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AÇÃO condições da ação, elementos da ação

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AÇÃO
Conceito
A ação pode ser compreendida como direito subjetivo público. É um direito fundamental de pedir tutela jurisdicional ao Estado-juiz, rompendo a inércia do Poder Judiciário, e de atuar, ao longo do processo, para obtenção daquele fim.
A ação é um direito exercitável contra o Estado. É o Estado que, historicamente, chama, para si, o dever (e a correlata responsabilidade) de distribuir justiça, criando os mecanismos e as técnicas que garantam seu atingimento.
	Classificação das ações
	As ações podem classificar-se em ações como: de conhecimento, de execução e cautelar, assim entendidas as ações que se voltam, respectivamente, ao reconhecimento do direito, à satisfação de um direito já suficientemente reconhecido e ao asseguramento de um resultado útil no plano processual.
	As ações de conhecimento subdividem-se em:
 Declaratórias - aquelas que se limitam a pedir o reconhecimento do direito aplicável à espécie
Constitutivas - aquelas que visam à criação de situações jurídicas novas ou à extinção ou a modificação de situações jurídicas preexistentes
Condenatórias - Aquelas em que, além do reconhecimento do direito, pretende-se a criação de condições concretas para efetivação do direito.
Cada uma dessas ações deve ser exercida em um distinto processo, respectivamente, o processo de conhecimento (para as ações de conhecimento), o processo de execução (para as ações de execução) e o processo cautelar (para as ações cautelares).
- Processo de conhecimento 
É o processo destinado a conhecer o direito da parte, no sentido em que a partir do momento em que um direito é lesionado ou há uma ameaça de lesão a direito e é necessário que essa lesão ou essa ameaça seja levada a conhecimento do juiz, o juiz precisa conhecer o seu direito. É necessário que sejam levados a juízo os fatos, as provas, para o juiz reconhecer o seu direito e ao final se manifestar proferindo sentença procedente ou improcedente. O processo de conhecimento visa superar uma crise de incerteza, pois a partir do momento em que é protocolada uma petição inicial o juiz não tem certeza se o autor tem direito ou não, o juiz primeiro precisa conhecer o direito para que possa entregar em seguida o bem jurídico tutelado para que seja proferida uma decisão com certeza e com segurança jurídica.
Processo de Execução
O processo de execução tem a finalidade de executar títulos extrajudiciais. O conhecimento do direito aplicável à espécie independe de prévia atuação do magistrado, são os títulos executivos extrajudiciais, documentos que, de acordo com a lei, tem eficácia similar ao conhecimento judicial do direito, só que são elaborados entre as próprias partes. Isso não significa que o juiz não possa rever o que consta do título até mesmo reconhecendo o contrário, que a dívida nele retratada já está paga, por exemplo. O que acontece é que o foco da ação jurisdicional, dada a pressuposição do direito suficientemente reconhecido no título executivo extrajudicial, dá-se mais com a satisfação daquele direito do que com o seu reconhecimento, o chamado processo de execução.
I – Teoria da ação
II – Condições da ação
III - Elementos da ação
CONDIÇÕES DA AÇÃO
O novo CPC consagra a teoria eclética da ação, sendo indispensável a análise doutrinária da condição da ação. 
Para que alguém peça tutela jurisdicional, precisa descrever, ao magistrado uma hipotética situação que, se confirmada, após o “devido processo”, significaria, na perspectiva que interessa da ação, a efetiva prestação da tutela jurisdicional. Trata-se de uma forma de viabilizar que o magistrado visualizasse se havia um mínimo de seriedade e de procedibilidade na pretensão a ele apresentada, até mesmo para evitar desperdício de atividade jurisdicional.
Assim a ideia original de Eurico Túlio Liebman, expressamente prevê três espécies de condição da ação originadas pelo doutrinador italiano, que, nos tempos atuais consideram duas as condições da ação, a saber, de acordo com artigo 17 do CPC /15. 
Interesse processual
Legitimidade da parte
Interesse de agir
Está intimamente associada a utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a movimentação da máquina jurisdicional. 
Conforme Scarpinella:
Segundo a qual aquele que pede tutela jurisdicional deve mostrar a necessidade da atuação do Poder Judiciário para lhe outorgar uma determinada utilidade.
O interesse de agir é a necessidade de se postular em juízo em busca de uma determinada utilidade. Este binômio “necessidade” e “utilidade” é o que caracteriza o instituto. E de onde ele é colhido? No plano material, a partir da afirmação de direito feita por aquele que postula em juízo.
Ex:
OPT precisa (necessidade) cobrar dívida (utilidade) , já vencida e não paga por TAD, a despeito de todas as promessas naquele sentido. Ato administrativo inviabiliza a promoção na carreira do servidor público e ele, querendo a promoção (utilidade) tem necessidade de questionar o ato perante o Poder Judiciário porque, é correto acrescentar, eventuais tentativas administrativas não resultaram em nada.
E se a dívida já tivesse sido paga? E não havia direito a promoção nenhuma?
As respostas para essas perguntas não interferem na compreensão do “interesse de agir”, como tal, que toma base a afirmação do direito feita por quem postula em juízo. Diferentemente, as respostas serão decisivas no julgamento do mérito: se a dívida já está paga, o pedido é improcedente. Também o é quando se constatar a inexistência do direito a promoção pretendida pelo servidor público.
Legitimidade das partes
Conforme a lição da doutrina, a legitimidade para agir (legimatium at causam) é a pertinência subjetiva da demanda, ou em outras palavras, é a situação prevista em lei que permite a um determinado sujeito propor a demanda judicial e a um determinado sujeito figurar no polo passivo desta demanda. 
