105 e v- =0V encontre o limite superior da magnitude da tensão v+ para operação linear: v - R0 1v iR + + - 0v v + )( −+ − vvA _ Figura 5 Vv| vv| vvv| o o µ15010.15| 15|10|| 15|)(10|| 5 5 5 =< <= <−= −+ + −+ Exemplo 4 No AOP acima, VCC=5V, A=105 e v- =0V e )(2100 Vtsenv µpi=+ . Encontre e esboce a saída de v0 em malha aberta A entrada do AOP é )(10.2100 6 Vtsenvvvd −−+ =−= pi Quando o AOP opera na faixa linear, )(2101050 Vtsenvv d pi== . A saída pode permanecer entre +5V e -5V. A saturação começa quando a tensão tsenv pi2100 = alcança o nível de 5 V. <<− << = contrário caso tsen tpara tpara v pi210 12 11 12 75 12 5 12 15 0 7 Figura 6 Exemplo 5 Na figura abaixo, R1=10kΩ, R2=50kΩ, Ri=500kΩ, R0=0kΩ e A=105. Encontre 1 0 v v .Assuma que o AOP não esteja saturado. R2 R1 B _ v- R0 + v1 dv iR + + - A - 0v RL + v+ )( −+ − vvA _ Figura 7 8 - No nó B: 0 5050010 01 = + ++ + k vv k v k vv ddd Considerando R0=0, tem-se: dd vAvv 5 0 10== 0 510 vvd − = Substituindo vd na equação: 0 5050010 01 = + ++ + ddd vvvvv 0 50 10 500 10 10 10 0 5 00 5 0 5 1 = + ++ + − −− vvvvv 0 10 1) 50 1) 500 10 10 10( 1 55 0 =+++ −− vv 5 1 0 −= v v Ou seja: a tensão Vvd 0≈ pois considerando :vA=vB tem-se: - análise no nó B: 0 5010 01 =+ vv 5010 01 vv −= 5 1 0 −= v v 9 Análise da Configuração Malha Aberta Os amplificadores operacionais apresentam, geralmente, circuitos de entrada em configuração diferencial. A figura 5 mostra as entradas inversora (-), não inversora (+), as tensões de entrada eA , eB e a tensão de saída eS. +VCC - eA + eS -VCC eB Fig. 8 Representação das tensões de entrada e de saída do Amplificador Operacional A tensão de saída, por causa do circuito diferencial é, portanto, independente das tensões eA e eB , dependendo sim, de sua diferença, (eB – eA). Exemplificando, sendo eB=10,001 e eA= 10,000 V, a entrada efetiva é 0,001 V como se eB fosse 0,001 V e eA igual a zero. Esses 10 Volts são então chamados de tensão de modo comum e um amplificador operacional ideal rejeitará essa tensão de modo comum, respondendo apenas ao 0,001 Volt. Admitindo um amplificador operacional alimentado com VCC =+ 15 Volts, sua tensão de saída será de no máximo, cerca de + 13 Volts, valores em que ocorrem as saturações. Esses limites só serão maiores se foram aumentadasàs tensões de alimentação. A figura 6 mostra um amplificador operacional que é linear apenas na faixa dos + ou – 10 Volts. Através da curva de transferência, podemos obter o valor do ganho de malha aberta. AV0 10 Fig. 9 Curva de transferência típica do amplificador operacional malha aberta 5 Princípio de Operação CCV+ IC1 IC2 1B I BR BR 2BI V1 V2 EI CCV− Figura 10 Modelo de um Amplificador Diferença 11 (I) CCCC RIVv 10 −= − (II) CCCC RIVv 10 −= + (III) CCCSAÍDA RIIVvvv )( 12000 −===− −+ CBBsaídas RIIVvvv )( 1200 ββ −==−= −+ (IV) )( 1200 BBCsaídas IIRVvvv −==−= −+ β (V) 07,0 111 =−−− ECBB RIRIV 111 7,07,0 11 BEBBECBB IRRIRIRIV β++=++= 222 7,07,02 BEBBECBB IRRIRIRIV β++=++= (VI) BBB RIIVV )( 1221 −=− -Comparando a (IV) com (VI ) tem-se: (VII) )( 21 VVR R v B C s −= β )()( −+−+ −=−−= vvAvv R R v B C s β considerando que v+ e v- sejam as tensões V1 e V2 de entrada. )( −+ −= vvAvs A figura representa o circuito de entrada de um amplificador Operacional, este circuito é conhecido como Amplificador Diferença. A tensão de saída sv é diretamente proporcional à diferença entre as tensões (V1-V2). Em condições ideais, os transistores T1 e T2 são idênticos, tal como os dois resistores de coletor, o que faz a tensão de saída ser igual a zero quando V1=V2. 6 - Realimentação em Circuitos Amplificadores O ganho de um amplificador pode ser controlado pela realimentação. Se se conectarmos a entrada e a saída através de um resistor de realimentação 2R , teremos um amplificador menos sensível a A (ganho do AO).No Amplificador Operacional ideal , os valores da resistência interna Ri e ganho A são infinitos e a resistência de saída é zero. 12 - 7 - Montagem Inversora Em um circuito inversor, o sinal de entrada é conectado através de R1 ao terminal inversor do AOP e o terminal de saída é conectado de volta ao terminal de inversor através do resistor de realimentação R2. O terminal não inversor do AOP é aterrado. R2 R1 B _ + A + + _ v1 v0 _ i1 R1 R2 i2 - v0 + _ v1 + + A(v+- v-) Figura 11 Circuito Inversor de um Amplificador Operacional Aplicando a análise nodal no nó B, tem-se: 0 2 0 1 1 =+ R v R v 1 2 1 0 R R v v −= (ganho do circuito) O ganho é negativo e é determinado apenas pela escolha do resistor. A resistência de entrada do circuito é R1. 13 Uma das limitações da montagem inversora simples é a dificuldade de na prática construir amplificadores com, simultaneamente, elevados ganho e resistência de entrada. Na montagem inversora simples, a especificação de um ganho de tensão elevado, -R2/R1, força a estabelecer um valor nominal relativamente pequeno para a resistência R1, ao passo que a exigência de uma elevada resistência de entrada, dada por: 1 1 1 i vRRi == recomenda exatamente o oposto. Um modo de obviar a esta limitação é a utilização do circuito representado na Figura 11: 2R C 4R 3R 1R B _ + A + _ v1 v0 Figura 12 Amplificador inversor de elevados ganho e resistência de entrada a) determinação da corrente de entrada 1 1 1 R vi = b) determinação da tensão vC: No nó B: 00 21 1 21 1 =−−⇒= − + − R v R v R vv R vv CCBB 1 1 2 v R R vC −= ( I ) 14 No nó C 0 4 0 32 = − ++ R vv R v R v CCC (II) Substituindo ( I ) em ( II ) tem-se: )1( 3 4 2 4 1 2 1 0 ++−= R R R R R R v v Na qual se insere a