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PROCESSO PENAL I

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21/02/2018
Dr.drumond@hotmail.com
Introdução ao processo penal: 
Antes de falar do processo penal precisamos falar o que é percecutiu criminis, assim devemos conhecer o conceito de infração penal. 
Infração penal é tudo de errado que pode acontecer no ordenamento jurídico. A infração penal por sua vez é dividida em crime e contravenção. 
A persecução penal é atividade em que o Estado reprime estas infrações penais. 
Com indícios de autoria e materialidade é possível instaurar um inquérito. 
No inquérito a investigação criminal visa reunir elementos de autoria e materialidade. Quando se fala em investigar é sempre a procura de indícios de autoria e materialidade do fato. 
O inquérito é dispensável. Ex. CPI. As CPIs têm a finalidade de colher provas. O MP pode investigar.
Processo nada mais é do que o meio pelo qual se funda a ação. Ação por sua vez é um direito público subjetivo de obter uma decisão por intermédio do fato que é objeto do processo. 
Em latim processo significa ato de andar ou proceder. 
Procedimento é uma sequência de atos concatenados praticados dentro do processo.
Princípios são mandamentos e normas, que podem ser aplicadas ou não. Princípio da legalidade é uma regra. A regra é aplicada ou não.
Segundo canotilho são multifuncionais, os princípios, portanto podem desempenhar uma função argumentativa que permite por exemplo denotar ratio legis, a razão da lei, de uma disposição ou revelar normas que não são expressas por qualquer enunciado legislativo, possibilitando aos juristas sobretudo aos juízes, o desenvolvimento e integração de complementação do direito.
Princípios são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível, dentro das possibilidades jurídicas e fáticas, utiliza-se portanto técnica de ponderação. 
HC82354-8 – Súmula vinculante 14 – o advogado tem direito a acesso ao inquérito policial.
Razoável duração do processo é ferido, quando se leva mais de 1 ano e 8 meses para denunciar ou realizar um diligência.
	Princípio da dignidade da pessoa humana art.1º, III da CF. 
	A súmula vinculante nº14 não se aplica na lei de delação premiada. 
	A ampla defesa se subdivide em: 
Autodefesa: é aquela exercida pelo próprio réu
Defesa técnica
	A autodefesa se subdivide em:
Direito de presença: é o direito do réu de presenciar toda instrução processual.
O réu preso tem que ser requisitado para participar da diligência para o juízo deprecado?
Corrente 1 – TJ e TRF – não há necessidade de requisição, pois a ampla defesa será exercida por meio da defesa técnica.
Corrente 2 – STJ – hipótese de nulidade relativa – devendo a parte demonstra o prejuízo.
Corrente 3 – STF - o réu deve ser requisitado sob pena de nulidade absoluta, um vez que o direito de presença é consectário da ampla defesa constitucionalmente. 
Direito de audiência é o direito de o réu ser levado à presença do juiz e narrar a sua versão sobre o fato criminoso.
O Princípio do juiz natural não se refere à pessoa do juiz, mas sim ao órgão jurisdicional estabelecido previamente pela lei como competente. A principal finalidade é evitar os tribunais de exceção.
Princípio da identidade física do juiz refere-se à pessoa do juiz. Existe algumas regras que devem ser respeitadas a título de segurança para as partes. Ex. art. 399, §2 do CPP. Que estabelece que o juiz que concluir a instrução estará vinculado a proferir decisão, contudo trata-se de um princípio relativo, pois pode haver a morte, remoção, aposentadoria e etc. fundamento art. 400 CPP parte final.
Site de pesquisa ESINF
Doutrina 
Eugenio Patieli
Nestor Távora
Paulo Rangel
Principio da publicidade a regra do processo penal é que os atos devem ser praticados de forma pública e que o processo em si também é público, salvo previsão expressa de sigilo pela lei ou quando o juiz de forma fundamentada assim decidir.
Princípio do contraditório é a contraposição daquilo que foi dito no processo. A falta de contraposição, ou seja, a falta do contraditório não gera necessariamente a sua violação. A oportunidade do contraditório tem que ser oferecida. O contraditório é conceder o direito de se manifestar. 
Princípio do devido processo legal ou tipicidade processual: todo crime é afeto a um procedimento, isto é, a uma sequência de atos concatenados voltados a um fim. A lei tipifica um procedimento, portanto, o devido processo legal é o respeito às regras procedimentais previamente estabelecidas em lei. 
Existe uma corrente iniciada por Aury Lopes junior que entende que o tratamento da lei processual penal no tempo deve ser o mesmo da lei penal.
Obs. Pesquisar sobre ampla defesa. O fato notório não necessita de perícia.
Princípio da congruência ou da correlação entre a relação e sentença. A congruência dispõe que deve ser uma consequência lógica decorrente daquilo que lhe foi imputado, com base nos art. 383 e 384 do CPP. 
28/02/2018
Princípio da verdade real (verdade processual): o processo é uma reconstrução histórica dos fatos, deve-se buscar ao máximo a aproximação dos fatos. Não se pode utilizar da prova ilícita para fundamentar a verdade real, inteligência dos art. 156, II, 196, 234, 242.
Motivação das decisões, art. 93, IX; toda decisão deverá ser fundamentada. A exceção da motivação das decisões é o princípio que vigora da intima convicção.
Obs. No tribunal do júri não há fundamentação, princípio da convicção. 
Cabe prova ilícita na defesa, relativamente; de forma a inocentar o acusado.
Inadmissibilidade da prova ilícita, art. 5, LVI. CF;
Princípio da não autoincriminação, trata-se de um direito implícito não expresso, pois o que se fala na constituição. Art. 186 é o direito ao silêncio e art. 5º LXII, da CF, RH 80.949
Princípio do favor rei (in dubio pro reo) é equivalente a pro omine do direito internacional, utilizado no direito brasileiro, é o princípio que estabelece que em caso de dúvida, conflito entre normas deve se considerado o entendimento mais profícuo ao réu.
Sistemas são garantias processuais constitucionais com a finalidade de assegurar direitos ao acusado, garantindo também princípios, tais como contraditório, ampla defesa, duração razoável do processo e dignidade da pessoa humana, tudo com a finalidade de uma sentença justa.
Obs. Jurisdição é o poder dever que o Estado tem de prestar a tutela jurisdicional.
Princípios da jurisdição: 
Imparcialidade 
Princípio da inércia da jurisdição 
Juiz natural, art. 5, LIII – evitar tribunal de exceção, que é uma farsa jurídica, como julgamento da máfia.
Vara especializada, HC 48.746/2008 a vara especializada não viola o princípio do juiz natural.
Princípio da investidura – art. 91, I da CF
Princípio da aderência art. 70 
Juiz é sempre julgado no TJ
Princípio da improrrogabilidade art. 109
Princípio da imutabilidade art. 5, XXXVI
Revisão criminal art. 621 – pode ser substituída por HC 139741
Duplo grau de jurisdição: 1ª instância e 2ª instância – julgamento no STF não fere o duplo grau de jurisdição art. 593 e 591.
Inquérito policial: procedimento administrativo para colher informações e provas, para que ao final, havendo justa causa, o MP ofereça denúncia.
Quando inicia o processo 399 ou 396
07/03/2018
Características do inquérito
Autoritariedade – art. 144, §4º do CF
Oficiociosidade – pode ser instaurado de ofício. O inquérito policial pode ser iniciado de ofício, pelo delegado, art. 5º, I do CPP, desde que a ação seja pública incondicionada.
Indisponível – art. 17 do CPP é indisponível para o delegado.
Autoexecutoriedade – depois de instaurado o inquérito o delegado deverá praticar atos investigatórios para ter a justa causa independente de autorização. Art. 6º, III CPP. lei 9.296/96, interceptação telefônica é uma exceção, tendo em vista que necessita da autorização judicial.
Escrito – art. 9º do CPP tem que ser escrito.
Inquisitivo: porque o delegado coleta as provas e gera informações para o MP. Não há contraditório. É um procedimento unilateralda polícia, ou seja, não existe contraditório ou ampla defesa. É um procedimento administrativo. O contraditório deverá ser respeitado no processo. 
O inquérito é dispensável, não é uma fase obrigatória, antes do processo judicial.
Sigiloso, art. 20 CPP, 
Instauração do inquérito art. 5º, I CPP, a instauração pode ser de ofício, por representação e a requerimento.
De ofício da ação penal pública incondicionada, por meio de portaria.
Condicionado a representação art. 5º §4º CPP, crimes de ação pública condicionada à representação.
Requerimento do ofendido, ação penal privada, art. 5º, §5 CPP c/c art. 30 CPP.
Requisição é ordem!
Requerimento é pedido!
Se fizer um pedido de instauração de inquérito e o delegado indefere, cabe algum recurso? 
Recurso ao chefe de polícia.
Termo circunstanciado – é uma investigação mais simples, que obedece aos princípios da oralidade, celeridade, informalidade e economia processual.
Denúncia anônima – é possível instaurar inquérito com denúncia anônima, pois é esta, apta a embasar o inquérito. HC 133.148. AP 101818/16 – TJMT. (minoritária)
Em entendimento diverso acredita que não é possível, pois deve se requisitar a procedência de verificação da informação. (majoritária)
Vale destacar, que havendo provas de suficientes de autoria e materialidade, a verificação da procedência da informação se faz desnecessária.
Poderia instaurar inquérito, quando já tiver com a denúncia anônima, a prova da materialidade, mas nada com relação à autoria, neste caso é possível. STJ HC 131225 SP
Natureza jurídica do inquérito é um procedimento (porque pratica vários atos) administrativo (porque não é judicial) informativo (porque é informativo ao MP).
CNMP – resolução 13 – o MP pode investigar.
Obs. Atribuição é referente ao MP e ao delegado.
Procedimento do inquérito – não existe ordem específica, art. 6º do CPP. Apesar da oitiva de testemunha não estar no art. 6º CPP, o delegado pode proceder à oitiva com base no art. 6º II, pois traz a cláusula geral de acolhimento de outras provas necessárias. O delegado pode fazer acordo de delação premiada. ADI 5508. Referência à lei 12.850/13 art. 4, §6º do CPP.
Posso delatar no inquérito policial?
Sim, mas deve ter parecer do MP.
Prisão temporária – realizada antes do processo.
Prazo de 5 dias, prorrogável por inúmeras vezes. A prisão temporária depende de requerimento do MP ou do delegado.
Conclusão do inquérito – art. 10 do CPP.
O relatório é mera formalidade, não vincula o MP, pois o inquérito é dispensável. O relatório não precisa ser conclusivo.
Obs. DELEGADO NÃO SOLICITA NADA.
Arquivamento – quem arquiva é o juiz, o MP requer. Arquivamento é um ato complexo, pois inicia em um órgão, MP, e termina em outro, juiz. Caso o juiz não concorde, deverá submeter os autos ao chefe do MP (PGJ, justiça estadual) aplicando o art. 28 do CPP, ocorrendo duas hipóteses, ou oferece a outro MP ou devolver para o mesmo, MP. Na união é a câmara de revisão, se eles entenderem que não é caso de arquivamento, é oferecido denúncia.
Obs.:
PROVA NOVA – já se tinha existência, mas não havia sido apreciada.
NOVA PROVA – não se sabia da existência. Súmula 524 do STF c/c art. 18 do CPP
Arquivamento pode ser por: 
Por falta de provas (sem resolução do mérito, podendo ser desarquivado)
Por atipicidade (com resolução do mérito, não podendo ser desarquivado)
A decisão que acolhe a promoção de arquivamento em função de ausência de prova é decisão meramente administrativa, ou seja, não faz coisa julgada, portanto a autoridade policial poderá proceder ao desarquivamento se NOVAS PROVAS existirem.
PRAZO PARA O PROCEDIMENTO DE:
INQUÉRITO 
Preso 10
Solto 30
DENÚNCIA
Prisão 5
Solto 15
Arquivamento implícito (o MP cometeu erro) ocorre quando o promotor deixa de incluir um indiciado ou infração na denúncia, a jurisprudência majoritária entende que não há arquivamento implícito, quando o MP deixa de incluir e o juiz não suscita o art. 28, podendo o MP depois oferecer denúncia em relação ao acusado. 
Arquivamento indireto (não tem atribuição) ocorre quando o MP se vê sem atribuição para atuar no caso, e assim não oferecer denúncia. Neste caso o juiz tem que aplicar novamente o art. 28
Ação penal a persecução penal pode ser um fase pré-processual da decisão que rejeitar a denúncia cabe recurso em sentido estrito (RESE) art. 581 CPP 
14/03/2018
AÇÃO PENAL
A ação penal serve como uma pretensão levada ao poder judiciário, no sentido de se aplicar uma pena ou punição a um particular ou grupo. O processo penal tem a função de garantir direitos ao acusado limitando a pretensão punitiva estatal.
Garantismo é preservar o direito do acusado. É a proteção daquele que seja mais fraco no processo. SÓ HÁ NULIDADE SE HOUVER PREJUIZO. (STF e STJ)
Para Alry Lopes Junior ação penal não é um direito, mas um poder dever de provocar o poder público para se verificar se é ou não caso da aplicação da sanção referente à determinada conduta. 
O fundamento da ação penal é a garantir ao acusado o devido processo legal, art. 5º, LIV.
Ação penal
Pública incondicionada
Condicionada à representação
	A representação é condição de procedibilidade. Ex. 156, §1, 130, §2º, ambos do CP.
Privada (o interesse é do particular). Ex. 138 
Personalíssima. Art. 236 do CP. O processo termina.
Exclusiva. É a regra. ex. Art. 145 CP
Subsidiária da pública 
Elemento identificador da demanda:
Partes
Causa de pedir 
Pedido
Condições da ação 
Legitimidade 
Interesse
Possibilidade 
O art. 42 do CPP diz que o MP não pode desistir da ação, disso deriva-se o mencionado sistema da obrigatoriedade da ação penal pública. 
A ação penal não é um direito mais sim o poder dever exercido pelo Estado em sua própria limitação, pois o fundamento da ação é a garantia do acusado ao devido processo legal. Art. 5º LIV CF.
	O depoimento de corréu não configura justa causa.
Classificação das ações
	As ações são de iniciativas do MP, são em regra públicas e podem ser incondicionadas, condicionadas a representação do ofendido/requisição do ministro de justiça. 
	
