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Princípios Mecânicos para Análise Cinesiológica e Biomecânica – Parte II
Base Cinética para Análise do Movimento Humano
Conceito.
Natureza dos Fluidos e Resistência Dinâmica.
Comportamento Ativo e Passivo do Sistema Musculoesquelético.
Centro de Gravidade e Estabilidade no Movimento.
Sistema de Alavancas .
Tipos de Cargas Mecânicas Atuando nos Biomateriais.
Tipos de Deformações. 
Base Cinética para Análise do Movimento Humano :
 Conceito:
Cinética:
 Ramo de estudo da mecânica que explica os efeitos da força sobre um corpo.
Uma força pode ser considerada tração ou impulso sobre um corpo, e pode produzir, retardar ou modificar os movimentos.
Uma força é frequentemente denominada de maneira geral de carga. 
Natureza dos Fluidos e Resistência Dinâmica :
Fluidos - Substâncias que fluem continuamente ou deformam quando na presença de forças de cisalhamento.
As forças de resistência do fluido são denominadas força de atrito ou força de arrasto.
Arrasto ou Resistência de superfície: 
Deriva do atrito entre camadas adjacentes de fluido próximas de um corpo que se movimenta através do fluido.
– Considera a superfície sobre a qual o fluido está deslizando ou está passando. A partir daí “eu vou” criar fluxo (que será falado mais a frente).
Arrasto ou Resistência de forma:
Criada por um diferencial de pressão entre a superfície anterior e posterior de um corpo que se movimenta através de um fluido.
– Leva em consideração a forma, se o fluido ta colidindo e batendo com o objeto que tem uma superfície, por exemplo, muito ampla ou se ele ta conseguindo deslizar mais facilmente sobre isso.
Arrasto ou Resistência de onda: 
Criada pela produção de ondas na interface entre dois fluidos diferentes, ar e água.
– Considera a interface entre dois fluidos, por exemplo, água e ar, que é muito comum nós observarmos em uma piscina. Ao observarmos uma piscina em um dia de muito vento nós vamos verificar que a quantidade de ondas é maior, isso caracteriza uma resistência de onda.
– Um ponto importante é que toda resistência ela tende a criar dois tipos de fluxo, um fluxo que chamamos de LAMINAR e um fluxo que chamamos de TURBILHONAR.
Ex: Minha mão cortando nesse sentido \ ou nesse –, observe que os fluidos, ou seja, o ar vai conseguir deslizar mais facilmente sobre e sob a minha mão. Quando o ar passa pela minha mão ele irá conseguir passar de uma maneira mais uniforme, vai conseguir que com essas camadas de fluido seja mais paralelas, mais fluídicas. Então vamos ter o FLUXO LAMINAR.
Agora em contra partida, se estou deslizando a mão com esse comportamento <<|>> ao bater/colidir com a face dorsal da minha mão, o que vai acontecer atrás (na região palmar)? O que o fluxo irá gerar? Uma mistura dessas camadas de fluido, especificamente no caso agora o ar, então vai tentar misturar essas camadas no fluido, gerando um fluxo chamado FLUXO TURBILHONAR.
Empuxo Dinâmico ou Força de Sustentação - Esta força é perpendicular ao fluxo e à força de arrasto - pode atuar para cima, para baixo ou na horizontal, dependendo do movimento do corpo.
– A força de sustentação leva em consideração a quantidade de força que eu levo perpendicular ao fluido. Temos que entender que sempre temos uma carga perpendicular, o melhor exemplo que temos para isso é o princípio de Bernoulli.
O empuxo dinâmico obedece ao princípio de Bernoulli - velocidade alta do fluxo = baixa pressão na superfície de contato; quando a velocidade é baixa, a pressão é alta. 
– O princípio de Bernoulli leva em consideração a sustentação do corpo, de um avião, por exemplo, no momento que eu identifico, se eu tenho um fluido passando com muita velocidade SOBRE o corpo, a região superior irá apresentar uma velocidade alta e uma baixa pressão.
Logicamente se a velocidade em baixo é mais baixa vai aumentar a pressão tentando empurrar o corpo para cima, carregando uma força de sustentação.
A dinâmica de fluido é muito importante no processo da hidroginástica, natação, hidroterapia, é mais fácil de visualizar isso nas atividades que envolvam a água mais o mesmo principio acontece com o fluído ar.
Comportamento Ativo e Passivo do Sistema Musculoesquelético:
Comportamento Ativo: 
É quando existe uma força interna (muscular) atuando diretamente para realização do movimento.