possibilidade de obter, simultaneamente, ganho e resistência de entrada elevados. Exemplo 3: O AOP da figura a seguir é ideal e não saturado ( trabalha na região linear). Calcule : a) 1 0 v v ; b) A resistência de entrada 1 1 i vRi = ; c) 1p e ii 21, (potência entregue por v1 ) e d) 2p (potência dissipada nos resistores ). Dado: v1=0,5 V C Ωk10 Ωk2 Ωk1 i1 Ωk5 A + D + + v0 v1 - Ωk8 _ - - Figura 13 Circuito Inversor de um Amplificador Operacional 15 a) O terminal não inversor A está aterrado, consequentemente vA=0.Uma vez que o AOP é ideal e não saturado, vB=0. Aplicando análise nodal aos nós B e C e considerando que o AOP não drena corrente ( resistência interna infinita)tem-se: Nó B: 11 20105 vv k v k v c c −=⇒=+ (I) Nó C: c ccc vv k vv k v k v 2,3 2110 2 2 =⇒ − =+ (II) Substituindo (I) em (II) tem-se: 12 4,6 vv −= 4,6 1 2 −= v v b) Como o AOP é ideal, vA=vB tem-se: A resistência de entrada é Ω== k i vR 5 1 1 1 c) Corrente i1: kk vi 5 5,0 5 1 1 == mAi 1,01 = - Para calcular i2, aplicando análise nodal ao nó D tem-se: k v k vvi c 82 22 2 + − = Vvvv Vvvv c cc 2,32,3 12 22 1 −=⇒= −=⇒−= mAi 5,12 = kk i 8 2,3 2 12,3 2 + +− = 16 - Potência entregue por v1: mivp 1,0.5,0111 == Ap µ501 = d) 2p (potência dissipada nos resistores ). W k vp k W k vp k W k vp k W k vvp k W k vp k c k1 k k c k c 1k µ µ µ µ µ 100 10 10 1280 8 8 50 1 5 2420 2 )(2 1000 1 1 2 0 2 2 8 2 1 5 2 2 2 2 ==⇒Ω ==⇒Ω ==⇒Ω = − =⇒Ω ==⇒Ω Ω Ω Ω Ω Ω A potência dissipada total nos resistores é: mWWPp idTOTAL 85,44850 ===∑ µ 8 - Montagem Não Inversora R2 R1 B _ A + + + v2v1 _ _ Figura 14 17 - v + + v0 + _ v1 + A(v+- v-) R2 v _ _ R1 Figura 15 Circuito Não Inversor de um Amplificador Operacional No circuito não inversor, o sinal de entrada chega ao terminal não inversor do AOP . O terminal inversor é conectado à saída através do resistor R2 e também é aterrado através do resistor R1. Aplicando análise no nó B: Obs: Como AOP ideal os terminais A e B estão em v1 e o AOP não drena nenhuma corrente. 0 2 2 1 1 1 = − = R vv R v 1 2 1 2 1 R R v v += O ganho 1 2 v v é positivo e maior ou igual a 1. A resistência de entrada do circuito é infinita, uma vez que o AOP não drena nenhuma corrente. 18 Exemplo 4: Encontre 1 0 v v no circuito mostrado abaixo: 7 kΩ 2 kΩ B _ A + i2 + v1 + 10 kΩ v0 _ 5 kΩ R2 _ Figura 16 Circuito Não Inversor de um Amplificador Operacional Por divisor de tensão encontra-se vA: 11 3 1 105 5 vv kk k vA =+ = (I) Aplicando análise no nó B: 0 72 0 = − + k vv k v BB Bvv 2 9 0 = (II) Como o AOP não drena corrente, tem-se: vA=vB substituindo (I) em (II), tem-se: 110 6 9 3 1 . 