	São regidas pelo sistema da obrigatoriedade, ou seja, presentes os requisitos, o MP é obrigado a denunciar. Art. 24 CPP.
	Art. 25 CPP depois de oferecida e não de recebida.
	
Contravenção é incondicionada.
As ações privadas são de iniciativa do ofendido, é exceção devendo vir expressamente na lei, são regidas pelo princípio da disponibilidade.
Existe lide no processo penal?
1º corrente –Sim, pois contrapõem no interesse da sociedade em punir a violação das leis. (concurso)
2º corrente – sim, mas não é determinante no processo penal.
3º corrente – não existe lide no processo, pois o MP no decorrer da instrução processual pode pedir absolvição. 
Cabe transação penal em ação penal privada? 
1ª corrente – TJRJ, sim se ele pode renunciar ou perdoar ele pode transacionar. Quem pode mais pode menos.
2ª corrente – Geraldo Prado, todos os institutos que dão ao querelante a disponibilidade da ação penal são de natureza processual e se não fizer afronta a dignidade da pessoa humana.
3ª corrente – Pollastri, a lei 9099/90 foi taxativa, somente na ação penal pública é que pode, na privada deve-se fazer a composição civil.
Indivisibilidade 
A ação deve ser proposta em face de todos os autores do crime, porém se omitir um dos autores do fato o STF entende que é divisível, isso porque eventuais omissões não geram consequências processuais.
Transação penal, obrigatoriedade da ação penal.
Indisponibilidade 
Decorre do princípio da obrigatoriedade. Quando o MP pede absolvição ele não está desistindo da ação penal, pois a mesma já foi oferecida. 
1ª corrente – Afrânio Silva Jardim, o MP não pode dispor do que não lhe pertence, para ele a pretensão punitiva é do Estado. O que o MP faz é opinar nas alegações finais. O que vincula é o pedido.
2ª corrente – O MP possui pretensão acusatória se isso é retirado, retira a pretensão,logo desiste da ação. 
3ª corrente – o MP não desiste da ação, uma vez que nas alegações finais já foi exercido o seu direito de ação quando ofereceu denúncia anteriormente. (majoritária)
Intrancendência
A ação penal deverá ser proposta em face do autor do crime. 
Oficialidade 
Deve ser proposta pelo MP que é órgão oficial, ou seja, só o MP pode oferecer denúncia. 
Espécie de ação penal pública
Pode ser incondicionada ou condicionada a representação. Art. 24 do CPP. 
Ação penal pública condicionada à representação 
Representação é uma espécie de pedido para que seja instaurada a denúncia. Possui natureza jurídica de condição de procedibilidade. 
Obs. Se o crime começa de forma incondicionada e depois se descobre que é condicionada a representação deve-se anular o processo por ausência de requisito essencial. 
Nestes casos a jurisprudência vem entendendo que devemos observar o comportamento da vítima durante o processo, se ele cooperou ou demonstrava interesse na persecução, subentendendo que ela representou (teoria da aparência). Se a vítima participou entende-se que foi suprida.
De acordo com o art. 25 do CPP a denúncia pode ser retratada até o oferecimento.
É possível a retratação da retratação?
O STF entende que sim desde que o crime não tenha decaído (06 meses), pois o que extingue não é a retratação e sim a própria decadência.
Vitima menor conta prazo para representação?
Somente quando completar maior idade. Só decai 06 meses após o menor completar maioridade. Súmula 594 do STF.
	
Lei 11340/2006 Maria da penha
	Qualquer lesão corporal no âmbito da lei 11.340 é pública incondicionada. 
Ação penal nos crimes sexuais
	A súmula 608 está em desuso, pois antes da reforma da lei 12.015/09 era válida, pois a regra era que ação penal deveria ser privada, somente em alguns casos é que a ação penal seria condicionada a representação como no caso de vítima pobre, então começou-se a discutir a ideia de crimes de estupro com resultado morte ou lesão corpora (violência real), seriam crimes complexos por força do art. 101 do CP (crimes complexos, Teoria criada por Antolisei que seria a junção de dois tipos penais. Ex. estupro com resultado morte). 
	Pega-se então na junção dos dois tipos penais a do tipo da ação penal mais grave, ou seja, a incondicionada e essa prevalecerá sobre as demais, dessa forma é que se criou a súmula 608 do STF.
	Com a reforma da lei 12.015 o legislador trouxe expressamente a regra prevista no art. 225 do CP (condicionada a representação), salvo se menor de 18 anos ou vulnerável, portanto a súmula 608 caiu em desuso, perdeu sua essência, não se discute mais a violência real ou presumida desta súmula. (213, caput, e §1º e 217-A).
Ação penal privada
	Fundamento legal art. 30. O motivo para ser privada é a tenuidade da lesão, o acentuado caráter privado do bem jurídico tutelado. Ex. crimes contra a honra. 
	O PERDÃO CONCEDIDO A UM ESTENDE-SE A TODOS
	
Princípios orientadores
	Disponibilidade 
	O querelante pode dispor, pode desistir da ação. O perdão e a perempção são causas de extinção da punibilidade. Art. 60 do CPP. Estão associados à disponibilidade.
	Oportunidade
	O querelante propõe ação se quiser, ele não é obrigado a fazê-lo. No silêncio no perdão, induz anuência. Art. 58 do CPP. O perdão deve ser aceito, se concedido a um, a todos se estenderá. Art. 51 do CPP e 105, V do CPP. 
	
