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Universidade Federal do Rio de Janeiro Lucas Alves Cardoso Sales DRE: 118096692 Experimento 2 Pêndulo Simples Introdução: O comportamento dinâmico de um pêndulo quando é desconsiderada a força de arrasto do ar compreende dois comportamentos distintos: rotação ou oscilação. No primeiro caso a energia (E > 2mgL) contida no sistema é suficiente para haver uma rotação contínua ao redor do ponto de suspensão. Já no segundo caso, a energia (E < 2mgL) determina um movimento oscilatório entre dois pontos de retorno – onde a amplitude é máxima e a velocidade da massa é nula. Para pequenas oscilações do pêndulo, em que θ < 10°, o movimento é harmônico: o período de cada oscilação é o mesmo, independente da amplitude. A mecânica Newtoniana determina que o período depende apenas do comprimento do fio e da intensidade da aceleração da gravidade: Observe que para estabelecer uma relação de linear é conveniente usar o período elevado ao quadrado. Assim, o coeficiente de proporcionalidade entre T2 e L é dado por a = 4π2/g. E o coeficiente linear (teórico) é nulo, b = 0. É possível concluir então que o período não depende da massa do corpo em oscilação (no regime de pequenas oscilações). Serão realizadas medidas diretas do par de grandezas (Li, Ti) com a finalidade de verificar a validade da relação linear e de estimar o valor de g = 4π2/a no laboratório. Objetivo: Verificar a isocronicidade de um pêndulo no regime de pequenas oscilações; Estimar o período do pêndulo por meio da repetição de medidas em condições idênticas. Aplicar o método dos mínimos quadrados, utilizar um aplicativo de PC para realizar um ajuste linear; Determinar a intensidade da aceleração da gravidade local. Determinar o momento de inércia de alguns objetos. Procedimento Experimental: Material utilizado: Corpo de peso Linha Suporte com transferidor montado sobre um tripé Cronômetro Trena Montagem: - Monte o suporte e verifique se o mesmo está estável. Separe cerca de 1 m de linha/fio (F) e a prenda com um nó no gancho do cilindro (O). A outra extremidade deve ser presa no suporte de maneira que não haja qualquer movimento do ponto de suspensão. - Treine o lançamento visando minimizar os efeitos de rotação em torno do próprio eixo de simetria que o corpo de peso pode provocar. - Posicione o pêndulo a uma inclinação fixa (menor que 10°) e solte-o a partir do repouso. Em seguida utilize o cronômetro para medir o intervalo de tempo entre 10 oscilações completas. Anote os dados em uma tabela, com o comprimento do fio L e o tempo t = 10T; Utilize comprimentos maiores que 1,0 m, medidos do ponto de suspensão ao centro de massa do cilindro. - Regule o comprimento do fio, e torne a fazer oscilar a massa como nos passos anteriores; anote novamente o par de dados na Tabela. Repita todo o procedimento feito até que se tenha pelo menos cinco linhas preenchidas na Tabela. - Mantendo o mesmo comprimento, repita o item anterior outras quatro vezes e anote as cinco medições para o tempo e complete a coluna cujo cabeçalho é t; Análise de dados: Para encontrar a distância de lançamento do corpo preso ao fio em relação ao suporte, utilizamos o Teorema de Pitágoras, no qual temos o ângulo θ = 8° (escolhido por conveniência por ser menor que 10°) e a altura do suporte de 75 cm. Assim, obtemos a distância de 10.5 cm, como mostra a figura. (Figura) Assim, soltamos o corpo com a largura do fio inicialmente de 1.5 m na qual optamos por reduzir 0.1 m a cada medição, e anotamos cinco medidas para o tempo para cada comprimento como mostra a tabela: N L (m) δL (m) 1 2 3 4 5 1 1,500 0,001 2,420 2,427 2,426 2,445 2,445 2 1,400 0,001 2,359 2,359 2,335 2,364 2,337 3 1,300 0,001 2,303 2,264 2,273 2,288 2,267 4 1,200 0,001 2,179 2,191 2,163 2,174 2,184 5 1,100 0,001 2,088 2,072 2,100 2,099 2,075 I------------------------------ t/10 ------------------------------------I Obs: A incerteza da largura do fio foi obtida pela menor medida do instrumento(trena). Obtido os dados, o próximo passo é calcular o Período para cada largura do fio, assim como suas respectivas incertezas. Determinaremos o período dividindo por 5 o valor médio das cinco oscilações: Para encontrar δT, devemos calcular o desvio padrão(σT) para cada período, e em seguida encontrar o desvio padrão do valor médio, que será a própria incerteza do período. σT1 = 0,011 δT1 = 0,005 σT2 = 0,014 δT2 = 0,006 σT3 = 0,016 δT3 = 0,007 σT4 = 0,010 δT4 = 0,005 σT5 = 0,020 δT5 = 0,009 Ao elevarmos T ao quadrado, obtemos uma nova incerteza, que pode ser calculada através do método de propagação quadrática de incerteza, descrita como: δ(T2) = x δT δ(T2) = 2TδT L (cm) δL (cm) T (s) δT (s) T2 (s2) δ(T2) (s2) 150,0 0,1 2,432 0,005 5,92 0,02 140,0 0,1 2,351 0,006 5,53 0,03 130,0 0,1 2,279 0,007 5,20 0,03 120,0 0,1 2,178 0,005 4,74 0,02 110,0 0,1 2,087 0,009 4,35 0,04 Ajuste linear: Com o fim de verificar se os dados (T2, L) coletados tem de fato correlação linear, iremos calcular o coeficiente de correlação linear: R = 0,9978 Sendo o valor do coeficiente linear R próximo de 1, isso indica que há correlação linear entre os dados coletados. Assim sendo, faremos o ajuste linear, utilizando o método dos mínimos quadrados, e determinaremos o coeficiente angular e linear do ajuste: Coeficiente angular: a = 3,91 Utilizando a propagação quadrática de incertezas já mostrada anteriormente, calcula-se a incerteza do coeficiente angular, e como resultado encontra-se: δa = 0,1063 Coeficiente angular = (3,9 ± 0,1) m/s2 Coeficiente linear: T2 = aL + b b = 0,04 Utilizando a propagação quadrática de incertezas já mostrada anteriormente, calcula-se a incerteza do coeficiente linear, e como resultado encontra-se: δb = 0,14 Coeficiente linear = (0,04 ± 0,14 ) s2 Coef. Angular : a = (3,9 ± 0,1) m/s2 Coef. Linear : b = (0,04 ± 0,14 ) s2 AJUSTE LINEAR T2 = aL + b Aceleração da gravidade: a = ⟶ g = ⟶ g = 10,11 m/s2 Pela propagação quadrática de incerteza temos: δg = x δa = 0,2593 g = (10,1 ± 0,3) m/s2
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