2 9 vvv == 5,1 1 0 = v v 19 9 - Seguidor de Tensão O circuito seguidor de tensão constitui uma das aplicações mais comuns do AOP. O seguidor de tensão também é designado como buffer, ou seja, circuito amortecedor ou tampão. - + v0 + v1 - Fig. 17 Circuito Seguidor de Tensão 1 1 0 = v v O seguidor de tensão implementa um ganho unitário entre a entrada e a saída, resultado que, à primeira vista poderia parecer destituído de aplicação prática. Na Figura 13 apresentam-se dois circuitos que ilustram a utilidade prática do seguidor de tensão: em (a) a carga encontra-se ligada diretamente à fonte, cuja resistência interna introduz um divisor resistivo, ao passo que em (b) a fonte e a carga são intercaladas de um seguidor de tensão. 20 Fig. 18 Aplicações do Circuito Seguidor de Tensão Identificam-se as seguintes diferenças entre estes dois circuitos: no primeiro caso, a tensão na carga é inferior àquela disponibilizada pela fonte, 1 11 0 < + = RR R v v 10 vv < e é a fonte de sinal quem fornece a potência à carga. Pelo contrário, no caso do circuito em (b) verifica-se a igualdade: 0=si 01 vv = designadamente como resultado do ganho infinito e das impedâncias de entrada infinita e de saída nula do amplificador operacional. Para além do mais, neste caso é o AOP e não a fonte de sinal quem fornece potência à carga. Estas características justificam os títulos de circuito seguidor de tensão, isolador ou tampão(buffer). 10 – Amplificador de Diferença e Diferencial Uma fonte de sinal vf sem nenhuma conexão com o ponto aterrado é chamada de fonte flutuante. i R2 i R1 B _ + v1 - A + + R1 v0 i R2 _ i Fig. 19 Aplicações do Circuito do Amplificador da Diferença 21 Os dois terminais de entrada A e B do AOP estão no mesmo potencial. Escrevendo a equação da malha de entrada tem-se: iRv 11 2= ( I ) As entradas do AOP não drenam nenhuma corrente, então a corrente flui através do resistor R2. Escrevendo a equação da malha em torno do AOP, tem-se: 0220 =++ iRiRv ( II ) Substituindo ( I ) em ( II ) tem-se: 1 1 2 0 vR R v −= No caso especial, onde as duas fontes de tensão v1 e v2 com terra comum estão conectadas às entradas inversora e não inversora tem-se: v1 = v1 - v2 )( 12 1 2 0 vvR R v −= Exemplo 5: Encontre v0 como uma função de v1 e v2 no circuito a seguir: i R2 i R1 B _ f A + + + + R3 v0 - v1 _ v2 R4 _ i 22 Fig. 20 Aplicações do Circuito do Amplificador da Diferença No nó A: 0 3 2 4 = − + R vv R v AA No nó B: 0 2 0 1 1 = − + − R vv R vv BB 1 1 2 2 431 214 0 )( )( v R R v RRR RRR v − + + = Quando R3=R1 e R2=R4 a equação é reduzida a : )( 12 1 2 0 vvR R v −= 11 – Circuito Somador A soma ponderada de várias tensões em um circuito pode ser obtida utilizando-se o circuito somador que é uma extensão do circuito inversor Rf R1 B v1 _ R2 v2 A + v0 v3 R3 v4 R4 .............................. vN .............................. RN Fig. 21 Aplicações do Circuito Somador Circuito inversor Aplicando análise nodal no nó B de entrada, tem-se: 23 0..... 