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Atividade sociedade e cultura semana 3

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Universidade Virtual do Estado de São Paulo - UNIVESP
Engenharia de Produção
Danusa Gianpietro Szot Costa
Viviane Catenacci recorre a Nestor García-Canclini para destacar a importância da desconstrução do popular e, posteriormente, reconstruir esse conceito. Explique por que esse processo é cada vez mais necessário na atualidade.
Santo André/SP
2018�
Universidade Virtual do Estado de São Paulo - UNIVESP
Engenharia de Produção
Danusa Gianpietro Szot Costa
Matrícula: 1802102
Viviane Catenacci recorre a Nestor García-Canclini para destacar a importância da desconstrução do popular e, posteriormente, reconstruir esse conceito. Explique por que esse processo é cada vez mais necessário na atualidade.
Trabalho apresentado como requisito para avaliação da disciplina de Sociedade e Cultura, do curso de Engenharia de Produção oferecido pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo – UNIVESP, ministrado pelo Prof. Dr. Marcos Garcia Neira
Santo André/SP
2018�
SUMÁRIO
Sociedade e Cultura................................................................................................4
Conclusão.................................................................................................................7�
 SOCIEDADE E CULTURA 
Viviane Catenacci recorre a Nestor García-Canclini para destacar a importância da desconstrução do popular e, posteriormente, reconstruir esse conceito. Explique por que esse processo é cada vez mais necessário na atualidade.
Iniciemos nosso trabalho falando sobre as perspectivas. A primeira perspectiva dá-se aos meios de comunicação trabalhando no processo de massificação cultural, ela tira esse peso dela e distribui, onde acaba atribuindo proporcionalidade neste quesito também à urbanização, industrialização, evangelização, escolarização, e demais. A segunda perspectiva corrobora o papel cultural dos meios igualando o mesmo com as demais manifestações, sendo que esse vem como resultado dos caminhos engendrados pela internacionalização da economia, das migrações internas e externas, da porosidade das fronteira, pela transnacionalização da tecnologia e turismo, dentre mais processos que continuam a acontecer. As duas nos mostram a relação entre cultura e comunicação, quebram as visões totalizadoras desses assuntos, trazem a tona a natureza negociada da comunicação colocando-a entre emissão e recepção, produção e consumo cultural, e abre o debate sobre comunicação e identidade cultural. Ainda sobre essas questões, enfatizam que este campo é muito conflituoso, que até foi nomeado por Jorge Gonzáles (1994) de “arena cultural”. Este pesquisador mexicano se dedicou ao estudo das culturas contemporâneas. Segue:
A cultura popular analisada a partir da concepção dos folcloristas e dos membros do Centro Popular de Cultura, colocando em cena os termos tradição e transformação, considerados antagônicos por ambas as tendências e envolvidos pela questão nacional, amplamente discutida pelas Ciências Sociais durante todo o século XX. (Jorge Gonzáles (1994)
As diferenças de expressão é uma característica da cultura popular, sendo fortemente estudada no século XX. Ela aqui é estudada e analisada de uma forma multidisciplinar, onde focamos nos aspectos que ajudam a compreensão desse fenômeno complexo e polissêmico. O primeiro é sobre à concepção de povo e cultura popular para os folcloristas. Já o segundo, analisa as diferentes concepções do conceito de popular, onde seu histórico caminha para o âmbito político. O terceiro reflete sobre o Centro Popular de Cultura, deixando claro que, primeiro, o seu surgimento e em seguida a concepção dos intelectuais “cepecistas” de cultura popular e seu papel na sociedade. Sendo assim, os conceitos tradição/transformação são analisados e na maioria das vezes apresentados como antagônicos, mas se vistos como complementos um do outro, podem dar novas respostas e a essa discussão. A questão nacional também faz parte deste artigo, pois esta associada ao tema, aparecendo tanto na concepção dos folcloristas, quanto no dos cepecistas.
É nesse contexto, que os meios de comunicação podem ser chamados de criadores, renovadores e ou consolidadores de identidades culturais, onde na América Latina é considerado uma questão de sobrevivência cultural e política, seu estudo deve ser em termos do que lhe é próprio, no tradicional e contemporâneo, sem medo de perder a vitalidade e sentido frente ao processo de globalização e mundialização da cultura, como disseram Canclini e Martín-Barbero.
