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Resumo de semiologia veterinária

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SEMIOLOGIA 
 
 
- Divisão da semiologia 
Semiotécnica: examinar o paciente utilizando todos os recursos possíveis. 
 Física: utiliza recursos físicos (inspeção – utiliza a visão para examinar o paciente). 
 Funcional: determina alterações por meio de registro em gráficos (eletrocardiograma). 
 Experimental: provoca alterações para comprovar o diagnóstico (testes de alergia, tuberculose). 
 
Clínica propedêutica: reúne e interpreta dados obtidos através da semiotécnica para estabelecer o 
diagnóstico. 
 
Semiogênese: busca explicar os mecanismos pelos quais os sintomas aparecem e se desenvolve. 
 
 
1 CONCEITOS GERAIS 
 
1.1 Sintoma X Sinal 
 Na medicina veterinária o sintoma é todo fenômeno anormal, orgânico ou funcional, pelo qual as 
doenças se manifestam no animal. O sinal é a conclusão que o clínico retira dos sintomas avaliados com a 
utilização da semiotécnica, identificando uma manifestação compatível com uma condição clínica (ex: sinal de 
Godet positivo). 
 
1.1.1 Classificação dos sintomas 
Locais: manifestado em determinado local, circunscritos, estreita relação c/ órgão local (hiperemia da 
conjuntiva palpebral por irritação). 
Gerais: manifestações patológicas resultantes do comprometimento orgânico como um todo 
(endotoxemia). 
Principais: manifestações diretamente relacionados a órgãos específicos (dispneia em afecções 
pulmonares). 
Patognomônicos: são característicos de uma doença específica (cherry eye). 
 
1.1.2 Quanto a evolução 
Iniciais: primeiros sintomas observados, os que revelam a doença. 
Tardios: aparecem no período de plena estabilização ou declínio da doença. 
Residuais: “sequelas”, animal já recuperado. 
 
1.1.3 Mecanismo de produção 
Anatômicos: alteração de órgão ou tecido (espleno/hepatomegalia). 
Funcionais: alteração na função do órgão (claudicação). 
Reflexos: originados longe da área em que o principal sintoma aparece (icterícia, sudorese em casos 
de cólica). 
 
 
2 SÍNDROME 
É um conjunto de sintomas clínicos, de múltiplas causas que afetam vários sistemas. Podem ser 
específicas (abdome agudo) ou inespecífica (síndrome febre). Quando são adequadamente reconhecidos e 
considerados em conjuntos, podem caracterizar determinada enfermidade ou lesão. 
 
3 DIAGNÓSTICO 
Nasológico ou clínico: quando o clínico chega a uma conclusão através da integração da anamnese, 
exame clínico e físico e/ou exames complementares. 
Terapêutico: quando realiza um procedimento medicamentoso e há resposta favorável, leva em conta 
o diagnóstico clínico. 
Anatômico: doenças que produzem modificações anatômicas que podem ser encontradas no exame 
macroscópico do órgão. 
Etiológico: é a conclusão do clínico sobre o fator determinante da doença. 
Histopatológico: análise de tecido do qual se suspeita uma doença. 
Provável, provisório ou presuntivo: quando não se estabelece de imediato um diagnóstico, aguarda 
a evolução do caso para realizar o diagnóstico por exclusão. 
 
 
4 PROGNÓSTICO 
Consiste em prever a evolução da doença e suas prováveis consequências. Pode ser classificado em: 
favorável (quando espera-se uma evolução satisfatória), desfavorável (quando se prevê o termino ou 
possibilidade de óbito) ou reservado (em casos de curso imprevisível). 
 
5 TRATAMENTO 
Causal: opta por um meio que combata a doença – trata com o que falta ao animal (admin de Ca em 
casos de hipocalcemia). 
Sintomático ou de suporte: quando combate apenas os sintomas. 
Patogênico: procura modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença (soro antitetânico). 
Vital: faz-se para evitar o aparecimento de complicações que possam fazer o animal sofrer grave risco 
de morte. 
Curativo: quando há cura da doença (cirurgia de hiperplasia de tireoide). 
 