21/03/2018
Indivisibilidade 
	A queixa deve ser proposta em face de todos os autores do crime, pois é indivisível. O querelante não pode escolher em face de quem pode propor a queixa crime. Não é possível representar em face apenas de um autor do crime, pois o processo não pode ser instrumento de vingança. 
Perdão judicial
	É o meio pelo qual o juiz, ainda que reconhecida a prática criminosa, deixa de aplicar a pena. Necessita da função ressocializadora. O momento oportuno é na sentença, pois primeiro considera ele culpado para depois reconhecer o cabimento. Aplica-se ao homicídio culposo previsto no CTB.
	Qual a natureza jurídica do perdão judicial?
	É causa de extinção da punibilidade. 107, IX do CP.
	Qual a natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial?
1ª corrente: É uma sentença condenatória, e com ela deverá subsistir todos os efeitos penais (secundário), tas como reincidência, anotação da FAC. (Nelson Hungria e Damásio)
2ª corrente: É uma sentença declaratória da extinção da punibilidade que não deve subsistir qualquer efeito dela decorrente, inteligência da súmula 18 do STJ c/c art. 120 do CP.
Do ofendido
	É uma causa em que o ofendido ou o representante legal desiste de prosseguir com o andamento do processo já em curso desculpando o ofensor pela pratica do crime. Trata-se de ato bilateral, é indispensável que ele seja aceito, para que então gere a extinção da punibilidade. Não pode haver condição ou exigência. 
	Pode ser feito dentro do processo ou fora dele. Fora é escritura pública.
	O perdão judicial é bilateral, pois necessita de anuência. Caso não haja anuência o processo continua. 
Perempção
	Causa de extinção da punibilidade. Art. 60 
Ação penal ex oficio
	Temos contudo analisando o texto constitucional a possibilidade do juízes e tribunais, sempre que verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal a liberdade de locomoção. (HC de ofício) art. 654, §2º do CPP.
	Ação penal nos crimes contra a honra do funcionário público
Nos casos do funcionário público, art. 145, Pú do CP, poderá ele optar por representar ou contratar advogado para propor queixa crime. Propor queixa crime. Uma vez oferecida a representação ocorrerá a preclusão da queixa crime, por essa razão, a doutrina sustenta ser legitimidade alternativa. (concorrente súmula 714)
Ação civil ex delicto
O art. 5º, V da CF, assegura indenização por dano material e moral em decorrência dos ilícitos causados, conforme preceitua o art. 186, 927, 935 do CC e 91, I do CP. A sentença penal condenatória é título executivo judicial, independente do órgão que profira, art. 63 do CPP. Ele pode não querer aguardar o fim do processo penal, então, pode ingressar com uma ação civil e não aguardar o término do processo crime terminar. 
28/03/2018
Independência dos órgãos art. 64. A ação civil pode ser ajuizada antes ou depois ou durante a tramitação do inquérito ou ação penal.
Leitura dos art. 65 a 68 do CPC.
	
	Art. 65 hipóteses de excludente de ilicitude, faz coisa julgada no cível.
	Prisão é a privação da liberdade de locomoção, determinada pela autoridade competente ou em caso de flagrante delito. Nelas estão a prisão em flagrante a preventiva e temporária.
	Súmula vinculante nº 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
A prisão pode ser
A prisão processual é sempre de excepcional, pois a regra é não prender e efetuar uma medida cautelar.
Prisão pena: imposta depois de transitada e julgada a sentença penal condenatória. Essa tem por finalidade a satisfação da execução da condenação.
Prisão sem pena: natureza jurídica processual e pré-processual. Assegura o bom andamento da investigação e do processo penal, evitando, ainda, que o réu volte a delinquir. Nessa prisão deve-se preencher o FUMUS COMISSI DELICT e PERICULUM LIBERTAT estando incluídas a temporária e preventiva.
Prisão civil: não se refere a infração penal, mas sim ao cumprimento de obrigação civil (devedor alimentos);
Prisão para averiguação: é aquela feita sem autorização e apenas para investigação. Há entendimento de que violaria o princípio da não auto incriminação, sendo portanto inconstitucional, neste mesmo sentido a presunção de inocênciaestaria violada. 
Na teoria, não viola, pois a pessoa é presa provisoriamente/cautelarmente, porque é culpada, mas porque sua prisão é necessária ao regular desenvolvimento do processo ou investigação.
Dessa forma, é um absurdo decisões no sentido de decretar prisão provisória, dizendo que o réu solto voltará a praticar crimes.
Obs. STJ e STF não admitem prisão provisória em razão da gravidade do delito. Toda decisão provisória deve ser fundamentada. 93, IX. Sempre observar se está fundado em perigo concreto. Deverá ser acompanhada de contraditório, 282, §3º do CPP.
Preventiva
	Pode ser dada em qualquer fase, no inquérito ou do processo.
Obs. Até o recebimento da denúncia a preventiva não pode ser decretada de ofício pelo juiz, devendo ser requerido pelo MP, querelante, ou assistente ou de representante da autoridade policial (art. 311 CPP c/c 306).
	Normalmente no curso da investigação a guarda-se o encerramento do prazo da temporária (05 dias) para depois representar pela prisão preventiva. Uma vez decretada a preventiva em regra não se expede alvará de soltura, para depois cumprir a preventiva. 
	Hoje o prazo para preventiva é muito controvertido, alguns entendem pela aplicação do art. 412 do CPP (90 dias), outros entendem ser o prazo de 105 dias, pois seria o mínimo de tempo somando todos os atos do procedimento ordinário, sob a luz do fundamento da duração razoável do processo, art. 5º, LXXVIII da CF. A regra é que não há prazo, deve-se observar o princípio da razoabilidade. Não devo observar meramente o prazo.
	Portanto, deve ser analisado cada caso concreto. RHC 66651/RHC 86675.
	As hipóteses de autorização encontram-se no art. 313, 312 do CPP, observado sempre como medida excepcional do art. 319 do CPP.
Obs. Deve ser analisar o FUMUS COMISSI DELICT e PERICULUM LIBERTATIS.
FUMUS COMISSI DELICT
(Indício de autoria)
+
PERICULUM LIBERTATIS
(Prova da materialidade)
Garantia da ordem pública
Garantia da ordem econômica
Conveniência da instrução criminal
Assegurar a aplicação da lei penal
Obs. Aplica-se o 319 após 313 após 312 do CPP.
	A prisão preventiva e a temporária são medidas que recaem sobre o acusado e não são antecipação de tutela satisfativa, isto é, não configuram condenação antecipada.
	A jurisprudência do STF distinguiu gravidade em abstrato da gravidade em concreto para fins de prisão cautelar ou provisória, essa gravidade está ligada a garantia da ordem pública.
	Abstrata, é aquela que decorre do preenchimento das condutas tipificadas na lei, as quais pela natureza do delito são aplicadas penas mais graves. Ex. 121, 217, do cp. Nem todo o acusado deve ter sua preventiva decretada tão só pelo fato de ser homicídio. Há outros critérios a serem preenchidos paralelamente a gravidade (conveniência da instrução, aplicação da lei penal e etc). 
	Muitas prisões preventivas são decretadas genericamente, sem mencionar nada mais do que a própria gravidade em abstrato do delito. Isso é ilegal, viola a fundamentação das decisões. 
	
