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FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA AULA 2: AMINOÁCIDOS Profa Dra Halyka L. F. V. Seródio Farmacêutica e Bioquímica Especialista em Atenção Farmacêutica Mestre em Biociências e Biotecnologia Doutora em Ciências Pós-Doutora em Imunologia VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM AMINOÁCIDOS? Essas moléculas estão mais presentes na sua vida do que você imagina. Os aminoácidos estão, por exemplo, em carnes, leite e derivados, assim como em suplementos alimentares comercializados. AMINOÁCIDOS (AA) É uma molécula orgânica que possui um átomo de carbono central (α) onde estão ligados covalentemente um grupo amino primário (−NH2), um grupo carboxílico (−COOH), um átomo de hidrogênio e uma cadeia lateral (R) diferente para cada aminoácido. AA Chamados de α-aminoácidos. São moléculas anfóteras (Zwitterion), isto é, pode se comportar como ácido ou como base. Apesar de mais de 300 terem sido descritos na natureza somente 20 são formadores de proteínas (22: hidroxiprolina e hidroxilisina) Principal função: formar Proteínas. EXCEÇÕES Prolina e hidroxiprolina, que são α-Iminoácidos (por ter estrutura anelar, são mais rígidos). Um iminoácido é um aminoácido que possui seu nitrogênio (do grupamento amino) formando um ciclo. CLASSIFICAÇÃO DOS AA Aminoácidos Apolares Polares sem carga Polares com carga Aromáticos CLASSIFICAÇÃO DOS AA Precisamos comer Nosso corpo produz CLASSIFICAÇÃO DOS AA PROPRIEDADES GERAIS Com exceção da glicina, todos os aminoácidos são opticamente ativos – desviam o plano da luz polarizada – pois o átomo de carbono α de tais moléculas é um centro quiral. PROPRIEDADES GERAIS Os α−aminoácidos que constituem as proteínas têm sempre a configuração estereoquímica L. Na forma L, o grupo + α−NH3 está projetado para a esquerda. Na forma D, está direcionado para a direita. Os D- aminoácidos são encontrados em alguns antibióticos: valinomicina e actinomicina D; e em paredes de algumas bactérias: peptidoglicano. Nas proteínas só existem L-aa pois as enzimas que sintetizam proteínas só agem nas formas L. PROPRIEDADES GERAIS A cadeia lateral (R) determina as propriedades de cada aminoácido. Os 20 tipos de cadeias laterais dos aminoácidos variam em: tamanho, forma, carga, capacidade de formação de pontes de hidrogênio, características hidrofóbicas e, reatividade química. AMINOÁCIDOS INCOMUNS EM PROTEÍNAS Além dos 20 aa básicos, existem outros aa... A hidroxiprolina e a hidroxilisina produtos de hidroxilação da prolina e lisina, respectivamente, são importantes componentes estruturais do colágeno . AMINOÁCIDOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS Aminoácidos ou seus derivados atuam como mensageiros químicos entre as células. Ex: - glicina, - ácido γ−aminobutírico (GABA, um derivado do glutamato), - serotonina e, -melatonina (derivados do triptofano). - tiroxina (um derivado da tirosina produzida pela glândula tireóide) e, -ácido indolacético (um derivado do triptofano e encontrado nas plantas). Neutromissores hormônio ENERGIA PROCESSOS INFLAMATÓRIOS E ALÉRGICOS FENILCETONÚRIA O COMPORTAMENTO DOS AMINOÁCIDOS EM SOLUÇÃO Quando um L-aminoácido é dissolvido em água, ele pode apresentar uma região carregada positivamente (a parte da amina – NH3+) e uma região carregada negativamente (a parte da carboxila – COO–). Isso sempre acontece em pH 7,0-7,4. Aa é um íon dipolar , podendo se comportar tanto como ácido quanto base. Um aminoácido pode se comportar como uma base, recebendo um próton e ficando com carga positiva, ou como um ácido, doando um próton e ficando com um excesso de elétrons (carga negativa). Comportamento base Comportamento ácido Qual dos dois comportamentos a molécula vai assumir dependerá de uma mudança de pH no meio, para ácido ou para básico. Em meio ácido (H+) o aa tende a receber H+ e com isso se comportar como uma base, e vice-versa. GLICINA EM SOLUÇÃO LIGAÇÕES ENTRE AMINOÁCIDOS Ligação peptídica Pontes dissulfeto LIGAÇÃO PEPTÍDICA LIGAÇÃO PEPTÍDICA PONTE DISSULFETO Também conhecida como pontes de enxofre. Oxidação da cisteína. O grupo sulfidrílico da cisteína é reversivelmente oxidado. A oxidação de duas moléculas de cisteína produz a cistina uma molécula que contém uma ponte dissulfeto. A