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Logística Integrada texto cadeia de abastecimento

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Integração da Cadeia de Suprimento – Supply Chain Management 
 
Autores como Balou, Jacobsen, Ching e Novaes, além de muitos outros, dizem 
que a logística não pode ficar somente com foco na movimentação de materiais, 
mas sim ter o aspecto de integração entre os departamentos, fornecedores e 
clientes, sem deixar de lado o fluxo de informação. Para atender a todos esses 
requisitos, a logística foi ampliada à Cadeia de Suprimentos. 
 
De acordo com Bertaglia (2009, p.5), a cadeia de abastecimento ou suprimento 
corresponde ao conjunto de processos requeridos para obter materiais, e agregar-
lhes valor de acordo com a concepção dos clientes e consumidores, bem como 
disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) que os 
clientes e consumidores os desejarem. 
 
Segundo o dicionário da APICS, uma cadeia de suprimentos pode ser definida 
como: 
 
• Os processos que envolvem fornecedores-clientes e ligam empresas 
(desde a fonte inicial de matéria-prima até o ponto de consumo do 
produto acabado). 
• As funções dentro e fora de uma empresa que garantem que a cadeia de 
valor possa fazer e providenciar produtos e serviços aos clientes. 
 
O processo de implantação do conceito de Supply Chain Management — SCM 
passa, invariavelmente, por sete fases ou processos-chaves, conforme descreve 
Fleury et al (2000, p. 45): 
 
1. Relacionamento com os clientes. 
2. Serviço aos clientes. 
3. Administração da demanda. 
4. Atendimento de pedidos. 
5. Administração do fluxo de produção. 
6. Compras / suprimento. 
7. Desenvolvimento de novos produtos. 
 
A figura 1 mostra a cadeia de suprimentos de uma empresa. Verifique como é 
complexa a administração de todo o processo por uma única empresa. A empresa 
não tem condições de controlar integralmente seu canal de fluxo de produtos da 
fonte da matéria-prima até os pontos de consumo. Cada empresa fica responsável 
por sua logística, gerenciando os canais físicos imediatos de suprimentos e 
distribuição. 
 
 
Figura 1 – Cadeia de suprimentos 
Fonte: Pires e Musetti - 2000 
 
Atualmente, os consumidores estão mais exigentes e querem produtos cada vez 
melhores, com entrega no prazo e sempre que precisarem. Os consumidores, 
muitas vezes, não entendem como funciona uma rede de distribuição e, muitos 
deles não querem saber como funciona, eles desejam, na verdade, que o produto 
esteja à sua disposição. 
 
Mas, afinal, quais são os elementos envolvidos para que as necessidades de 
uma cadeia de suprimentos seja bem sucedida? 
 
Vários são os elementos obrigatórios para a implantação bem sucedida, porém, 
frequentemente, todos estão sobrepostos e dependentes entre si. 
 
• Confiança 
 
Permite que os fornecedores participem e contribuam para o ciclo de 
desenvolvimento de novos produtos. Sem confiança, nenhum dos demais 
elementos é possível. 
 
• Relações de longo prazo 
 
Permitem visão estratégica compartilhada. O termo frequentemente utilizado 
para o estabelecimento dessas relações é “Contratos Perenes”, que implica na 
renovação automática dos contratos com os fornecedores e em quando seu 
desempenho está de acordo com o contratado. 
 
 
 
• Compartilhamento de Informações 
 
Entre fornecedores e clientes. Essas informações poderão incluir questões, 
desde as especificações de projeto de novos produtos, até o planejamento e a 
programação da capacidade, ou o acesso a uma base de dados completa do 
cliente. (Entenda mais por meio da ferramenta CRM). 
 
• Forças individuais da organização 
 
Uma empresa inicia uma relação de longo prazo com um fornecedor; então, 
passa a ser importante para ela que seu fornecedor permaneça no mercado por 
bastante tempo. Dessa forma, um bom cliente irá trabalhar com seu fornecedor 
para garantir que ele seja lucrativo e mantenha-se bem financeiramente. 
 
Para que o produto esteja nas mãos dos consumidores e atenda às suas 
expectativas, é necessário que haja um gerenciamento dessa cadeia. Na logística, 
o termo utilizado para esse gerenciamento é Supply Chain Management. A ideia 
do SCM é captar a essência da logística integrada, bem como destacar as 
interações logísticas que ocorrem entre as funções de marketing, logística e 
produção no âmbito de uma empresa, e dessas mesmas interações entre as 
empresas legalmente separadas no âmbito do canal de fluxo de produtos. 
 
