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Parada cardiorrespiratória PROF. MSN RAFAEL LIMA RODRIGUES DE CARVALHO Definição Cessação súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular útil e suficiente em indivíduo sem doença irreversível. Epidemiologia Cerca de 200 mil PCR por ano no Brasil (SBC, 2013). ◦Dessas, metade em ambiente hospitalar. Em 2012 ocorreram 6.512 mortes em Minas Gerais devido a infarto agudo do miocárdio (DATASUS). ◦ Isso representa 5,23% das mortes em Minas nesse ano. Tipos Fibrilação ventricular Taquicardia ventricular sem pulso Atividade elétrica sem pulso Assistolia PCR- Ritmos chocáveis Fibrilação Ventricular Taquicardia Ventricular sem pulso Suporte Básico de Vida - RCP 56 a 74 % dos ritmos de Parada Cardiorrespiratória em ambiente extra- hospitalar são fibrilações ventriculares. O aumento da efetividade da RCP está intimamente ligado a desfibrilação dentro dos primeiros 5 minutos. SBC, 2013 Suporte Básico de Vida - RCP A cada minuto passado da parada, sem desfibrilação, as chances de sobrevivência diminuem de 7 a 10%. Com a RCP eficiente as chances diminuem de 3 a 4% por minuto. A taxa de sobrevivência de PCR que foram realizada a RCP por leigos chega a 85% SBC, 2013 DESFIBRILADORES • Nunca se viu tanta reversão de paradas cardíacas como nos locais e serviços onde foram implantados. • No período de 2 anos e meio, no Aeroporto O’Hare de Chicago, 25 pessoas foram socorridas em PRC. 20 receberam choque em até 3 minutos. 18 sobreviveram. AEROPORTO O’HARE Chicago, E.U.A. COMO FUNCIONA UM DEA ? • IDENTIFICA AUTOMATICAMENTE O RITMO • INDICA O CHOQUE SÓ PARA SITUAÇÕES ONDE O CHOQUE ESTÁ RECOMENDADO • ORIENTA POR VOZ O QUE DEVE SER FEITO • SEGUE O ESTABELECIDO EM PROTOCOLOS (SEQUÊNCIA, INTENSIDADE DE CARGA, ETC.) • PODE GRAVAR TODO O SOM AMBIENTE • MANTÉM NA MEMÓRIA TUDO O QUE FOI REALIZADO DESFIBRILADORES FIBRILAÇÃO VENTRICULAR RITMO SINUSAL CHOQUE LOCAIS ONDE O USO DO DEA É RECOMENDADO • Serviços de emergência (APH e/ou resgate) • Nos serviços que realizam o primeiro contato com a população (bombeiros, policiais, etc.) • Nas grandes empresas e grupamentos populacionais (aeroportos, escolas, clubes, shoppings, estádios, etc.) • Em locais onde grande número de pessoas realizam atividade física (clubes, academias, etc.) • Em locais isolados- hotéis, fazendas, aviões • Em aeronaves de vôos internacionais • A partir de 8/8/2006, 20 estações do metrô de São Paulo contam com 20 DEA. • Lei N 9.317, de 18 de janeiro de 2007 (obrigatoriedade de treinamento e capacitação de pessoal em suporte de vida e uso do DEA em Belo Horizonte. TREINAMENTO EM DEA PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE BOMBEIROS AEROMOÇAS SEGURANÇAS POLICIAIS PROFESSORES ESPORTISTAS ESTUDANTES TREINADORES CIDADÃOS EM GERAL 1. Água: Retirar a vítima do contato com a água; secar rapidamente o peito da vítima, antes de aplicar os eletrodos 2. Marcapasso: Aplicar os eletrodos a pelo menos a 3 cm de distância da borda de qualquer dispositivo implantado 3. Medicamentos transdérmicos: Remover o adesivo, limpar e secar a área, antes de conectar o DEA 4. PELOS : Raspá-los com lamina de barbear antes de conectar o DEA SITUAÇÕES ESPECIAIS: Caso: Você está andando na rua e subitamente uma pessoa próxima a você cai no chão e fica, aparentemente, inconsciente! O que você faz? Suporte Básico de Vida - RCP Avalie o local!!!!!! Lembre-se que não adianta tentar salvar uma vida se você perder a sua. Suporte Básico de Vida - RCP Suporte Básico de Vida - RCP Avaliação Técnica de avaliação e ação 1 – Verificar se o paciente responde •Toque e pergunte “ Você está bem?” •Verifique se esta sem respiração ou com respiração anormal (gasping). Observe se o toráx está movimentando. ACLS, 2011 Suporte básico de vida - RCP Avaliação Técnica de avaliação e ação 2 – Acionar o serviço de emergência /Buscar o DEA •Acione o serviço de emergência. •Busque um DEA – ou peça alguém para buscar! ACLS, 2011 Suporte básico de vida - RCP Avaliação Técnica de avaliação e ação 2 – Circulação •Verifique o pulso carotídeo de 5 a 10 segundos. ACLS, 2011 Avaliação Técnica de avaliação e ação 2 – Circulação •Se não sentir o pulso em 10 segundos inicie a RCP. ACLS, 2011 Avaliação Técnica de avaliação e ação 2 – Circulação •Comprima o centro do tórax com força e rapidez, realizando no mínimo 100 compressões por minuto. •O tórax deve afundar pelo menos 5 cm. •Permita o retorno completo do tórax ACLS, 2011 COMPRESSÕES TORÁCICAS Ciclos de 30 compressões : 2 ventilações Revezamento a cada 2 minutos ou 5 ciclos Após intubação não sincronize: faça 100 compressões/min e 8 a 10 ventilações/min Suporte Básico de Vida Após as 30 compressões: Abrir as vias aéreas (A) com as manobras de inclinação da cabeça e elevação do queixo para vítimas sem suspeita de trauma: Suporte Básico de Vida • A – Abertura de Vias Aéreas: - Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo. Suporte Básico de Vida A – Abertura de Vias Aéreas: -Manobra de tração da mandíbula. (Recomendada como método alternativo para abrir as vias aéreas quando há suspeita de lesão da coluna cervical) Suporte Básico de Vida B – Boa respiração: Aplicar 02 ventilações, com duração de 1 (um) segundo cada mantendo posteriormente a relação compressão-ventilação de 30:2. B – Respiração Boca-a-boca Suporte Básico de Vida B – Respiração Boca-máscara-bolsa B – Respiração Boca-máscara Suporte Básico de Vida Importante: ◦ Inicie a RCP no paciente sob local rígido, para melhor efetividade da RCP. ◦Se caso não se sentir confortável para realizar as ventilações (Ausência de máscara ou paciente com sangue ou resíduos na boca) você não é obrigado a realizá-la. Avaliação Técnica de avaliação e ação 4 - Desfibrilação •Se não houver pulso, verifique se há ritmo chocável/ desfibrilável com um DEA assim que ele chegar. ACLS, 2011 Avaliação Técnica de avaliação e ação 4 - Desfibrilação Administre o choque, conforme indicado. •Inicie RCP logo após o choque. ACLS, 2011 RCP RCP com 1 socorrista RCP com 2 socorristas Posição de Recuperação Cadeia da Sobrevivência 1º Elo: Reconhecimen to imediato da PCR e Acionamento do serviço emergência/ urgência 2º Elo: RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas 3º Elo: Rápida desfibrilação 4º Elo: Suporte Avançado de Vida eficaz 5º Elo: Cuidados pós-PCR integrados GONZALEZ, M.M. et al. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2013;101(2):1-238. Fonter:American Heart Association. GUIDELINES CPR-ECC-2010. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. Particularidades RCP em criança: 1 Socorrista 2 Socorristas •Comprimir 1/3 do tórax. •Semelhante ao adulto. •30 compressões e 2 ventilações. •Comprimir 1/3 do tórax •Realiza-se 2 ventilações a cada 15 compressões. Particularidades RCP no lactente: 1 Socorrista 2 Socorristas •Comprimir 1/3 do tórax. •Semelhante ao adulto. •30 compressões e 2 ventilações. •Comprimir 1/3 do tórax •Realiza-se 2 ventilações a cada 15 compressões. Onde saber mais? Curso BLS da AHA – para leigos e profissionais de saúde. Curso ACLS da AHA – para enfermeiros emédicos. Curso básico de socorro e resgate – Cruz Vermelha Curso Básico de Primeiros Socorros - CBMMG Asfixia Impedimento total ou parcial de trânsito de ar ambiente até os alvéolos pulmonares. Asfixia Pode ser causada por: Causas intrínsecas: Obstrução por relaxamento da língua. Causas extrínsecas: Aspiração de corpo estranho. Classificada como: Grave (total): Apresenta sinais de obstrução grave das vias aéreas, como incapacidade de tossir, cianose e incapacidade de falar ou respirar e indicam que o movimento de ar pode estar ausente ou não ser detectável. A pronta ação do socorrista é urgente, preferencialmente enquanto a vítima ainda está consciente. Leve (parcial): mantem boa troca gasosa; vítima pode tossir fortemente, apesar dos sibilos entre as tossidas. Enquanto permanecer uma troca gasosa satisfatória, o profissional encorajar a vítima a persistir na tosse espontânea e nos esforços respiratórios, sem interferir nas tentativas para expelir o corpo estranho. Manobra de Heimlich Descompressão de vias aéreas em crianças menores de 1 ano 5 compressões torácicas seguidos de 5 golpes nas costas, até o corpo estranho ser expelido.
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