Gravidade concreta: está ligada aos MODUS OPERANDI, a conduta particular que caracterizou a execução do crime, a forma de execução (HC 93972), ex. as qualificadoras do homicídio seriam uma justificativa como imperativo de ordem social.
04/04/2018
	O HC 125.360 vai decidir se a súmula 608 do STF se esta está em uso.
	“A ordem pública relaciona-se normalmente com todas as finalidades da prisão processual que constituem formas de privação da liberdade adotadas como medidas de defesa social”. 
O modo de execução, a reiteração da pratica delituosa podem justificar a preventiva, independente da gravidade abstrata do delito. 
Quando da maneira de execução do delito sobressair a extrema periculosidade do agente, abre-se ao decreto de prisão, a possibilidade de estabelecer um vínculo funcional entre o MODUS OPERANDI do crime e a garantia da ordem pública”. HC 94979
Outro elemento que leva a prisão é o comportamento agressivo do acusado, desde que provado nos autos. Isto é forma de defesa social, garantia da ordem pública.
Por fim, a gravidade em concreto acarreta a preventiva por garantia da ordem pública.
Para a garantia da ordem pública não há conceito exato. Essa expressão traz a ideia de tranquilidade no ceio social. Havendo risco demonstrado de que o infrator se solto continuará delinquindo, é sinal de que a prisão cautelar é necessária, pois não se pode esperar a sentença penal condenatória transitar em julgado. É necessário que se comprove o risco. Expressões usuais, sem mera comprovação probatória de que o indivíduo é quanto mais, possuidor de personalidade voltada para o crime, não se prestam para verificar para verificar o encarceramento. 
A mera existência de antecedentes criminais por si só não seria um fator de segurança, embora, de acordo com o STF o fato de já ter sido processado implica no reconhecimento de maus antecedente.
Se o mau antecedente junto com outro requisito tal como testemunha ou documentos revelam que o indivíduo pauta o seu comportamento na vertente criminosa, permitindo-se concluir que o crime apurado é mais um dentro da carreira.
Conveniência da instrução processual penal.
Tutela-se a livre produção probatória, impedindo que o agente destrua provas, ameace testemunhas ou comprometa qualquer ato da instrução ou viole a verdade real.
Garantia da aplicação da lei penal
Evita-se a fuga do agente, que deseja eximir-se de eventual cumprimento da sanção penal.
Garantia da ordem econômica 
Visa coibir abusos à ordem econômica, ou seja, evitar que o indivíduo, se solto estivar, continue afetando a ordem econômica. Lei 8884/94, art. 20, I e II.
COMBINAR O ART. 319 COM O ART. 282, §4º. A PRISÃO PREVENTIVA E DECRETADA EM ULTIMA RATIO. 
Prisão em flagrante art. 302
É o delito que “queima”, ou seja, é o delito que acaba de ser cometido ou que esta sendo cometido.
É uma medida restritiva da liberdade, cautelar e de caráter iminentemente administrativo, que não exige autorização do juiz, pois o fato ocorre de maneira súbita, art. 5º, LXI da CRFB.
Natureza da prisão em flagrante
1ª corrente – ato administrativo;
2ª corrente – a prisão em flagrante, ao lado da preventiva, é uma espécie de medida acautelatória que reclama pronunciamento judicial acerca da sua manutenção.
3ª corrente – Nestor Távora, Tourinho filho entendem que se considera um ato complexo com duas fases distintas: a primeira prisão captura, de ordem administrativa e a segunda que estabelece a audiência de custódia ao juiz de natureza processual.
Espécies de flagrantes
O flagrante próprio/real é quando o agente é surpreendido cometendo a infração penal, ou quando acaba de cometê-la. A prisão deve ser imediata, sem decurso de qualquer intervalo de tempo. Art. 306 o imediatamente significa custódia, descrito no Art. Inteligência dos art. 302 c/c Art. 306. 
No flagrante impróprio/quase flagrante/irreal o agente é perseguido, logo após a infração em situação que lhe faça presumir sê-lo autor do fato. É a hipótese do Art. 302, III do CPP. A expressão logo após abarca todo espaço de tempo que flui para a polícia chegar ao local, colher provas do delito e iniciar a perseguição. Nessa modalidade não há crença popular que há um prazo de 24 entre o cometimento do crime e a prisão. O raciocínio deve ser o seguinte, em quanto a perseguição não for interrompida, mesmo que durante dias e semanas, estamos diante do flagrante impróprio. Art.302, III c/c 290, §1º do CPP.
No flagrante presumido/ficto/ assimilado o agente é preso logo após ter cometido o crime com instrumentos, armas, ou objetos e papeis que presumam ser ele autor do delito, Art. 302, IV. Essa espécie não exige perseguição, bastando a pessoa em situação suspeita, seja encontrada logo depois da prática do delito, sendo que o nexo são os elementos objetos que façam crer que é ele autor do crime. O lapso temporal não há uma previsão taxativa na lei. 
11/04/2018
	Flagrante esperado: temos o tratamento da atividade pretérita da autoridadepolicial que antecede ao início da execução delitiva, em que a polícia se antecipa ao criminoso, e, tendo ciência de que a infração vai acontecer sai na frente, fazendo tocaia e realiza a prisão quando os atos executórios são deflagrados. Este flagrante não está disciplinado na legislação, utiliza-se analogicamente o art. 302, I do CPC.
	Flagrante provocado/preparado: nessa modalidade o agente é conduzido ou instigado a cometer o delito e, nesse momento acaba sendo preso em flagrante.
	É um artifício onde verdadeira armadilha a maquinada no intuito de prender em flagrante aquele que sede a tentação e acaba praticando a infração penal. Súmula 145. A pessoa é convencida a praticar um crime. Ex. um policial disfarçado encomenda a um falsário certidão de nascimento de pessoa ficta e no momento da celebração, quando entrega o documento e recebe o dinheiro, realiza o flagrante. Aplica-se a súmula 145 do STF.
E se o provocado ocorrer em crime permanente?
Não se aplica a súmula 145 do STF. Nestor Távora. Na verdade ocorrerá apenas uma constatação do fato que anteriormente já vinha ocorrendo, sendo portanto totalmente legal a prisão. Ex. traficante de drogas abordado por policial disfarçado, se o traficante já tinha consigo o estoque o tráfico já estava consumado. Agora se a pessoa não tinha droga e serviu de esforços para consegui-la, aplica-se a súmula 145 do STF. 
Flagrante diferido ou postergado. É um flagrante estratégico, pois a autoridade policial tem a faculdade de aguardar do ponto de vista criminal o momento mais adequado para realizar a prisão.
A lei 12.850/13 previu expressamente em seu art. 8º denominada ação controlada. 
Não se exige autorização judicial nem oitiva do MP, cabendo à autoridade policial a conveniência ou não da medida, apenas comunicando previamente o juízo. 
Há também na lei 11.346/06 em seu art. 53, II, requer autorização judicial, do MP e também requer o conhecimento do caminho das drogas e dos eventuais agentes do delito (art. 53, caput e Pú).
Flagrante forjado é o flagrante armado, realizado para incriminar pessoa inocente. Ex. empregador que insere objetos em sua bolsa, chamando a polícia para prende-lo em flagrante. 
Mandado de prisão.
A constituição assegura no LXI que ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem judicial escrita e fundamentada desde que por competente, SALVO nos casos de transgressão militar, ou crime propriamente militar definidos em lei. 
O mandado de prisão é titulo hábil que viabiliza a prisão.
O mandado de prisão preventiva deverá respeitar a inviolabilidade do domicílio, art. 282, §4 do CPP c/c art. 5º, XI da constituição e c/c art. 150 §§ 3º e 4º do CP, salva em flagrante delito.
Não caracteriza ilegalidade ao morador que permitir a entrada no domicílio.
Observações finais. Prazo para preventiva não existe, deve se respeitar a razoabilidade. Caso configure excesso de prazo irazoável cabe relaxamento da prisão. Informativo 868/2017
Quando existir violação do art. 313 cabe relaxamento. É uma prisão ilícita.
No art. 312 a prisão é lícita, mas não preenche os requisitos.
Ressalta-se que a preventiva é medida excepcional mesmo sendo hediondo ou equiparado. 
	A prisão em flagrante deverá ser levada em 24 horas, o preso, a uma audiência de custódia, na presença da autoridade competente para que avalie a legalidade desta. (art. 5º e art. 7º do pacto são José da costa rica)(resolução do CNJ sobre custódia 213/2015).
	O mandado deverá respeitar:
Será lavrado pelo escrivão assinado pela autoridade que deverá ser competente, sob pena de ser ilegal a prisão (relaxamento);
Designará a pessoa que tiver de ser presa pelo nome, alcunha ou sinais característicos, o que deve ser feito de forma objetiva, para que se preserve a eficiência da execução;
Indicará o valor da fiança, nas infrações que a comportem, evitando assim, o cárcere em razão daqueles que tem direito a liberdade provisória;
Será dirigido ao responsável pela execução da prisão. 
O mandado será passado em duas vias, sendo uma entregue ao preso informando-o do dia hora e local da diligência (nota de culpa). A outra via ficará com a autoridade competente que efetuou a prisão. Caso o preso não possa/não queira/não saiba assinar serão utilizadas duas testemunhas que assinaram. 
Nos crimes permanentes, que se alongam no tempo em quanto não cessar a permanência, a prisão em flagrante poderá ser realizada a qualquer tempo Art. 303 do CPC, mesmo que para tanto seja necessário o ingresso domiciliar, vide art. 5º XI.
Crimes habituais
Nos crimes habituais que se materializam como modo de vida do infrator, exigindo-se para consumação a reiteração de condutas. Ex. 282 do CP e 229 do CP.
Um ato isolado é fato atípico.
A doutrina na sua grande maioria entende que não cabe flagrante nestes tipos de crime, uma vez que quando são pegos estão cometendo, naquele momento um ato, e, não há como precisar nesse instante, se existe ou não habitualidade.
Mirabete entende possível desde que no ato se comprove a habitualidade. Neste caso, não se negaria a situação de flagrância, como no caso do bordel, ou no caso do falso médico atendendo vários pacientes. HC 46115/69 e HC 36723/59.
Por fim, caberá flagrante no habituais conforme HC 42995/05.
Nada impede a prisão em flagrante nos crimes de ação penal privada, mas para lavratura do ato deverá haver manifestação de vontade do respectivo legitimado.
Obs. Crime continuado, a doutrina chama esse flagrante de fracionado.
Art. 61 termo circunstanciado, se negando a assinar cabe prisão em flagrante. Exceções na lei 11343/06 art. 28 não cabe prisão em flagrante, cabe a aplicação do art. 43.
18/04/2018
COMPETÊNCIA
Competência é limite da jurisdição.Jurisdição é o poder dever que o Estado de prestar a tutela jurisdicional.
	De inicio deve-se verificar se é de competência eleitoral ou militar. A competência residual é da justiça comum, estadual e federal. O que não for competência da justiça federal sobra para justiça estadual. 
COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS
	
MATÉRIAS
	Devido à especialidade do código eleitoral e militar, a constituição optou por estruturar 02 justiças especializadas Eleitoral e Militar (124 e 125 da CRFB), que são definidas em razão da natureza do crime.
	Justiça Eleitoral art. 120 da CRFB c/c 35 da Lei 4.737/65. Art. 289 e seguintes do código eleitoral.
	Justiça Militar compete julgar os crimes militares previstos no código penal militar, art. 124 e 125 da CRFB, que podem ser:
Federal, art. 124 Na justiça federal julga integrantes das forças armadas, marinha, exercito e aeronáutica.
A primeira das instâncias é auditoria federal militar, 
A segunda instancia Superior Tribunal Militar. Art. 9º do Código Penal militar.
Estadual, art. 125, §3º da CRFB, julga militares, PM e CBMERJ (bombeiros), quando praticarem crimes previstos no código penal militar. 
Obs. É possível julgar civil responder por crime militar, desde que a conduta praticada tenha previsão no CPM, pois a competência estadual militar é em razão da matéria. 
Crime militar é aquele praticado por militar no exercício de suas funções ou praticado por qualquer um contra o interesse das forças militares. Está previsto no art. 9º do COM. Aquele que pratica crime doloso contra a vida de civil será julgado no júri.
COMPETÊNCIA RESIDUAL PODE SER COMUM/ ESTADUAL OU FEDERAL.
JUSTIÇA COMUM FEDERAL. ART. 109, IV.
	É em razão da pessoa (RATIONE PERSONAE), ou seja, tem que analisar o sujeito passivo. Se a vítima for a união, entidades, autárquicas (órgão da união) ou empresa pública. Quando for sociedade de economia mista a competência será da justiça estadual. 
	
