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LICENCIATURA EM LETRAS PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA COMUNIDADE Joselma - RA Polo Suzano 2017 SUMARIO Introdução...................................................................................................... 2 Objetivo Geral................................................................................................ 3 Características Da Escola ........................................................................... 3 Características Da Gestão Escolar............................................................. 4 Caracterização Da Comunidade………………………………………………. 5 Expectativas Da Comunidade Em Relação À Escola……………………… 5 Considerações Finais................................................................................... 6 2 INTRODUÇÃO A escola pública tem como compromisso oportunizar condições para sua clientela contruir conhecimentos, atitudes e valores, contribuindo na formação de cidadãos críticos, éticos e participativos nos contextos que integram (BRASIL,2004). No entanto, que requer superação de obstáculos, pois segundo Atié (1999, p.3), em sua análise sobre a escola pública: "Hoje, o desafio que se coloca diante da escola é fornecer educação e informação para toda a vida...ela precisa romper seus muros e estar plenamente inserida no seu tempo e na comunidade a qual pertence". Ações escolares devem ser consolidadas em um contexto participativo, integrador de todos seus segmentos, sincronizadas com o contexto atual, que requer uma política educacional capaz de contribuir na condução do país ao pleno desenvolvimento, em conformidade com os princípios democráticos em evolução. Na introdução dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), é abordada a relevância em: [...] mostrar a importância da participação da comunidade na escola, de forma que o conhecimento apreendido gere maior compreensão, integração e inserção do mundo; a prática escolar comprometida com a interdependência escola- sociedade tem como objetivo situar as pessoas como participantes da sociedade-cidadãos desde o primeiro dia de sua escolaridade.(BRASIL,1998,p.10). Para concretizar esse desígnio é necessário que ocorra integração entre a escola e a comunidade atendida, com reconhecimento e valorização dos saberes extracurriculares e efetivação de parcerias no trabalho educativo, atingindo o maior contigente de pessoas em sua área de localização. Devemos considerar que todos os participantes do processo educativo têm a capacidade de elaborar propostas para a melhoria da educaçao. Esse processo de interaçaõ deve ser pautado no diálogo e na confiança. Para isso a escola deve oportunizar "situações de encontro" conhecendo os recursos da comunidade e os aspectos da sua realidade, visando à melhoria do ensino-aprendizagem. 3 OBJETIVOS O objetivo geral à proposta dessa produção acadêmica em prática, é a criação de um projeto que vise uma maior interação entre a escola e a comunidade onde a mesma está localizada. Qualquer projeto que futuramente será proposto terá o objetivo de capacitar os integrantes a uma utilização prática dos prévios conhecimentos que virão adquirir A proposta que será apresentada terá também como objetivo levar os alunos e os integrantes da comunidade a serem multiplicadores do conhecimentos que serão adquiridos, que levem também a uma reflexão sobre a importância do que será proposto. Por fim, como já enfatizado, o objetivo central dessa produção acadêmica, é fazer com que os protagonistas sociais (escola e comunidade), reflitam acerca da resolução de problemas que os afetam no dia a dia, como bons pensadores que serão uma vez que o pensamento será primordial em qualquer proposta, conseguirão chegar num consenso que será bom para todos. CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA O estabelecimento pesquisado pertence à rede pública de ensino.Escola Estadual Comandante Jacques Yves Cousteal,165, Miguel Badra-Suzano.São Paulo. A comunidade que a escola é inserida é economicamente carente, tem muitos problemas com violência e tráficos de drogas, esquecidos pelos governantes do bairro. A instituição oferta nos turnos da manhã e tarde o Ensino Fundamental e no turno da noite o Ensino Médio, possuíndo mais de 10 salas de aulas, área de merenda, recreação para os alunos no pátio da escola, quadra polivalente coberta, sala de computação, dois banheiros masculino e feminino, não possui rampa de acesso para crianças especiais, sala dos professores, sala da direção, a biblioteca os alunos só entram para pegar algum livro e a sala de informática quase não é usada. Manhã: 07:00 às 12:20 Do 6º ao 9º anoII Tarde: 13:00 às 18:20 Do 1º ao 5º ano I Noite: 19:00 às 22:30 Ensino Médio Não existe salas ambientes, o que existe é uma sala de recursos, onde são guardados materias didáticos, de artes, de pesquisas e equipamentos aúdio visuais. 