6 EXAME CLÍNICO 
Reúne todas informações necessárias para o estabelecimento do diagnóstico. Constituído por: 
identificação do animal (resenha) e anamnese. O exame físico é uma parte do exame clínico, resume-se a 
coleta de sintomas e sinais por métodos físicos de exame, sendo composto por: inspeção, palpação, percussão, 
auscultação e olfação. 
- Na resenha: espécie, raça, sexo, idade, peso. 
- Anamnese: ler capítulo do livro. 
 
6.1 EXAME FÍSICO 
6.1.1 Inspeção 
Visualiza toda a conformação do animal. Essa observação pode oferecer muitas informações sobre o 
estado de saúde do paciente. 
Panorâmica: animal é visualizado como um todo. 
Localizada: alterações em uma determinada região do corpo. 
Direta: visão é o principal meio utilizado (ectoscopia). 
Indireta: feita com o auxílio de aparelhos. 
 
6.1.2 Palpação 
C/ a mão espalmada: usando toda a palma de uma ou ambas as mãos. 
C/ a mão espalmada, usando as polpas digitais e a parte ventral dos dedos. 
Palpação em pinça: com o polegar e o indicador. 
Dorso dos dedos ou das mãos: p/ avaliação de t°. 
Digitopressão: realizada c/ a polpa do polegar ou indicador, compressão da área (Godet positivo). 
 
6.1.2 Auscultação 
Utilizado para exame dos pulmões (ruídos respiratório normais e patológicos); coração (bulhas 
cardíacas) e cavidade abdominal. Os ruídos auscultados podem ser classificados em: 
Aéreos: movimentação de massas gasosas. 
Hidroaéreos: movimentação de massas gasosas em meio líquido. 
Líquidos: massas líquidas em uma estrutura. 
Sólidos: atrito de duas superfícies sólidas rugosas (esfregar de duas folhas de papel). 
 
6.1.3 Percussão 
Utilizada para determinação da posição de órgãos (topografia) e diferenças na densidade dos tecidos. 
Claro: órgão percutido tem ar que possa movimentar, som de média intensidade, duração e ressonância 
(pulmão sadio). 
Maciço: regiões compactas e desprovidas de ar, som de pouca ressonância, curta duração e fraca 
intensidade (musculatura da coxa, região hepática e cardíaca). 
Timpânico: em órgãos ocos, c/ cavidade repleta de ar ou gás. Som de maior intensidade e ressonância 
(abdome). 
 
6.1.4 Olfação 
Odores: cetônico, urêmico, halitose, odor das fezes (parvovirose), otite, ceborreia. 
 
7 MÉTODOS DE CONTENÇÃO FÍSICA 
São métodos utilizados para proteger o examinador, auxiliar e o animal. Facilitam o exame físico, evitando 
acidentes; permitir procedimentos (diagnósticos e terapêuticos). 
Cães: imobilização em posição quadrupedal ou decúbito lateral. Colocação de mordaça, focinheira; contenção 
com cambão (cães agressivos). 
Gatos: devem ser mantidos com o proprietário até o momento da consulta. Fechar portas e janelas para evitar 
evasão e acidentes. Evitar contenções severas, inicialmente apenas botas de esparadrapos. Pode-se usar contenções 
pela pele que reveste a região cervical e orelhas (não muito indicadas). Roupas de contenção e focinheira. 
Equinos: cabresto, colocação de buçal ou cachimbo. Animais mais mansos podem ser contidos com as mãos 
pelas orelhas, lábios, crina, cauda e /ou pele do pescoço; retirando o apoio de algum membro (mão/pé de amigo); tronco 
de contenção. 
Bovinos: métodos de derrubamento (Rueff, italiano), peia, “formiga” e tronco de contenção. 
 
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO 
 
- Revisão anatômica: 
Bovinos: 3° a 5° EIC 
Pequenos ruminantes: 3° ao 6° EIC, podendo a borda caudal encostar no diafragma. Praticamente 
todo recoberto pelos pulmões. 
Equinos: 3° ao 5° EIC. 
Cães e gatos: 3° ao 5° EIC. 
 
1 DISTÚRBIOS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Primário X secundário: se o problema é de origem do sistema ou causado por outro motivo que está 
afetando-o. 
Congênito X adquirido: podem surgir a qualquer momento, podem afetar animais jovens (congênito) 
e animais mais idosos (adquiridos). 
Individual X rebanho: individual é mais comum, mas algumas afecções podem atingir mais de um 
animal do local(Retículo pericardite traumática; dirofilariose). 
 