Sociedade de economia mista a maior parte do capital é privado e parte do governo. Empresa pública somente capital público CEF é competência federal. Se for franquia é competente a justiça federal. 
	Crime praticado por funcionário público federal no exercício das suas funções, a competência será da justiça comum federal, pois se entendeque o crime é praticado contra o interesse da união. Súmula 147 do STJ.
	Obs. Existe tribunal do júri na justiça federal? Delegado federal que pratica crime fora da sua função! Será competente a justiça comum estadual, no entanto se o delegado usou bens da união para o cometimento do crime a competência será da justiça federal.
	O vício do inquérito não contamina a ação penal, pois é dispensável.
	Correios, a regra é que a competência é da justiça federal, pois está no art. 109, IV da constituição, se for franqueado é competência da justiça estadual. Se a subtração for de bens transportados com conteúdo, (sedex) ainda que seja franqueado será da justiça federal. C.C nº 27343/SP.
	Na justiça federal NUNCA JULGA CONTRAVENSÃO, por expressa exclusão do JECRIM. Magistrado é julgado sempre no TJ que é vinculado. 
	Falsificação de passaporte a competência é da justiça federal, quando a intenção do agente é sair do país. Quem fiscaliza a fronteira é a união, razão pela qual a competência é da justiça federal.
	Art. 109, V – é crime internacional sendo a competência da justiça federal, já o interestadual a competência é da justiça estadual. Pode haver a investigação pela polícia federal, lei 10446/02 desde que a policia civil solicite o auxílio. 
	Art. 109, IX – e se for contra índio? Matar um índio é competente a justiça estadual, pois o simples fato de ser índio não atrai para federal.
	Teoria do juízo aparente se determinado juízo parece competente, mas no curso do processo, se percebeu que a competência era de outro juízo e houve declínio, os atos praticados por aquele são considerados válidos. 
	Incidente de deslocamento de competência – IDC – Art. 109, §5º da CRFB, se houve violação grave dos direitos humanos, desloca da competência estadual para federal. ADI 3486.
	Justiça comum estadual 
É competência da justiça comum estadual (residual) tudo o que não for da Eleitoral, Militar e comum federal é da estadual. 
Júri tem previsão expressa no art. 5º inciso XXXV da CRFB. Homicídio, infanticídio, auxílio ao suicídio e aborto. 
Latrocínio 157, §3º súmula 603 do STF, diz que não vai a júri. 
Infração de menor potencial ofensivo são os que tem menos de 2 anos. JECRIM art. 98, I da CRFB. A criação do JECRIM decorre da CRFB. Criado no art. 98, I da CRFB que foi regulado sua competência na lei 9099/90, art. 61. Os critérios dos art. 61 são constitucionais e não legais. 
Fonajé nº 20 jecrim
Foro privilegiado a constituição conferiu a determinados tribunais foro privilegiado para determinadas pessoas de acordo com seu cargo público. Art. 53
25/04/2018
Trazer o caso 03
Inquérito e ação penal
Princípios 
Características
Princípios 
Indisponível
Dispensável 
Prazos para inquérito
03 Inquérito
04 inquérito 
06 ação penal
Art. 155 cpp
Art. 156 ideia
Art. 129, I
Delação premiada 
Súmula vinculante 14
Sumula 696 stf 
	A prerrogativa é do cargo e não da pessoa. A ideia é, na prerrogativa de função, que se tenha um julgamento mais qualificado, ou seja, colegiado. 
	Não há simetria na competência em razão do foro por prerrogativa de função. Art. 102, I da CRFB, art. 105, I da CRFB. 
	TJ tem competência o próprio tribunal de justiça no qual o juiz é vinculado. JUIZ É SEMPRE JULGADO NO TJ ONDE É VINCULADO. NUNCA VAI PARA JÚRI POPULAR, ART. 96, II DA CRFB.
	No TJRJ a competência é do órgão especial, art. 3º e 7º RITJ, salvo O PREFEITO e O VEREADOR que são julgados pela SEÇÃO CRIMINAL. 
	O juiz também nunca será julgado no TRF. 
Art. 29, X da CRFB?
O prefeito é julgado no TJ. Caso cometa crime federal será julgado no TRF. E caso cometa crime eleitoral será julgado na justiça eleitoral.
Obs. Prefeito, juiz e membro do MP que cometerem crimes dolosos contra vida serão julgados no TJ por se tratar de norma especial embora ambos decorram da constituição. Súmulas 208 e 209 do STJ. Competência acerca de desvio de verba é de onde está incorporada a verba, se no patrimônio municipal é do Estado, se no patrimônio federal na justiça federal.
	Não se aplica a Súmulas 208 e 209 do STJ ao juiz. 
	
	O art. 125, §1º da CERJ estipula outros foros por prerrogativa de função além daqueles previstos constitucionalmente, em respeito ao pacto federativo desde que esse foro não contrarie o princípio da CRFB. 
	Deputado estadual julgado no TJ ainda que cometa doloso contra a vida, decorre da simetria entre o deputado federal e o deputado estadual. 
	A primeira constituição estadual foi de Goiás que concedeu a um defensor e um delegado da polícia civil foro de prerrogativa de função. Foi impetrado uma ADI em sede cautelar foi suspensa a vigência desta lei. Ocorre que depois, o STF entendeu que essa lei era constitucional relativo ao defensor e inconstitucional o foro para delegado ADI 5103 12/04/18. O delegado foi retirado para não violar a hierarquia em face do MP. 
	Mas se o defensor cometer crime doloso contra vida?
	Nos crimes dolosos contra a vida é de competência do tribunal do júri, visto que seu foro privilegiado é conhecido exclusivamente na constituição estadual, norma inferior à constituição federal. Súmula 721 do STF. c/c 27, §1 da CF não combina.
Obs. O STF já formol maioria para restringir o foro por prerrogativa de função de parlamentares sendo 8 a 11 se manifestando em favor da restrição.
	De acordo com a maioria formada, deputados federais e senadores somente devem responder processos no STF se o crime for praticado no exercício do mandato. Nos delitos praticados antes do mandato ele vai ser julgado na primeira instância como qualquer cidadão. No entanto há divergência sobre os processos em curso. AP 937. 
	Só se extingue com a cessação definitiva do cargo, juiz aposentado não tem prerrogativa de função.
	Deputados federais e senadores, foro por prerrogativa de função no STF, art. 53, §1º da CRFB. 
	Aplica-se analogicamente ao deputado estadual?
	Leitura do art. 27, §1º da CRFB, sim, não aplica a súmula 721 ao deputado estadual. 
	E se o deputado cometer crime doloso contra a vida?
	Os dois decorrem da constituição federal. 
	
	Ele vai ser julgado no júri?
	Não, embora não seja expressa na CRFB, no entanto está implícito no art. 27 da CRFB. Deputado é TJ, mesmo que doloso contra a vida. 
COMPETÊNCIAS LEGAIS
	Regra geral art. 70 do CPP. A competência será em regra do lugar em que se consumar a ação (teoria do resultado) ou no caso de tentativa do lugar em que for praticado o último ato da execução. 
 	
	Comer o art. 70. 
	
	Em relação ao crime plurilocal, ou seja, onde a conduta ocorre em um município e a consumação em outro, o STF excepciona a aplicação do art. 70, ao considerar competente o local onde ocorreu a conduta, em virtude da possibilidade de uma melhor instrução probatória, STF RHC 116.200/RJ. 
	Competência por livre distribuição.	Livre distribuição art. 75. Competência em crimes internacionais art. 89 e 90, saber o que é navio para jurisprudência do STJ e STF é aquele com potencial de deslocamento em uma interpretação restritiva. Se o crime é cometido abordo de navio atracado, ancorado, COM MOTOR DESLIGADO, ele não está em movimento sendo a COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL e não federal. (RHC 86998/STF)
	