Não existe qualquer literatura que define corretamente o surgimento do termo 
Supply Chain Management. Alguns autores dizem que o termo surgiu no começo 
dos anos 80, outros afirmam que ele já era utilizado na década de 70 e, que 
representava a integração entre os departamentos de almoxarifado e transporte 
nos processos de distribuição. 
 
No mundo acadêmico, apenas nos últimos anos esse termo foi reconhecido 
oficialmente na gestão de operações. 
 
Sobre esse reconhecimento a partir dos anos 90, Lummus Voturka (1999) 
apresentam três razões principais, que podemos sintetizar da seguinte forma: 
 
1. As empresas estão cada vez menos verticalizadas, mais especializadas e 
procurando fornecedores que possam abastecê-las com componentes de 
alta qualidade e a um baixo preço; 
2. O crescimento da competição no contexto doméstico e internacional; 
3. O entendimento de que a maximização do desempenho de um elo da SCM 
está distante de garantir seu melhor desempenho. 
 
 
 
 
Eixos de abrangência da SCM 
 
Por sua característica abrangente e contemporânea, a SCM é notadamente 
uma área multifuncional e, ainda é difícil de ser classificada. Entretanto, podemos 
considerar que seu escopo possui ao menos três grandes eixos de atuação, 
conforme esboçado subsequentemente na figura: 
 
1. Processos de negócios: contempla os processos de negócios que devem ser 
executados efetivamente ao longo da SCM. Esse eixo representa o porquê 
da existência e a finalidade principal da SCM; 
2. Tecnologia, iniciativas, práticas e sistemas: representam os meios atuais e 
inovadores, que viabilizam a execução dos processos de negócios-chave na 
SCM; 
3. Organização e pessoas: contempla a estrutura organizacional e a capacitação 
institucional e pessoal capaz de viabilizar uma efetiva SCM. Representa as 
transformações em termos de estrutura organizacional e de capacitação da 
empresa, e também de seus colaboradores, para que o modelo gerencial de 
SCM possa ser, de fato, entendido, viabilizado e implementado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Os três eixos de atuação da SCM 
Fonte: Pires (2004) 
 
 
 
 
 
Processos 
de negócios 
Tecnologia, iniciativas, 
práticas e sistemas 
Organização e 
Pessoas 
Gerenciamento da cadeia de suprimento 
 
De acordo com Fleury, Figueiredo e Wanke (2009, p. 110), o conceito de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos está baseado no fato de que nenhuma 
empresa existe isoladamente no mercado. Uma complexa e interligada cadeia de 
fornecedores e clientes, em que fluem matérias-primas, produtos intermediários, 
produtos acabados, informações e dinheiro, é responsável pela viabilidade do 
abastecimento dos mercados consumidores. 
 
Com as enormes pressões competitivas existentes atualmente, a atividade de 
gerenciar a cadeia de suprimentos tem tido cada vez mais espaço nas relações de 
negócios. Propõe-se que a competição no mercado ocorre, de fato, no nível das 
cadeias produtivas, e não apenas no nível das unidades de negócios isoladas. 
 
Os comentários dos autores acima demonstram como a concorrência mudou 
nos últimos anos; aquela ideia de que o concorrente da empresa é somente a outra 
empresa já não é totalmente verdade, pois, agora, o que está em jogo é que 
inúmeras empresas que compõem uma cadeia de suprimentos estão concorrendo 
com inúmeras empresas que compõem a outracadeia. 
 
Um ponto que efetivamente é considerado uma vantagem competitiva para as 
organizações (que realmente compreendem o seu papel estratégico), é o perfeito 
entendimento da cadeia de abastecimento integrada. 
 
Elementos da cadeia de abastecimento integrada 
 
De acordo com Bertaglia (2009, p. 28), os elementos da cadeia de 
abastecimento podem ser divididos em: 
 
• Planejamento. 
• Compras. 
• Produção. 
• Distribuição. 
 