0 4 4 3 3 2 2 1 1 =++++++ fN N R v R v R v R v R v R v ).....( 4 4 3 3 2 2 1 1 0 N N fffff v R R v R R v R R v R R v R R v +++++−= Exemplo 6: Determine v0 em termos de v1,v2 e v3 A + 10k20k 30k B - + + 2k + + + R1 v0 v1 v2 v3 - - - 4k R2 _ Fig. 22 Aplicações do Circuito Somador Circuito não Inversor Nó A: 0 302010 321 = − + − + − k vv k vv k vv AAA k v k v k v kkk vA 302010 ) 30 1 20 1 10 1( 321 ++=++ Multiplicando todos os termos do numerador por 1000 fica: 302010 ) 30 1 20 1 10 1( 321 vvvvA ++=++ 321 03,005,01,018,0 vvvvA ++= 321 17,028,056,0 vvvvA ++= ( I ) Nó B: 0 42 0 =+ − k v k vv BB 0 422 0 =+− k v k v k v BB k v kk vB 2 ) 4 1 2 1( 0=+ 24 0)4 1 2 1(2 v kk kvB += 0)4 21( v k k vB += ⇒ 0 1 2 )1( v R R vB += 050,1 vvB = mas BA vv = 050,1 vvA = ( II ) Substituindo ( II ) em ( I ) tem-se: 321 17,028,056,0 vvvvA ++= 3210 17,028,056,050,1 vvvvvA ++== 3210 34,056,037,0 vvvv ++= 12 Circuito Integrador C i i1 R + B - - D + v1 A + - v0 _ Fig. 23 Circuito Integrador Aplicando análise nodal no nó de entrada B tem-se: 001 =+ dt dvC R v Onde dt dvCi 0= 1 0 1 v RCdt dv −= 25 ∫ ∞− −= t dtv RC v 10 1 A saída é dada pela integral da tensão de entrada multiplicada pelo ganho ( RC 1 − ) Fazendo a transformação de Laplace tem-se: )(11)( 10 10 sVsRCdtevRCsV st −=−= ∫ ∞ − − O circuito da figura 18 é designado por integrador de Miller, caracteriza-se pela função de transferência: sRCsV sV sH 1)( )()( 1 0 −== Função de transferência Na realidade, uma vez que a corrente fornecida pela fonte de sinal é: R tvi )(11 = A corrente é integrada pelo condensador e a tensão nos terminais deste é: )0()(1)0()(1)()( 00 10 10 vdt tvRCvdt tiCtvtv t c t c +−=+−=−= ∫∫ Exemplo 7: Na figura acima de circuito integrador, considere R=1kΩ, FC µ1= e t senv1 2000= . Assumindo v0=0, encontre v0(t) para t>0 e V0(s). tsentv 2000)(1 == (0)vt dtsen1tv 0 t 0 +−== ∫− 20001010)( 630 ttdtsen ω ω ω cos 1 −⇒∫ )12000(cos5,002000cos| 2000 1000)( 00 −=+= tttv t 26 )12000(cos5,0)(0 −= ttv - Transformando para o domínio s: t sentv ω==)(1 221 )(t)£())(£( ω ω ω + ==== s sVsentv1 221 2000 2000)( + = s sV )12000(cos5,0)(0 −= ttv 22)tos£( ωω += s s c )1 2000 (1)( 220 ss s RC sV − + = ω )1 2000 (5,0)( 220 ss s sV − + = )1(cos1)(0 −= t RCtv ωω t sentv ω==)(1 221 2000 2000)( + = s sV )12000(cos5,0)(0 −= ttv ) 1 2000 (5,0)( 220 ss s sV − + = - Função de Transferência (FT): 22 22 1 0 2000 2000 )1 2000 (5,0 )( )()( + − + == s ss s sV sV sH ssRCsV sV sH 10001)( )()( 1 0 −=−== 27 13 Circuito Difererenciador 13-1 Configuração 1 L i i1 R + B - D + v1 A + - v0 _ Fig. 24 Circuito Diferenciador ∫= = = dttv L ti dttv L tdi dt tdiLtvo )(1)( )(1)( )()( 0 0 0)(1 01 =+ ∫ ∞− dttv LR v t dttv L R tv t )()( 01 ∫ ∞− −= Ou, dt tdv R L