– Identificamos uma força interna, essa força é muscular concorrendo para que o movimento seja realizado.
– Força muscular interna para realização do movimento.
Ex: Flexionar a articulação do cotovelo temos uma atividade, meu músculo bíceps braquial está ativo para permitir que eu faça o movimento de flexão da articulação do cotovelo. 
Comportamento Passivo: 
Ocorre por ação de uma força externa ao segmento que se queira deslocar no espaço.
– Uma força externa para a realização do movimento.
– Continuando o exemplo acima:
Mas se eu relaxar totalmente a minha musculatura de bíceps braquial meu segmento antebraço vai se deslocar para baixo (vai descer). Quem está puxando esse segmento para baixo? A força da gravidade.
Ou seja, houve um movimento da articulação de cotovelo, houve um deslocamento do segmento antebraço para baixo mas quem puxou esse segmento para baixo foi uma força externa que foi a força da gravidade, daí caracterizamos esse movimento como um MOVIMENTO PASSIVO. Porque meu segmento antebraço foi deslocado para baixo levando a um movimento de extensão da articulação do cotovelo em função da ação da força externa que é a gravidade.
– Outro exemplo,
Ao trabalharmos com um paciente, fazendo um trabalho de alongamento, no qual, temos que aplicar uma carga sobre o paciente ele ta deslocando o segmento no espaço, a articulação ta tendendo a apresentar uma nova posição espacial porque EU gerei uma força para o paciente, assim tivemos um comportamento PASSIVO.
Centro de Gravidade e Estabilidade no Movimento:
– O conceito de centro de gravidade é um conceito muito importante, porque o centro de gravidade traduz o equilíbrio do corpo, no corpo humano esse centro de gravidade está localizado mais ou menos na região da segunda vértebra sacral. Alguns autores dizem que para o homem ele fica 57% da estatura medida a partir do solo, para as mulheres 55% da da estatura medida a partir do solo.
Mas na realidade eu tenho que pensar que o centro de equilíbrio do meu corpo, ou seja, o ponto em torno do qual todas as forças estão permitindo que esse corpo esteja equilibrado está localizado ali na 2° vértebra sacral.
É muito importante entender que o comportamento que o comportamento da cintura pélvica no espaço vai afetar nosso equilíbrio em função da localização da cintura pélvica encerrando em si o centro de gravidade.
Outro ponto importante é que toda vez que eu estou realizando um movimento esse centro de gravidade tende a se modificar no espaço, se eu elevo meus segmentos (braços para cima), o centro de gravidade tende a ficar um pouco mais alto, porque cada segmento também representa seu centro de gravidade.
Se eu pego um peso na mão e elevo esse peso muito alto, o centro de gravidade tende a subir mais ainda. Ou seja, a medida que eu crio um sistema de interação eu vou modificar o posicionamento do centro de gravidade em relação ao corpo humano. Esse tema de interação é caracterizado a partir do implemento (pode ser um halter, carebel (?), bastão e meu corpo). Então temos 2 massas, a do corpo e a do halter/bastão, associada a ação da gravidade que está puxando para baixo.
Centro de massa de um corpo – Ponto em torno do qual a massa é uniformemente distribuída em todas as direções.
O centro de gravidade (CG) - O ponto sobre o qual os efeitos da gravidade estão perfeitamente equilibrados.
O CG de um corpo em posição anatômica - Segunda vértebra sacral.
Essa posição se altera conforme a pessoa muda de posição.
Equilíbrio ou Estabilidade do Corpo → Projeção do CG dentro da área da base de sustentação.
– Como caracterizo essa condição de equilíbrio?
Vamos observar muito bem a área da base de sustentação, que é a área formada peloposicionamento dos pés.
Toda vez que a projeção do centro de gravidade, o centro de gravidade está na pelve, toda vez que ele estiver projetado, indo para baixo e chegando ao solo (que a gravidade está puxando ele para baixo) 
Toda vez que o centro de gravidade estiver projetado dentro da área	da base de sustentação meu corpo estará equilibrado.
Se essa projeção (*) estiver fora da área da base de sustentação o indivíduo está desequilibrado.
– A projeção dentro da área da base de sustentação (*) caracteriza condição de equilíbrio. Área de sustentação – Área formada pelos pés.
Se o indivíduo deixar somente o pé direito no solo a área de sustentação é modificada, se ficarmos em condição unipodal a área é somente a área do pé que está em contato com o solo. Diminuindo a base de sustentação, diminuiu a percepção de equilíbrio (base de equilíbrio). 