Planejamento 
 
Para que toda cadeia de abastecimento tenha sucesso, é necessário que as 
empresas concentrem seus esforços em algumas atividades que afetarão seu 
desempenho, como: 
 
• Desenvolvimento de canais. 
• O planejamento de estoque, produção e distribuição envolvendo 
transporte. 
• A estimativa de vendas e o planejamento da demanda. 
• O lançamento de produtos. 
• Promoções. 
 
Se cada elemento ou departamento da cadeia de abastecimento desenvolver o 
seu próprio plano sem considerar as características dos outros elementos, não 
haverá possibilidade de se integrar as duas pontas do processo, ou seja, a 
demanda e o abastecimento. 
 
Essa visão de planejamento extrapola os limites da empresa, afetando 
fornecedores de materiais e compradores de bens ou serviços. Conceitos novos 
têm surgido na área de planejamento organizacional, e eles serão estudados mais 
adiante na apostila. 
 
Compras 
 
De acordo com Bertaglia (2009, p. 30), comprar é o conceito utilizado na 
indústria com a finalidade de obter materiais, componentes, acessórios ou serviços. 
É o processo de aquisição, que também inclui a seleção de fornecedores, os 
contratos de negociação e as decisões que envolvem compras locais ou centrais. 
 
A aquisição compreende a elaboração e colocação de um pedido de compra 
com um fornecedor já selecionado, bem como a monitoração contínua desse 
pedido, a fim de evitar atrasos no processo. 
 
Hoje, o setor de compras não está mais limitado apenas ao processo de 
comprar e monitorar; os profissionais dessas áreas precisam ter um entendimento 
global de negócios e tecnologia. O comprador, em função da tecnologia, é muito 
mais um analista de suprimentos e um negociador do que propriamente um 
operador de transações, que faz pedidos e os monitora. 
 
As organizações modernas estão se conscientizando cada vez mais da 
necessidade de manter alianças com fornecedores, ao invés de manter uma 
relação puramente de compra e venda, apresentando animosidade na maioria das 
circunstâncias. Estão também reduzindo a quantidade de fornecedores, mantendo 
um relacionamento de longo prazo, com altos volumes e maior flexibilidade. Esse 
relacionamento tem o nome de B2B — Business-to-Business, que significa 
negócios entre empresas. 
 
É importante ressaltar que muitos fornecedores são os responsáveis por 
monitorar o estoque de cliente empresarial, que é o PDV — Ponto de venda, 
conforme se relata na figura. É o caso de alguns supermercados, em que o controle 
de alguns produtos é realizado pelo fornecedor. O fornecedor verifica em qual 
momento é melhor solicitar uma nova remessa de produtos para aquele 
supermercado. Quem ganha com isso? Todos! O fornecedor, que poderá controlar 
o seu estoque de uma maneira precisa, o supermercado, que poderá oferecer ao 
seu cliente um produto com uma qualidade melhor, e o cliente, que terá opções 
para escolher o melhor produto. 
 
Produção 
 
De acordo com Bertaglia (2009, p. 31), a produção refere-se ao elemento, cujo 
processo fundamental é composto por operações que convertem um conjunto de 
matérias em um produto acabado ou semiacabado. A estratégia básica de 
produção e estoque adotada pela organização afeta, significativamente, o 
comportamento da cadeia de abastecimento. O processo de manufatura ou 
fabricação pode suportar as variações descritas a seguir: 
 
• Produção para atender níveis de estoque – também chamado de 
Sistema de Produção Contínua ou Produção repetitiva. Esse sistema de 
fabricação ocorre para atender às previsões de vendas, acontecendo 
antes que um pedido seja recebido. O tempo de entrega do produto ao 
cliente é minimizado. Exemplos: Cremes dentais, sorvetes, margarinas, 
bebidas etc. A produção divide-se em dois segmentos industriais: 
 
― Indústria discreta – os lotes de materiais são facilmente identificados – 
refrigerador, televisor etc. 
 
― Indústria de processo – é representada pelos derivados de petróleo. 
Como ocorre uma mistura dos ingredientes, os lotes de materiais 
apresentam maior dificuldade para serem identificados. 
 
Uma Refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos complexos e 
diversificados, pelos quais o petróleo vai sendo submetido a diversos processos 
para a obtenção de muitos derivados. Refinar petróleo é, portanto, separar suas 
frações, processá-lo, transformando-o em produtos de grande utilidade: os 
derivados de petróleo. 
 