4 Quando precisam fazer uso desses equipamentos é utilizado o pátio como sala de aula. Como ponto negativo posso destacar a falta de investimento do poder público. Destaque para o esforço e criatividade dos profissionais da escola, que conseguem trabalhar em condiçoes tão precárias. Falta sala ambientes, recursos e equipamentos. Os cursos oferecidos são os básicos do ensino fundamental e do ensino médio. Horários e calendários escolar segue determinação da Secretária da Educação. Os planos de aula, são elaborados pelos professores e supervisionados pela coordenadora pedagógica. A escola não possui grêmio estudantil. Conversei com alguns alunos sobre suas expectativas à respeito da escola, e foram unânimes as respostas: - Gostaria que a escola tivesse armários indivíduais para os alunos guardarem os materiais. - Que a quadra polivalente fosse liberada na hora do intervalo para jogar bola. - A escola é boa, mas, os professores faltam muito. CARACTERÍSTICAS DA GESTÃO ESCOLAR Todos os envolvidos na área pedagógica da escola participam de reuniões para discutirem e fazerem projetos para melhoria do ensino em sala de aula. Cada professor é responsável pelo plano de ensino da sua disciplina. O conselho escolar existe, porém, funciona de forma deficiaria sem a participação maciça da comunidade. Trata-se de um dado relevante, pois, esse orgão é responsável pelo gerenciamento e fiscalização das verbas federais destinadas às escolas. Esse quadro situacional pode responder pelos danos no patrimônio da escola, como por exemplo: salas de aula pichadas, ventiladores quebrados, vidros quebrados, carteiras velhas, banheiros pichados, portas quebradas... Além disso, não raro, alunos agridem verbalmente e às vezes fisicamente seus professores. A aprendizagem é verificada através de provas escritas e trabalhos escolares, ao final de cada bimestre é feito o fechamento das notas e o resultado é comunicado aos alunos acompanhados dos pais em uma reunião com o professor responsável pela sala. A média é 5,0 pontos, no entanto o aluno que não alcançar a nota é avaliado pelo conselho de classe. A escola desenvolvia programas nos finais de semana, como: escola da família, clubes de mães,etc..., mas devido os vândalos e a violência do bairro, foram cancelados esses programas, por causa disso a escola permanece fechada todos os finais de semanas. 5 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE A localização da comunidade em que a escola é inserida: Suzano, cidade metropolitana de São Paulo, no bairro do Miguel Badra Baixo. Com 45,000 mil habitantes. Possui 3 Creches, 2 Escolas Municipais e 4 Escolas Estaduais. Na saúde abriga 2 Unidades Básicas de Saúde, mas funciona de forma muito precária, está quase fechando. Não possui nenhum parque de lazer para as crianças e jovens da comunidade. É uma comunidade populosa, com pérfil econômico de classe baixa renda, seu uso predominante do solo é misto: comercial e residencial. EXPECTATIVAS DA COMUNIDADE EM RELAÇÃO À ESCOLA Alguns pais e alunos reclamam da falta de professores e se preocupam com o futuro dos filhos. O pai de um aluno desabafou; a escola tem falhado em dois aspectos primordiais: "O primeiro é o respeito que a escola não tem com a sua comunidade. O segundo é o diálogo que a escola não tem com a comunidade, dessa forma como é que ela pode participar dos interesses da escola?". Senhor Luiz elogia o trabalho dos educadores, mas ressalta: "A dificuldade é que a maioria dos pais trabalham, outros não têm leitura, falta informação e interesse de ambas as partes. Se a escola planejasse suas ações com a comunidade tudo seria bem melhor, a comunidade precisa dar suas opiniões, a escola precisava promover palestras de como agir e se ajudarem". Na pesquisa que fiz no entorno da escola e na saída dos alunos, percebi conversando com outros moradores, que na região os jovens e as crianças ficam brincando na rua, pois não tem para onde ir.Os motivos são os de sempre, a comunidade por ser esquecida pelos governantes e os pais não tem condições de pagar cursos para os filhos e muito menos pagar para fazer algum esporte. Desse modo, percebe-se que a comunidade acredita ter como"...atuar no processo educativo de modo ativo e frequente" ( VIANNA,1996,p.84), ressentindo-se da ausência de estratégias, por parte da escola, para envolvê-la em seu planejamento e, também, entende que por falta dessa participação a educação de seus filhos fica prejudicada. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS É evidente que toda a infraestrutura de uma instituição é um fator muito importante, mas consideramos que as diferenças de posturas e de vivências fazem com que os alunos e a comunidade percebam a escola de um modo diferenciado. As situações apresentadas me leva a crer na necessidade de modificar as relações no cotidiano escolar, incentivando novos olhares para a educação, identificando necessidades, buscando ofertar um ensino significativo para a comunidade, afinal a escola precisa sempre atentar ao desenvolvimento integral dos alunos,em um mundo em constante mudança. Entendo que encontrar o caminho para relações de parceria pode ser uma experiência significativa, resultando em melhorias nas interações humanas, no ensino, na preservação das instalações físicas e combate da violência dentro e fora da escola. Pode ser a luz de um novo tempo na educação: o aproveitamento das esperiências familiares na construção do saber e das ações da escola. 7 REFERÊNCIAS ATIÉ, Lourdes. Editorial. Pátio-Revista Pedagógica, Porto Alegre, ano 3, n. 10, p.3, ago/out, 1999. BRASIL.Parâmetros Curriculares Nacionais (5ª a 8ª Série): Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília. MEC/SEF, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Caderno I - Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília - DF, 2004 Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce- cadI.pdf> Acesso em: 5/3/2017. VIANNA,Ilca Oliveira de Almeida. Planejamento Participativo na Escola: um desafio ao educador. São Paulo: EPU, 1986.
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