– Centro de gravidade afeta diretamente no equilíbrio, modifica-se constantemente ao longo do movimento e na posição anatômica está localizada 55~57% (mulheres/homens) da estatura medida a partir do solo ou na altura da 2° vértebra sacral.
Sistema de Alavancas: 
Todo sistema de alavancas precisa de 4 elementos: 
Alavanca - Barra rígida também chamada de máquina simples. 
Que no corpo humano é caracterizado pelos ossos, em especial pelos ossos longos, por exemplo: rádio e ulna.
Eixo - Ponto ao redor do qual ocorre o movimento. Também chamado de fulcro.
Ponto pelo qual a alavanca vai girar, que representa as articulações, em especial as articulações móveis chamadas de diartroses.
Será sempre as articulações, em especial as articulações amplamente móveis ou ligeiramente móveis mas basicamente as amplamente móveis, as diartroses.
Temos uma força a favor do movimento que quero realizar e uma força contrária do movimento que quero realizar:
Força ou Força Potente – Atua a favor do sentido do movimento.
A força que atua a favor do movimento que quero realizar se chama: Força Potente ou Potência.
Atua a favor do movimento, qualquer força seja ela interna ou externa, seja ela muscular ou gravidade, está atuando a favor do movimento ela é potente
Resistência ou Força Resistente – Atua contrária ao sentido do movimento. 
A força que resiste ao movimento ou é contrária ao movimento que quero realizar se chama: Força Resistente ou Resistência.
Atua contrário ao movimento, seja ela uma força da gravidade, seja ela de um músculo antagonista ao movimento que quero realizar.
Todo sistema de alavancas tem que ter esses 4 movimentos: Alavanca, eixo, força potente e força resistente.
O sistema de alavancas serve para se explicar os movimentos rotacionais.
O sistema de alavancas serve para se explicar os movimentos que ocorrem em torno de um eixo que no corpo humano esse eixo são as articulações, em especial as articulações sinoviais.
É estudado o sistema de alavancas para explicar os movimentos.
Temos 3 condições para arrumar os 4 elementos (Alavanca, eixo, força potente e força resistente.) Quais são as condições?
Alavanca de 1º Gênero / Alavanca de 1° Classe / Alavanca de Equilíbrio / Interfixa:
Temos 3 elementos:
Temos uma força potente, que no exemplo é a força da musculatura de tríceps braquial.
Temos um ponto de apoio que é a articulação do cotovelo.
Temos uma força resistente. É a força imposta em (x) que está vinculado a polia (y) e está sendo segurada pela mão do indivíduo. E tudo isso funciona como força resistente.
A inserção de tríceps braquial ocorre no olecrano vamos ter para uma alavanca de 1° gênero
Eixo localizado entre a força potente e força resistente. É uma alavanca de equilíbrio um exemplo claro disso é a gangorra
F E R
Alavanca de 2º Gênero / Alavanca de 2° Classe / Alavanca de Força / Inter-resistente:
É chamada de alavanca de força porque é aproveitada bastante a força na medida que realizamos o movimento.
É caracterizada por:
O apoio no exemplo está na articulação metatarso falangiana (ponta do pé).
A força potente é a musculatura da parte posterior da perna (M. gastrocnêmio/sóleo)
E no ponto (.) temos a força resistente. Essa força resistente é a ação da gravidade puxando o corpo para baixo.
A alavanca de 2° gênero é chamada de alavanca de força, a força resistente está localizada entre o ponto de apoio e a força potente. 
Esse tipo de alavanca nos dá uma vantagem mecânica, aproveitamos bastante a força da musculatura para que eu possa realizar o movimento.
Ex: Ficar na ponta do pé a partir da postura ereta. 
Temos a Força resistente localizada entre o eixo e a força potente. Temos a ação da gravidade puxando todo o corpo para baixo. O eixo na articulação metatarso falangeana e a força potente a musculatura da “loja” posterior de perna.
E R F
Alavanca de 3º Gênero / Alavanca de 3° Classe / Alavanca de Velocidade / Interpotente:
É a alavanca mais comum no corpo humano, principalmente nas ações agonistas.
É caracterizada por:
Temos o eixo
A força potente puxando para cima (que no exemplo é a força muscular)
E a força resistente puxando para baixo (que no exemplo é caracterizada pelo centro de gravidade do segmento ante braço + mão).
Conceitualmente uma alavanca de 3° gênero ela tem o enunciado: A força potente é localizada entre o eixo e a força resistente.