tv )()( 10 −= - No domínio s, tem-se: )0()()(lim)()]([£ 0 fssFtfssFtf dt d t −=−= → )()]([£ 11 ssVtvdt d = )()( 10 sVR sL sV −= R sL sV sV −=)( )( 1 0 Função de Transferência 28 Exemplo 8: Na figura acima de circuito diferenciador, considere R=1kΩ, HL 1= e t senv1 15050= . Assumindo v0(0)=0, encontre v0(t) para t>0 e V0(s). t sentv1 15050)( = t sentf ω150)( = u utf t sentf cos')()( '' =⇒= ω tt dt tdv1 150cos7500150cos.150.50)( == )150cos7500( 10 1)()( 310 tdt tdv R L tv =−= ttv 150cos5,7)(0 −= - Transformando para o domínio s: a) t sentv1 15050)( = 22500 7500 150 1505050)(t)£(50))(£( 222221 +=+=+=== ssssV sentv1 ω ω ω 22500 7500)( 21 += ssV b) ttv 150cos5,7)(0 −= 22)tos£( ωω += s s c 22500 5,7)( 20 +−= s s sV - Função de Transferência: 1000 22500 7500 22500 5,7 )( )()( 2 2 1 0 s s s s R sL sV sV sH −= + + − =−== 1000)( )()( 1 0 s R sL sV sV sH −=−== 29 13-2 Configuração 2 R i i1 C + B - D + v1 A + - v0 _ Fig. 25 Circuito Diferenciador 0)()( 10 =+ dt tdvC R tv dt tdvRCtv )()( 10 −= - No domínio s: )()( 10 ssRCVsV −= - Função de Transferência: sRC sV sV sH −== )( )()( 1 0 14 Circuito Comparador São circuitos que utilizam AOP em malha aberta, sem realimentação,ou seja, ∞→VA . O valor de V0 é determinado apenas pela alimentação do dispositivo. Circuitos comparadores farão comparação entre dois sinais distintos ou entre um sinal distinto e a referência VR. Se a diferença entre os sinais for positiva (V+-V-), o dispositivo ficará saturado ( devido ∞→VA ) forçará uma saída CCVV +→0 . Caso ocorra o inverso, devida a mesma 30 AV0 saturação (em sentido inverso), a saída será CCVV −→0 ,onde −+ V eV são os valores de alimentação do AOP. +VCC v1 + + - v0 _ + -VCC vR _ Fig. 26 Circuito Comparador Exemplo 9: Na figura acima de circuito comparador, considere VCC=5 V,vR=0 e t senv1 ω= . Assumindo vR(0)=0, encontre v0(t). Para onda completa tem-se: ω pi pi ω piω 2 2 2 =⇒=⇒= Tff Para meia onda: ω pi = 2 T Para : Vv e tsenvt 500 01 =>=⇒<< ωω pi Vv e tsenvt 502 01 −=<=⇒<< ωω pi ω pi A saída v0 é um pulso quadrado com valores +5V,com período de ω pi2 =T . Um ciclo de v0 é dado por: 31 <<− <<+ = ω pi ω pi ω pi 25 05 2 t para V t para V v 15 Circuitos com vários AOPs As análises desenvolvidas e os resultados obtidos para circuito com um simples AOP pode ser aplicado para circuitos contendo vários AOPs em cascata ou ramos entrelaçados, porque não existe efeito de carga. Exemplo 10: Encontre v1e v0: +0,5V (v2) 1 kΩ 2 kΩ 3 kΩ -0,6V 1 kΩ 2 kΩ _ A B - - - v0 + v1 + Figura 27 No nó A: Vv kk v 8,10 1 6,0 3 1 1 =⇒=− Vv 8,11 = O primeiro AOP é um circuito inversor No nó B: 0 122 210 =++ k v k v k v k v k v k v 122 210 −−= 32 210 2vvv −−= 5,0.28,10 −−=v Vv 8,20 −= O segundo AOP é um circuito somador Exemplo 11: Considerando Rs=1 