2 EXAME CLÍNICO 
1°) Identificação: espécie, raça, sexo, idade, função e peso. 
2°) Anamnese: queixa principal, histórico atual e pregresso, evolução, alimentação (suplementações para 
rebanhos), vacinação e vermifugação, ambiente e/ou deslocamentos recentes, atividade física, função, método de manejo. 
- Sinais de envolvimento do sist circulatório: cansaço, perda de performance e intolerância ao 
exercício; emagrecimento progressivo; tosse; edemas (v. jugular e/ou gland mamárias dilatadas); fraqueza 
geral, decúbito, perda parcial de apetite ou anorexia; taquicardia, taquipneia e febre recidivante; mucosas 
cianóticas ou pálidas, morte súbita (rebanho/grupos de animais). 
3°) Inspeção: avaliação física e comportamental, exame de mucosas, linfonodos, TPC, T° retal – 
inspeção direta do animal. 
- Pulso venoso negativo: observado durante a fase final da fase diastólica imediatamente anterior à 
sístole ventricular (fisiológico). 
- Pulso venoso positivo: observado durante a fase sistólica ventricular. Decorrente da regurgitação 
sanguínea através da valva tricúspide (patológico). 
4°) Auscultação: avalia-se a FC, ritmo cardíaco, bulhas cardíacas, ruídos anormais (sopros e roces) e 
ruídos adventícios. 
- Identificar os focos cardíacos: 
Lado esquerdo: P(3) A(4) M(5) 
Lado direito: T(4) 
 
- Bulhas cardíacas: 
1ª= fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide, turbilhonamento de sangue nos 
ventrículos e contração dos ventrículos. 
2ª= fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar. 
3ª= vibração e distensão pelo enchimento ventricular rápido (sutil). 
4ª= vibração da sístole atrial. 
 
2.1 Exame clínico das mucosas 
- Inspeção 
Mucosas oculopalpebrais, nasal, bucal, vulvar, prepucial, anal. 
Avaliar a coloração (comparando todas as mucosas para saber de possíveis processos inflamatórios/ 
infecciosos). 
Fisiologia: avaliar umidade, posição do globo ocular e brilho. 
Generalizada ou difusa: quaisquer alterações que possam causar hiperemia nas mucosas 
* Mucosa pálida: ligado a anemia, em G.A relacionado a hemoparasitoses. 
* Mucosa congesta: inflamação/infecção local. 
* Mucosa cianótica: obstrução pulmonar, reações alérgicas (edema de faringe/glote), ICC tricúspide. 
- Graus de desidratação (valores hematológicos são mais fidedignos) 
Grau TPC (seg) 
Leve 1 a 2 (não identifica no TPC ou turgor cutâneo) 
Moderado 2 a 4 
Grave >4 
 
* Lembrar das particularidades e localização do coração para auscultar nas diferentes espécies 
(normalmente 3° ao 5° EIC, bov até 6°/ Choque de ponta: 4°EIC). 
* Animais atletas (cães e equinos) tem maior capacidade de ejeção. 
* Quão audível é som? Se há hiper ou hipofonese. 
 
 
2.2 Sistema linfático 
Linfonodos palpáveis: mandibulares/maxilares, retrofaríngeos, cervicais superficiais/pré-escapulares, 
pré-femorais, poplíteos, mamários, inguinais superficiais e axilar. 
-Equino: mandibular, retrofaríngeo, pré-escapular e pré-femorais (sublíaco). 
 
O sistema linfático auxilia na caracterização de doenças infecciosas, localizadas ou generalizadas. 
Características examináveis: tamanho, sensibilidade, consistência, mobilidade, temperatura. 
 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
É muito importante definir a localização do processo dentro do sist respiratório (S.R), se está restrito às 
vias respiratórias anteriores (narinas, seios paranasais, faringe, laringe e traqueia) ou às posteriores (brônquios 
maiores, brônquios segmentares e os bronquíolos). 
Deve-se realizar no exame semiológico: anamnese, inspeção, palpação, percussão, auscultação e 
olfação. Deve ter a finalidade de: localizar o processo no S.R, estabelecer a natureza e etiologia. 
 
