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TRAUMA MUSCULO ESQUELÉTICO Grande incidência de trauma de extremidades. Mecanismo de trauma diversos (acidente automobilístico, acidente de trabalho, trauma esportivo, etc). Apesar do baixo índice de mortalidade no trauma musculoesquelético exclusivo, existe um alto índice de morbidade e sequelas. Lesões que podem ser desfigurantes, mas raramente põe em risco a vida do paciente, quando atendido adequadamente. Atendimento: não se distrair com lesões dramáticas, reconhecer lesões potencialmente fatais e reconhecer a cinemática e a possibilidade de existência de outras lesões associadas. Trauma raquimedular é menos evidente no paciente do que um trauma de membro, só que mesmo assim o trauma raquimedular é mais grave. Assim, nem sempre o que é mais grave é o mais feio ao olho nu. Desluvamento: tira as partes moles e o osso fica intacto. Algumas vezes quando isso ocorre, é necessário amputar o membro do paciente. Trauma de membro pode deixar sequelas. Existem lesões associadas a risco de vida resultante de trauma de membros. Existem aqueles traumas músculos esqueléticos que não ameaçam a vida, associado a trauma multissistêmico com risco de vida. Trauma musculoesquelético isolado. MORTALIDADE DE TRAUMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Imediato: sangramento e primariamente eu tenho que parar a hemorragia. Tardia: infecção por ex. Mortalidade Hemorragias Complicações Lesões associadas. ABCDE História (essa história pode ser muito pobre e não ajudar tanto, pois depende do nível de consciência do paciente ou se tinha alguém no local) e cinemática. Exame secundário. Se o paciente estiver sem cinto, costuma ter trauma no joelho quando no carro. Quando na moto, lesão de fêmur. Quando for assim, avaliar a perda sanguínea pela frequência cardíaca da tabela. Inspeção e palpação (se tiver creptação é que houve lesão óssea). Aumento de volume pode ser sinal de sangramento. Deformidade, abrasões e ferimentos. Perfusão = pulsos distais (no membro inferior por ex o femoral, poplíteo, tibial, e pedioso) e enchimento capilar. Avaliação neurológica e motora, pois um paciente que levou um corte que aparentemente não é tão grave porque não sangra, mas esse corte pode ter lesionado um tendão e um nervo. Lesões associadas a risco de vida. ESMAGAMENTO RABDOMIÓLISE Lesões secundárias por bioprodutos nocivos da musculatura lesada, podendo levar a insuficiência renal aguda, ou seja, não morre no local, mas fica com os rins comprometidos, que muitas vezes terá que depender de diálise que é muito limitante. Membros esmagados deterioram-se por isquemia e liberam mioglobina e outras substâncias tóxicas. Tratamento: dá muito líquido para o paciente e com alcalinização da urina impede que a mioglobina saia na urina e comprometa a função renal. E monitorização do volume urinário. SÍNDROME COMPARTIMENTAL Causada pelo aumento do volume e pressão dentro de um compartimento limitado, causando isquemia e necrose dos tecidos. Pode ocorrer em qualquer local em que o músculo esteja contido por fáscias, sendo mais comum na perna, antebraço, pé, mão, região glútea e coxa. Sinais clínicos precoces, Dor crescente Parestesia Edema tenso e brilhoso Pulso distal geralmente palpável no início. Sinais tardios Paralisia Fraqueza Ausência de pulsos Uma lesão no fêmur por ex que tem sangramento +processo inflamatório = obstrução venosa (a camada muscular venosa é bem mais fina que a arterial, comprimida mais facilmente), se continuar essa compressão, pode obstruir a artéria e depois comprimir os nervos diminuindo a sensibilidade do paciente. O tratamento é vc romper a fáscia e deixar o sangue e o edema acumulados sair. Outra coisa, se um paciente teve uma lesão e vc colocou uma tala tem que monitorar, pois ela pode ser um fator do surgimento dessa síndrome. Tratamento Monitorizar a pressão arterial Retirar curativos, talas, etc. Fasciotomia. FASCIOTOMIA EMBOLIA GORDUROSA Fratura de ossos longos Embolos gordurosos Lesões pulmonares Lesões neurológicas. O tratamento é anticoagulante e suporte ventilatório, ter cuidado para administrar trombolíticos. HEMORRAGIA Controle de sangramento externo= C /E ou em qualquer momento que for encontrado. Dificuldade de avaliação objetiva de