 09/05/2018
T.V=R
Território
Valor
Relativo 
Classificação da competência
Relativa – art. 70 e art. 83, ambos do CPP. 
A competência relativa é prorrogável, e tem que ser arguida imediatamente sob pena de convalidação, preclui para a parte se não arguida. Art. 396 e 396-A.
L.U.T.A lugar, ubiquidade, tempo e atividade.
Delação premiada respeita o foro de prerrogativa de função.
Absoluta 
	Engloba todas as demais matérias, função e matéria. É improrrogável. Pode ser arguida a qualquer fase do processo, inclusive em grau de recurso. Art. 567 do CPP. O juízo que receber os autos poderá ratificar os atos por aqueles praticados. 
Conflito de competência
	Conflito positivo e negativo. 
Se a autoridade não for judicial o conflito será de atribuição, promotore delegado. 
OBS: conflito entre MPE e MPF a competência para julgar é do STF. art. 102, I, F do CRFB.
Regras suplementares de competência
	Conexão – (zona); infração duas ou mais; ao mesmo tempo; várias pessoas reunidas; ou por várias pessoas em concurso. Art. 76
 	Continência – (uma infração em várias pessoas) 
São regras suplementares de competência 
	Elas ocorrem eventualmente. 
São quando dois ou mais crimes ou duas ou mais pessoas comete crimes relacionados entre si. Nestas hipóteses haverá reunião dos processos.
Tem natureza jurídica de causa de modificação de competência. Ex. vara criminal para o júri ou júri para vara criminal. 
O júri, por ser prevalecente, atrai a competência para julgar a ocultação de cadáver. 
Havendo conexão ou continência entre júri e JECRIM e não seja caso de foro por prerrogativa de função, será julgado no júri, pois esse decorre da CRFB, deve-se aplicar todos os benefícios com relação aos crimes do JECRIM lá no júri.
CONEXÃO
Intersubjetiva art. 76, I do CPP.
Teleológica ou consequencial. Art. 76, II do CPP. 
Probatória. Art. 76, III do CPP
CONTINÊNCIA
Subjetiva decorre do sujeito. Art. 77, I do CPP
Objetiva são nos casos dos crimes cometidos nas condições do art. 51, §3º e 53 e seguintes e art. 54 do CP (art. 70, 73 e 74)
Obs. No art. 71 não há conexão ou continência uma vez que não há reunião dos processos para julgamento. AP0007284-85-05.4.03.0164. 
A consequência do art. 79 é a reunião dos processos para julgamento.
A regra para saber qual juízo prevalece está no art. 78 do CPP.
	Inciso I, entre comum e a do júri prevalecerá a do júri, art. 5º, XXXVIII, prevalece por emanar da constituição. Os crimes comuns decorrem de lei infraconstitucional.
	Inciso II, prepondera aquela que tiver a pena mais grave.
	A, em crimes iguais onde houver cometido mais infrações.
	C, firmar-se-a a prevenção por ultimo. 
	No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará o de maior graduação. O STF súmula 704, e não viola o direito de recorrer ao STF, pois de plano ele já tem julgamento qualificado. Ex. deputado federal e seu cabo eleitoral estupram ambos são julgados no STF.
	Agora, se o crime for doloso contra vida, júri, haverá a separação dos processos, pois ambos decorrem da constituição federal, não se aplicando a súmula 704 do STF, pois a razão dessa súmula é o fato de haver um julgamento mais qualificado, o que não há no júri, pois são julgados por populares.
Inciso IV, no concurso entre comum e especial prevalecerá o especial, nesse caso observaremos a súmula 122 do STJ: compete a justiça federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a do CPP. Entre a competência de 2 crimes um na federal e outro na estadual será de competência da justiça federal.
Obs. Se houver reunião dos processos envolvendo infração de menor potencial ofensivo, (JECRIM) com vara criminal/júri, deveram ser obedecidos os benefícios na lei 9099/95 em relação a infração de menor potencial ofensivo. O mesmo ocorrerá nos crimes conexos com foro privilegiado e JECRIM, salvo militar e eleitoral, art. 90, a da lei 99099/95. Nos crimes eleitorais e militares junto com o júri, serão segregados.
PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO ART. 81 DO CPP
RECURSO PRONUNCIA RECURSO 
RECURSO IMPRONUNCIA APELAÇÃO
	Se um juiz está julgando um crime por ser conexo, simplesmente por ser conexo àquele, ainda que entenda por afastar o crime principal, permanecerá competente para o crime acessório, em observância ao princípio da economia processual e da identidade física do juiz.
	AVOCAÇÃO (TRAZER PARA SI), ART. 82, 
	Separação/desmembramento/disjunção processual, art. 79 e 80, a regra é a reunião deles, excepcionalmente os crimes conexos deveram ser separados. 
	SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA ART. 79 E §§ DO CPP. 
	Paulo Rangel entende que a súmula 704 se aplica aos crimes dolosos contra a vida e crimes comuns.
	Conexão e continência em crimes comuns. Art. 78, IV do CPP. Engloba também a eleitoral.
Assistente de acusação
	Foi recepcionado pela constituição de 88 e seu objetivo e auxiliar à acusação. Em relação aos recursos o assistente também tem legitimidade. Assistente não pode recorrer de sentença de que concede HC. O raciocino é, a inércia do MP na ação enseja a ação subsidiária da pública, logo, a inércia do MP na fase de recurso autoriza o recurso ao assistente. Art. 268 ao 273 do CPP. Súmula 208 do STF, em relação aos recursos o assistente também tem legitimidade. A assistência é admitida até o transido em julgado. 
Questões prejudiciais
	São questões valoradas pelo juízo no caso concreto, tanto pelo juízo penal como pelo juízo extrapenal, esse, obrigatoriamente nas hipóteses em que a matéria objeto da questão prejudicial for cível e relativa ao estado da pessoa. Ex. pai que abandona filho menor de 18 anos. Há uma questão prejudicial acerca da paternidade. Será decidida pelo juiz extrapenal. 
A PREJUDICIALIDADE PODE SER TOTAL OU PARCIAL
	Se for total ela atinge o próprio elemento objetivo do tipo, previsto no preceito primário do art.
	Se for parcial não diz respeito a elementar do tipo, afetando a uma outra circunstância. Ex.Questão de paternidade para saber se aplico uma causa atenuante ou agravante no tipo praticado no tipo praticado contra ascendente ou descendente. 
	Natureza jurídica – é uma espécie de limitação da competência funcional por objeto do juízo, ou seja, aquilo que será resolvido na questão não poderá ser modificada pelo juízo criminal. 
Obs. Questões prejudiciais 
Em regra relaciona-se com o mérito;
Tem certa autonomia em relação ao processo;
Poderão ou não ser julgadas pelo juízo penal.
Questão preliminar 
A questão preliminar está ligada ao processo;
Está intimamente ligado a determinado processo; 
Sempre são julgadas pelo juízo penal; 
Questões prejudiciais podem ser:
Homogêneas são aquelas questões prejudiciais penais que serão decidas antes do mérito pelo próprio juízo penal. Ex. para haver receptação tem que se provar anteriormente que o objeto é produto de crime anterior. Em regra essas questões homogêneas geram conexão para que se evitem decisões conflitantes. 
Heterogêneas são aquelas prejudiciais de natureza extrapenal. Ex. crime de violação de direito autoral, é preciso saber que é o autor, que será revelado no juízo cível. Crime de sonegação fiscal, súmula vinculante 24, tem que terminar o procedimento administrativo.
Natureza jurídica prisão temporária
Sequestro como medida assecuratória
Prisão: temporária, preventiva e temporária nos crimes hediondos
Inquérito policial
Art. 5º LV
Exceções competência
 A) Auto de prisão em flagrante, como é b) qual espécie do dos flagrantes?
Competência (conflito negativo de competência 70 ao 78 CPP)
Formas de instauração de inquérito 
Artigo 6º cpp 
Ação penal subsidiaria da publica 
Contagem do prazo processual 
Inquerito policial 
Queixa crime prazo para ofericimento denuncia; princípios da ação penal; o MP pode desistir da ação? Até quando?
Princípios que regem ação penal privada
Art. 10 cpp
Prisão em flagrante saber lavratura de auto de prisão em flagrante 
Saber prorrogado 
Espécies de prisão cautelar e quando poderá ser preso
Quem pode arquivar o inquérito
21/02/2018
Dr.drumond@hotmail.com
Introdução ao processo penal: 
Antes de falar do processo penal precisamos falar o que é percecutiu criminis, assim devemos conhecer o conceito de infração penal. 
Infração penal é tudo de errado que pode acontecer no ordenamento jurídico. A infração penal por sua vez é dividida em crime e contravenção. 
A persecução penal é atividade em que o Estado reprime estas infrações penais. 
Com indícios de autoria e materialidade é possível instaurar um inquérito. 
No inquérito a investigação criminal visa reunir elementos de autoria e materialidade. Quando se fala em investigar é sempre a procura de indícios de autoriae materialidade do fato. 
O inquérito é dispensável. Ex. CPI. As CPIs têm a finalidade de colher provas. O MP pode investigar.
Processo nada mais é do que o meio pelo qual se funda a ação. Ação por sua vez é um direito público subjetivo de obter uma decisão por intermédio do fato que é objeto do processo. 
Em latim processo significa ato de andar ou proceder. 
Procedimento é uma sequência de atos concatenados praticados dentro do processo.
Princípios são mandamentos e normas, que podem ser aplicadas ou não. Princípio da legalidade é uma regra. A regra é aplicada ou não.
Segundo canotilho são multifuncionais, os princípios, portanto podem desempenhar uma função argumentativa que permite por exemplo denotar ratio legis, a razão da lei, de uma disposição ou revelar normas que não são expressas por qualquer enunciado legislativo, possibilitando aos juristas sobretudo aos juízes, o desenvolvimento e integração de complementação do direito.
Princípios são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível, dentro das possibilidades jurídicas e fáticas, utiliza-se portanto técnica de ponderação. 
HC82354-8 – Súmula vinculante 14 – o advogado tem direito a acesso ao inquérito policial.
Razoável duração do processo é ferido, quando se leva mais de 1 ano e 8 meses para denunciar ou realizar um diligência.
	Princípio da dignidade da pessoa humana art.1º, III da CF. 
	A súmula vinculante nº14 não se aplica na lei de delação premiada. 
	A ampla defesa se subdivide em: 
Autodefesa: é aquela exercida pelo próprio réu
Defesa técnica
	A autodefesa se subdivide em:
Direito de presença: é o direito do réu de presenciar toda instrução processual.
O réu preso tem que ser requisitado para participar da diligência para o juízo deprecado?
Corrente 1 – TJ e TRF – não há necessidade de requisição, pois a ampla defesa será exercida por meio da defesa técnica.
Corrente 2 – STJ – hipótese de nulidade relativa – devendo a parte demonstra o prejuízo.
Corrente 3 – STF - o réu deve ser requisitado sob pena de nulidade absoluta, um vez que o direito de presença é consectário da ampla defesa constitucionalmente. 
Direito de audiência é o direito de o réu ser levado à presença do juiz e narrar a sua versão sobre o fato criminoso.