kΩ , encontre vA, v2,vs,,v0 , i1 e if como funções de vs para: a) ∞=fR b) Ω= kR f 40 if Rf 6 kΩ 9 kΩ is Rs 5 kΩ 1,2 kΩ _ A C - B - - + + + + + v1 vA iA v2 v0 - - Figura 28 a) ∞=fR Os dois AOPs inversores estão em cascata, com v+=0. Pela divisão de tensão no laço de entrada, tem-se: is 1kΩ 5 kΩ iA + v1 vA - 33 151 5 v kk k vA + = 16 5 vvA = ( I) - No nó C: 0 951 21 =+ + k v kk v 112 5,12 3 vvv −=−= ( II ) - No nó B: 20 20 5 0 2,16 vv k v k v −= =+ Mas: 12 5,1 vv −= )5,1(5 10 vv −−= 10 5,7 vv = ( III ) Como Asf iiR =⇒∞= kk vii As 51 1 + == )(166,0 6000 1 1 mA vvii As === )(166,0 1 mA vii As == 0=fi b) Ω= kR f 40 - No nó A: 0 540 )( 1 :ndoSimplifica 0 540 )( 1 01 01 =+ − + − =+ − + − AAA AAA vvvvv k v k vv k vv 08)()(40 01 =+−+− AAA vvvvv ( IV ) 34 Mas: A A vv vv vvvv 9 5 9 5 15 0 2 0220 =⇒ −= −=⇒−= 08)()(40 01 =+−+− AAA vvvvv 08)9()(40 1 =+−+− AAAA vvvvv 04040 1 =− vvA 1vvA = 12 5 9 5 9 vvv A −⇒−= 12 8,1 vv −= Avv 90 = 10 9vv = A k vvi As 01 1 = − = )(2,0 5000 )( 1 1 1 mAv vvi A === )(2,0 11 mAvi = )(2,0 40 )( 1 0 mAv k vvi Af = − = 1vvA = 10 9vv = )(2,0 40 )9( 1 11 mAv k vvi f = − = )(2,0 1 mAvi f = . i ii sf zero épois1= A corrente i1 no resistor de entrada de 5kΩ do primeiro AOP é fornecida pela saída do segundo AOP através do resistor de realimentação de 40kΩ. A corrente is oriunda de v1 é igual a zero. A resistência de entrada do circuito é infinita. 35 16 Apêndices 16-1 Derivadas, Integrais e Identidades Trigonométricas • Derivadas: - Sejam u e v funções deriváveis de x e n constante. 1. ny u= 1' 'ny n u u−⇒ = . 2. y u v= ' ' 'y u v v u⇒ = + . 3. uy v = 2 ' ' ' u v v uy v − ⇒ = . 4. uy a= ( )' (ln ) ', 0, 1uy a a u a a⇒ = > ≠ . 5. uy e= ' 'uy e u⇒ = . 6. logay u= ' ' log a uy e u ⇒ = . 7. lny u= 1' 'y u u ⇒ = . 8. vy u= 1' ' (ln ) 'v vy v u u u u v−⇒ = + . 9. seny u= ' ' cosy u u⇒ = . 10. cosy u= ' ' seny u u⇒ = − . 11. tgy u= 2' ' secy u u⇒ = . 12. cotgy u= 2' ' cosecy u u⇒ = − . 13. secy u= ' ' sec tgy u u u⇒ = . 14. cosecy u= ' ' cosec cotgy u u u⇒ = − . 15. seny arc u= 2 ' ' 1 uy u ⇒ = − . 16. cosy arc u= 2 ' ' 1 uy u − ⇒ = − . 17. tgy arc u= 2 ' ' 1 uy u ⇒ = + . 18. coty arc g u= 2 ' 1 u u − ⇒ + . 36 19. sec , 1y arc u u= ≥ 2 ' ' , 1 1 uy u u u ⇒ = > − . 20. cosec , 1y arc u u= ≥ 2 ' ' , 1 1 uy u u u − ⇒ = > − . • Identidades Trigonométricas 1. 2 2sen cos 1x x+ = . 2. 2 21 tg secx x+ = . 3. 2 21 cotg cosecx x+ = . 4. 2 1 cos 2sen 2 x x − = . 5. 2 1 cos 2cos 2 x x + = . 6. sen 2 2 sen cosx x x= . 7. ( ) ( )2 sen cos senx y x y sen x y= − + + . 8. ( ) ( )2 sen sen cos cosx y x y x y= − − + . 9. ( ) ( )2 cos cos cos cosx y x y x y= − + + . 10. 1 sen 1 cos 2 x x pi ± = ± − 37 16-2 Integrais 1. du u c= +∫ . 2. 1 , 1 1 n n uu du c n n + = + ≠ − +∫ . 3. lndu u c u = +∫ . 4 , 0, 1 ln u u aa du c a a a = + > ≠∫ . 