A instalação de uma Refinaria segue diversos fatores técnicos, dos quais se 
destacam a sua localização nas proximidades de uma região em que haja grande 
consumo de derivados e/ou nas proximidades das áreas produtoras de petróleo. O 
Brasil possui uma das maiores empresas de refinaria, a Petrobrás, 
estrategicamente localizada do norte ao sul do País. 
 
Produção para atender um pedido específico – essa é uma estratégia de 
manufatura em que a produção se inicia a partir do momento em que um cliente faz 
um pedido. Normalmente, os componentes e acessórios se encontram 
armazenados e, uma vez que o pedido é recebido, ele é produzido conforme a 
solicitação. Esse sistema envolve a obtenção de materiais, a fabricação e a 
montagem do produto. Um exemplo bem conhecido nosso é a fabricação de pizzas, 
conforme mostra a figura. Os materiais ficam armazenados aguardando o pedido 
do cliente. Esse pedido pode ser feito pessoalmente ou por telefone. 
 
Montagem – Um exemplo clássico desse sistema de produção é a indústria 
automobilística, que ao receber o pedido de uma concessionária, monta os veículos 
de acordo com as opções determinadas pelo cliente, como: ar condicionado, cor, 
sistema de som etc. Nesse tipo de sistema, o fabricante monta uma quantidade 
bem diversificada de produtos finais, com diferentes características, com poucos 
componentes ou elementos já montados. 
 
 
Projetos sob medida – É um sistema que envolve desenho, projeto, obtenção 
de materiais e componentes, fabricação e montagem. As especificações são 
normalmente estabelecidas pelo cliente em função da necessidade do produto. 
Normalmente, isso é um processo de longa duração, muitas vezes durando anos, 
envolvendo uma quantidade muito grande de pessoas e empresas. Exemplos: 
aviões, edifícios, estradas etc. 
 
 
• Combinação de sistemas de produção – os sistemas anteriores podem 
sofrer variações. As combinações são utilizadas, principalmente, nos 
sistemas de produção para estoque. A manutenção de estoque sugere 
um custo adicional, onerando, assim, a cadeia de abastecimento. 
Algumas organizações adotam certas estratégias, em que alguns 
produtos são produzidos a partir do recebimento do pedido, mantendo 
em estoque aqueles itens ou materiais mais críticos de se obter. 
 
 
Distribuição 
 
Conforme Beetaglia (2009, p. 33), a distribuição é um processo que está 
normalmente associado ao movimento de material de um ponto de produção ou 
armazenagem até o cliente. É uma atividade que envolve as funções de: 
 
• Gestão e controle de estoque. 
• Manuseio de materiais ou produtos acabados. 
• Transporte. 
• Armazenagem. 
• Administração de pedidos. 
• Análises de locais e redes de distribuição etc. 
 
O Brasil tem evoluído muito no aspecto de distribuição com empresas 
extremamente profissionais, tanto na armazenagem como no transporte. No 
entanto, nossa infraestrutura para transporte e distribuiçãocontínua ainda é 
extremamente centralizada nas rodovias, apresentando leitos bem críticos, 
aumentando os custos de transporte pela necessidade de manutenção de veículos 
que transitam por elas. Os países desenvolvidos usam meios alternativos e 
combinados para efetuar a distribuição dos produtos por via marítima, rodoviária, 
ferroviária e aérea. 
 
Todas as empresas envolvidas na Cadeia de Suprimentos têm que entender 
que constituem uma única empresa. Caso contrário, todos perdem. Alguns mais ou 
menos, mas, certamente, todos perdem. Certo dia estava dirigindo o meu 
automóvel e parei por causa do farol. Estava aguardando o semáforo abrir e fiquei 
observando uma situação, no mínimo lamentável: dois rapazes estavam tentando 
colocar um colchão na carroceria de um carro utilitário, tipo pick-up. O problema era 
que o colchão era um pouco maior que a carroceria do automóvel. Eles não tiveram 
dúvida, pegaram o colchão e o colocaram sob a pick-up, mas o colchão não ficou 
totalmente acomodado na carroceria. Diante desse impasse, os dois rapazes 
cerraram o punho e começaram a dar socos no colchão, até que ele ficasse 
acomodado na carroceria. Fiquei indignado com tal situação, mas, em decorrência 
da abertura do semáforo, fui obrigado a seguir o meu caminho, mas fui refletindo 
sobre a imagem do soco. Pensei: quando compro um produto e ele vem com 
defeito, será que é mesmo defeito de fábrica ou de funcionários e empresas que 
compõem a cadeia de suprimento e não estão preparadas para satisfazer o cliente? 
 