O Princípio do juiz natural não se refere à pessoa do juiz, mas sim ao órgão jurisdicional estabelecido previamente pela lei como competente. A principal finalidade é evitar os tribunais de exceção.
Princípio da identidade física do juiz refere-se à pessoa do juiz. Existe algumas regras que devem ser respeitadas a título de segurança para as partes. Ex. art. 399, §2 do CPP. Que estabelece que o juiz que concluir a instrução estará vinculado a proferir decisão, contudo trata-se de um princípio relativo, pois pode haver a morte, remoção, aposentadoria e etc. fundamento art. 400 CPP parte final.
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Doutrina 
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Principio da publicidade a regra do processo penal é que os atos devem ser praticados de forma pública e que o processo em si também é público, salvo previsão expressa de sigilo pela lei ou quando o juiz de forma fundamentada assim decidir.
Princípio do contraditório é a contraposição daquilo que foi dito no processo. A falta de contraposição, ou seja, a falta do contraditório não gera necessariamente a sua violação. A oportunidade do contraditório tem que ser oferecida. O contraditório é conceder o direito de se manifestar. 
Princípio do devido processo legal ou tipicidade processual: todo crime é afeto a um procedimento, isto é, a uma sequência de atos concatenados voltados a um fim. A lei tipifica um procedimento, portanto, o devido processo legal é o respeito às regras procedimentais previamente estabelecidas em lei. 
Existe uma corrente iniciada por Aury Lopes junior que entende que o tratamento da lei processual penal no tempo deve ser o mesmo da lei penal.
Obs. Pesquisar sobre ampla defesa. O fato notório não necessita de perícia.
Princípio da congruência ou da correlação entre a relação e sentença. A congruência dispõe que deve ser uma consequência lógica decorrente daquilo que lhe foi imputado, com base nos art. 383 e 384 do CPP. 
28/02/2018
Princípio da verdade real (verdade processual): o processo é uma reconstrução histórica dos fatos, deve-se buscar ao máximo a aproximação dos fatos. Não se pode utilizar da prova ilícita para fundamentar a verdade real, inteligência dos art. 156, II, 196, 234, 242.
Motivação das decisões, art. 93, IX; toda decisão deverá ser fundamentada. A exceção da motivação das decisões é o princípio que vigora da intima convicção.
Obs. No tribunal do júri não há fundamentação, princípio da convicção. 
Cabe prova ilícita na defesa, relativamente; de forma a inocentar o acusado.
Inadmissibilidade da prova ilícita, art. 5, LVI. CF;
Princípio da não autoincriminação, trata-se de um direito implícito não expresso, pois o que se fala na constituição. Art. 186 é o direito ao silêncio e art. 5º LXII, da CF, RH 80.949
Princípio do favor rei (in dubio pro reo) é equivalente a pro omine do direito internacional, utilizado no direito brasileiro, é o princípio que estabelece que em caso de dúvida, conflito entre normas deve se considerado o entendimento mais profícuo ao réu.
Sistemas são garantias processuais constitucionais com a finalidade de assegurar direitos ao acusado, garantindo também princípios, tais como contraditório, ampla defesa, duração razoável do processo e dignidade da pessoa humana, tudo com a finalidade de uma sentença justa.
Obs. Jurisdição é o poder dever que o Estado tem de prestar a tutela jurisdicional.
Princípios da jurisdição: 
Imparcialidade 
Princípio da inércia da jurisdição 
Juiz natural, art. 5, LIII – evitar tribunal de exceção, que é uma farsa jurídica, como julgamento da máfia.
Vara especializada, HC 48.746/2008 a vara especializada não viola o princípio do juiz natural.
Princípio da investidura – art. 91, I da CF
Princípio da aderência art. 70 
Juiz é sempre julgado no TJ
Princípio da improrrogabilidade art. 109
Princípio da imutabilidade art. 5, XXXVI
Revisão criminal art. 621 – pode ser substituída por HC 139741
Duplo grau de jurisdição: 1ª instância e 2ª instância – julgamento no STF não fere o duplo grau de jurisdição art. 593 e 591.
Inquérito policial: procedimento administrativo para colher informações e provas, para que ao final, havendo justa causa, o MP ofereça denúncia.
Quando inicia o processo 399 ou 396
07/03/2018
Características do inquérito
Autoritariedade – art. 144, §4º do CF
Oficiociosidade – pode ser instaurado de ofício. O inquérito policial pode ser iniciado de ofício, pelo delegado, art. 5º, I do CPP, desde que a ação seja pública incondicionada.
Indisponível – art. 17 do CPP é indisponível para o delegado.
Autoexecutoriedade – depois de instaurado o inquérito o delegado deverá praticar atos investigatórios para ter a justa causa independente de autorização. Art. 6º, III CPP. lei 9.296/96, interceptação telefônica é uma exceção, tendo em vista que necessita da autorização judicial.
Escrito – art. 9º do CPP tem que ser escrito.
Inquisitivo: porque o delegado coleta as provas e gera informações para o MP. Não há contraditório. É um procedimento unilateral da polícia, ou seja, não existe contraditório ou ampla defesa. É um procedimento administrativo. O contraditório deverá ser respeitado no processo. 
O inquérito é dispensável, não é uma fase obrigatória, antes do processo judicial.
Sigiloso, art. 20 CPP, 
Instauração do inquérito art. 5º, I CPP, a instauração pode ser de ofício, por representação e a requerimento.
De ofício da ação penal pública incondicionada, por meio de portaria.
Condicionado a representação art. 5º §4º CPP, crimes de ação pública condicionada à representação.
Requerimento do ofendido, ação penal privada, art. 5º, §5 CPP c/c art. 30 CPP.
Requisição é ordem!
Requerimentoé pedido!
Se fizer um pedido de instauração de inquérito e o delegado indefere, cabe algum recurso? 
Recurso ao chefe de polícia.
Termo circunstanciado – é uma investigação mais simples, que obedece aos princípios da oralidade, celeridade, informalidade e economia processual.
Denúncia anônima – é possível instaurar inquérito com denúncia anônima, pois é esta, apta a embasar o inquérito. HC 133.148. AP 101818/16 – TJMT. (minoritária)
Em entendimento diverso acredita que não é possível, pois deve se requisitar a procedência de verificação da informação. (majoritária)
Vale destacar, que havendo provas de suficientes de autoria e materialidade, a verificação da procedência da informação se faz desnecessária.
Poderia instaurar inquérito, quando já tiver com a denúncia anônima, a prova da materialidade, mas nada com relação à autoria, neste caso é possível. STJ HC 131225 SP
Natureza jurídica do inquérito é um procedimento (porque pratica vários atos) administrativo (porque não é judicial) informativo (porque é informativo ao MP).
CNMP – resolução 13 – o MP pode investigar.
Obs. Atribuição é referente ao MP e ao delegado.
Procedimento do inquérito – não existe ordem específica, art. 6º do CPP. Apesar da oitiva de testemunha não estar no art. 6º CPP, o delegado pode proceder à oitiva com base no art. 6º II, pois traz a cláusula geral de acolhimento de outras provas necessárias. O delegado pode fazer acordo de delação premiada. ADI 5508. Referência à lei 12.850/13 art. 4, §6º do CPP.
Posso delatar no inquérito policial?
Sim, mas deve ter parecer do MP.
Prisão temporária – realizada antes do processo.
Prazo de 5 dias, prorrogável por inúmeras vezes. A prisão temporária depende de requerimento do MP ou do delegado.
Conclusão do inquérito – art. 10 do CPP.
O relatório é mera formalidade, não vincula o MP, pois o inquérito é dispensável. O relatório não precisa ser conclusivo.
Obs. DELEGADO NÃO SOLICITA NADA.
Arquivamento – quem arquiva é o juiz, o MP requer. Arquivamento é um ato complexo, pois inicia em um órgão, MP, e termina em outro, juiz. Caso o juiz não concorde, deverá submeter os autos ao chefe do MP (PGJ, justiça estadual) aplicando o art. 28 do CPP, ocorrendo duas hipóteses, ou oferece a outro MP ou devolver para o mesmo, MP. Na união é a câmara de revisão, se eles entenderem que não é caso de arquivamento, é oferecido denúncia.
Obs.:
PROVA NOVA – já se tinha existência, mas não havia sido apreciada.
NOVA PROVA – não se sabia da existência. Súmula 524 do STF c/c art. 18 do CPP
Arquivamento pode ser por: 
Por falta de provas (sem resolução do mérito, podendo ser desarquivado)
Por atipicidade (com resolução do mérito, não podendo ser desarquivado)
A decisão que acolhe a promoção de arquivamento em função de ausência de prova é decisão meramente administrativa, ou seja, não faz coisa julgada, portanto a autoridade policial poderá proceder ao desarquivamento se NOVAS PROVAS existirem.
PRAZO PARA O PROCEDIMENTO DE:
INQUÉRITO 
Preso 10
Solto 30
DENÚNCIA
Prisão 5
Solto 15
Arquivamento implícito (o MP cometeu erro) ocorre quando o promotor deixa de incluir um indiciado ou infração na denúncia, a jurisprudência majoritária entende que não há arquivamento implícito, quando o MP deixa de incluir e o juiz não suscita o art. 28, podendo o MP depois oferecer denúncia em relação ao acusado. 
Arquivamento indireto (não tem atribuição) ocorre quando o MP se vê sem atribuição para atuar no caso, e assim não oferecer denúncia. Neste caso o juiz tem que aplicar novamente o art. 28
Ação penal a persecução penal pode ser um fase pré-processual da decisão que rejeitar a denúncia cabe recurso em sentido estrito (RESE) art. 581 CPP 
14/03/2018
AÇÃO PENAL
A ação penal serve como uma pretensão levada ao poder judiciário, no sentido de se aplicar uma pena ou punição a um particular ou grupo. O processo penal tem a função de garantir direitos ao acusado limitando a pretensão punitiva estatal.
Garantismo é preservar o direito do acusado. É a proteção daquele que seja mais fraco no processo. SÓ HÁ NULIDADE SE HOUVER PREJUIZO. (STF e STJ)
Para Alry Lopes Junior ação penal não é um direito, mas um poder dever de provocar o poder público para se verificar se é ou não caso da aplicação da sanção referente à determinada conduta. 
O fundamento da ação penal é a garantir ao acusado o devido processo legal, art. 5º, LIV.
Ação penal
Pública incondicionada
Condicionada à representação
	A representação é condição de procedibilidade. Ex. 156, §1, 130, §2º, ambos do CP.
Privada (o interesse é do particular). Ex. 138 
Personalíssima. Art. 236 do CP. O processo termina.
Exclusiva. É a regra. ex. Art. 145 CP
Subsidiária da pública 
Elemento identificador da demanda:
Partes
Causa de pedir 
Pedido
Condições da ação 
Legitimidade 
Interesse
Possibilidade 
O art. 42 do CPP diz que o MP não pode desistir da ação, disso deriva-se o mencionado sistema da obrigatoriedade da ação penal pública. 
A ação penal não é um direito mais sim o poder dever exercido pelo Estado em sua própria limitação, pois o fundamento da ação é a garantia do acusado ao devido processo legal. Art. 5º LIV CF.
	O depoimento de corréu não configura justa causa.
Classificação das ações
	As ações são de iniciativas do MP, são em regra públicas e podem ser incondicionadas, condicionadas a representação do ofendido/requisição do ministro de justiça. 
	
