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1 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Trauma Musculoesquelético Habilidades Médicas VIII Durante a avaliação primária, é imperativo reconhecer e controlar hemorragias oriundas de lesões musculoesqueléticas, lesões de extremidades potencialmente fatais incluem hemorragia arterial grave, fratura bilateral de fêmur e síndrome de Crush, trauma abdominal e Pélvico.) Lacerações profundas de partes moles podem comprometer grandes vasos e acarretar hemorragia exsanguinante. A melhor forma de controlar a hemorragia é por meio da compressão direta. Hemorragia oriunda de fraturas de ossos longos podem ser significantes; as fraturas de fêmur, em particular, frequentemente resultam em perda sanguínea importante. A redução apropriada de fraturas pode reduzir a perda sanguínea e melhorar o efeito de tamponamento do músculo e da fáscia. Se a fratura for exposta, a aplicação de curativo compressivo estéril geralmente controla a hemorragia. Uma reanimação com fluidos adequada é uma medida complementar importante. Importante: ferimentos penetrantes nas extremidades podem resultar em lesão vascular Avaliar todas as extremidades lesadas, na presença de: hemorragia aparente, perda do pulso palpável, alterações no doppler e índice tornozelo/braquial (ITB) ITB: PAS do tornozelo lesionado, dividindo pela PAS do MS não lesado Em caso de hemorragia arterial grave: Tratamento: o Pressão manual direta sobre o ferimento o Curativo compressivo se a hemorragia o Se a hemorragia persistir, aplique pressão direta na artéria proximal a lesão o Se necessário – aplique torniquete Síndrome de Crush ou rabdomiólise traumática Condição vista em lesoes musculares por esmagamento, frequentemente na coxa e panturrilha. Se a lesão não for tratada pode causar insuficiência renal aguda e choque. A rabdomiólise pode levar a acidose metabólica, hipocalcemia, hipercalemia e coagulação intravascular disseminada. Pode apresentar: Urina de coloração escura CPK > 10.000 U/L Tratamento: Infusão agressiva de fluidos intravenosos durante a reanimação para proteger os rins e prevenir IRA Alcalinização da urina – administrar bicarbonato e diurese osmótica Manejo de fraturas no trauma: O objetivo principal será sempre realinhar a extremidade o mais próximo possível da posição anatômica no local da fratura No caso das fraturas expostas: necessário o desbridamento cirúrgico. Remover a contaminação grosseira e partículas de sujeira do ferimento Administrar antibiótico conforme o peso Se a redução da fratura for bem- sucedida, imobilize em posição anatômica 2 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Se a redução da fratura não for bem- sucedida, imobilizar a articulação na posição em que ela foi encontrada Anamnese + Exame físico: Identificar a lesoes que causam risco a vida Identificar lesoes que podem colocar o membro afetado em riso de amputação Revisar sistematicamente quaisquer lesões que possam passar despercebidas Fazer a inspeção visual total, verificando se há possíveis fontes de hemorragia OBS: palidez acentuada de extremidades sugerem falta de fluxo arterial musculo esquelético. LEMBRAR: sempre pesquisar um pulso acima e um abaixo da lesão, se alguns deles estiver filiforme – AGIR Avaliar a sensibilidade (avaliação neurológica) Em caso de perda da sensibilidade = lesão medular ou nervos periféricos RX – Fazer antes de reduzir a lesão Tipos de lesão: Fraturas e lesoes expostas: Na suspeita de lesão articular exposta – encaminhar para ortopedista Tratar com ATB Remover quaisquer contaminações Cobrir o ferimento com curativo umedecido estéril Profilaxia para tétano Lesoes vasculares: Revascularização cirúrgica precoce – Cirurgia vascular Necrose muscular (interrupção do fluxo sanguíneo arterial por mais de 6h) Lesão neurológica secundaria a fratura e luxação: Reconhecer precocemente Reduzir e imobilizar lesão Síndrome compartimental: Definição: aumento da pressão dentro do membro, que impede a vascularização causando isquemia O diagnóstico precoce é o aspecto central no tratamento da síndrome compartimental. Um alto índice de suspeição é importante, sobretudo quando o doente possui alteração do nível de consciência e é incapaz de responder apropriadamente à dor. A ausência de pulso distal palpável é um achado incomum e tardio, e não é necessário para o diagnóstico de síndrome compartimental. Sinais: Dor desproporcional Aliteração na sensibilidade Ausência de pulso, palidez e parestesia Causas mais comuns: Hemorragia Edema de 3º espaço Tala ou gesso muito apertados Manejo: Fasciotomia imediata para descompressão do tecido muscular afetado Não elevar a extremidade 3 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Fraturas: Sinais: Mobilidade anormal Lesão de partes moles Crepitação óssea Dor Estudos radiográficos são essências para confirmação clinica OBS: a imobilização SEMPRE deve incluir as articulações acima e abaixo da fratura ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ Referências PHTLS Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. 9° ed. Jones & Bartlett Learning, 2020.
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