O exemplo é interessante porque esse tipo de alavanca vai sempre apresentar um braço de resistência. Esse braço de resistência vai ser sempre maior do que o Braço de potência.
Então como o braço de potencia vai ser sempre menor que o braço de resistência numa alavanca de 3° gênero o individuo vai sempre fazer muita força muscular para realizar o movimento.
A força potente está localizada entre o eixo e a força resistente. No exemplo a força potente é o músculo Bíceps Braquial localizado entre a articulação do cotovelo e o centro de gravidade do segmento antebraço + mão. Ela é a mais comumm no corpo humano, ela demanda muita força muscular porque ela apresenta uma desvantagem mecânica para a realização do movimento.
E F R
Identifique o movimento;
Estabeleça os elemento: Alavanca, Qual é o segmento que está se deslocando no espaço, Qual o eixo que está servindo de base para que esse movimento esteja sendo realizado (Cotovelo, ombro, punho, quadril, joelho, enfim, qual a articulação). Qual a força que concorre para que eu possa realizar esse movimento. Qual a força que está resistindo a esse movimento.
Uma vez identificada esses elementos eu consigo determinar se a alavanca é de 1° (Equilíbrio – Inter Apoio), 2° (Força – Inter resistente) ou 3° (Velocidade – Inter corrente) Gênero.
Tipos de Cargas Mecânicas Atuando nos Biomateriais:
Toda vez que estivermos falando sobre cargas mecânicas atuando nos biomateriais, estamos falando de uma força atuando sobre o corpo. Fica mais fácil nós identificarmos a partir das forças externas.
Vamos dividir em dois grupos: Cargas Axiais e Cargas não axiais.
As Cargas axiais são:
- Cargas de Compressão: É uma força que é aplicada no sentido longitudinal. Na compressão a carga está sendo aplicada ao centro. 
- Cargas de Tração: É uma força que é aplicada no sentido longitudinal. Na tração a carga está sendo aplicada para fora do centro. ↕
Observe na compressão e tração as cargas são aplicadas considerando o sentido longitudinal da estrutura (observe as setas). 
As Cargas Não Axiais são:
- Cargas de Cisalhamento (ou Deslizamento): A carga de cisalhamento ou deslizamento é aplicada paralela ou tangencial a estrutura.
- Cargas de Torção (ou Rotação): São cargas aplicadas em torno do eixo longitudinal da estrutura biologica. São cargas que tem sentidos opostos. 
- Cargas de Flexão (ou Curvamento/Inclinação): É a carga que tende a promover a aproximação como na figura e o afastamento pelo outro lado. Ela promove compressão em um dos lados e promove tensão no outro lado. Ela tende a promover uma curvatura nessa “peça”.
Observando as 3 imagens (Cisalhamento, Torção e Flexão) vamos encontrar o eixo longitudinal e encontramos uma carga que é paralela ou tangencial a estrutura.Todos os biomateriais (ossos, músculos, articulações) estão sendo submetidos a esses tipos de cargas e nosso corpo irá reagir a isso.
Tipos de Deformações:
Vamos falar sobre as deformações que tendem a acontecer a partir dessas cargas são importantes porque uma vez que eu aplico uma carga a tendência é que ocorra uma deformação (deformação é simplesmente a mudança no formato de uma estrutura, não necessariamente toda deformação é negativa.).
Quando pensamos na deformação temos que pensar em uma relação de dois tipos de deformação uma é a deformação elástica e a outra é a deformação plástica. 
Na deformação elástica - Toda vez que a carga é retirada, ou seja, estou aplicando uma carga sobre o biomaterial (osso, músculo, articulação) e quando a carga é retirada essa estrutura volta ao seu normal.
Na deformação Plástica - Toda vez que a carga é retirada, ou seja, estou aplicando uma carga sobre o biomaterial (osso, músculo, articulação) e quando a carga é retirada essa estrutura não tende a voltar para o seu formato natural temos uma deformação plástica.
Vamos observar no gráfico, temos a carga e a deformação. No (*) temos a região elástica, nessa região elástica por exemplo, ao flexionar o meu cotovelo e ao estender o meu bíceps sofreu uma deformação elástica, ele modificou o seu formato mas quando retirei a carga ele voltou ao seu formato natural.
No (●) temos o ponto de seção ou ponto de cedência, é a passagem da região elástica para região plástica. Está diretamente ligada a carga e a deformação que eu aplico a esse corpo em função da carga.