Segundo Scarpinella:
Segundo a qual o autor e o réu, isto é aquele que pede e em face daquele que se pede a tutela jurisdicional, devem corresponder àqueles que, tem direitos ameaçados ou lesionados.
Legitimidade para agir é a tradução processual dos polos subjetivos da relação controvertida. Todo aquele que afirmadamente está naquela relação tem legitimidade para agir, também podendo ser chamada de “situação legitimante”. Se tomar a iniciativa de ingressar em juízo, formulando pedido de tutela jurisdicional, será autor; caso não tome iniciativa, em face dele, sendo formulado o pedido de tutela jurisdicional, será réu. 
Nos exemplos anteriores, legitimado ativo é quem se afirma credor e o servidor público (autor, no plano processual). Legitimados passivos são quem se afirma devedor e a administração pública (réu, no plano processual). Saber se o direito afirmado pertence mesmo ao credor ou ao devedor no primeiro exemplo ou ao servidor público ou à administração pública no segundo já é questão que extrapola os limites da legitimidade para causa. Já é questão relativa ao mérito.
ELEMENTOS DA AÇÃO
Os elementos da ação são os seguintes:
Partes
Causa de pedir
Pedido
Partes 
De acordo com a doutrina o autor italiano chamado chiovenda entende que parte é o sujeito que pede ou contra quem se pede tutela jurisdicional. Por outro lado, Lieberman também italiano, possui entendimento mais amplo, afirmando que a parte é todo sujeito que participa da relação jurídica processual em contraditório, defendendo interesse próprio ou alheio; é o que o doutrinador italiano chamou de "partes no processo" confrontando a terminologia adotada por Chiovenda que chamava "partes na demanda". 
Scarpinella relata que “o autor, que pede a tutela jurisdicional, e o réu, em face de quem tal tutela é pedida”.
Marcus Vinicius “Parte é quem pede tutela jurisdicional e em face de quem essa tutela é postulada. Portanto, são partes no processo o autor e o réu, que serão designados como exequente e executado nos processos de execução, embargante e embargado, em embargos de devedor ou de terceiro, impetrante e impetrado em mandados de segurança e harbeas corpus ereconvinte e reconvendo em reconvenção”.
Causa de pedir 
A causa de pedir, também chamada de causa petendi, que pode ser próxima ou remota, designo os dois elementos constitutivo No que diz respeito a uma ação ajuizada, quais sejam: 
- os fatos como realmente aconteceram e 
- a fundamentação jurídica. 
Segundo Scarpinella:
Corresponde às razões de fato e de direito que embasam o pedido, usualmente denominadas, respectivamente, de causa de pedir remota e causa de pedir próxima.
Para Marcus Vinicius:
Consiste nos fundamentos de fato e de direito que embasam o pedido. Aquele que ingressa em juízo deve expor ao juiz os fatos que justificam o seu pleito e indicar de que maneira o ordenamento jurídico regula aquele tipo de situação.
É preciso que na petição inicial o autor descreva o fato e os fundamentos jurídicos. No entanto, só os fatos é que servem para identificar a ação, e apenas a eles o juiz deve ater-se. Não é preciso que ele se prenda aos fundamentos jurídicos do pedido, porque é de se presumir que o magistrado conhece a lei.
Pedido 
Pode ser analisado sob a ótica processual representando a providência jurisdicional pretendido, seja de que tipo for ação: 
a) condenatória 
b) constitutiva 
c) declaratória, etc. 
E sobre a ótica material representado pelo bem da vida perseguido, ou seja, o resultado prático (vantagem do Plano dos fatos) que o autor pretende obter com a demanda judicial. Podemos asseverar que o pedido é a parte mais importante da petição inicial; o juiz presidente do processo, só irá conceder se a parte requerer ou pedir pedidos. Por fim também é considerado como requisito de admissibilidade da petição inicial conforme o inciso IV do artigo 319 do CPC/15. 
Scarpinella:
Corresponde ao bem da vida pretendido pelo autor, geralmente denominado de pedido mediato, e à providência jurisdicional apta a outorgá-lo, usualmente chamado de pedido imediato.
Marcus Vinicius:
Ao ingressar em juízo, deve o autor identificar, na petição inicial, o provimento jurisdicional que pretende obter e o bem da vida almejado. Ao primeiro designa-se pedido imediato; ao segundo, pedido mediato. A identificação de uma ação pressupõe que se esclareçam tanto uns como outros. A modificação do pedido imediato, por exemplo, altera a ação, ainda que o bem da vida pretendido seja o mesmo. 
O autor deverá escolher qual o tipo de provimento jurisdicional que pretende obter e que seja adequado para a sua situação. Ao ajuizar um processo de conhecimento, ele esclarecerá se busca a condenação do réu, uma declaração sobre a existência ou não de relação jurídica ou a constituição ou desconstituição de uma relação. Ao ajuizar processo de execução, postulará uma tutela executiva, com a prática de atos satisfativos. Ou, se tiver documento escrito sem força executiva, postulará em tutela monitória.
Caso o autor escolha tutela jurisdicional inadequada, será considerado carecedor da ação, o que não impedirá de retornar a juízo, desta feita formulando pedido apropriado.
O autor deverá ainda identificar, com clareza, o bem da vida que pretendem sobre o qual recairá tutela postulada.
Em síntese referente aos elementos da ação, ais que elementos da ação, podemos rotular esta categoria de elementos da demanda ou, até mesmo, da postulação, o que permite visualizar quais elementos que são empregados pelo autor no exercício de seu direito de ação em face ao Estado-juiz.
Postulação = exercício do direito de ação ao longo do processo
Demanda = ação em si mesma considerada nem com a petição inicial

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