5. u ue du e c= +∫ . 6. sen cosu du u c= − +∫ . 7. cos senu du u c= +∫ . 8. tg ln secu du u c= +∫ . 9. cotg ln senu du u c= +∫ . 10 sec ln sec tgu du u u c= + +∫ . 11. cosec ln cosec cotgu du u u c= − +∫ . 12. sec tg secu u du u c= +∫ . 13. cosec cotg cosecu u du u c= − +∫ . 14. 2sec tgu du u c= +∫ . 15. 2cosec cotgu du u c= − +∫ . 16. 2 2 1 tgdu uarc c u a a a = + +∫ . 17. 2 2 2 2 1 ln , 2 du u a c u a u a a u a − = + > − +∫ . 18. 2 2 2 2 lndu u u a c u a = + + + + ∫ . 19. 2 2 1 sec du u arc c a au u a = + − ∫ . 38 20. 2 2 2 2 lndu u u a c u a = + − + − ∫ . 21. 2 2 2 2 sen , du u arc c u a aa u = + < − ∫ . 16-3 Fórmulas de Recorrências 1. 1 2sen cos 1sen sen n n nau au nau du au du an n − − − = − + ∫ ∫ . 2. 1 2sen cos 1cos cos n n nau au nau du au du an n − − − = + ∫ ∫ . 3. 1 2tg tg( 1) n n ntg auau du au du a n − − = − − ∫ ∫ . 4. 1 2cotgcotg cotg( 1) n n nauau du au du a n −− = − − − ∫ ∫ . 5. 2 2sec 2sec sec( 1) 1 n n nau tg au nau du au du a n n − − − = + − − ∫ ∫ . 6. 2 2cosec cotg 2cosec cosec( 1) 1 n n nau au nau du au du a n n − − − = − + − − ∫ ∫ . 39 16-4 Tabela de Transformadas de Laplace f(t) F(s)= £ {f(t)}= ∫ +∞ − 0 st dte f(t) 1 1 s 1 2 tn ( n=1,2,...) 1ns !n + 3 tp ( p>-1) 1ps )1p( + +Γ 4 eat as 1 − 5 eattn ( n=1,2,...) 1n)as( !n + − 6 sin bt 22 bs b + 7 cos bt 22 bs s + 8 sinh bt 22 bs b − 9 cosh bt 22 bs s − 10 eatsin bt 22 b)as( b +− 11 eatcos bt 22 b)as( as +− − 12 u (t - c) s e cs− 13 u(t - c)f( t- c) )s(Fe cs− 40 14 t sin at 222 )as( as2 + 15 t cos at 222 22 )as( as + − 16 sin at – at cos at 222 3 )as( a2 + 17 sin at + at cos at 222 2 )as( as2 + 18 ∫ − t 0 d)(g)t(f τττ F(s)G(s) 19 )ct( −δ e-cs 20 )t(f )n( )0(f...)0(fs)s(Fs )1n(1nn −− −−− 21 tnf(t) )s(F)1( )n(n− 22 f(t+T)=f(t) sT T 0 st e1 dte − − − ∫ 41 16-5 Propriedades da Transformadas de Laplace Transformada de £ap£ace Transformada Inversa de £ap£ace £ {f +g}=£ {f} + £ {g} £ -1{F +G}=£ -1{F} + £ -1{G} £ {cf } = c£ {f} £ --1{cF }= c£ -1{F} £ {f ’}= s£ {f}- f(0) £ –1{F(s)}= − − n n 1 n n ds )s(Fd t )1( L £ {f ’’}= s2£ {f}- sf(0) – f ’(0) £ –1 s )s(F = ττ d)(f t 0 ∫ £ {f (n)}= sn£ {f} - sn-1f(0) - sn-2f’(0) - ... - f(n-1)(0) £ -1 (F(s - a)) = eatf(t) £ {eatf(t)}=F(s - a) £ { } )s(F ds d)1()t(ft n n nn −= £ { } = a sF a 1)at(f £ { }=∗ gf £ {f}£ {g} £ )s(F s 1d )(f t 0 = ∫ ττ £ ∫ ∞ = s d )(F t )t(f εε )0(f)s(sFlim s = ∞→ )(f)s(sFlim 0s ∞= → 42 17 Bibliografia 1. Apostila “Amplificadores Operacionais” do professor Marcelo Wendling. Universidade Estadual Paulista-UNESP 2010 2. Apostila “Amplificadores Operacionais” do professor João C. Giacomin – DCC- UFLA. Universidade Federal de Lavras. 3. Livro Circuitos Elétricos Autores Nahvi/Edminister 2005 4. Livro Eletrônica volume II Autores Milman-Halkias 1981
Compartilhar