	São regidas pelo sistema da obrigatoriedade, ou seja, presentes os requisitos, o MP é obrigado a denunciar. Art. 24 CPP.
	Art. 25 CPP depois de oferecida e não de recebida.
	
Contravenção é incondicionada.
As ações privadas são de iniciativa do ofendido, é exceção devendo vir expressamente na lei, são regidas pelo princípio da disponibilidade.
Existe lide no processo penal?
1º corrente –Sim, pois contrapõem no interesse da sociedade em punir a violação das leis. (concurso)
2º corrente – sim, mas não é determinante no processo penal.
3º corrente – não existe lide no processo, pois o MP no decorrer da instrução processual pode pedir absolvição. 
Cabe transação penal em ação penal privada? 
1ª corrente – TJRJ, sim se ele pode renunciar ou perdoar ele pode transacionar. Quem pode mais pode menos.
2ª corrente – Geraldo Prado, todos os institutos que dão ao querelante a disponibilidade da ação penal são de natureza processual e se não fizer afronta a dignidade da pessoa humana.
3ª corrente – Pollastri, a lei 9099/90 foi taxativa, somente na ação penal pública é que pode, na privada deve-se fazer a composição civil.
Indivisibilidade 
A ação deve ser proposta em face de todos os autores do crime, porém se omitir um dos autores do fato o STF entende que é divisível, isso porque eventuais omissões não geram consequências processuais.
Transação penal, obrigatoriedade da ação penal.
Indisponibilidade 
Decorre do princípio da obrigatoriedade. Quando o MP pede absolvição ele não está desistindo da ação penal, pois a mesma já foi oferecida. 
1ª corrente – Afrânio Silva Jardim, o MP não pode dispor do que não lhe pertence, para ele a pretensão punitiva é do Estado. O que o MP faz é opinar nas alegações finais. O que vincula é o pedido.
2ª corrente – O MP possui pretensão acusatória se isso é retirado, retira a pretensão, logo desiste da ação. 
3ª corrente – o MP não desiste da ação, uma vez que nas alegações finais já foi exercido o seu direito de ação quando ofereceu denúncia anteriormente. (majoritária)
Intrancendência
A ação penal deverá ser proposta em face do autor do crime. 
Oficialidade 
Deve ser proposta pelo MP que é órgão oficial, ou seja, só o MP pode oferecer denúncia. 
Espécie de ação penal pública
Pode ser incondicionada ou condicionada a representação. Art. 24 do CPP. 
Ação penal pública condicionada à representação 
Representação é uma espécie de pedido para que seja instaurada a denúncia. Possui natureza jurídica de condição de procedibilidade.Obs. Se o crime começa de forma incondicionada e depois se descobre que é condicionada a representação deve-se anular o processo por ausência de requisito essencial. 
Nestes casos a jurisprudência vem entendendo que devemos observar o comportamento da vítima durante o processo, se ele cooperou ou demonstrava interesse na persecução, subentendendo que ela representou (teoria da aparência). Se a vítima participou entende-se que foi suprida.
De acordo com o art. 25 do CPP a denúncia pode ser retratada até o oferecimento.
É possível a retratação da retratação?
O STF entende que sim desde que o crime não tenha decaído (06 meses), pois o que extingue não é a retratação e sim a própria decadência.
Vitima menor conta prazo para representação?
Somente quando completar maior idade. Só decai 06 meses após o menor completar maioridade. Súmula 594 do STF.
	
Lei Maria da penha
	Qualquer lesão corporal no âmbito da lei 11.340 é pública incondicionada. 
Ação penal nos crimes sexuais
	A súmula 608 está em desuso, pois antes da reforma da lei 12.015/09 era válida, pois a regra era que ação penal deveria ser privada, somente em alguns casos é que a ação penal seria condicionada a representação como no caso de vítima pobre, então começou-se a discutir a ideia de crimes de estupro com resultado morte ou lesão corpora (violência real), seriam crimes complexos por força do art. 101 do CP (crimes complexos, Teoria criada por Antolisei que seria a junção de dois tipos penais. Ex. estupro com resultado morte). 
	Pega-se então na junção dos dois tipos penais a do tipo da ação penal mais grave, ou seja, a incondicionada e essa prevalecerá sobre as demais, dessa forma é que se criou a súmula 608 do STF.
	Com a reforma da lei 12.015 o legislador trouxe expressamente a regra prevista no art. 225 do CP (condicionada a representação), salvo se menor de 18 anos ou vulnerável, portanto a súmula 608 caiu em desuso, perdeu sua essência, não se discute mais a violência real ou presumida desta súmula. (213, caput, e §1º e 217-A).
Ação penal privada
	Fundamento legal art. 30. O motivo para ser privada é a tenuidade da lesão, o acentuado caráter privado do bem jurídico tutelado. Ex. crimes contra a honra. 
	O PERDÃO CONCEDIDO A UM ESTENDE-SE A TODOS
	
Princípios orientadores
	Disponibilidade 
	O querelante pode dispor, pode desistir da ação. O perdão e a perempção são causas de extinção da punibilidade. Art. 60 do CPP. Estão associados à disponibilidade.
	Oportunidade
	O querelante propõe ação se quiser, ele não é obrigado a fazê-lo. No silêncio no perdão, induz anuência. Art. 58 do CPP. O perdão deve ser aceito, se concedido a um, a todos se estenderá. Art. 51 do CPP e 105, V do CPP. 
	
21/03/2018
Indivisibilidade 
	A queixa deve ser proposta em face de todos os autores do crime, pois é indivisível. O querelante não pode escolher em face de quem pode propor a queixa crime. Não é possível representar em face apenas de um autor do crime, pois o processo não pode ser instrumento de vingança. 
Perdão judicial
	É o meio pelo qual o juiz, ainda que reconhecida a prática criminosa, deixa de aplicar a pena. Necessita da função ressocializadora. O momento oportuno é na sentença, pois primeiro considera ele culpado para depois reconhecer o cabimento. Aplica-se ao homicídio culposo previsto no CTB.
	Qual a natureza jurídica do perdão judicial?
	É causa de extinção da punibilidade. 107, IX do CP.
	Qual a natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial?
1ª corrente: É uma sentença condenatória, e com ela deverá subsistir todos os efeitos penais (secundário), tas como reincidência, anotação da FAC. (Nelson Hungria e Damásio)
2ª corrente: É uma sentença declaratória da extinção da punibilidade que não deve subsistir qualquer efeito dela decorrente, inteligência da súmula 18 do STJ c/c art. 120 do CP.
Do ofendido
	É uma causa em que o ofendido ou o representante legal desiste de prosseguir com o andamento do processo já em curso desculpando o ofensor pela pratica do crime. Trata-se de ato bilateral, é indispensável que ele seja aceito, para que então gere a extinção da punibilidade. Não pode haver condição ou exigência. 
	Pode ser feito dentro do processo ou fora dele. Fora é escritura pública.
	O perdão judicial é bilateral, pois necessita de anuência. Caso não haja anuência o processo continua. 
Perempção
	Causa de extinção da punibilidade. Art. 60 
Ação penal ex oficio
	Temos contudo analisando o texto constitucional a possibilidade do juízes e tribunais, sempre que verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal a liberdade de locomoção. (HC de ofício) art. 654, §2º do CPP.
	Ação penal nos crimes contra a honra do funcionário público
Nos casos do funcionário público, art. 145, Pú do CP, poderá ele optar por representar ou contratar advogado para propor queixa crime. Propor queixa crime. Uma vez oferecida a representação ocorrerá a preclusão da queixa crime, por essa razão, a doutrina sustenta ser legitimidade alternativa. (concorrente súmula 714)
Ação civil ex delicto
O art. 5º, V da CF, assegura indenização por dano material e moral em decorrência dos ilícitos causados, conforme preceitua o art. 186, 927, 935 do CC e 91, I do CP. A sentença penal condenatória é título executivo judicial, independente do órgão que profira, art. 63 do CPP. Ele pode não querer aguardar o fim do processo penal, então, pode ingressar com uma ação civil e não aguardar o término do processo crime terminar. 
28/03/2018
Independência dos órgãos art. 64. A ação civil pode ser ajuizada antes ou depois ou durante a tramitação do inquérito ou ação penal.
Leitura dos art. 65 a 68 do CPC.
	
	Art. 65 hipóteses de excludente de ilicitude, faz coisa julgada no cível.
	Prisão é a privação da liberdade de locomoção, determinada pela autoridade competente ou em caso de flagrante delito. Nelas estão a prisão em flagrante a preventiva e temporária.
	Súmula vinculante nº 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
A prisão pode ser
A prisão processual é sempre de excepcional, pois a regra é não prender e efetuar uma medida cautelar.
Prisão pena: imposta depois de transitada e julgada a sentença penal condenatória. Essa tem por finalidade a satisfação da execução da condenação.
Prisão sem pena: natureza jurídica processual e pré-processual. Assegura o bom andamento da investigação e do processo penal, evitando, ainda, que o réu volte a delinquir. Nessa prisão deve-se preencher o FUMUS COMISSI DELICT e PERICULUM LIBERTAT estando incluídas a temporária e preventiva.
Prisão civil: não se refere a infração penal, mas sim ao cumprimento de obrigação civil (devedor alimentos);
Prisão para averiguação: é aquela feita sem autorização e apenas para investigação. Há entendimento de que violaria o princípio da não auto incriminação, sendo portanto inconstitucional, neste mesmo sentido a presunção de inocência estaria violada. 
Na teoria, não viola, pois a pessoa é presa provisoriamente/cautelarmente, porque é culpada, mas porque sua prisão é necessária ao regular desenvolvimento do processo ou investigação.
Dessa forma, é um absurdo decisões no sentido de decretar prisão provisória, dizendo que o réu solto voltará a praticar crimes.
Obs. STJ e STF não admitem prisão provisória em razão da gravidade do delito. Toda decisão provisória deve ser fundamentada. 93, IX. Sempre observar se está fundado em perigo concreto. Deverá ser acompanhada de contraditório, 282, §3º do CPP.
Preventiva
	Pode ser dada em qualquer fase, no inquérito ou do processo.
Obs. Até o recebimento

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