Nesse termo de interculturalidade potencializada pelos meios, devemos capitalizar nos modos desiguais de apropriação, portanto, como uma identidade que não está apoiada apenas nas diferenças, que é o modo tradicional de entendê-la, mas nos processos de hibridação. 
Precisamos considerar que a interculturalidade está sendo construída pela informática, telemática, culturas fronteiriças, migrações, turismo, dentre outras, portanto, dentro e também fora dos meios de comunicação.
Muitos autores são críticos sobre as concepções e os estudos relativos ao conceito de popular, realizados durante o século XX. Canclini (1989), por exemplo, destaca a importância da desconstrução do popular para posteriormente reconstruir este conceito. No entano, essa reconstrução não deve se dar apenas pelo lado de uma das disciplinas das Ciências Sociais, mas sim pelo seu trabalho conjunto. Como se viu, o popular está inserido no processo constitutivo da modernidade, abarcando as seguintes contradições:
Figura 1 
Fonte: CANCLINI, 1989, p. 206
Esse autor chegou à conclusão de seus estudos na exploração das contradições que a história do popular sempre foi relacionada à história dos excluídos, que não têm patrimônio ou não conseguem que ele seja reconhecido e conservado. Na maioria dos estudos feitos sobre a cultura, o avanço é considerado como promovido única e exclusivamente pelos setores hegemônicos, já que no tradicional estão arraigados os setores populares. Assim pensavam os iluministas, que olhavam os processos culturais restritos às elites; pelos românticos que exaltavam os sentimentos e as formas populares de expressá-los, utilizando de forma lírica as tradições populares; e pelos positivistas, que procuravam situar o folclore no espírito científico.
Com a expansão da TV a cabo e a Internet, ocorre uma nova forma de conexão com as referências culturais de origem, e as famílias reconfiguram e renovam suas identidades e formações, reconstruindo as experiências de seus antepassados da sua própria forma. 
Analisando atentamente, os meios de comunicação sempre ajudaram a formar uma parte na forja cultural. Porém, hoje em dia, sua centralidade é indiscutível, por isso a adoção de uma perspectiva que contemple as possibilidades identidárias dos processos comunicativos, baseadas na capacidade de interagirem com contextos locais e regionais, é indispensável.
Assim, é importante refletir sobre a tensão que está presente entre o processo de globalização e a força das tradições regionais/locais, onde o resultado depende dessa correlação de forças. Sendo que, o fenômeno de “encolhimento” do mundo e a “integração” ao sistema mundial trazem como consequência o processo de desterritorialização das culturas, mas também estimula o ressurgimento dos localismos e regionalismos. Assim, como também o crescimento a cada dia do processo migratório traz consigo as desterritorializações, seu contrário igualmente é possível através se olharmos seus dispositivos criando um “território simbólico”, uma “reterritorialização virtual”, auxiliada pela junção das diferenças temporais. 
Como se torna impossível reverter esse processo, ao invés de tratar de uma essência irredutível, a identidade cultural pode ser concebida como um fluxo multifacetado, sujeito a negociações e à flexibilidade, de acordo com os contextos interativos que, na maioria das vezes, podem serregulados pelos meios de comunicação. Mais uma vez, a ligação estreita e frágil entre comunicação, cultura e identidade, hoje cada vez mais em regime de convergência midiática.
CONCLUSÃO
	Discutir a cultura popular ainda é muito recente, sendo realizada pelos romancistas e folcloristas. Porém são inúmeras as obras produzidas para que a discussão sobre esse tema fosse estimulada, muitas vezes reivindicando uma nova concepção. Neste artigo, apresentaram duas concepções, dando ênfase o contexto social, histórico, econômico e político onde cada uma delas foi construída. Ao mostra-las desse jeito, destaca-se que a maneira pela qual se entende se define cultura popular, é sempre o resultado de um contexto determinado e de um diálogo sobre as questões colocadas e discutidas.
Nessa visão, o povo é o detentor de um saber, o saber tradicional, que abriga as especificidades nacionais, os elementos que formam a identidade nacional. Porém, entre os folcloristas não se falava da primeira e segunda tendência sobre o quão importante é preservar e manter as condições materiais e "espirituais” do sabe do próprio povo e seus produtos tradicionais. O que mais interessava e instigava esses estudiosos era, primeiramente, o produto, mesmo que não estivesse ligado no contexto onde havia sido criado e do sentido da sua criação. No entanto, as manifestações populares são alçadas e respeitadas como um saber, às vezes inferior, mas que deve ser investigado, estudado, analisado e resultar em conclusões.

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