1°) Anamnese 
Problema individual ou coletivo; início do processo (surto ou casos esporádicos); evolução; tratamentos 
anteriores; sinais clínicos (quando? Onde? Frequência? Intensidade?). 
- Manifestações clinicas que envolvem o S.R: corrimento nasal, espirro, tosse, fadiga durante 
exercício, ruídos audíveis durante respiração, taquipneia e dispneia. 
- Fatores que predispõem as infec respiratórias: umidade, t°, ventilação, insolação, tipo de cama 
(SEMPRE OBSERVAR O LOCAL QUE O ANIMAL SE ENCONTRA). 
 
2°) Exame físico 
- INSPEÇÃO 
 Observar o ponto de inserção costoabdominal; 
 FR (mov/min); 
 Oscilações fisiológicas da FR (jovens X adultos; obesos e em repouso; gestação; exercício; 
ambientes quentes e úmidos; situações de estresse); 
 Oscilações patológicas da FR (taquipneia, bradipneia e apneia). 
 Ritmo respiratório (inspiração, pequena pausa, expiração e uma pausa maior, inspiração) 
o Alterações de ritmo: 
 Cheyne-Stokes: FR crescente até alcançar um auge, ↓ até apneia, FR crescente (fases finais 
de IC, intoxicações por narcóticos e lesões cerebrais). 
 Biot: 2 ou 3 mov respiratórios, apneia, 1 ou 2 mov, apneia (afecções cerebrais ou de meninges). 
 Kussmaul: inspiração profunda e demorada, apneia, expiração prolongada, repete (coma e 
intoxicação por barbitúricos). 
 Dispneia: inspiratória (alteração das vias resp anteriores – estenose, corpos estranhos ou 
inflamações); expiratória (alteração das vias resp posteriores - ↓ elasticidade do retorno pulmonar); mista (em 
casos de edema pulmonar e broncopneumonia, dificuldade de expansão do pulmão). 
 
*Narinas: 
 Coloração de mucosas (equinos). 
 Umidade. 
 Corrimento nasal (seroso, mucoso, purulento e/ou hemorrágico). 
 Odor da respiração. 
 Fluxo de ar exalado. 
 T° do ar exalado. 
 
*Tosse: 
 Tosse seca e constante: alteração das vias aéreas superiores. 
 Tosse úmida: líquido inflamatório (exsudato broncopulmonar). 
 Reflexo de tosse. 
 
*Palpação: 
Frêmito laríngeo ou traqueal: indica liquido em quant excessiva ou membranas que vibram à 
passagem do ar. 
Frêmito torácico: presença de líquido nos brônquios, atrito pleural ou quando sobre a área cardíaca, 
sopro cardíaco ou roce pericárdico. 
 
 
*Percussão: 
Pode ser feita por método dígito-digital ou martelo-plexímetro. 
- Som normal: claro 
* Alterações: maciço (cav preenchida por alguma subs); timpânico (infec da cav sinusal por bac 
anaeróbicas, produz gás). 
* Delimitações do campo pulmonar: 
Cranial: musculatura da escápula (som maciço) 
Dorsal: musculatura dorsal (som maciço) 
Caudal: tuberosidade ilíaca e isquiática e articulação escapuloumeral 
 
 
 
 
 
 
 Variação patológica dos sons à percussão: 
- Ampliação da área de percussão: enfisema pulmonar, som timpânico. 
- Som metálico: cavernas pulmonares cheias de ar (tuberculose, pneumotórax, etc). 
- Maciço ou submaciço: indicativo de áreas de condensação ou compressão pulmonar (tumores ou 
grandes abcessos). 
- Linha de percussão horizontal: modificação para som maciço ou submaciço em linha reta, paralela 
ao local onde o animal está em pé (indicação de líquido na cav torácica). 
 
 Auscultação: 
 Direta x indireta 
 Dorsoventralmente e craniocaudalmente 
 Mín 2 mov resp 
 Manobra de intensificação dos sons respiratórios (saco plástico no focinho) 
 
 Ruídos normais: laringotraqueal; traqueobrônquico; broncobronquiolar. 
 