perda de sangue. Falta tabela de frequência cardíaca e hemorragia. Hemorragia arterial de difícil controle Sinais clínicos -sangramento externo -ausência de pulsos -Pulsos alterados -palidez -hematoma em expansão Controle de hemorragia Pressão manual direta Curativos compressivos (comprimir de 2 a 3 min) – bandagem elástica e talas infláveis. Torniquetes (membros, 100 a 150min) imediatamente proximal ao sangramento. Identificação do horário, monitorização do sangramento e analgesia. Agente hemostático (tronco). Alinhamento de fraturas (favorece perfusão sanguínea adequada). Mas não se usa essa compressão para abdome. Obs: se tiver um motoqueiro de difícil palpação usa a tabelinha para determinar o quanto sangrou, analisando a frequência cardíaca. Choque Reposição volêmica= não visa normatizar os níveis de pressão. Parar o sangramento. Suplementação de O2 Monitorizar os dados vitais e sonda vesical de demora. LESÕES COMPLEXAS DE BACIA Lesões associadas: reto, bexiga, uretra, útero em gestantes. Rotura dos ligamentos pélvicos posteriores: sacroilíaco, sacroespinhoso, sacrotuberoso e assoalho pélvico. Fratura de bacia do tipo “open book”: lesão do plexo nervoso. Trauma de alto impacto: acidentes automobilísticos, quedas, esmagamentos. As hemorragias ocorrem rapidamente e necessitam de tratamento e diagnóstico imediato. Suspeita clínica Trauma de alto impacto Hipotensão (choque inexplicável) Hematoma em expansão Edema perianal ou escrotal Sangramento retal ou uretrorragia Toque retal –próstata alta ou não palpável. Grande parte das lesões são posteriores. Na fratura não se pode comprimir. Mas como o sangramento é proporcional ao aumento de volume eu prendo o quadril do paciente com uma tala, além da imobilização total da coluna (colar cervical e prancha). FRATURA DE RISCO AOS MEMBROS Fraturas expostas, luxações e lesões musculares e vasculares com perda de substancia. Fratura Fraturas expostas: solução de continuidade do tecido ósseo que apresenta comunicação entre osso e o meio ambiente por lesão de partes moles e pele. Tratamento cirúrgico na urgência para evitar a contaminação e complicações como retardo de consolidação, osteomielite e perda funcional. Tratamento da urgência é alinhamento de fratura, limpeza local com material estéril no centro cirúrgico e uso de antimicrobianos. Fratura em galho verde: enverga mais não quebra com facilidade. Ocorre em criança, em que fratura um lado mas não fratura tudo, isso ocorre porque a criança tem mais cartilagem no osso. Ortopedistas costumam terminar de quebrar para que venha a corrigir o osso. Fratura do colo do fêmur é frequente em idosos com osteoporose. Solução de continuidade do tecido ósseo. É necessário lavar fraturas expostas em até 6hs para diminuir complicações por infecção. Luxação É a perda da relação articular, que se caracteriza por dor, edema, deformidade e perda d função articular. Pode estar associado a fraturas, pode haver descontinuidade da pele e tecido subcutâneo. No exame físico: observar e palpar as deformidades. Realizar movimento ativo\passivo da articulação quando possível. Palpar pulsos distais. A luxação mais frequente é no dedo. Entorce: torção (entorcer o pé pro ex) Desluvamento Distenção: estiramento. TRAUMA ABDOMINAL Lesões permanentes = cirurgias Lesões fechadas = potencialmente cirúrgicas Lesões de vísceras ocas = contaminação da cavidade e sangramento. Quando o paciente leva uma pancada no abdome a chance de uma víscera oca ser lesionada é bem menor que uma víscera parenquimatosa. Lesões parenquimatosas = sangramento. Se for um objeto pontiagudo que lesionou o abdome, a chance de um órgão parenquimatoso ser atingido é bem menor que um oco. Lesõesvasculares. Exame físico Irritação peritoneal Piora progressiva dos sintomas. FAST (Avaliação Ultrassonográfica Direcionada para Trauma), em que vc olha a região que o órgão está e ver se tem algum líquido ali. Vc observa o espaço entre os órgãos, se houver um espaço que é anormal entre os órgãos é sinal de líquido (sangue, edema). Presença de 10ml ou mais de sangue. Líquido entérico. Bile Restos alimentares Fezes Análise química. Nos casos de exames positivos a instabilidade hemodinâmica pode indicar tratamento cirúrgico.
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