Uma vez na região plástica (○) a estrutura não tende naturalmente a voltar ao seu formato normal, isso vai impactar porque muitas vezes é hora que o fisioterapeuta tem uma intervenção, o profissional de Ed. Física não vai submeter	o seu aluno a um trabalho de alongamento porque esse tecido apresenta uma característica plástica.
Muitas vezes a deformação plástica vem acompanhada de falha ou ruptura da estrutura (◌). Então quando temos uma ruptura ligamentar/muscular, houve uma deformação plástica mas a carga ela foi tão alta que ela levou a estrutura a romper. A falha ou ruptura da estrutura pode ou não ocorrer.
Observe no gráfico que temos diferentes níveis de carga (─) até chegar no ponto de seção ou cedência (●).
Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento – Parte I:
Organização Estrutural do Músculo Estriado Esquelético.
Unidade Motora e Recrutamento.
Comportamento Mecânico dos Diferentes Tipos de Fibras Musculares.
Unidade Musculotendínea.
Propriedades Comportamentais do Tecido Muscular.
Organização Estrutural do Músculo Estriado Esquelético:
Ao observarmos a imagem temos que entende que não basta saber o nome da musculatura (bíceps, tríceps, sartório, vasto lateral, vasto medial) pouco importa, temos que entender que o músculo é constituído por vários fascículos, os fascículos são constituídos por fibras musculares (A fibra muscular é importante porque o processo de contração envolve o número de fibras que estão ativas, durante uma contração nem todas as fibras estão ativas).
Observando dentro da fibra muscular vamos encontrar as miofibrilas e dentro das miofibrilas iremos encontrar o sarcômero, o sarcômero é a menor unidade funcional de contração muscular, eles estão orientados em série. Estimulando o sarcômero vamos promover ou tender a promover variação no comprimento dessa musculatura.
~ A elasticidade apresentada pela musculatura está vinculada aos tecidos (são eles: epimísio, perimísio e endomísio são tecidos conjuntivos que envolvem essa estrutura).
Unidade Motora e Recrutamento:
Uma unidade motora é vinculada a um neurônio motor e todas as fibras que são inervadas por esse neurônio motor. 
O neurônio motor e todas as fibras inervadas pelo neurônio motor são do mesmo tipo, ou são fibras do tipo 1 ou fibras do tipo 2. O neurônio motor inerva as fibras do mesmo tipo para aquela unidade motora.
Vamos observar a figura abaixo, temos a unidade 1 e a unidade 2. A unidade 2 está inervando as fibras que estão marcadas com ( ● ). Já a unidade 1 está inervando as fibras em ( * ).
As fibras de unidades motoras estão misturadas com outras fibras de unidades motoras dentro da musculatura. Lembre-se contração muscular é um processo voluntário.
Uma vez que eu estimule uma musculatura eu tenho que perceber se a resistência é alta/baixa porque é em função disso que vamos recrutar unidades motoras maiores ou unidades motoras menores e de maneira objetiva isso vai impactar na qualidade do movimentos. 
Os movimento finos/precisos estão vinculados a unidades motoras menores.
Os movimentos mais potentes/vigorosos/grosseiros são vinculados a unidades motoras maiores.
Comportamento Mecânico dos Diferentes Tipos de Fibras Musculares:
Fibras do tipo I: Fibras Oxidativas
Fibras do tipo II: Fibras Glicolíticas
Corpo humano - Dois tipos principais de fibras musculares - Fibras vermelhas ou fibras do Tipo I e as brancas ou do Tipo II.
Todo ser humano tem na sua constituição os 2 tipos de fibras:
As fibras do tipo I (Oxidativas) geram energia a partir do oxigênio são fibras com característica de resistência.
As fibras do tipo II (Glicolíticas) geram energia a partir do glicogênio são fibras mais voltadas para os trabalhos de força e potência e isso impacta na geração de força.
Ex: Um maratonista tende a ter predomínio de fibras do tipo I (Oxidativas).
Um corredor de 100mts rasos que é uma prova de velocidade/”explosão” tem predomínio das fibras do tipo II.
Classificação de acordo com as características de contração e com sua capacidade metabólica.
No nosso corpo nós temos distribuições mais ou menos equilibradas desses tipos de fibras, fibras do tipo I e tipo II misturadas dentro da mesma musculatura com tudo inervadas com unidades motoras diferentes.
As unidades motoras pequenas/menores estão vinculadas a fibras do tipo I (Oxidativas). Os movimentos mais finos/precisos/elaborados/dirigidos estão vinculados a unidades motoras pequenas que estão vinculadas a fibras do tipo I.