presença deste enxofre na cisteína serve como uma espécie de “tomada”, já que dois enxofres, quando se aproximam, podem formar uma ponte de enxofre ou ponte dissulfeto. Duas cisteínas unidas por uma ponte de enxofre formam o que chamamos de cistina. PEPTÍDEOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS PEPTÍDEOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS PEPTÍDEOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS PROTEÍNAS As proteínas são os principais constituintes celulares. Os cientistas estimam que o homem sintetize cerca de 100 mil proteínas diferentes em seu organismo. FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS 1-A contração dos nossos músculos, que proporciona nossos movimentos, acontece pela atuação de algumas proteínas, sendo as principais a actina e a miosina. 2- O processo de transporte e utilização de oxigênio e gás carbônico realizado pelo nosso organismo tem participação das proteínas hemoglobina e mioglobina. 3- A defesa do nosso organismo contra invasores é garantida pelos anticorpos, que também são proteínas. 4- A fotossíntese, realizada pelos seres autotróficos, ocorre devido à presença de pigmentos que ficam ligados às proteínas. 5- Penas, chifres, venenos de serpentes, cabelos, unhas e diversas estruturas animais são compostos por proteínas. 6- As enzimas, que estão envolvidas em quase todas as reações metabólicas celulares, também são proteínas. Dependem da estrutura primária da proteína!!!! CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS ORGANIZAÇÃO DAS PTNS As proteinas podem ser descritas considerando diferentes níveis de organização. Elas possuem estruturas primária, secundária, terciária e quaternária. Resumidamente, dizemos que: - estrutura primária: e a sequência linear dos aa da proteína. Os aa mais comuns nas proteínas são: leucina, a alanina, a glicina, a valina e o ácido glutâmico. Os mais raros são: triptofano, cisteína, metionina e histidina. -estrutura secundária: e a maneira como esses aa se organizam no espaço. Os mais comuns são as α-helices, as fitas β e as voltas. -estrutura terciária: e a maneira como a proteína se organiza no espaço tridimensional, isto é, o movimento, a organização das as α-helices, as fitas β e voltas no espaço tridimensional; -estrutura quaternária: e quando a proteína tem mais de uma subunidade, isto é, forma dímeros (duas subunidades associadas); trimeros (três subunidades associadas); tetrâmeros (quatro subunidades associadas) e oligômeros (mais de quatro subunidades associadas). PROBABILIDADE DE FORMAR Α-HÉLICES E FOLHAS Β COMO UMA PROTEÍNA É FORMADA? sequência de DNA → sequência de RNA → sequência da proteína. Cada aa na sequência primária de uma proteína é resultado da leitura de um códon do RNA (é um trio de nucleotídeos que, durante o processo da tradução, é decodificado em um aminoácido). MODIFICAÇÃO PÓS-TRADUCIONAIS São as mudanças que ocorrem nas proteínas, dentro das células, após sua síntese. Ex: Insulina é sintetizada como um precursor com 110 resíduos. Existe um pedaço da sequência primária que é chamado peptídeo-sinal, responsável por direcionar a insulina para as vesículas secretórias do pâncreas, de onde ela poderá ser lançada na corrente sanguínea e participar da regulação do metabolismode nosso organismo. Depois de direcionar a insulina, esse peptídeo-sinal (que possui 24 aminoácidos) não tem mais função, sendo eliminado da sequência. O peptídeo C (constituído por 35 aminoácidos), outro pedaço da cadeia que fica sem função após a ligação da cadeia A com a B, também é clivado; fica pronta a insulina madura. Dos 110 resíduos de aminoácidos do precursor (pré-pró-insulina), a forma madura da proteína conta com apenas 51 resíduos. MODIFICAÇÃO PÓS-TRADUCIONAIS Além deste tipo de modificação (remoção de pedaços da cadeia), as proteínas também podem receber adição de carboidratos, fosfatos, dentre outros, em posições específicas, após sua síntese. Estes grupos muitas vezes são essenciais para o funcionamento da proteína. PROTEÍNAS HOMÓLOGAS Duas ou mais proteínas são consideradas homólogas quando desempenham funções muito parecidas nas espécies em que elas se encontram. FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS
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