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HAM 8 - Trauma Musculoesquelético PDF

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Khilver Doanne Sousa Soares 
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Trauma 
Musculoesquelético 
Habilidades Médicas VIII 
Durante a avaliação primária, é 
imperativo reconhecer e controlar hemorragias 
oriundas de lesões musculoesqueléticas, lesões 
de extremidades potencialmente fatais 
incluem hemorragia arterial grave, fratura 
bilateral de fêmur e síndrome de Crush, trauma 
abdominal e Pélvico.) 
Lacerações profundas de partes moles 
podem comprometer grandes vasos e acarretar 
hemorragia exsanguinante. A melhor forma de 
controlar a hemorragia é por meio da 
compressão direta. Hemorragia oriunda de 
fraturas de ossos longos podem ser 
significantes; as fraturas de fêmur, em 
particular, frequentemente resultam em perda 
sanguínea importante. 
A redução apropriada de fraturas pode 
reduzir a perda sanguínea e melhorar o efeito 
de tamponamento do músculo e da fáscia. Se 
a fratura for exposta, a aplicação de curativo 
compressivo estéril geralmente controla a 
hemorragia. Uma reanimação com fluidos 
adequada é uma medida complementar 
importante. Importante: ferimentos 
penetrantes nas extremidades podem resultar 
em lesão vascular 
 Avaliar todas as extremidades lesadas, 
na presença de: hemorragia aparente, perda do 
pulso palpável, alterações no doppler e índice 
tornozelo/braquial (ITB) 
ITB: PAS do tornozelo lesionado, dividindo pela 
PAS do MS não lesado 
Em caso de hemorragia arterial grave: 
Tratamento: 
o Pressão manual direta sobre o 
ferimento 
o Curativo compressivo se a 
hemorragia 
o Se a hemorragia persistir, aplique 
pressão direta na artéria proximal 
a lesão 
o Se necessário – aplique 
torniquete 
Síndrome de Crush ou rabdomiólise traumática 
 Condição vista em lesoes musculares 
por esmagamento, frequentemente na coxa e 
panturrilha. 
Se a lesão não for tratada pode causar 
insuficiência renal aguda e choque. 
A rabdomiólise pode levar a acidose metabólica, 
hipocalcemia, hipercalemia e coagulação 
intravascular disseminada. 
Pode apresentar: 
 Urina de coloração escura 
 CPK > 10.000 U/L 
Tratamento: 
 Infusão agressiva de fluidos 
intravenosos durante a reanimação para 
proteger os rins e prevenir IRA 
 Alcalinização da urina – administrar 
bicarbonato e diurese osmótica 
Manejo de fraturas no trauma: 
O objetivo principal será sempre realinhar a 
extremidade o mais próximo possível da 
posição anatômica no local da fratura 
No caso das fraturas expostas: necessário o 
desbridamento cirúrgico. 
 Remover a contaminação grosseira e 
partículas de sujeira do ferimento 
 Administrar antibiótico conforme o peso 
 Se a redução da fratura for bem-
sucedida, imobilize em posição 
anatômica 
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 Se a redução da fratura não for bem-
sucedida, imobilizar a articulação na 
posição em que ela foi encontrada 
Anamnese + Exame físico: 
 Identificar a lesoes que causam risco a 
vida 
 Identificar lesoes que podem colocar o 
membro afetado em riso de amputação 
 Revisar sistematicamente quaisquer 
lesões que possam passar 
despercebidas 
 Fazer a inspeção visual total, verificando 
se há possíveis fontes de hemorragia 
OBS: palidez acentuada de extremidades 
sugerem falta de fluxo arterial musculo 
esquelético. 
LEMBRAR: sempre pesquisar um pulso acima e 
um abaixo da lesão, se alguns deles estiver 
filiforme – AGIR 
 Avaliar a sensibilidade (avaliação 
neurológica) 
 Em caso de perda da sensibilidade = 
lesão medular ou nervos periféricos 
RX – Fazer antes de reduzir a lesão 
Tipos de lesão: 
Fraturas e lesoes expostas: 
 Na suspeita de lesão articular exposta – 
encaminhar para ortopedista 
 Tratar com ATB 
 Remover quaisquer contaminações 
 Cobrir o ferimento com curativo 
umedecido estéril 
 Profilaxia para tétano 
Lesoes vasculares: 
 Revascularização cirúrgica precoce – 
Cirurgia vascular 
 Necrose muscular (interrupção do fluxo 
sanguíneo arterial por mais de 6h) 
Lesão neurológica secundaria a fratura e 
luxação: 
 Reconhecer precocemente 
 Reduzir e imobilizar lesão 
Síndrome compartimental: 
Definição: aumento da pressão dentro do 
membro, que impede a vascularização 
causando isquemia 
O diagnóstico precoce é o aspecto central no 
tratamento da síndrome compartimental. Um 
alto índice de suspeição é importante, 
sobretudo quando o doente possui alteração do 
nível de consciência e é incapaz de responder 
apropriadamente à dor. A ausência de pulso 
distal palpável é um achado incomum e tardio, 
e não é necessário para o diagnóstico de 
síndrome compartimental. 
Sinais: 
 Dor desproporcional 
 Aliteração na sensibilidade 
 Ausência de pulso, palidez e parestesia 
Causas mais comuns: 
 Hemorragia 
 Edema de 3º espaço 
 Tala ou gesso muito apertados 
Manejo: 
 Fasciotomia imediata para 
descompressão do tecido muscular 
afetado 
 Não elevar a extremidade 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
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Fraturas: 
Sinais: 
 Mobilidade anormal 
 Lesão de partes moles 
 Crepitação óssea 
 Dor 
Estudos radiográficos são essências para 
confirmação clinica 
OBS: a imobilização SEMPRE deve incluir as 
articulações acima e abaixo da fratura 
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Referências 
PHTLS Atendimento Pré-hospitalizado ao 
Traumatizado. 9° ed. Jones & Bartlett 
Learning, 2020.

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