As unidades motoras mais potentes/maiores estão vinculadas a fibras do tipo II (Glicolíticas). 
Os movimentos mais potentes/grosseiros/vigorosos estão vinculados a fibras do tipo II.
Fibras do Tipo I - contração lenta; sistema de energia a via aeróbia; altamente resistentes à fadiga e mais utilizadas em exercícios de longa duração. São fibras que levam mais tempo até alcançar o pico de tensão. Resistem mais tempo no trabalho, porém não geram muita força, por isso estão vinculadas a exercícios de resistência. 
Fibras do Tipo II – contração rápida; sistema de energia anaeróbio; pouco resistentes à fadiga e mais utilizadas em exercícios de força e curta duração. Alcançam rapidamente o pico de tensão. Com tudo a via que gera essa energia é a via anaeróbia. Resistem pouco ao processo de fadiga tendem a fadigarem logo. Por isso estão vinculadas ao trabalho de força.
Ex: O arremesso de uma bola de basquete no garrafão envolve uma massa de +/- 0,5kg. Mas preciso da precisão então nesse processo de contração eu vou mobilizar tanto unidades motoras pequenas quanto unidades motoras grandes. Em outras palavras tanto fibras do tipo I quanto fibras do tipo II.
Observe o corte transversal dessa musculatura, temos um diâmetro maior para a fibra II e um diâmetro menor que é a fibra do tipo I na mesma musculatura em um corte transversal ꟷ, elas estão entremeadas sendo inervadas por unidades motoras diferentes com capacidades distintas de geração de força.
Unidade Musculotendínea:
 Componente Ativa do processo de contração: Temos o filamento de actina e filamento de miosina que se contraem, se conectando dentro de um processo de contração
Componentes Elásticas em série: Localizadas nos tendões.
Componentes Elásticas em paralelo: Localizados em tecidos que envolvem músculos, fascícula e fibra muscular, Epimísio, Perimísio e Endomísio (Irão também afetar na quantidade final gerada pela tensão de musculatura).
Isso é importante porque a componentecontrátil que é caracterizada a partir do sarcômero ela é a componente ativa. O componente elástico em série é um componente passivo, esse componente passivo irá junto ao componente ativo afetar na produção de força.
A unidade mais importante no processo de contração muscular é o sarcômero porque nele temos a conexão do filamento de actina com o filamento de miosina. 
Propriedades Comportamentais do Tecido Muscular:
Irritabilidade ou excitabilidade - Capacidade do músculo em responder à estimulação que vem de um motoneurônio.
Uma vez que eu perceba o estímulo o músculo tem condição de responder esse estímulo, essa propriedade é chamada de irritabilidade, a capacidade que o músculo tem de responder a orientação dada pelo neuroniomotor.
Capacidade de produzir força ou tensão - Depende do comprimento em que ele se encontra quando estimulado. 
Uma vez que esse estímulo seja excitado ele tende a gerar tensão.
A geração de tensão muscular é caracterizada quando o músculo respondeu ao estimulo gerando a conexão do filamento de miosina ao filamento de actina. A tensão gerada envolve a conexão do filamento de miosina ao filamento de actina.
Contratilidade - Capacidade que o músculo possui em gerar tensão ao se encurtar após receber estimulação satisfatória. 
Uma vez que ele gere tensão ele pode causar um encurtamento do seu comprimento, toda vez que ocorre esse encurtamento no comprimento muscular, esse músculo excitado, esse músculo gerando tensão temos a contratilidade.
Ou seja, ele recebeu estimulação essa estimulação foi satisfatória, foi suficiente, ele promoveu a aproximação das inserções musculares.
Extensibilidade - Capacidade do músculo se alongar além do comprimento de repouso. 
Toda vez que o músculo recebe uma excitação e apresenta esse afastamento das inserções ou tem suas inserções afastadas temos a extensibilidade.
Toda vez que eu caracterizo na musculatura estriado esquelética o comportamento de afastamento das inserções quer esse músculo numa ação excêntrica quer num trabalho de estiramento temos a extensibilidade da musculatura.
Elasticidade - Capacidade da fibra muscular de retornar ao seu comprimento de repouso.
Se o músculo saí de uma condição de encurtado para uma condição de estirado esse músculo apresenta elasticidade.
A elasticidade é a capacidade da musculatura encurtar ou estirar porém ela volta ao seu comprimento normal.

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