Você já passou por alguma situação assim antes? Veja como é importante ter 
uma Cadeia de Suprimentos toda direcionada para a satisfação do cliente. 
 
A resposta que tenho para isso é simples: depende. Depende de como a 
empresa lida com a sua Cadeia de Suprimentos. É claro que há muitas empresas 
sérias e que almejam o melhor para o cliente, mas há aquelas que querem somente 
obter lucro e, sabe-se que será por pouco tempo, pois o cliente percebe que foi 
enganado e acaba optando pelo concorrente. 
 
Slack (1993) divide a cadeia de suprimentos (SC) em três níveis: a cadeia total, 
a cadeia imediata e a cadeia interna, conforme mostra a figura 12. 
• Cadeia interna. 
• Cadeia imediata. 
• Cadeia total. 
 
Cadeia de Suprimentos Total – envolve todas as relações cliente-fornecedor, 
desde a extração da matéria-prima, até a compra do produto pelo consumidor final. 
A empresa, que efetivamente colocará a marca em seu produto e chegará ao 
cliente, é a grande responsável por gerenciar essa Cadeia. No fim do processo, 
quando o cliente for utilizar o produto, ele enxerga somente sua marca. Ele não 
entende que o problema pode ter ocorrido por falhas no transporte, na 
armazenagem, no fornecedor. Por isso que a empresa detentora da marca ficará 
responsável por gerenciar esse sistema e controlar todas as atividades, para que 
tudo saia de acordo com as exigências de seu cliente. 
 
Cadeia de Suprimentos Imediata – representa todos os fornecedores e 
consumidores com os quais a empresa faz negócio diretamente. Perceba que a 
relação é mais próxima e, às vezes, sendo diária. O conhecimento, nesse caso, é 
maior. É possível entender melhor essa relação e realizar melhores trabalhos. 
 
Cadeia de Suprimentos Local – corresponde aos fluxos internos de materiais e 
informações entre departamentos, células ou setores da operação. Até que o 
produto chegue a seu destino final (para o cliente), são realizados inúmeros 
transportes internos em relação ao material e informação. Nesse caso, é importante 
conhecer, também, os clientes internos, que são os funcionários. É importante 
entender qual a importância do material para o outro departamento, como 
armazená-lo e quais são os seus prazos. Exemplo: quando é executada uma venda 
de um determinado produto, é necessário que esse produto esteja no estoque para 
ser entregue ao cliente; ao mesmo tempo, deve-se informar e pedir ao 
departamento financeiro para providenciar o pagamento, bem como informar o 
departamento de transporte para que a entrega do produto seja feita. Se houver 
qualquer problema de fluxo de material e informação, isso poderá prejudicar a 
qualidade do produto, como: qualidade e prazo de entrega. 
 
A tecnologia de informação se tornou um ponto essencial na gestão da cadeia 
de suprimentos e, por isso, há a necessidade da utilização de sistemas que ajudam 
a gerir as informações provenientes, desde as fontes primárias de recursos até os 
consumidores finais. 
 
Segundo Nazário (1999), o fluxo de informações é um elemento de grande 
importância nas operações logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, 
necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de 
transporte e faturas, são algumas das formas mais comuns de informações 
logísticas. E, ainda, de acordo com o mesmo autor, os sistemas de informações 
logísticas funcionam como elos que unem as atividades logísticas em um processo 
integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as 
operações logísticas. Estas operações ocorrem dentro de uma empresa específica, 
bem como ao longo de toda cadeia de suprimentos. 
 
Sistemas adequados são essenciais para a eficiente colaboração na cadeia de 
suprimentos. Para Pires (2004), quando se fala em colaboração na cadeia de 
suprimento, fala-se também em relacionamentos de longo prazo na busca de 
objetivos comuns. Sabe-se que a cadeia de suprimento torna-se competitiva, na 
medida em que as alianças estratégicas aumentam a criação do valor, por meio da 
integração de processos. Logo, pode-se afirmar que as iniciativas projetadas para 
melhoria do planejamento e gestão colaborativa na cadeia de suprimentos refletem 
diretamente no potencial competitivo dessas cadeias.

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