 
 Variações dos ruídos normais: 
o ↑ de intensidade dos ruídos resp normais: acontece por ↑ na FR (taquipneia), amplitude 
(hiperpneia) ou dificuldade resp (dispneia); exacerbação dos ruídos resp. 
o ↓ de intensidade dos ruídos pulmonares normais: respiração superficial, ↓ da elasticidade 
pulmonar, exsudato fibrinosos, enfisemas, coleções de ar ou líquido na cav pleural. 
 
 
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
EQUINOS 
 
- Cav oral: boca, lábios,bochechas, gengivas, palato duro, assoalho da boca, língua, faringe e palato 
mole, gland salivares, dentes e gland anexas. 
- Identificação e anamnese: todas as perguntas, quando sist digestório focar nas perguntas de 
alimentação, comportamento, etc. 
- Exame físico 
- Geral: inspeção (comportamento, atitude, aparência externa e formato do abdome; ocorrência de 
dor; grau e tipo da dor). | Parâmetros vitais (t° retal, FR, FC e pulso). | Avaliação das mucosas e TPC. | 
Hidratação. 
- Específico: exame da boca e esôfago; exame do abdôme (palpação externa, percussão e 
auscultação). 
- Exames complementares: sondagem nasogástrica, palpação transretal, paracentese abdominal, 
HT e PT, radiografia, ultrassonografia, endoscopia. 
BOVINOS 
 
- Identificação: 
Idade é um dos mais importantes dados na identificação, devido a relação entre o desenvolvimento 
anatomofuncional do S.D e a faixa etária do animal. 
Processos entéricos e abomasais são mais comuns em animais lactentes; distúrbios fermentativos e 
traumáticos no compartimento ruminorreticular são mais comuns em adultos. 
- Anamnese: histórico clínico, três aspectos importantes em transtornos digestivos: animal, ambiente e 
alimentação. 
- Exame físico: 
Alteração Significado 
Assimetria do contorno abdominal Pode ser causado por acúmulo de gases, líquidos ou 
sólidos. 
 
 
 
Algia abdominal Andar vagaroso, dorso arqueado, pescoço estendido. 
Perda parcial de apetite/anorexia Observado em distúrbios agudos ou crônicos. 
 
- Palpação retal: 
Esquerda: rúmen 
Centro: aorta (dorsalmente) 
Direito: Rim esquerdo e base do ceco (se bem preenchido). 
 
 
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA VISUAL 
 
Deve ser realizado de forma sistemática. Avalia-se estruturas extraoculares, mais externas e as mais 
internas. Sempre em ambiente calmo e c/ pouca luz. 
Anestesia: P.a= colírio | G.a= bloqueio locorregional 
Colírio midriático (ciclopégico): tropicamida 1% ou atropina (cuidado c/ uso excessivo). 
-Exame oftálmico: usar oftalmoscópio (direto ou indireto), lanterna, lupa, lente de 20 dioptrias, tiras de 
papel de Schirmer, colírio de fluoresceína, colíros (anestésicos e ciclopégicos), swabs e escovas de coleta p/ 
citologia. 
Tonometria: avaliar a PIO. Endentação (pouco precisa -3 medições); aplanação (Tono-pen); digital 
(palpação com os dedos – imprecisa). 
Examinar: movimentação do animal por sala c/ obstáculo, região periocular, assimetria facial, aumentos 
de volumes periorbitais e desvio do eixo visual. Avaliação de secreção ocular (se necessário usar swab 
(microbiologia), escova ginecológica (citologia)). 
Exame neuroftálmico: reflexo de ameaça visual; pupilar direto e consensual (constricção pupilar); 
palpebral (tocar as pálpebras c/ dedos); corneal (tocar córnea c/ cotonete estéril), vestibular e teste de Schirmer. 
Outros exames: teste de floculação da lágrima (lágrima coletada c/ tubo de micro-hematócrito/ observa 
padrão de distribuição da mucina sobe a superfície ocular/ no microscópio: padrão de folhas de samambaia); 
teste de canulação e lavagem do ducto lacrimal (avaliação da patência do ducto nasolacrimal/ utiliza 
fluoresceína/ cães, gatos e ruminantes: via normógrada, equino: via retrógrada/ diagnósticos de úlcera de 
córnea

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